O Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, é citado pelo
“Noticias” a dizer que a tomada desta decisão será alicerçada no facto de as
duas empresas mostrarem alguma resistência na implementação de algumas
orientações dadas sobre a necessidade de se subcontratar outras empresas, face
à incapacidade demonstrada.Há três meses, o Governo constatou incapacidade de
execução da obra por parte daquelas empresas, tendo-lhes sido orientado no
sentido de subcontratarem outras firmas como forma de flexibilizar o trabalho e
cumprirem com o contrato, o que “não chegou a acontecer e não sabemos porquê” -
explicou depois de visitar as obras.Para o ministro, a preocupação
do Governo resulta do facto de existirem prazos que devem ser cumpridos e o
resultado entregue ao financiador, para além de que a estrada é considerada
como sendo de extrema importância para o transporte de pessoas e bens, com
reflexos para a economia do país.Enquanto isso, Steven Marman,
director-residente do “Millennium Challange Corporation” (MCC), disse que tem
de se encontrar uma saída para a questão, uma vez que por lei “não podemos
estender o prazo previamente estabelecido, que é o de Junho do próximo ano”.Em
Nampula o MCA está a reabilitar pouco mais de 200 quilómetros de estradas,
orçadas em cerca de 250 milhões de dólares norte-americanos.Para a alocação de
outros fundos para financiamento de outros programas sociais e de
desenvolvimento, o doador precisa de ver concluídos os projectos que Moçambique
apresentou a quando da candidatura do primeiro pacote.O Governo moçambicano ameaçou tomar medidas,
que incluem a rescisão dos contractos, contra as empresas portuguesas que se
mostram incapazes de reabilitar e ampliar um troço da Estrada Nacional Numero
Um (EN1), na província nortenha de Nampula.Trata - se das empresas Portuguesas Monte Adriano e grupo Casais que ganharam o
concurso para reabilitar o troço de 75 quilómetros entre Mecutuchi e rio Lurio,
no distrito de Erati.Este projecto é financiado pelo governo norte-americano,
através do Millennium Challenge Account (MCA), com pouco mais de 40 milhões de
dólares.A obra, que deve terminar em Junho próximo, foi até aqui executada em
apenas 14 por cento, o que faz antever que não será concluída em tempo útil.
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