terça-feira, dezembro 17, 2013
Mais um suspeito da morte de portugues
segunda-feira, dezembro 16, 2013
Sinto-me perseguido dentro do meu país!!!!!
domingo, dezembro 15, 2013
Mau tempo, razão da queda do Embraer da LAM?
Recorde-se que avião desceu muito rapidamente, à razão de cerca de 30 metros por segundo. Perdeu-se o sinal do radar quando ele atingiu cerca de 3 mil pés acima do nível do mar.
A 14 dezembro de 2013 Autoridade de Aviação Civil de Moçambique informou numa conferência de imprensa, que a investigação está em andamento, que as caixas negras(2) a de voz e gravador de dados de vôo foram lidas com sucesso e foram analisadas. Os resultados da investigação até agora descartam qualquer problema mecânico ou problema com a aeronavegabilidade da aeronave como causa do acidente grave.
sábado, dezembro 14, 2013
Com base em pressupostos do Sec. XX
O partido Frelimo anunciou,
finalmente, anteontem à noite (10), os seus três pré-candidatos à Presidência da
República, nas eleições de Outubro de 2014. Todos, nomes conhecidos na política
nacional, porque ocupam cargos relevantes na actual equipa governamental, mas
nem por isso deixa de ser surpreendente a sua escolha.
A entrada de uma nova liderança na Frelimo, que não faz parte da gesta da luta armada, é um marco importantíssimo no país. Representa, verdadeiramente, um momento de ruptura com o passado e um piscar de olhos ao futuro.
De há uns anos para cá, o país vem conhecendo uma viragem crucial no seu processo de desenvolvimento económico-social, com a descoberta de gigantescas reservas de recursos naturais, que auguram um futuro diferente. Tendo a geração dos libertadores cumprido honrosamente o seu papel fundador do Estado moçambicano, impunha-se, e até em reconhecimento ao seu inigualável e irrepetível papel histórico, que se afastasse e estendesse a passadeira vermelha à renovação.
Alberto Vaquina, José Pacheco e Filipe Nhussi representam, simbolicamente, esta transição geracional no partido mais importante deste país. Mas, paradoxalmente, ao mesmo tempo que são uma ruptura, parecem também uma continuidade disfarçada, ou ao menos cautelosa por parte de quem os escolheu. Porque vêm da equipa governamental em exercício e nitidamente a sua escolha tem o dedo indelével de Armando Guebuza, o seu mentor político, legitimando a ideia que há muito se especulava de que o actual presidente vai continuar a influenciar o jogo do poder a partir da liderança do partido – afinal, foi o próprio secretário-geral da Frelimo, que anunciou a estratégia de dois pôlos do poder, ainda em Agosto de 2011.
Ora, a ideia de continuidade subentende que qualquer um deles está para manter o status quo. A insatisfação generalizada que se projecta, via redes sociais ou através de manifestações cada vez recorrentes na nossa sociedade; as importantes vozes que ecoam de dentro da Frelimo, deixando transparecer sinais de fortes divisões internas, mas sobretudo o conteúdo de fundo dos resultados das recentes eleições autárquicas, indiciam que as pessoas – incluindo uma fasquia assinalável de militantes da própria Frelimo - querem mudanças reais e não operações cosméticas.
Isto torna tanto Alberto Vaquina como José Pacheco e Filipe Nhussi candidatos de risco elevado para a Frelimo. Primeiro, porque fica a sensação de que o partido no poder não escolheu os seus melhores candidatos, mas os mais leais ao pensamento dominante no partido. Confirma-se, assim, a tendência de homogeneização do pensamento dentro deste partido e da negação do diferente.
Em segundo lugar, apesar de serem ministros, não se conhece o suficiente as próprias ideias dos três candidatos, porque o modelo do partido de que fazem parte assim não o permite. E lembre-se que o eleito terá apenas 10 meses para se fazer ouvir e convencer.
Em terceiro lugar, nenhum deles tem o respaldo da participação na luta armada, que deu uma aura diferente aos dirigentes libertadores. Eles surgem agora num contexto em que os dirigentes são avaliados como homens de carne e osso, e não os semi-deuses que me ensinaram a ver nos libertadores, ao longo da minha adolescência .
Alberto Vaquina tem na bagagem dois mandatos como governador em Sofala e Tete, mas à altura das quintas eleições autárquicas, terá apenas dois anos de experiência de dirigismo, a nível central, da gigantesca máquina do Estado moçambicano. Filipe Nhussi era até há poucos anos gestor de topo nos CFM, e em Outubro de 2014, terá só seis anos de experiência de governo. José Pacheco é o que tem mais estrada dos três: já foi governador em Cabo Delgado, vice-ministro da Agricultura, ministro do Interior e agora da Agricultura. A isso, junta uma carreira irrepreensível dentro do partido. Mas, dos três, é também o que tem uma imagem pública mais problemática. A sua passagem pelo ministério do Interior foi tudo menos pacífica – o caso dos BI´s biométricos da Semlex nunca foi explicado tal como dificilmente sairá da memória de muitos moçambicanos a frase célebre a chamar vândalos aos manifestantes de 5 de Fevereiro de 2008 para no momento seguinte o Governo ceder às exigências deste movimento. Por outro lado, é preciso não esquecer que é o negociador-chefe da equipa governamental de um diálogo com a Renamo, sem resultados há vários meses. Mais: não é uma figura de gerar empatias facilmente. E isto é apenas uma parte da sua sinuosa carreira ministerial.
Isto torna qualquer um dos três vulnerável, levantando naturais reservas quanto à sua capacidade de manter uma liderança forte, capaz de reunificar o partido, reconciliando as várias tendências indisfarçadamente desavindas e estendendo a mão às elites urbanas, publicamente marginalizadas pelo presidente Guebuza, e aos jovens com diplomas universitários nas mãos, mas sem perspectivas na vida.
Face ao momento que o país vive, e em adição ao que o próprio partido Frelimo passa, impunha-se-lhe que optasse por uma transição mais tranquilizadora, mais aglutinadora, que juntasse as muitas pontas soltas dentro da Frelimo. O caminho escolhido, de afastar ainda mais dos centros do poder as vozes dissonantes, parece ser mais desagregador e de consequências imprevisíveis para a Frelimo.
Por tudo isto, prevejo o fim da Frelimo hegemónica e gloriosa, das vitórias retumbantes e das maiorias absolutas, e um maior aproximar da oposição, como os resultados das últimas autárquicas já deixaram antever.
É certo que, no curto e talvez mesmo médio prazo, a Frelimo a continuará a ser a força dominante do nosso jogo político, mas prevejo uma democracia mais equilibrada com o MDM a capitalizar ainda mais as fissuras que se vão agravar com as escolhas feitas agora pelo partido no poder, atraindo para si o eleitorado urbano desiludido com o novo curso do partido no poder.(J.Langa)
A entrada de uma nova liderança na Frelimo, que não faz parte da gesta da luta armada, é um marco importantíssimo no país. Representa, verdadeiramente, um momento de ruptura com o passado e um piscar de olhos ao futuro.
De há uns anos para cá, o país vem conhecendo uma viragem crucial no seu processo de desenvolvimento económico-social, com a descoberta de gigantescas reservas de recursos naturais, que auguram um futuro diferente. Tendo a geração dos libertadores cumprido honrosamente o seu papel fundador do Estado moçambicano, impunha-se, e até em reconhecimento ao seu inigualável e irrepetível papel histórico, que se afastasse e estendesse a passadeira vermelha à renovação.
Alberto Vaquina, José Pacheco e Filipe Nhussi representam, simbolicamente, esta transição geracional no partido mais importante deste país. Mas, paradoxalmente, ao mesmo tempo que são uma ruptura, parecem também uma continuidade disfarçada, ou ao menos cautelosa por parte de quem os escolheu. Porque vêm da equipa governamental em exercício e nitidamente a sua escolha tem o dedo indelével de Armando Guebuza, o seu mentor político, legitimando a ideia que há muito se especulava de que o actual presidente vai continuar a influenciar o jogo do poder a partir da liderança do partido – afinal, foi o próprio secretário-geral da Frelimo, que anunciou a estratégia de dois pôlos do poder, ainda em Agosto de 2011.
Ora, a ideia de continuidade subentende que qualquer um deles está para manter o status quo. A insatisfação generalizada que se projecta, via redes sociais ou através de manifestações cada vez recorrentes na nossa sociedade; as importantes vozes que ecoam de dentro da Frelimo, deixando transparecer sinais de fortes divisões internas, mas sobretudo o conteúdo de fundo dos resultados das recentes eleições autárquicas, indiciam que as pessoas – incluindo uma fasquia assinalável de militantes da própria Frelimo - querem mudanças reais e não operações cosméticas.
Isto torna tanto Alberto Vaquina como José Pacheco e Filipe Nhussi candidatos de risco elevado para a Frelimo. Primeiro, porque fica a sensação de que o partido no poder não escolheu os seus melhores candidatos, mas os mais leais ao pensamento dominante no partido. Confirma-se, assim, a tendência de homogeneização do pensamento dentro deste partido e da negação do diferente.
Em segundo lugar, apesar de serem ministros, não se conhece o suficiente as próprias ideias dos três candidatos, porque o modelo do partido de que fazem parte assim não o permite. E lembre-se que o eleito terá apenas 10 meses para se fazer ouvir e convencer.
Em terceiro lugar, nenhum deles tem o respaldo da participação na luta armada, que deu uma aura diferente aos dirigentes libertadores. Eles surgem agora num contexto em que os dirigentes são avaliados como homens de carne e osso, e não os semi-deuses que me ensinaram a ver nos libertadores, ao longo da minha adolescência .
Alberto Vaquina tem na bagagem dois mandatos como governador em Sofala e Tete, mas à altura das quintas eleições autárquicas, terá apenas dois anos de experiência de dirigismo, a nível central, da gigantesca máquina do Estado moçambicano. Filipe Nhussi era até há poucos anos gestor de topo nos CFM, e em Outubro de 2014, terá só seis anos de experiência de governo. José Pacheco é o que tem mais estrada dos três: já foi governador em Cabo Delgado, vice-ministro da Agricultura, ministro do Interior e agora da Agricultura. A isso, junta uma carreira irrepreensível dentro do partido. Mas, dos três, é também o que tem uma imagem pública mais problemática. A sua passagem pelo ministério do Interior foi tudo menos pacífica – o caso dos BI´s biométricos da Semlex nunca foi explicado tal como dificilmente sairá da memória de muitos moçambicanos a frase célebre a chamar vândalos aos manifestantes de 5 de Fevereiro de 2008 para no momento seguinte o Governo ceder às exigências deste movimento. Por outro lado, é preciso não esquecer que é o negociador-chefe da equipa governamental de um diálogo com a Renamo, sem resultados há vários meses. Mais: não é uma figura de gerar empatias facilmente. E isto é apenas uma parte da sua sinuosa carreira ministerial.
Isto torna qualquer um dos três vulnerável, levantando naturais reservas quanto à sua capacidade de manter uma liderança forte, capaz de reunificar o partido, reconciliando as várias tendências indisfarçadamente desavindas e estendendo a mão às elites urbanas, publicamente marginalizadas pelo presidente Guebuza, e aos jovens com diplomas universitários nas mãos, mas sem perspectivas na vida.
Face ao momento que o país vive, e em adição ao que o próprio partido Frelimo passa, impunha-se-lhe que optasse por uma transição mais tranquilizadora, mais aglutinadora, que juntasse as muitas pontas soltas dentro da Frelimo. O caminho escolhido, de afastar ainda mais dos centros do poder as vozes dissonantes, parece ser mais desagregador e de consequências imprevisíveis para a Frelimo.
Por tudo isto, prevejo o fim da Frelimo hegemónica e gloriosa, das vitórias retumbantes e das maiorias absolutas, e um maior aproximar da oposição, como os resultados das últimas autárquicas já deixaram antever.
É certo que, no curto e talvez mesmo médio prazo, a Frelimo a continuará a ser a força dominante do nosso jogo político, mas prevejo uma democracia mais equilibrada com o MDM a capitalizar ainda mais as fissuras que se vão agravar com as escolhas feitas agora pelo partido no poder, atraindo para si o eleitorado urbano desiludido com o novo curso do partido no poder.(J.Langa)
segunda-feira, dezembro 09, 2013
Vitória folgada da Frelimo
“O aparato da Frelimo vai impor sérias dificuldades à tentativa de a oposição apropriar-se da crescente insatisfação popular contra a elite do partido no poder”, explica.É que segundo aponta a EIU, “a base demográfica de apoio da Renamo (população rural do centro e norte do país) está em erosão. Por outro lado, as tácticas beligerantes do seu líder, Afonso Dhlakama, isolaram-no de um importante sector do eleitorado e terá de lutar para se apresentar como líder político credível”, refere.Por outro lado, segundo a mesma fonte, apesar do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) estar a conseguir uma governação autárquica palpável nos municípios da Beira e Quelimane “o MDM carece de ainda de legitimidade histórica e popular, bem como, financeira, para se apresentar como uma alternativa de governo à altura”, lê-se.
Sobre a queda do Embraer da LAM
Fiquei um tempo pensando se deveria ou não escrever sobre o acidente
com o Embraer E-190 da Linhas Aéreas de Moçambique, ocorrido no último dia 29
de Novembro, principalmente depois da irresponsável notícia dada pelo Jornal
Nacional (e depois no Jornal da Globo). Caso não tenham assistido, o Jornal Nacional deu a notícia do
acidente, com o número de mortes, com a data de venda do jato brasileiro e
encerrou da seguinte maneira: “a LAM está na lista negra da União Européia há
dois anos por falta de segurança“.
Ao encerrar a matéria desta maneira, a Globo decretou (de maneira
subliminar) a causa do acidente como sendo a falta de manutenção da empresa,
neste caso, tanto pilotos como o equipamento [brasileiro] estaria isento de
falhas. Ora, se no momento da notícia os gravadores de dados de voo e voz ainda
não haviam sido analisados, como se pode chegar à conclusão, ainda que
subliminar, de que a “causa” foi o fato de da empresa estar banida de voar para
a Europa?
A LAM possui uma frota enxuta, com aeronaves modernas (três E-Jets
190, dois ERJ-145 e um Boeing 737-500) e o fato de estar “blacklisted” não
significa que seja por falta de segurança. Há diversos fatores que podem levar
a uma lista negra além de segurança, entre elas ações/regimes de governo e
modelos de aeronaves. Um bom exemplo é Angola, cuja empresa TAAG é banida de
voar para Europa, a não ser que use o B777 ou 4 de seus 737-700, ou seja, não é
uma questão de segurança e sim de equipamento. No caso de Moçambique, todas as empresas aéreas são banidas. Eu sei
como são as operações na África, e é fato notório a quantidade de acidentes
que ocorrem por lá (e na Rússia e territórios da antiga União Soviética), mas
não posso afirmar que foi a falta de segurança que causou este acidente,
principalmente porque é uma aeronave de última geração. O que nos leva a esta
pergunta que foi feita ontem no Blog:
“Olá Lito. Sou Virgílio de Carvalho. Muitos parabéns pelo seu blog! Confesso
que era muito leigo a estas matérias de aeronaves. Com o seu blog pelo menos
preenchi 1/100% da minha laicidade (risos). Tenho uma pergunta que advém de uma
realidade trágica: Como explica o desastre aéreo de uma companhia moçambicana
LAM, num voo TM 470, avião que Moçambique comprou ao Brasil em Novembro de
2012. O avião que leva, em média, 97 a 112 passageiros, explodiu matando todos
os 33 passageiros a bordo. Repare que este avião transportava apenas 1/3 da sua
capacidade máxima. Muito obrigado e um abraço.”
Caro Virgílio, não há explicação para acidentes aéreos até que
milhares de fatores sejam analisados. Quando ocorre um acidente (que é raro), é
comum começarem especulações sobre o que “causou”, mas só é possível saber de
verdade os fatos, a causa só depois de muito tempo de investigação.
Estes são os fatos do voo TM-470:

1- O Embraer
ERJ-190, matrícula C9-EMC, seguia de Maputo (Moçambique) para Luanda (Angola)
com 27 passageiros e 6 tripulantes.
2- Em voo de cruzeiro (FL380 ou 38.000 pés) a nordeste de Botswana, a aeronave
iniciou uma rápida descida de aproximadamente 6000 pés/minuto até que se perdeu
o contato por radar.
3- A aeronave foi encontrada no dia seguinte, completamente queimada no
território da Namibia, a aproximadamente 20 quilômetros do aeroporto Bagani
(pista de terra) e a 40 quilômetros de Omega (pista de asfalto).
4- O comandante possuía 9053 horas de experiência, com 1395 em comando e o
co-piloto 1,418 horas.
5- O tempo estava bom.
6- Esta é a foto do local do acidente, que parece indicar uma colisão quase
vertical, dada a ausência de partes da aeronave e a concentração de espaço.
Cabe agora à investigação descobrir o que aconteceu. Por que a descida
se iniciou? Por que não houve contato de rádio? Houve falha estrutural? Houve
descida comandada? Ou não foi comandada? Enfim, são milhares de perguntas a
serem respondidas, por isso não se pode ser explicado de “sopetão” nem atribuir
simplesmente à “falta de segurança”, como a Globo “subliminarmente” tentou
fazer. (LITOS/tecnico brasilieiro/aviõesemusica.com)
Até sempre Madiba!
Compatriotas,
Com um misto de ansiedade e esperança,
vínhamos acompanhando as informações que nos davam conta da situação do estado
de saúde do Presidente Nelson Rolihlahla
Mandela, o símbolo-môr da luta contra o Apartheid e pela dignidade do Povo
sul-africano. Ansiedade, porque não
sabíamos quando é que o seu estado de saúde
iria registar melhorias. Esperança, porque ele demonstrou ao longo da sua vida ser um combatente que saía
vitorioso em muitas e duras batalhas e
que, por isso, também nesta sairia vitorioso, com o apoio da equipa médica que o vinha tratando.
Infelizmente, a nossa ansiedade e
esperança desvaneceram para dar lugar à dor e luto pela perda irreparável deste
génio que o Povo sul-africano gerou e que
o nosso Continente e o resto do mundo reclamam-no como seu herói também.
Apagou-se a voz livre e libertadora, a voz de uma figura emblemática cujos ideais registam seguidores
e beneficiários em todo o mundo.
Apartou-se do nosso convívio o
homem que foi exemplo de coragem, determinação
e perseverança na luta pela transformação de ideais nobres em realidade. O facto de a África do
Sul se orgulhar de ser uma Nação
arco-íris é, em grande medida, um legado e ao mesmo tempo, uma homenagem ao Madiba e à sua visão
sobre como a
diversidade enriquece e
catapulta um País para a estabilidade e progresso.
Graças ao seu brilhante percurso,
ele passou, ainda em vida, a integrar o distinto panteão dos grandes líderes
que a nossa Mãe África produziu e que
são o orgulho da Humanidade inteira. Por
isso, Nelson Mandela: vive, e
viverá para sempre, nos corações de todos aqueles a quem o seu exemplo de vida inspirou;
v vive, e viverá para sempre,
nos corações de todos aqueles que partilham
dos seus ideais de criação de uma sociedade mais justa, unida, onde se cultiva a Paz, o amor ao
próximo e a solidariedade; vive, e viverá para sempre, nos corações de
todos aqueles que no seu dia-a-dia, em palavras e em actos, promovem o desenvolvimento social e económico para o
bem-estar de todos os povos deste
planeta.
Ao longo da sua vida, Madiba
grangeou respeito, simpatia e popularidade,
muito para além das fronteiras do seu belo País. Muitos, pelo mundo fora, beneficiaram dos
seus conselhos, mesmo depois de deixar a
Presidência da República da África do Sul.
Os muitos prémios de organizações
regionais e internacionais com que foi
agraciado e o facto de o seu nome ter sido atribuído a avenidas, edifícios e eventos sublinha o reconhecimento
pelo Mundo da majestade da sua obra.
Neste momento de dor,
consternação e luto, endereçamos ao nosso irmão e amigo, o Presidente Jacob Zuma, ao
Povo irmão sul-africano e à Família do
Presidente Nelson Mandela as nossas mais sentidas condolências. Ao vosso lado, e de mãos dadas, choramos a
perda deste génio, deste ilustre filho
da África do Sul, cidadão de todo o mundo.
Até sempre Madiba!
Maputo, 6 de Dezembro de 2013
Armando Emílio Guebuza
(Presidente da República de
Moçambique)
sexta-feira, dezembro 06, 2013
MADIBA, ícone mundial da luta pela igualdade
Nelson Mandela, símbolo da luta contra o preconceito e líder que guiou
a África do Sul de uma ditadura segregacionista para uma democracia
multirracial, morreu nesta quinta-feira (6), aos 95 anos. Figura inspiradora
por sua incansável resistência ao regime racista do apartheid, Mandela construiu
um dos mais belos capítulos da história do século XX ao se tornar o primeiro
presidente eleito democraticamente na África do Sul, depois de passar 27 anos
preso pela sua oposição à ditadura.O anúncio foi feito pelo presidente sul-africano Jacob Zuma. No pronunciamento transmitido pela TV, ele disse que Mandela morreu em paz, em sua casa em Johannesburgo, em decorrência de uma prolongada infecção pulmonar. “ A nossa nação perdeu o seu maior filho. O nosso povo perdeu um pai. Apesar de sabermos que este dia chegaria, nada pode diminuir nosso sentimento de profunda perda”, disse Zuma, informando que o ex-presidente terá um funeral de Estado.
preso pela sua oposição à ditadura.O anúncio foi feito pelo presidente sul-africano Jacob Zuma. No pronunciamento transmitido pela TV, ele disse que Mandela morreu em paz, em sua casa em Johannesburgo, em decorrência de uma prolongada infecção pulmonar. “ A nossa nação perdeu o seu maior filho. O nosso povo perdeu um pai. Apesar de sabermos que este dia chegaria, nada pode diminuir nosso sentimento de profunda perda”, disse Zuma, informando que o ex-presidente terá um funeral de Estado.
A
saúde de Mandela vinha -se deteriorando nos últimos dois anos, principalmente por causa da infecção pulmonar – resquício de uma tuberculose contraída na prisão. O ex-presidente esteve internado num hospital de Pretória quase três meses, entre junho e setembro, respirando com a ajuda de aparelhos. No início desta semana semana, a filha mais velha de Mandela, Makaziwe, disse que seu pai estava a lutar no seu leito de morte”. "Cada momento, cada minuto com ele me assombra. Às vezes não acredito que sou filha desse homem que é tão forte, tão lutador", afirmou, em entrevista à TV estatal.
saúde de Mandela vinha -se deteriorando nos últimos dois anos, principalmente por causa da infecção pulmonar – resquício de uma tuberculose contraída na prisão. O ex-presidente esteve internado num hospital de Pretória quase três meses, entre junho e setembro, respirando com a ajuda de aparelhos. No início desta semana semana, a filha mais velha de Mandela, Makaziwe, disse que seu pai estava a lutar no seu leito de morte”. "Cada momento, cada minuto com ele me assombra. Às vezes não acredito que sou filha desse homem que é tão forte, tão lutador", afirmou, em entrevista à TV estatal.
quarta-feira, dezembro 04, 2013
Incêndio na Escola Americana
Isto é uma chatice!!!
MDM, um falso gigante!
Hoje vamos reflectir em torno do
Movimento Democrático de Moçambique, um partido de pertença da família Simango,
que nas últimas eleições autárquicas teve um encaixe de apoio dos dissidentes
da RENAMO e também dos que ao longo do tempo viram sua influência na Corte a
perder valor. Afinal o que é o MDM e qual é a sua origem? Como é que se
fez no mercado político e quais são as suas formas de reprodução? Como funciona
a sua estrutura directiva e por que é que ainda que seja um movimento
democrático seja fundamentado em princípios ditatoriais? Em torno destas e mais
questões queremos hoje falar deste falso gigante que vive no Castelo de Areia.
O Movimento Democrático de
Moçambique surge como apoio urgente ao jovem Deviz Simango, que acabava de ser
expurgado da RENAMO por Afonso Dlhakama, líder da RENAMO, por este achar que
quem devia avançar nas eleições autárquicas de 2008 era Manuel Pereira, e não
Deviz que vinha liderando a Cidade da Beira em nome da Perdiz. O general Afonso
Dlhakama achava que era altura de refrescar a máquina na Beira, por medo que o
seu pupilo Deviz o assaltasse o trono dada a popularidade que tinha conquistado
durante o primeiro mandato na cidade da Beira.
Durante a discussão dentro da
RENAMO, o seu líder Afonso Dlhakama conseguiu se impor e colocar seu candidato,
Manuel Pereira. Deviz aventurou a solo e sabia que tinha largas vantagens,
aliás, só o facto de ter sido expurgado da RENAMO já o fazia de menino
abandonado que precisava de apoio e acolhimento, os beirenses jamais podiam o
odiar, o rejeitar, por que era como um Nado que nasceu prematuramente e que
tinha sido abandonado na cidade pelo seu progenitor. Portanto, Deviz e o MDM já
nascem de um conflito e aprenderam muito cedo que era melhor pegar num Cabo
electrificado e depois chorar, gritar bem alto, para fazer crer as pessoas que
aquele Cabo na verdade veio até si e deu-lhe esticão.
Todos sempre o apoiaram não necessariamente
pelo projecto político, mas por ter sido vitima, a prova disso é que o PCN que
nasceu em condições diferentes do MDM não logrou seus intentos mesmo tendo a
família Simango a frente, portanto era preciso que estes fossem “vítimas de
alguma coisa” para que tivessem algum sucesso. Espiritualmente, assim nasceu o
MDM, num parto prematuro vítima da intransigência de Dlhakama e da RENAMO.
Se é verdade que o MDM nasceu em
resultado desinteligências dentro da RENAMO, não é menos verdade que dentro
daquela formação política houve rotura e separação, alguns preferiram aliar-se
imediatamente ao Deviz e outros ficaram a fazer hossanas ao general ora em
parte “incerta”.O cenário em surge o MDM fez com que este partido apostasse na
vitimização como forma de reproduzir-se na sociedade. Quer dizer, os demais
membros aprenderam do seu guia espiritual, Deviz Simango, a ir ao encontro do
Cabo de Alta Tensão, depois de electrocutados gritam e fazem nos crer a todos
nós que o posto de transformação de energia deslocou-se até a casa, a sede
deste partido. O resultado é que temos estes jovens, muita das vezes agindo sob
efeito de droga e bebidas alcoólicas, em escaramuças com a polícia e com os
membros do partido FRELIMO.
Este método de reprodução política
é conhecido por todos mas ignorada pelos intelectuais de costume. Quem é que
não sabe que durante as últimas eleições autárquicas, os membros do MDM feriram
e mataram dois jovens na Massinga? Quem não sabe que os membros do MDM levaram
uma Urna e foram a casa do candidato da Frelimo em Quelimane? Quem é que não
sabe que Manuel de Araújo agrediu fisicamente um cidadão em Gurué? Porque é que
disto pouco ou nada se diz? A quem convém? É que, está assim o camponês a
deixar o Pepino torcer ainda miúdo, pois assim hoje o beneficia. Um dia irá
desejar um Pepino menos defeituoso, e irá recordar-se da nobre oportunidade que
teve de corrigir os erros mas não o fez, pois interessava mais chegar ao poder
que de facto influenciar mudanças.
Esta reprodução ideológica do MDM,
já tirou vida a alguns jovens que foram arrastados por discursos emotivos e
convidados a desobedecer a ordem nacional. A verdade é que tudo terminou ali, o
sonho dos jovens e das suas famílias se esfumou ali, mas catapultou o
maquiavélico discurso do MDM sobre perseguição, mas como vimos, temos aqui
vítimas que não são vítimas na verdade tem o talento de chorar primeiro e desta
forma arrastar incautos.
Facto curioso é que nestes
confrontos nenhum líder do MDM, seu familiar e/ou alguém próximo é ferido,
apenas jovens inocentes, que se juntam a uma causa que não conhecem e assim
justificam fundos alocados para alteração da ordem nacional.
Hoje algumas pessoas afirmam que a
vitória de Deviz Simango era certa na Beira, mas só dizem isso depois dos
resultados. Durante a campanha era notável que Deviz tinha um candidato a
altura e que tudo era possível naquela autarquia, que todos nós sabemos que é
gerida pela família Simango de acordo com seus desejos e apetites. Deviz não
queria correr o risco de perder a cidade, mais uma vez inventou uma crise e
ficou vítima que merecia carinho e atenção. A verdade é que ele organizou o
comício perto da Sede da Frelimo porque sabia que haveria um choque e depois
viriam daí todas consequências. Por isso ele saiu ileso, seu partido não perdeu
nenhum bem. O mesmo já não se pode dizer em relação a Frelimo e o seu
candidato, este saiu ferido e muitas viaturas ostentando panfletos da Frelimo
foram queimadas.
A velha táctica funcionou, mas uma
vez aquele menino “perseguido” atraiu atenção de todos aqueles que durante os
últimos 5 anos viram seus terrenos vendidos a terceiros; aqueles que durante as
últimas cheias clamavam pela presença de um edil que estava preocupado em dar
apoiam as vítimas de Chokwé; aqueles que durante os últimos 5 anos viram
despachos do tribunal a seu favor a serem ignorados pelo edil. Na hora do voto,
o tribalismo que consubstancia o discurso político do Deviz e de Manuel de
Araújo, falou mais alto.
Aquela formação política chama-se
Movimento Democrática de Moçambique, mas à luz dos seus estatutos ninguém é
eleito, todos são nomeados e imaginem por quem? Claro, o Deviz Simango, quer
dizer a família Simango é que manda dentro do partido. Por isso o chefe da
Bancada é o primo de Deviz, Agostinho Ussore, aliás, nesta bancada ainda temos
o cunhado de Deviz, Eduardo Elias.Dentro do partido Deviz lidera o partido como
Presidente, o irmão e o primo, chefe e vice-chefe da bancada, e ainda seu primo
Albano Carije, são membros da comissão política. A liga da Liga da Juventude do
MDM tem como presidente o sobrinho Sande Carmona e o vice-presidente cunhado do
Deviz, de nome Moisés Chenene irmão da esposa. Já a liga feminina é liderada
por uma pessoa de relações histórico-familiares com a família Simango. Aliás,
no passado alguns nomes foram avançados para ocupar posições de destaque dentro
dos órgãos sociais do partido mas debalde. O critério é ser próximo a família.
Ninguém é eleito dentro do MDM,
todos são nomeados, todos são indicados pela estrutura máxima do partido. Por
isso na cidade de Maputo, a campanha do candidato Venâncio Mondlane, esteve
tremida pois ele caiu de pára-quedas dentro do partido o que não agradou a
muitos membros.
Quem é que não sabe que dentro
daquele partido reina a ditadura? Quem é que não sabe que o MDM, tal como a
RENAMO não tem nenhuma seriedade, muito menos uma estrutura partidária
funcional? E por que é que convém apoiar clandestinamente estes jovens? É
que num país como nosso, com as descobertas de minerais, é preciso implantar
regimes fracos e fragilizados, tribalistas, com capacidade que o MDM tem de
dividir o país, o povo e os moçambicanos, para que clandestinamente nossos recursos
sejam sacados.
´Há um investimento clandestino que
visa não necessariamente apoiar o MDM, mas sim fragilizar o país, e sabem os
criminosos envolvidos nesta operação que só apostando neste é possível arrastar
Moçambique a uma crise sem precedentes para depois tirar os lucros. É que os
regimes fracos e fragilizados, são ideais para desordem de um país. O
tribalismo que Manuel de Araújo propala não é a toa, nem tão pouco do Deviz,
aliás, estranho o apoio a este partido vindo de Maputo, quando ouvimos não
raras vezes discursos do tipo “Beira é dos beirenses” “Quelimane é dos
Quelimanenses” “fora dirigentes da Frelimo vindos de Maputo”. Este discurso
está a preparar o futuro fatal para muitos que acreditam neste falso gigante.
O MDM equipara-se a um falso Gigante
que vive num Castelo de Areia, é que a ilusão da grandeza é tal que acredita-se
que o Castelo de Areia erguido na Beira, é capaz de acolher aos moçambicanos. Não
poucas vezes, estranhou-se e questionou-se até o silêncio do MDM face ao
cenário de crise criado pela RENAMO, a verdade é que este partido estava a
esfregar as mãos para que a perdiz não fizesse parte do escrutínio; estava
sobretudo a e rezar para que mais vidas fossem ceifadas ao longo da estrada
nacional para que chegada a época eleitoral, encaixassem mais membros, mais
assentos nas assembleias municipais, e mais finanças para o partido. Foram
contratadas pessoas para fazer campanha na Matola e Tete por exemplo, uma
prática habitual do MDM, que era para dar continuidade as obras do Castelo de
Areia, e aumentar o salto do falso Gigante, debalde.(Jossias Maluleque)
Será desta?
O partido Renamo, o maior da oposição em Moçambique, apresentou ao
secretário do Conselho de Ministros os termos de referência para a indicação de
mediadores e observadores Nacionais e Internacionais, por forma a se prosseguir
com o diálogo que já soma sensivelmente 24 rondas sem sucessos assinaláveis.O diálogo
encravou depois da Renamo, que liderou 16 anos de guerra civil terminada em
1992, exigir a presença, na mesa do diálogo com o governo, de observadores e
mediadores nacionais e internacionais. Em comunicado de imprensa hoje recebido
nas redacções em Maputo, a Renamo
reitera que para as “negociações com o governo” tem apenas uma única delegação,
chefiada por Saimone Macuiana, tendo, o Presidente do Partido, Afonso Dhlakama,
criado uma equipe de ‘especialistas’ para assuntos de Defesa e Segurança, que
somente serão requisitados para assessorar o grupo quando se abordar ‘o ponto 2
da agenda’ atinente as Forças de Defesa e Segurança ou quando se chegar a fase
de preparação da reunião de alto nível entre o Presidente do Partido RENAMO e o
Presidente da República, Armando Guebuza.
No mesmo documento, a RENAMO propõe, para este mês de Dezembro, três
sessões semanais, como forma de se esgotarem os pontos essenciais ainda este
ano.
Sobre os termos de
referência para a indigitação de ‘observadores nacionais e internacionais, bem
como de mediadores nacionais e internacionais’, a Renamo refere que “estes
poderão ser encontrados, a nível nacional, na Sociedade Civil moçambicana,
entre personalidades de reconhecido mérito e idoneidade, nos vários estratos
sociais que compõe o mosaico cultural, social, académico, Religioso do nosso
país e a nível Internacional, na SADC, UNIÃO AFRICANA, UNIÃO EUROPEIA, EUA, e
ONU’. Quanto a operacionalização, a Renamo propõe que os convites sejam
assinados conjuntamente pela RENAMO e pelo Governo, dirigidos a cada uma das
organizações. De acordo com a Renamo, os observadores indicados deverão
acompanhar as conversações e tomar notas sobre elas e que devem ser informados
sobre a data, local, hora, e agenda das conversações.No tocante a conduta, este
partido avança que “eles deverão ser imparciais no cumprimento de seus deveres,
e, não devem, em nenhum momento, exprimir tendenciosidade ou preferência em
relação às partes; realizar suas actividades sem interferir nas negociações;
abster-se de fazer comentários pessoais ou prematuros sobre suas observações,
quer seja à media ou a pessoas.
terça-feira, dezembro 03, 2013
Capital do Norte vira...
................... capital do galo! Independentemente
dos posicionamentos ideológicos de cada um de nós, há factos que transcendem
meras apreciações subjectivas de cada sujeito e convocam o nosso senso de
objectividade para os reconhecer como tais – como factos objectivos, que
ocorrem independentemente da nossa vontade! É o caso da ascensão eleitoral
meteórica do MDM
nas eleições autárquicas deste ano. Trata-se de um partido fundado em Março de 2009,
portanto, criado depois das eleições autárquicas de 2008 e, por via disso,
sem nenhuma representação em nenhuma das 43 assembleias municipais formadas após o escrutínio autárquico daquele ano. Portanto, de
zero membro em 43 assembleias municipais, o MDM passa, a partir deste ano, a
ocupar assentos significativos em 53 assembleias municipais que serão formadas a
partir das presentes eleições. Trata-se de assentos tão significativos que, em três das referidas assembleias
municipais, (da Beira, Quelimane e Nampula) não só ocupará meros assentos como transformará o Partido Frelimo em minoria
oposicionista. É a primeira vez na história política do País que um partido da oposição civil,
que nunca pegou em armas, nascido da vontade de um punhado de jovens
irreverentes consiga desafiar, de forma séria e significativa, o poderio
político de um dos partidos mais hegemónicos de África. Ou seja, de não existente
em 2008, o MDM passa, em 2013, a ocupar o espaço de segundo maior partido político
em termos de governação municipal, controlando completamente, isto é, a presidência e a assembleia municipal, de
três
autarquias-chave para o desenvolvimento político, económico e cultural de Moçambique, como são as três cidades estratégicas do nosso País ora nas mãos do galo.
Para além do controlo
efectivo dessas três autarquias, assinale-se a ascensão, jamais vista, de um partido da
oposição nos municípios de Maputo e Matola, onde o MDM passa a controlar cerca
de 40 por cento dos assentos das respectivas assembleias locais, forçando o
partido governamental a ver grandemente reduzida a sua influência política na região
metropolitana da capital do País. Em Chimoio, Mocuba, Gurúè, Marromeu e Milange os resultados
estão sob contestação jurídica do MDM, já que acreditava ter ganho com alguma tranquilidade, dado
o apoio popular de que goza nesses municípios e dada a pequena margem das
diferenças entre este partido e a Frelimo, bem como entre os candidatos dos
dois partidos. Seja qual for o veredicto final da impugnação judicial
dos resultados daquelas autarquias, a verdade é que Moçambique
inaugurou, com estas eleições, uma nova era política, a era da quebra da invencibilidade do
dominante partido no poder, a era da igualdade de armas entre os partidos
políticos no espaço democrático nacional.
Tal situação impõe uma urgente reflexão profunda do partido no poder para aferir as razões que levam à queda acentuada da sua popularidade em zonas outrora catalogadas como seu bastião político. Não pode o partido no poder continuar a dizer que está a ganhar eleições quando se verifica corrosão acentuada do seu eleitorado urbano, o que pode querer dizer que a emergente classe média não se revê nas políticas e no discurso do partido governamental, situação que não pode tranquilizar a direcção daquele partido histórico. Aliás, a vitória convincente do MDM nas autarquias da Beira, Quelimane e Nampula demonstra que, afinal, mesmo no quadro jurídico-legal actual não é impossível a um partido político da oposição ganhar eleições, desde que o mesmo seja querido pelo eleitorado e desde que o mesmo tenha energia e quadros suficientes para pernoitar nas assembleias de voto, controlando a entrada e saída de pessoas maléficas interessadas em roubar votos e falsear, desse modo, a vontade popular. Ou seja, em Moçambique não basta alguém ser massivamente votado pelo povo; é imperioso que esse mesmo povo, após o voto, fique e, se necessário, durma nas assembleias de voto, guarnecendo o destino do seu voto! Tal decisão popular, implica uma elevada dose de coragem para enfrentar uma unidade especial da Polícia, denominada FIR, que nos momentos eleitorais age como polícia de um partido político contra os eleitores doutros partidos. Ou seja, em momentos eleitorais, sobretudo quando parece estar em causa a vitória do partido no poder, a FIR aceita ordens não do seu comando superior mas de qualquer dirigente estatal ou partidário com alguma proeminência na província ou na cidade em causa. É o que se viu da vergonhosa actuação da FIR na EPC do Bairro do Incídua, na cidade de Quelimane, na noite do dia 20 de Novembro de 2013, em que a FIR parecia uma “barata tonta”, distribuindo balas de borracha e granadas de gás lacrimogéneo entre uma multidão pacífica de eleitores, que pretendia vigiar o destino do seu voto. De toda a maneira, a escola do MDM prova que é possível, em Moçambique, uma mudança do regime político sem recurso a armas de fogo, sem violência mortífera, sobretudo se a Polícia não se colocasse do lado errado do seu mandato, ou seja, se a Polícia assumisse o carácter apartidário e isento prescrito na lei que a cria e abandonasse o seu molequismo político ao serviço de agendas estranhas à lei e à Constituição da República de Moçambique. Exigimos, como cidadãos, uma Polícia que proteja o povo e não uma Polícia que mata o povo para salvar agendas político-partidárias obscuras e ilegais. Repetimos que em democracia, perder eleições não é perder a vida, pelo que não é necessário convocar a FIR para perturbar um processo cívico entre cidadãos civilizados de um país que pretende trilhar os melhores caminhos democráticos. Não é preciso FIR para proteger uma eleição democrática! Porém, mesmo com a FIR em acção partidária, o povo decidiu escolher o galo para cantar, também, na capital do Norte, à semelhança do que havia feito no dia 20 de Novembro no caldeirão do Chiveve e na capital do coco. Assim, pedra a pedra, caminha a democracia moçambicana!(Salomao Moyana)
Tal situação impõe uma urgente reflexão profunda do partido no poder para aferir as razões que levam à queda acentuada da sua popularidade em zonas outrora catalogadas como seu bastião político. Não pode o partido no poder continuar a dizer que está a ganhar eleições quando se verifica corrosão acentuada do seu eleitorado urbano, o que pode querer dizer que a emergente classe média não se revê nas políticas e no discurso do partido governamental, situação que não pode tranquilizar a direcção daquele partido histórico. Aliás, a vitória convincente do MDM nas autarquias da Beira, Quelimane e Nampula demonstra que, afinal, mesmo no quadro jurídico-legal actual não é impossível a um partido político da oposição ganhar eleições, desde que o mesmo seja querido pelo eleitorado e desde que o mesmo tenha energia e quadros suficientes para pernoitar nas assembleias de voto, controlando a entrada e saída de pessoas maléficas interessadas em roubar votos e falsear, desse modo, a vontade popular. Ou seja, em Moçambique não basta alguém ser massivamente votado pelo povo; é imperioso que esse mesmo povo, após o voto, fique e, se necessário, durma nas assembleias de voto, guarnecendo o destino do seu voto! Tal decisão popular, implica uma elevada dose de coragem para enfrentar uma unidade especial da Polícia, denominada FIR, que nos momentos eleitorais age como polícia de um partido político contra os eleitores doutros partidos. Ou seja, em momentos eleitorais, sobretudo quando parece estar em causa a vitória do partido no poder, a FIR aceita ordens não do seu comando superior mas de qualquer dirigente estatal ou partidário com alguma proeminência na província ou na cidade em causa. É o que se viu da vergonhosa actuação da FIR na EPC do Bairro do Incídua, na cidade de Quelimane, na noite do dia 20 de Novembro de 2013, em que a FIR parecia uma “barata tonta”, distribuindo balas de borracha e granadas de gás lacrimogéneo entre uma multidão pacífica de eleitores, que pretendia vigiar o destino do seu voto. De toda a maneira, a escola do MDM prova que é possível, em Moçambique, uma mudança do regime político sem recurso a armas de fogo, sem violência mortífera, sobretudo se a Polícia não se colocasse do lado errado do seu mandato, ou seja, se a Polícia assumisse o carácter apartidário e isento prescrito na lei que a cria e abandonasse o seu molequismo político ao serviço de agendas estranhas à lei e à Constituição da República de Moçambique. Exigimos, como cidadãos, uma Polícia que proteja o povo e não uma Polícia que mata o povo para salvar agendas político-partidárias obscuras e ilegais. Repetimos que em democracia, perder eleições não é perder a vida, pelo que não é necessário convocar a FIR para perturbar um processo cívico entre cidadãos civilizados de um país que pretende trilhar os melhores caminhos democráticos. Não é preciso FIR para proteger uma eleição democrática! Porém, mesmo com a FIR em acção partidária, o povo decidiu escolher o galo para cantar, também, na capital do Norte, à semelhança do que havia feito no dia 20 de Novembro no caldeirão do Chiveve e na capital do coco. Assim, pedra a pedra, caminha a democracia moçambicana!(Salomao Moyana)
"Não ficava bem ganhar tudo"
Eis o vencedor em Nampula!!!!
Já são milhares os
membros e simpatizantes do MDM que de motas, carros, bicicletas e caminhando,
celebram a vitória do MDM e seu candidato MAHAMUNO AMURANE
nas autárquias de domingo. As pessoas cantam "acabou história" enquanto ordeiramente circulam
pelas artérias da cidade. O papel da Polícia tem sido exemplar, orientando
a marcha sem reprimir as pessoas."Esta sim, é a nossa Polícia", diz
um senhor de idade que integra a marcha e sauda a actuação da corporação. (R)
segunda-feira, dezembro 02, 2013
Saído da revisão um dia antes


NAMPULA: eleicoes autarquicas
Dados da observação feita pelo Parlamento Juvenil de Moçambique, em algumas mesas de votação. Neste momento:
Escola Privada do Malimusse - Mesa 03001201
Candidato da Frelimo: 135
Candidato do MDM: 153
Candidata do PAHUMO: 12
Candidato da Assemona: 12
Nulos: 3
Em branco: 2
EPC de Mutuanha - Mesa 03001001
Candidato da Frelimo - 101
Candidato do MDM - 150
Candidato da ASSEMONA -1
Candidato do PAHUMO - 23
EPC de Mutauanha - Assembleia de Voto 03042201
Candidato da Frelimo – 56
Candidato do MDM – 104
Candidato da Assemona – 01
Candidata do Pahumo – 10
EPC de Mutauanha - Mesa 03001005
Candidato da Frelimo - 48
Candidato do MDM - 91
Candidato da ASSEMONA - 0
Candidato do PAHUMO - 10
Pavilhao de Desportos - Mesa 03000301
Candidato da Frelimo - 179
Candidato do MDM - 182
Candidato da ASSEMONA - 0
Candidato do PAHUMO - 6
Nulo - 7
Brancos - 2
EPC de Namicopo - Mesa 03004501
Candidato da Frelimo - 50
Candidato do MDM - 70
Candidato da ASSEMONA - 1
Candidato do PAHUMO - 2
EPC de Mutauanha - Mesa 03001003
Candidato da Frelimo - 82
Candidato do MDM - 127
Candidato da ASSEMONA - 3
Candidato do PAHUMO - 9
EPC de Mutauanha - Mesa 03001004
Candidato da Frelimo - 71
Candidato do MDM - 133
Candidato da ASSEMONA - 1
Candidato do PAHUMO - 9
EPC de Mpechua - Mesa 03001602
Candidato da Frelimo - 48
Candidato do MDM - 95
Candidato da ASSEMONA - 0
Candidato do PAHUMO - 0
EPC Mpuecha - Mesa 03001601A
Adolfo Absalão (Frelimo) - 86
Mahamudo Amorane (MDM) – 148
Filomena Mutoropa (Pahumo) – 6
Mário Albino (Assemona) – 3
Votos Nulos - 3
Voto em branco – 1
EPC de Mutauanha, Mesa 03001003
Candidato da Frelimo - 82
Candidato do MDM - 127
Candidato da ASSEMONA - 3
Candidato do PAHUMO - 9
EPC de Muatala, Mesa 03000501
Candidato da Frelimo - 117
Candidato do MDM - 152
Candidato da ASSEMONA - 1
Candidato do PAHUMO - 11
Escola Privada do Malimusse - Mesa 03001201
Candidato da Frelimo: 135
Candidato do MDM: 153
Candidata do PAHUMO: 12
Candidato da Assemona: 12
Nulos: 3
Em branco: 2
EPC de Mutuanha - Mesa 03001001
Candidato da Frelimo - 101
Candidato do MDM - 150
Candidato da ASSEMONA -1
Candidato do PAHUMO - 23
EPC de Mutauanha - Assembleia de Voto 03042201
Candidato da Frelimo – 56
Candidato do MDM – 104
Candidato da Assemona – 01
Candidata do Pahumo – 10
EPC de Mutauanha - Mesa 03001005
Candidato da Frelimo - 48
Candidato do MDM - 91
Candidato da ASSEMONA - 0
Candidato do PAHUMO - 10
Pavilhao de Desportos - Mesa 03000301
Candidato da Frelimo - 179
Candidato do MDM - 182
Candidato da ASSEMONA - 0
Candidato do PAHUMO - 6
Nulo - 7
Brancos - 2
EPC de Namicopo - Mesa 03004501
Candidato da Frelimo - 50
Candidato do MDM - 70
Candidato da ASSEMONA - 1
Candidato do PAHUMO - 2
EPC de Mutauanha - Mesa 03001003
Candidato da Frelimo - 82
Candidato do MDM - 127
Candidato da ASSEMONA - 3
Candidato do PAHUMO - 9
EPC de Mutauanha - Mesa 03001004
Candidato da Frelimo - 71
Candidato do MDM - 133
Candidato da ASSEMONA - 1
Candidato do PAHUMO - 9
EPC de Mpechua - Mesa 03001602
Candidato da Frelimo - 48
Candidato do MDM - 95
Candidato da ASSEMONA - 0
Candidato do PAHUMO - 0
EPC Mpuecha - Mesa 03001601A
Adolfo Absalão (Frelimo) - 86
Mahamudo Amorane (MDM) – 148
Filomena Mutoropa (Pahumo) – 6
Mário Albino (Assemona) – 3
Votos Nulos - 3
Voto em branco – 1
EPC de Mutauanha, Mesa 03001003
Candidato da Frelimo - 82
Candidato do MDM - 127
Candidato da ASSEMONA - 3
Candidato do PAHUMO - 9
EPC de Muatala, Mesa 03000501
Candidato da Frelimo - 117
Candidato do MDM - 152
Candidato da ASSEMONA - 1
Candidato do PAHUMO - 11
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