Mais
de mil confissões religiosas não estão registadas em Moçambique. Diretor
nacional de Assuntos Religiosos diz que Governo vai rever a legislação para
tratar do avanço desregrado de igrejas. O Governo de Moçambique está preocupado
com a proliferação de confissões religiosas, cuja finalidade é ganhar dinheiro.
Estima-se que mais de mil igrejas não estão registadas no país. As que têm aval
para exercer esta atividade são de igual número. Em Moçambique, há igrejas
cujos líderes intitulam-se profetas, evangelistas ou pastores, que prometem aos
crentes expulsar os maus espíritos, criar prosperidade na sua vida, curar, dar
sorte, entre outros. Muitas vezes, estes religiosos não têm diploma, nem
credencial para exercer a atividade religiosa.
O
Governo aponta a ganância financeira, o desemprego, os conflitos internos e a
luta pelo poder nas igrejas como a fonte para a propagação destas instituições.
As igrejas, por seu turno, encontram na pobreza, na desagregação do tecido
social e no desespero um terreno fértil para a sua proliferação.
Para
o director nacional dos Assuntos Religiosos do Ministério da Justiça e Assuntos
Constitucionais, Arão Litsuri, esse assunto "é delicado e precisa de uma
reflexão conjunta".
Mais
de mil confissões religiosas não estão registadas em Moçambique. Diretor
nacional de Assuntos Religiosos diz que Governo vai rever a legislação para
tratar do avanço desregrado de igrejas. O Governo de Moçambique está preocupado
com a proliferação de confissões religiosas, cuja finalidade é ganhar dinheiro.
Estima-se que mais de mil igrejas não estão registadas no país. As que têm aval
para exercer esta atividade são de igual número.
Em
Moçambique, há igrejas cujos líderes intitulam-se profetas, evangelistas ou
pastores, que prometem aos crentes expulsar os maus espíritos, criar
prosperidade na sua vida, curar, dar sorte, entre outros. Muitas vezes, estes
religiosos não têm diploma, nem credencial para exercer a atividade religiosa.O
Governo aponta a ganância financeira, o desemprego, os conflitos internos e a
luta pelo poder nas igrejas como a fonte para a propagação destas instituições.
As igrejas, por seu turno, encontram na pobreza, na desagregação do tecido
social e no desespero um terreno fértil para a sua proliferação.
Mais
de mil confissões religiosas não estão registadas em Moçambique
Para
o diretor nacional dos Assuntos Religiosos do Ministério da Justiça e Assuntos
Constitucionais, Arão Litsuri, esse assunto "é delicado e precisa de uma
reflexão conjunta".O
Governo está a preparar uma legislação para travar o avanço desregrado das
igrejas em Moçambique, afirmou este sábado (20.07) num debate sobre a
proliferação de igrejas e seitas religiosas em Moçambique. "A lei que
continua a regular o funcionamento das igrejas dura desde 1971", disse. "Neste
momento, estamos a fazer uma revisão dessa lei que já foi vista por vários
líderes religiosos. No próximo ano, vamos fazer a auscultação pública",
afirmou a acadêmicos, religiosos e membros do Governo.Listsuri não tem dúvidas
de que a proliferação das igrejas está a ter um impacto negativo na sociedade,
pois estas "fazem tudo para educar, mas também fazem tudo para extorquir
os crentes". "É um grande problema", reconhece.
Os
referidos pastores e profetas usam a Bíblia e a interpretação desta muitas
vezes de forma subjetiva. Usam água, supostamente abençoada por Deus, e fazem
imposição das mãos nas cabeças dos seus crentes para deleitar a clientela.O
padre católico Salvador Bila entende que estes pastores ou profetas "são
líderes carismáticos, ostentam luxo, usam linguagem acessível, imediata,
apelativa e repetitiva para manter os crentes na sua igreja".As igrejas
emergentes trazem pessoas preparadas para servirem de testemunhos de
sucesso. Os profetas com gritos, choros e muita descarga emotiva lançam
mensagem aos seus crentes como esta: "É preciso plantar para colher",
uma forma, que segundo o padre Bila, "acaba aliviando o espírito dos
crentes".
Para
o académico Teodoro Abreu, as confissões religiosas aproveitaram o liberalismo
criado nos anos 1990 para o seu surgimento e proliferação. A pobreza e o
momento difícil por que o país passa está a criar espaço para que as igrejas
prosperem. Teodoro Abreu afirma que na sociedade moçambicana "já não há
crentes, mas sim consumidores de produtos sagrados". "Temos crentes
consumidores de milagres", afirma.As publicidades de ações de profetas,
evangelistas ou pastores são feitas nos canais de informação formais e nas
redes sociais. O que leva as pessoas a aderirem a estas cruzadas são promessas
de capitalizar o mal estar social. "Os profetas usam esta frase: 'Dou-te e
espera um dia receber de volta', frisou o académico. (DW )
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