A Primeira Dama
mocambicana, Maria da Luz Guebuza, exortou a comunidade literária para que
escreva mais obras em Braille, um sistema de leitura com o tacto para
deficientes visuais.Maria da Luz Guebuza, que falava hoje, em Maputo, durante o
lançamento, do livro escrito em braille “O Leão, a Mulher e a Criança”, da
autoria da Fátima Langa, afirmou que a leitura torna as crianças, e os adultos
cada vez mais activos e profícuos em perceber fenómenos em seu redor.A Esposa
do Presidente da Repulica frisou que mais livros escritos em Braille devem ser
postos em circulação para que os menores (adultos tambem) incapazes de decifrar
a leitura normal possam se sentir incorporados na sociedade.“Que iniciativas
como esta sejam seguidas. Dou o meu encorajamento para que mais livros sejam
escritos e postos em disposição do povo moçambicano”, disse Da Luz Guebuza, que
não escondeu a sua satisfação em ver a autora, também, a preocupar-se com o
bem-estar das crianças moçambicanas.“A Fátima lembrou-se das criancas, aquelas
que não podem ler normalmente”, disse Da Luz Guebuza, demonstrando afecto
perante os presentes, que incluiam cerca de 10 crianças e adultos deficientes
visuais.Da Luz Guebuza vincou que as crianças precisam de leitura e de outros
meios para poderem conhecer o mundo que os rodeia.Por sua vez, Fátima Langa
descreveu a inspiração que lhe levou a transformar o livro original, lançado em
Março do corrente ano, para a escrita Braille.“Vivo há 200 metros de uma escola
de educação especial e quando via crianças com deficiência visual ficava
comovida”, contou aos presentes.Ela disse que com a obra em Braille os pais e
encarregados de educação terão facilidades e respeito pelas necessidades dos
seus filhos e de parentes, uma vez que os contos vão alegrar as crianças com a
deficiência visual.A obra, com cerca de 30 páginas, narra contos infantis, com
destaque para uma mulher que consegue dominar as garras de um leão que quis despedaçar
uma criança.Para a Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO), a obra
constitui uma mais-valia, uma vez verificar-se actualmente a fraca
disponibilidade de livros em Braille no país.
A representante da
AEMO no evento, Márcia dos Santos, disse, na sua mensagem, que o país só tem a
ganhar com a obra.“Este livro vai certamente juntar-se aos escassos meios
didácticos disponíveis em Braille e isso permitirá garantir, não apenas a
integração social dos alunos com cegueira, mas também melhorar o seu
aproveitamento pedagógico”, afirmou Márcia dos Santos.No fim, a autora ofereceu
à Primeira Dama 30 exemplares.
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