Destroços do voo TM 470, das Linhas
Aéreas de Moçambique (LAM), que partiu as 11h26 desta sexta-feira (29) do
aeroporto internacional de Mavalane, na capital de Moçambique, e que não chegou
a Luanda, capital angolana, foram encontrados pela polícia da Namíbia no último
sábado. "O avião foi encontrado em
cinzas, não há sobreviventes" afirmou a agência de notícias Reuters o Coordenador
Regional da Polícia de Kavango, na Namíbia, identificado pelo nome de Willie
Bampton. Seguiam a bordo do Embraer 190 (CHAIMITE), fabricado e adquirido pelas LAM em 2012 no
Brasil, 33 pessoas, e não 34 como inicialmente as LAM informaram. Dos passageiros dez eram moçambicanos, nove
angolanos, cinco portugueses, um francês, um brasileiro e um chinês, e seis
tripulantes. Fonte não oficial indica que o Comandante do voo TM 470 era um
moçambicano com larga experiência aos comandos de aeronaves das LAM, com mais
de 4 mil horas de voo, já era Chefe de Operações e até Instrutor de voo. Esta
não era a primeira vez que o Comandante, que por respeito a família enlutada não
divulgamos o seu nome, fazia o voo Maputo - Luanda e vice-versa. O seu co-piloto também era moçambicano e
apesar de jovem tinha experiência de voo, com pelo menos 1000 horas nos aviões
da companhia aérea moçambicana. Este é o
primeiro acidente em que um avião das Linhas Aéreas de Moçambique se despenhou
e os ocupantes morreram, em 33 anos de operações nacionais e internacionais da
Companhia aérea moçambicana. Desde 2011,
altura em que a LAM foram banidas de voar no espaço aéreo europeu, a empresa
começou a renovar a sua frota, anteriormente composta por aparelhos Boeing, por
modernos aviões como o que despenhou-se nesta sexta-feira (29). Para além do
Embraer 190, a LAM utiliza os modelos 120 e 145 da Embraer, Q 400 da canadiana
Bombardier e um Boeing 737-500, produzido nos Estados Unidos.
Um piloto moçambicano com larga
experiência de voo, que prefere manter anonimato, esclareceu que a falta de
informação oficial sobre o que terá acontecido com o voo TM 470 é sinal de que
o Embraer das LAM despenhou-se e a falta de contacto indica que poderá ter sido
fatal para todos ocupantes."A informação que tenho é que o avião
desapareceu do radar a 5 mil pés por minuto portanto vem a cair não vem a
descer normalmente, é uma descida quase que em queda (...) e ali naquela região
não há nenhuma pista portanto não deverá ter feito aterragem de
emergência".Segundo a fonte, na última comunicação que a aeronave manteve
com a torre de controle com quem estava em contacto deve ter informado o que se
estava a passar "dá sempre tempo de informar o que está acontecer, por
isso há dois pilotos, um que está a voar e outro que está a comunicar. Logo que
sentem emergência o piloto tem a frase mayday mayday porque está a pedir ajuda,
está a declarar emergência."Por outro lado, segundo o piloto, mesmo em
caso de uma aterragem de emergência passou tempo demasiado sem haver nenhum
contacto nem mesmo com os passageiros "hoje em dia a maioria das pessoas
tem um telemóvel com roaming, e mesmo que a zona seja remota haverá um telefone
fixo e teriam comunicado por isso que
digo que provavelmente foi fatal para todos."
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