quinta-feira, dezembro 11, 2014

"Que iniciativas como esta sejam seguidas"

A Primeira Dama mocambicana, Maria da Luz Guebuza, exortou a comunidade literária para que escreva mais obras em Braille, um sistema de leitura com o tacto para deficientes visuais.Maria da Luz Guebuza, que falava hoje, em Maputo, durante o lançamento, do livro escrito em braille “O Leão, a Mulher e a Criança”, da autoria da Fátima Langa, afirmou que a leitura torna as crianças, e os adultos cada vez mais activos e profícuos em perceber fenómenos em seu redor.A Esposa do Presidente da Repulica frisou que mais livros escritos em Braille devem ser postos em circulação para que os menores (adultos tambem) incapazes de decifrar a leitura normal possam se sentir incorporados na sociedade.“Que iniciativas como esta sejam seguidas. Dou o meu encorajamento para que mais livros sejam escritos e postos em disposição do povo moçambicano”, disse Da Luz Guebuza, que não escondeu a sua satisfação em ver a autora, também, a preocupar-se com o bem-estar das crianças moçambicanas.“A Fátima lembrou-se das criancas, aquelas que não podem ler normalmente”, disse Da Luz Guebuza, demonstrando afecto perante os presentes, que incluiam cerca de 10 crianças e adultos deficientes visuais.Da Luz Guebuza vincou que as crianças precisam de leitura e de outros meios para poderem conhecer o mundo que os rodeia.Por sua vez, Fátima Langa descreveu a inspiração que lhe levou a transformar o livro original, lançado em Março do corrente ano, para a escrita Braille.“Vivo há 200 metros de uma escola de educação especial e quando via crianças com deficiência visual ficava comovida”, contou aos presentes.Ela disse que com a obra em Braille os pais e encarregados de educação terão facilidades e respeito pelas necessidades dos seus filhos e de parentes, uma vez que os contos vão alegrar as crianças com a deficiência visual.A obra, com cerca de 30 páginas, narra contos infantis, com destaque para uma mulher que consegue dominar as garras de um leão que quis despedaçar uma criança.Para a Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO), a obra constitui uma mais-valia, uma vez verificar-se actualmente a fraca disponibilidade de livros em Braille no país.

A representante da AEMO no evento, Márcia dos Santos, disse, na sua mensagem, que o país só tem a ganhar com a obra.“Este livro vai certamente juntar-se aos escassos meios didácticos disponíveis em Braille e isso permitirá garantir, não apenas a integração social dos alunos com cegueira, mas também melhorar o seu aproveitamento pedagógico”, afirmou Márcia dos Santos.No fim, a autora ofereceu à Primeira Dama 30 exemplares.

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