A polícia moçambicana negou a autoria da emboscada no
sábado contra a caravana do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, atribuindo o
ataque a um grupo de desconhecidos. "Quem disparou não consigo
descortinar", afirmou, em declarações á Lusa, Armando Mude, comandante da
Polícia da República de Moçambique (PRM) em Manica, sobre o ataque contra a
coluna de viaturas onde seguia o líder da Resistência Nacional Moçambicana
(Renamo), principal partido da oposição, no centro do país. "A informação
que tenho é da existência às 19:30 de um tiroteio, um pouco depois do
cruzamento de Tete. Eu não consigo chegar lá, porque trata-se de uma caravana
de homens armados [da Renamo], com um efetivo de cerca de 40 a 50 homens",
declarou Armando Mude.Uma caravana em que seguia o líder do maior partido da
oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, foi [12 setembro] atacada ao início da
noite na província de Manica, centro de Moçambique, havendo cinco feridos, mas
o líder da “perdiz” saiu ileso do incidente.O ataque, testemunhado pela Lusa no
local, foi dirigido por homens da Unidade de Intervenção Rápida (UIR/FIR) cerca
das 19:00 em Chibata, junto do rio Boamalanga, quando a comitiva de Dhlakama
regressava de um comício em Macossa e se encaminhava para Chimoio, capital de
Manica, centro do país.Os militares da Renamo responderam aos tiros e entraram
no mato em perseguição dos homens da UIR, enquanto o resto da comitiva,
incluindo Dhlakama, permaneceu no local.O carro do presidente da Renamo não foi
atingido, mas o motorista de um dos veículos da caravana ficou ferido com
gravidade.Um militar da Renamo avançou à Lusa a existência de outros quatro feridos
entre os homens da UIR.A comitiva retomou a sua marcha cerca das 20:30 em
direção a Chimoio, onde é esperada uma declaração de Dhlakama sobre o
incidente.
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