O presidente do Conselho Municipal da Beira,
Daviz Simango, disse em entrevista que o
Master Plan, concebido colectivamente por vários sectores da sociedade e parceiros da edilidade, constitui um dos
instrumentos basilares para a edificação de uma Beira sustentável. Nesta conversa
aborda os contornos do referido plano, os resultados da conferência de
investidores ocorrida em Setembro de 2015 e ainda se projecta mais um
outro evento internacional com vista a atrair potenciais investidores que se
interessem pelos projectos da urbe. Falou da necessidade de se
juntar sinergias para desembaraçar barreiras e, para tal, conta com o
apoio de todos, desde o Governo central e provincial. Presta vénia aos
governos da Holanda, Alemanha e Banco Mundial por seu envolvimento técnico em
projectos em carteira.
O Conselho Municipal da Beira (CMB) tem usado o MasterPlan
como sua bandeira, afinal qual foi a motivação da concepção deste plano?
Agradecemos a este semanário por esta oportunidade
que nos dão para nos debruçarmos em torno deste importante projecto. Devo dizer
que somos daqui e vivemos aqui, o que nos impõe que comecemos a preparar o
futuro de forma sustentável. A cidade da Beira está localizada no
delta do Rio Púnguè. Este curso de água desagua no Oceano Indico e, como deve
perceber, este processo natural e outras conjunturas fazem com que a nossa urbe
enfrente muitas mudanças, primeiro devido ao crescimento económico e da
população, o que influencia profundamente na demanda de ocupação de novos espaços, isto é, a
procura de terra para edificação de infra-estruturas, por um lado, e, por
outro, têm como desafios provocados pelas mudanças climáticas e escassez de
recursos. Embora haja uma forte e positiva correlação entre crescimento
económico e urbanização, esse potencial relacionamento não é espontâneo e nem
se desenvolve por si mesmo, daí a necessidade de se edificar pilares centrais
para um desenvolvimento económico urbano sustentável. Portanto, o CMB tinha de
adoptar e estabelecer uma conexão entre dinâmicas de urbanização e o processo
desenvolvimento, eis a razão de desenvolvermos o MasterPlan de modo a proporcionar
alicerces normativos para a acção, os princípios operacionais, as estruturas
organizacionais e as relações institucionais e sociais que se encaixem no
processo de urbanização.
Em que consistiu a preparação do MasterPlan?
Enquanto gestores
urbanos temos como missão de criarmos condições que permitam o
desenvolvimento saudável da vida dos munícipes. Garantir a protecção contra
as calamidades, criar um ambiente atraente para investimentos e que
possam proporcionar emprego, melhorar a prestação de nesses serviços e
mobilização dos munícipes,
busca intervenções e de parcerias inteligentes e
atraçcão de oportunidades para o sector privado. Face a esta missão e uma visão para
que a Beira se torne numa cidade próspera, segura, saudável, empreendedora, atractiva,
empregadora e bonita; bem como tivemos processo plan colocando estudo
aspectos saber: situação iniciativas económicas e c e c e colhas estratégicas e
possibilidades de vários cenários e indicadores, escala regional e respectivas
oportunidades, vários módulos de simulação de vários cenários corelacionados
com as mudanças climáticas e variações do nível do mar, agenda e projectos. Para
tal, tivemos de trabalhar com vários interlocutores e agentes de mudanças, criamos uma
equipa de gestãon composta pelos técnicos e gestores do Município, um
conselho consultivo composto por vários extractos sociais da Beira e por uma
equipa técnica do projecto composta por consultores holandeses e nacionais. No
fim submetemos a Assembleia Municipal, cuja aprovação foi em 2014.
Quais são os conteúdos do Master- Plan? Bom, tivemos de realizar uma série de combinações e interdependências dos conteúdos
tendo em conta várias actividades, tais como industriais e comerciais, o
uso do solo e da agricultura, o Porto da Beira, infra-estruturas vitais que
possam impulsionar a economia, a energia, o turismo, aspectos de urbanização, a
demografia e social, o reassentamento, os serviços públicos, aspectos
ambientais, protecção costeira, abastecimento urbano de água, gestão de bacia
hidrográfica, a gestão da água, gestão de resíduos e saneamento, paisagem e
ecologia, recursos naturais entre outros. Naturalmente esse exercício todo foi feito
porque precisávamos obter resultados que podiam satisfazer um plano de urbanização
que garantisse soluções técnicas diversas e as questões ambientais.
Quais são os conteúdos do Master- Plan? Bom, tivemos de realizar uma série de combinações e interdependências dos conteúdos
tendo em conta várias actividades, tais como industriais e comerciais, o
uso do solo e da agricultura, o Porto da Beira, infra-estruturas vitais que
possam impulsionar a economia, a energia, o turismo, aspectos de urbanização, a
demografia e social, o reassentamento, os serviços públicos, aspectos
ambientais, protecção costeira, abastecimento urbano de água, gestão de bacia
hidrográfica, a gestão da água, gestão de resíduos e saneamento, paisagem e
ecologia, recursos naturais entre outros. Naturalmente esse exercício todo foi feito
porque precisávamos obter resultados que podiam satisfazer um plano de urbanização
que garantisse soluções técnicas diversas e as questões ambientais. Queremos melhorar o nosso sistema fiscal local,
endurecer a nossa capacidade interna de receitas e da gestão das mesmas, de
modo a serem um real vectorde desenvolvimento. Queremos assegurar os investimentos
em serviços urbanos básicos, pois o planeamento apropriado permite a provisão
de serviços urbanos básicos mais baratos tais como água, saneamento, maior
resiliência, mitigação eadaptação das mudanças climáticas, redução da pobreza e
políticas voltadas aos mais necessitados.
Quais são os grandes parceiros neste momento da
Beira? São vários. Os
holandeses estiveram desde a primeira hora a liderar a assistência técnica
e financeira em relação ao Masterplan, e estão neste momento a
trabalhar com o Município na assistência e financiamento do cadastro, na
estrada de acesso ao porto, no abastecimento de água, por outro
lado, temos cooperação Alemã, o KFW e GIZ, que muito tem feito desde a
mitigação das mudanças climáticas, resíduos sólidos, as infra-estruturas
verdes, o rio Chiveve que volta ao convívio com a cidade. O Banco Mundial que
trabalha connosco também na assistência técnica e financiamento temos o registo
da reabilitação das valas do Chiveve, as obras de infra-estruturas verdes que
oportunamente começarão, de certeza a constituir o maior parque de género em
África, no saneamento e na promoção de gestão de lamas fecais conhecida que é a
nossa vulnerabilidade, no abastecimento de água, e agora há uma janela
para o campo dos transportes e desenvolvimento portuário e temos muitos
outros como a União Europeia, UN Habitat, Real Equity For All, PRODIA, PRODEM, o
dialogo entre outros parceiros fundamentais.
Que avaliação faz sobre a operacionalidade do Rio Chiveve
face às últimas chuvas registadas na Beira, que destruíram infra-estruturas, sobretudo as estradas? Não sei se se lembra de que o fecho do Chiveve
trouxe grandes desafios para a cidade. Houve degradação do
ecossistema, ausência de drenagem natural que trouxe vulnerabilidade acrescida
a inundações, altos níveis de poluição devido ao depósito de resíduos sólidos e fecalismo,
contaminação da água e do solo com graves riscos à saúde pùblica, foco de
esconderijo de criminosos e com consequências graves a segurança. Portanto, com
a abertura do Chiveve, ampliou-se o leito do Rio, criou-se uma lagoa de
retenção, aumentamos a retenção das águas de 61.600 metros cúbicos para 247.000
metros cúbicos, houve reflorestamento dos mangais, construiu-se comportas para
regulação de marés, para além de se ter dragado o cais de pescas, naturalmente
todo o cenário negativo que tínhamos faz parte do passado, as chuvas que recentemente caíram,
o sistema do Chivevefuncionou e se comportou bem, todas as áreas que
drenam para esta bacia o fizeram com eficiência, portanto estamos satisfeitos
com os resultados.
E as obras de reabilitação do Chiveve? Gostaria de trazer à memória o
problema de drenagem e saneamento da Beira, uma Cidade plana
e de muita baixa altitude, o que proporciona condições naturais de deficiência
de drenagem e elevado risco de inundações. Notando que as preia-mares de águas vivas
atingem 7,10 metros e que alguns locais o leito de certos arruamentos e quintais
se situa 20 ou 30 centímetros abaixo dos 7,00 metros, não falando dos terrenos livres
onde há cotas inferiores a 6,00 metros, logo se compreende a existência de
nível freático elevado, influenciado pela oscilação das marés, e avaliamos as dificuldades
extraordinárias de que se reveste, nesta terra, qualquer problema de enxugo ou
de drenagem por gravidade, seja ela de carácter pluvial, seja de natureza sanitária,
especialmente pela ausência quase absoluta de altitude e de desníveis naturais
aproveitáveis, bem como pela falta de capacidade de absorção de um solo e
de um subsolo praticamente saturados de água durante todo o ano. Dadas as
características acima mencionadas, o volume de precipitação não tem possibilidades naturais
de ser conduzido ao Púngoè ou directamente ao oceano entre duas marés altas
consecutivas.
Criam-se assim, durante a época das chuvas, extensos lençóis de água
sobre o terreno, que apenas parcialmente se evaporavam ao longo da estação
seca, permanecendo algumas depressões com água estagnada desde cada estação
chuvosa até à seguinte, mantendo-se deste modo, durante todo o ano, condições
propícias à postura e desenvolvimento de mosquitos e propagação de cólera. Eis
a razão da necessidade de retalhamento da cidade por uma rede de canais de
drenagem convergentes com saída para o mar, para se garantir a melhoria notável
na salubridade do meio. Portanto, o sistema de drenagem é complexo que requer
estudos especializados, daí que se deve ter em conta vários aspectos
condicionantes tais como a estrutura de escoamento que se encontrava
insuficiente e num estado precário de conservação; a Geomorfologia: terrenos
planos e áreas com altitude abaixo do nível do mar; Geologia: terrenos
impermeáveis e níveis freáticos elevados; a Precipitação elevada com fenómenos
frequentes de elevada intensidade e duração; o Clima: sujeição a fenómenos do
tipo ciclone; Marés: variações importantes com amplitudes máximas de até 7.10
metros e as alterações climáticas: Intensificação dos fenómenos de precipitação
(aumento aproximadamente 20 por cento em 25 anos), aumento do nível médio do
mar (aumento aproximadamente14 centímetros em 25 anos), intensificação dos
fenómenos de erosão costeira e aumento da frequência de fenómenos do tipo
ciclone.
…. alguma solução? Há várias soluções complementares que podem ser
tomadas, mas para amelhoria notável na salubridade do meio, é
importante para nós o alargamento das secções dos canais que se vão subdividir em
reperfilamento, revestimento e construção de bacias de armazenamento. No
entanto, neste processo ainda se seguem novos pontos de descarga
estrategicamente localizados; segmentação da rede de drenagem para dispersão e
repartição dos caudais colectados e a gestão integrada dos diversos segmentos
de redes com instalação de pontos de conexão interna para recurso e segurança e
para optimização dos caudais de descarga.
Por questões económicas e oportunidades e de acordo
com os resultados, estabelecemos a construção e a reabilitação do sistema de
drenagem em três fases de intervenção: A primeira fase, ou seja Fase
1, consistiu na intervenção nos canais A0, A2 e A4, construção da Bacia de
Armazenamento da Maraza, obras de beneficiação urgentes na rede secundária de drenagem
na zona da Mananga; (intervenção ditada por razões sociais e de custo-benefício
e limitada pelos fundos disponíveis); A segunda fase consistirá na
intervenção nos canais A1 e A3, construção da bacia de armazenamento da Chota-Estoril,
beneficiação e extensão da rede secundária de drenagem na Zona da Chota (que
mais valoriza as intervenções realizadas na 1ª Fase); e Fase três que é a
construção dos sistemas de drenagem das zonas do Alto da Manga, Munhava e
Maraza, e terminação das obras de beneficiação na zona da Chota. O desafio
neste momento é mobilizar recursos para as fases dois e três, o que de certo modo
vai melhorar a salubridade. Para nós, é fundamental que as outras duas fases
aconteçam.
A quantas é que anda o projecto de infra-estruturas
verdes. Tem pés para andar? Tem sim fundos confirmados pelos dois financiadores,
o Banco Mundial e a KFW, estamos em processo técnico de empreitada,
oportunamente as obras irão começar com objectivo claro de proteger os
ecossistemas do Chiveve e arredores (urbanização, poluição); melhorar a
adaptação baseada nos ecossistemas; protecção contra inundação e tempestade,
purificação do ar, água e solo; balanceamento de temperaturas no centro da
cidade e outros benefícios correlacionados, como oportunidades para emprego
devido às actividades económicas (mercados, restaurantes e quiosques),
turismo, lazer devido ao anfiteatro e espaços verdes, segurança devido à
protecção, saúde devido ao circuito de manutenção e educação oportunidade
realização de palestras e descobertas de diversas plantas e naturalmente estudo
do ecossistema.
Um dos projectos inseridos no Masterplan é a
estrada do acesso directo ao Porto. Em que estágio estamos? Sim temos a estrada de acesso
directo ao Porto da Beira, neste momento estão assegurados os
custos de estudos de viabilidade
e do traçado financiado pela embaixada da Holanda. Na semana passada
esteve entre nós o consórcio que está a trabalhar nesta matéria.
Esperamos que entre Dezembro e Fevereiro do próximo ano tenhamos
tudo pronto e comecemos a mobilizar mais recursos, uma vez que estão garantidos 45 por cento do valor da obra que seráfinanciado pelo FMO, uma instituição financeira
holandesa. Isso quer dizer que temos de trabalhar com as autoridades centrais,
sector privado e outras instituições na mobilização desses recursos. A
construção da estrada é por nós rotulada como uma das prioridades no quadro do Masterplan,
a sua construção irá contribuir para o desenvolvimento sustentável
da cidade da Beira. Pois a construção de uma nova estrada vai redireccionar o
tráfego, especialmente o tráfego pesado, criando condições para fluidez do
trânsito e redução dos custos de manutenção das estradas urbanas da cidade. O
Conselho Municipal já respondeuao inquérito levado a cabo pelo consórcio e temos
esperança, à semelhança do que fizemos na elaboração do Master Plan,
em envolver vários actores de mudança, o mesmo estamos a fazer para a estrada
de acesso directo, que naturalmente vai ser um grande factor e vector de
desenvolvimento, na medida em que vai influenciar positivamente na nossa
economia.
Na sessão da Assembleia Municipal falou das
estratégias que pretende em relação ao cadastramento e registos de terrenos.
Pode desenvolver mais. O cadastro de Beira é herdado da época colonial.
Isso significa que é quase inteiramente no papel. As operações ocorrem não com
base na localização ou nome (sobrenomes registados em banco de dados
municipal), mas com base na transacção (DUAT – Direito do Uso e
Aproveitamento da Terra). Como um sistema em si para controlo e registo é
desatualizado. E porque o arquivamento é feito ao nível dos postos
administrativos e a própria secretaria do cadastro, mas bastante aleatório, os
dados não são facilmente acessíveis. Daí ser necessário inverterm este cenário
caduco e não fiável, recorrendo-se a várias técnicas de registos mais modernos
e informatizados. Tendo sido efectuado o diagnóstico era preciso quebrar com as práticas anteriores, o
Município da Beira conscientedas consequências disto, priorizou a reorganização
e digitalização do cadastrodevido ao aumento dramático da demanda de terrenos
para os diversos fins económicos e sociais e pelo facto de não estarmos
satisfeitos com a forma como está organizado e nas condições em que
funciona, desde o arquivo e a forma precária de controlo.
Daí contactamos o
cadastro holandês, que por sinal apresenta novas tecnologias e métodos de
controlo eficiente, embora internamente estávamos a iniciar um processo mesmo
assim estava longe de ser o que queríamos, daí a parceria com as
autoridades do cadastro, de modo a garantir a eficiência e eficácia funcional, apresentamos
o que de facto queríamos e juntos desenhamos o pacote que consideramos ser
um passo importante para as soluções dos problemas. Temos objectivos de
criação de capacidades profissionais para a gestão do solo urbano no
Município, através da introdução do sistema digitalizado de cadastro;
assegurar a introdução de rotinas técnicas e administrativas que possam
garantir uma maior celeridade no atendimento ao público de forma geral e na
tramitação de requerimentos e melhor a organização do uso do solo nas áreas de
intervenção. Por outro lado, a digitalização vai permitir fazer interligação e
cruzamento nos bancos de dados de controlo de receitas, num sistema de gestão
financeira concebida pelo Município, vai permitir melhorar a informação do
sistema de endereçamento e facultar o sistema de controlo financeiro do
Município toda informação complementar para fontes de receitas e tributação.
Haverá algum projecto que lhe tira sono? Não sei o que lhe dizer, mas os meus olhos devem dizer sim, tenho orgulho de ser
beirense e de servir esta cidade, tudo o que toca a Beira mexe com a minha parte. Um
dos projectos que vai dinamizar o desenvolvimento e a economia de
Moçambique é a empresa de desenvolvimento de terras. Estamos empenhados no
sentido de dinamizar e melhorar a nossa administração municipal com dois
propósitos: o controlo e a demanda financeira por um lado e, por outro, dar
resposta à procura de espaços para diversos fins. O Conselho Municipal da Beira
vem definindo políticas de reestruturação do Município e de dinamização da gestão
autárquica, conforme definido no seu programa de acção. Nesse contexto, vem
assumindo um exercício de interpretação de como governar uma edilidade num
cenário de descentralização. E as tónicas fundamentais centram-se em quatro
vectores, que são modelo de administração reestruturado; intervenção dirigida e
directa no que respeita à resolução de problemas concretos;abertura à
dinamização de associações e parcerias com investidores privados e a utilização
plena das possibilidades facultadas pela autonomia financeira e patrimonial. Tal
Programa de Gestão Municipal Integrada preconiza e compatibiliza uma lógica de
intervenções a curto, médio e longo prazo, identificando as acções a ela
ligadas, bem como as motivações e objectivos enquadráveis. As
parcerias a eleger deverão ter uma participação financeira de carácter
diferenciado.
É com este propósito e visão, decidimos fazer a empresa de
desenvolvimento de terras, que ainda esta na sua fase de constituição, tudo vai
depender do estágio e das autorizações que esperamos do Maputo para a
viabilização do projecto de interesse público. Os estudos de viabilidades foram
feitos e estudados cinco métodos de dragagem, o que realmente queremos é ter a
permissão no mar para extrairmos material que vai servir de aterros às várias áreas identificadas no Masterplan, o que
pode ser feito duma forma directa com parceiros privados ou públicos como a Emodraga
e outros já temos reservados 500 hectares para o desenvolvimento da
zona industrial e de 500 para o desenvolvimento de áreas de habitação,
esperamos com essas novas áreas de desenvolvimento garantir as cotas mínimas
de aterros, a construção de infra-estruturas de água, de energia, de
esgotos, de drenagem de estradas e assim os munícipes estarão a construir em condições
seguras. Por outro lado, devido a elevados custos de obras de protecção
costeira, queremos é usar o material dragado para reposição das dunas, com
custos extremamente baixos, com oportunidade de alargamento das nossas praias e
consequentemente oportunidade para infraestruturasturísticas e do turismo em
si. Com estes procedimentos, vamos integrar a equidade na agenda do
desenvolvimento da Autarquia, que por sinal é uma questão de justiça social, assegurar o acesso
à esfera pública, estendendo as oportunidades e aumentando a igualdade. Montar
um projecto envolvente e estruturado com impactos positivos a diversos níveis:
Qualidade arquitectónica e urbanística; impactos sociais positivos e criação
de modelos integrados de operação; proporcionar situações que resolvam de forma natural, problemas de equilíbrio ambiental, com consequências directas
na redução de custos de investimento futuro do CMB, nomeadamente no que
se refere à infraestruturas públicas e de erosão costeira. Criar oportunidades
de negócio e do projecto, com impactos directos no abaixamento dos custos
unitários de construção civil. Garantir o reordenamento e requalificação das
diversas zonas informais, e naturalmente a redução do desenvolvimento dos assentamentos
informais evitando ocupações ilegais e inadequadas.
Com este progresso quererá dizer que a conferência
de investidores está a produzir resultados? Bom, enquanto pessoa muito envolvida por
dentro e conhecendo os desafios todos de afirmação e de desenvolvimento,
digo-lhe de que estou muito Satisfeito que o Plano Director/Beira
MasterPlan está a ter uma função de coordenação e mobilização de fundos
para investimento na Beira. Estou também ciente de que a realização do
MasterPlan vai requerer mais investimento e que a Beira precisa
de investir na adaptação às mudanças climáticas o mais
rapidamente possível. Tenho esperança que os parceiros actuais possam
continuar os seus investimentos no futuro, e tenho também esperança
que outros parceiros de investimento possam ser identificados com
ajuda dos presentes e das pessoas de bem. Naturalmente estamos disponíveis e continuaremos
a assumir um papel activo nos contactos com potenciais investidores e
financiadores internacionais, e como não deixaria de ser a nível nacional a todos
os níveis de decisão. Esperamos realizar mais uma conferência do género ainda
este ano, e queremoscontinuar a contar com todos os parceiros especialmente os
Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), que de mãos dadas demos um exemplo de que
quando há vontades e empenho é possível sim organizar com sucesso, bem como os
nossos consultores holandeses que foram impecáveis na assistência técnica e
institucional.
0 comments:
Enviar um comentário