Quando
um partido político no poder permite o sequestro do Estado por cretinos, para
benefício próprio e sem consequência, condena-se ao abandono pelo povo, pois
passar a ser visto por este como um cartel de máfia. Infelizmente, as
lideranças do meu partido de coração, a FRELIMO, depois de Samora Machel,
transformaram-no num cartel de máfia. E aqui não sei se Filipe Nyusi pode ser
melhor que Joaquim Chissano e Armando Guebuza—se bem que até pode ser, querendo
fazer diferença, pois há espaço e tempo para isso, qual demonstrou o XI
Congresso.
Sim,
quando para se ser membro de um órgão do partido é preciso ser seguidista ou
endinheirado, filho, nora, sobrinho(a), afilhado(a) ou concubina do dirigente
de órgão do Partido ou do veterano da luta de libertação nacional com nome
sonante, então o partido deixa de ser uma organização política para servir um
povo e passa a ser um cartel que se serve do povo em benefício próprio, dos
seus membros e militantes. Tenho comigo que esta é a razão que faz com que o
povo prefira mudança a todo o custo, mesmo se essa mudança não garante a
melhoria da sua condição de vida. Tal é o desespero do povo moçambicano na
actualidade! Basta ser da FRELIMO para ser tido como corrupto, malandro, ladrão
e arrogante, ainda que se seja um cidadão honesto, íntegro e patriota.
Eu
estou aqui para dizer que na FRELIMO militam muitos moçambicanos—homens e
mulheres—honestos, íntegros e patriotas, que entretanto estão votados ao
desprezo por não concordarem com comportamentos desviantes de alguns dos seus
correlegionários ora nos órgãos de direcção do partido. Esses militantes
honestos, íntegros e patriotas, ao aceitarem passivamente a sua relegação ao
desprezo, estão a trair a causa do partido FRELIMO e do povo moçambicano. Isso
mesmo. Não estão a ser melhores que aqueles seus correlegionários com
comportamentos desviantes, que são abertamente traidores da causa da FRELIMO e
do povo de Moçambique. Esta situação tem que mudar, porque todos sabemos que
nenhum outro partido político moçambicano pode, actualmente, ser alternativa
segura à FRELIMO para governar Moçambique.
Em
de aceitarem passivamente a sua relegação ao desprezo por malandros, os bons
militantes da FRELIMO têm a responsabilidade de resgatar o seu ideal partido,
que servir o povo de Moçambique da melhor maneira possível, defendendo a
independência e a integridade de Moçambique e mobilizando o seu povo para
engajar no trabalho produtivo honesto pela sua prosperidade. Esta
responsabilidade deve ser exercida quer dentro quer fora dos órgãos do partido.
Não há outra fórmula para sanear ideologicamente a FRELIMO e resgatar o seu
ideal, que não seja os seus bons militantes chamarem à razão os malandros,
denunciando-os aberta e publicamente, chamando pelos próprios os comportamentos
desviantes desses malandros, e exigindo que os mesmos sejam responsabilizados
pelos desmandos que cometeram ao serviço do Estado. A FRELIMO não deve
continuar a permitir-se ser tida como um cartel de máfia por conta desses
malandros que infestam o partido por dentro.
Acção!
Por
ser verdade, diga-se, por exemplo, que Alberto Chipande e Raimundo Pachinuapa
já não têm discurso que cative as massas. Quando eles falam publicamente, a
massa jovem fica irritada, porque eles não transmitem mensagens de interesse
para a juventude. Logo, a sua continuidade na Comissão Política da FRELIMO já
não faz bem para a imagem do partido, mormente porque os seus nomes estão
associados a negócios que hostilizam populações em Cabo Delgado. Eles estariam
bem como ansiãos do partido, sem assento nos órgãos centrais. Insistirem em
continuar nestes órgãos só contribui para a descredibilização da seriedade dos
mesmos e da FRELIMO. Este é apenas um exemplo do que os bons militantes DEVEM
dizer aberta e publicamente, para restaurar a boa imagem do partido no seio do
povo. Outros exemplos existem...
Eu
disse.
Palavra
d'honra!
(J.Julio
Cumbana in facebook)
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