O Governo moçambicano diz que o agravamento das tarifas do transporte semi-colectivo de passageiros é uma questão 'delicada e sensível'.Este pronunciamento é da vice - Ministra dos Transportes e Comunicações, Manuela Rebelo, falando em Maputo, à margem do encontro sobre esta materia promovido pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) em parceria com o Governo. Para a Ministra, um possível aumento das tarifas requer um “estudo aprofundado dos prós e contras, para se poder determinar como e em que momento as tarifas podem ser alteradas”.“O transporte semi-colectivo de passageiros é o garante da maioria dos moçambicanos. Recomendamos à Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO) que apresente as propostas sobre as tarifas com base em zonas, para que elas não sejam iguais em todos os locais”, indicou Manuela Rebelo.Relativamente ao encontro, a fonte referiu que “a nossa preocupação era ouvir os operadores do sector dos transportes marítimo, aéreo e rodoviário, pois a real intenção é fazer com que este sector mostre a sua mais-valia, sabido que sem esta área quase que nada acontece na sociedade”.“Sentimos que eles têm questões reais que preocupam a todos nós e achamos que grande parte delas têm possibilidade de serem resolvidas sem grandes transtornos, como é o caso das concessões, cujo processo já foi aprovado, estando-se, agora, na fase de lançamento do concurso público, o que evitaria, a prior, situações de excesso de velocidade e encurtamento de rotas, porque uma determinada empresa ou número de transportadores terá uma única rota para explorá-la”, explicou a Ministra.Por seu turno, Rogério Manuel, Presidente da CTA, disse, a propósito, tratar-se do primeiro encontro com o Ministério dos Transportes e Comunicações. “Acredito que estamos no bom caminho e conforme a orientação dada pela Ministra, temos que fazer encontros sectoriais e não misturar todos os diferentes ramos dos transportes na mesma sala”, apontou Rogério Manuel.No que concerne à subida das tarifas do transporte semi-colectivo de passageiros, o Presidente da CTA referiu que o Ministério dos Transportes “ainda não respondeu às propostas apresentadas pela FEMATRO para os transportes urbano e inter-provincial”.Contudo, segundo Manuel, “a Ministra garantiu que teremos, em breve, a resposta sobre tais propostas, embora a demora esteja a trazer prejuízos para os transportadores, motivo pelo qual vocês vêem na rua carrinhas de caixa aberta a circular na cidade transportando pessoas”.Nos últimos tempos, os meios do transporte semi-colectivos de passageiros estão a reduzir, pelo menos na capital do país e arredores, um facto confirmado pelas autoridades municipais.O encontro em questão tinha como objectivo auscultar as preocupações dos operadores privados do sector dos transportes, nomeadamente marítimo, aéreo e rodoviário.
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