


PENITENCIARIA INDUSTRIAL - O Ministério moçambicano da Justiça vai construir um complexo prisional com capacidade de albergar um universo de 3000 reclusos, no quadro de esforços visando descongestionar os estabelecimentos prisionais. O complexo prisional, avaliado em 48 milhões de meticais (1,8 milhões de dólares americanos), cujas obras arrancam ainda no decurso do corrente ano em parte ainda por identificar na região Sul do país, vai integrar todos os níveis de cumprimento de penas entre eles a máxima segurança, menores, femininos, penas regulares, entre outros niveis. Serão desenvolvidas na nova penitenciaria várias actividades como é o caso da agrícola e industrial. Os reclusos serão também formados em áreas técnicas como serralharia, carpintaria e avicultura.
A Policia moçambicana (PRM) confirmou que a cidadã japonesa que perdeu a vida na semana passada no distrito de Maganja da Costa, província central da Zambézia, foi vítima de suicídio. Akiko Okimura, 41 anos de idade, suicidou-se na Quinta-feira última com recurso a uma corda.O corpo da vítima foi encontrado no seu escritório, no dia seguinte da ocorrência. Em vida, Akiko Okimura trabalhava como coordenadora da Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA) na província da Zambézia, onde esta instituição nipónica está a desenvolver um projecto agrícola no distrito de Maganja da Costa, concrectamente no baixo Licungo Nante.
MORRE-SE MUITO AO VOLANTE - Pelo menos 19 pessoas morreram semana passada em Moçambique vítimas de 50 acidentes de viação registados durante esse período. Além deste número de vítimas, os sinistros feriram 49 pessoas, 26 das quais em estado grave.O porta-voz do Comando-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Pedro Cossa, disse que 14 dos acidentes aconteceram devido ao excesso de velocidade. Outros quatro foram corte de prioridade, três ultrapassagens irregulares, entre outras causas. Assim, essas formas de condução resultaram em 34 atropelamentos, seis despistes e capotamentos, 10 casos de choques entre carros, entre outros tipos de acidentes. Igualmente, a Polícia confiscou mais de 350 cartas de condução, 70 das quais pertencentes a titulares encontrados a conduzir sob o efeito do álcool.
OURO E RUBI ROUBADOS - As autoridades governamentais do Niassa, no norte de Moçambique, apreenderam, no ano passado, nove quilogramas de ouro extraídos na localidade da Nova Madeira, distrito de Sanga. Segundo Sertório de Azevedo, director provincial dos Recursos Minerais e Energia, citado pelo jornal “Diário de Moçambique”, aquela quantidade de ouro foi apreendida na posse de 20 cidadãos estrangeiros, todos de nacionalidade tanzaniana, 14 dos quais puseram-se em fuga quando interpelados pelas autoridades.No mesmo período, foram ainda apreendidos na localidade de Mzawize, distrito de Mavago, 13 quilogramas de rubi, na posse de moçambicanos e tanzanianos, bem como 836 quilogramas de granada nas minas de Cuamba. Todos os minérios apreendidos reverteram a favor do Fundo do Fomento Mineiro.
JANELA ELECTRÓNICA - Operadores de diversas áreas de actividade de comércio externo baseados na província de Sofala, no centro de Moçambique, estão a ser formados no âmbito da implementação e operacionalização do sistema da Janela Única Electrónica no Porto da Beira, de modo a fazerem uso da nova tecnologia de desembaraço célere de mercadorias. Assim, a referida formação vai beneficiar funcionários aduaneiros das Alfândegas, despachantes aduaneiros, agentes de navegação e operadores de navios, agentes transitários, operadores de terminal de carga, importadores e exportadores, autoridade portuária e bancos comerciais. Refira-se que vários Bancos nacionais estão a conduzir testes de sincronização dos seus sistemas informáticos, com a Janela Única Electrónica para o registo e validação dos pagamentos de imposições aduaneiras efectuados nas suas agências. O projecto da Janela Única Electrónica terá um impacto substancial na melhoria do ambiente de negócios em Moçambique, prevendo-se uma redução substancial no tempo necessário para o desembaraço de mercadoria no país.
CRÉDITO SALVADOR- O Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, disse que o financiamento do apoio directo ao orçamento do Estado para 2012, no valor de 110 milhões de dólares norte-americanos, contribuirá para materializar os esforços consagrados no quadro da condução da política macroeconómica.O oitavo crédito de apoio para a redução da pobreza vai, segundo Cuereneia, apoiar também na gestão macroeconómica e o aprofundamento das reformas na gestão das finanças públicas. “Vamos melhorar em quantidade e qualidade os serviços públicos de educação, saúde, água e saneamento, estradas e energia; prosseguir com a consolidação de umaadministração local do Estado e Austárquica ao serviço do cidadão”, disse o Ministro.
TRILIÕES DE GAZ - A companhia italiana ENI East África Moçambique anunciou, a descoberta de mais um significativo reservatório de gás natural na bacia sedimentar do Rovuma, na sequência da abertura de mais um furo denominado Mamba Norte Leste-1.Com esta descoberta, segundo um comunicado do instituto Nacional de Petróleo (INP), sobem para 40 triliões de pés cúbicos (Tcf) as reservas de gás natural descobertas na área 4 concessionada à ENI East África Moçambique. Durante o presente ano, a ENI East África Moçambique vai proceder à abertura de mais quatro furos para avaliar o potencial adicional do Complexo Mamba em prospectos vizinhos.Em Moçambique, a bacia sedimentar do Rovuma é neste momento a mais activa em termos de pesquisas de hidrocarbonetos. Somando as descobertas das duas companhias, ENI e Anadarko, conclui-se que até aqui podem ter sido descobertos nos últimos dois anos, só no bloco do Rovuma, pouco mais de 70 triliões de pés cúbicos de gás. Recorde-se que mais a Sul, na bacia sedimentar de Moçambique, a petroquímica sul-africana Sasol está a explorar gás natural os campos de Pande e Temane, donde está a ser exportado para a vizinha África do Sul.
Como o senhor qualificaria as relações entre os Estados Unidos e a Suíça?
Wally Herger: Elas são muito importantes. Eu tenho orgulho das minhas raízes, pois a Suíça sempre foi líder em termos de democracia. Neste momento, a economia suíça é uma das raras a ser sólida. Os suíços equilibram seu orçamento e nós teríamos muito para aprender com eles em matéria de gestão.E ao longo da história, a Suíça sempre foi um grande amigo dos Estados Unidos. Por seu lado, os Estados Unidos são o maior investidor estrangeiro na Suíça e o segundo maior comprador de produtos suíços. Portanto, temos relações muito boas e intensas.
O senhor é membro da comissão de finanças públicas da Câmara dos Deputados, encarregada de redigir as leis sobre a tributação no país. O escândalo da evasão fiscal que atinge certos bancos suíços não teria abalado as relações bilaterais?
W.H.: Certamente. Aqui as pessoas acreditam que todos devem pagar seus impostos e que ninguém deveria violar a lei, pois isso aumenta a pressão sobre aqueles que pagam em dia seus impostos. Dito isso, temos feito progressos consideráveis para resolver esse problema e poder continuar a honrar a tradição bancária secular dos suíços de maneira a responder às suas necessidades como também às nossas. Nós mostramos que somos capazes de falar e encontrar soluções. Isso reflete a força dos laços que unem nossas duas nações.
Os Estados Unidos têm uma dívida que ultrapassa 15 trilhões de dólares. A responsabilidade desse enorme fardo não é compartilhada entre os presidentes Bush e Obama, entre os republicanos e democratas?
W.H.: Absolutamente! É preciso considerar o problema através desse ângulo. Estamos todos no mesmo barco e precisamos examinar conjuntamente o problema. No momento atual temos divergências muito importantes sobre a maneira de tratar o problema, mas é certo que esses grandes déficits foram acumulados tanto nas presidências republicanas como democratas. Ninguém escapa às críticas. Agora é necessário superar isso e descobrir como solucionar o problema.
A dívida e a economia, em geral, vão dominar a campanha para as eleições presidenciais e legislativas em novembro de 2012?
W.H.: Correto! Nós vivemos a mais longa crise econômica desde a grande depressão. Se a população não deve viver além dos seus recursos, por que o governo deve fazê-lo? As pesquisas de opinião mostram que esse problema preocupa os americanos e, no que diz respeito ao meu partido, nosso grande objetivo é de falar dele.
O "Tea Party" teve um papel determinante na reconquista da Câmara dos Deputados pelos republicanos em 2010. Ora, o apoio popular a esse movimento ultraconservador caiu. O "Tea Party" terá um papel importante nas eleições de 2012"?
W.H.: Todo o grupo ativo e implicado na seleção e eleição de representantes terá um papel importante. O Tea Party se preocupa em ter um governo responsável, capaz de controlar as despesas. Ele não será um fator decisivo, mas será um dos grupos que contribuirão a decidir quem será eleito.
E o movimento "Occupy Wall Street"?
W.H.: Eu preferiria que eles propusessem mais soluções. Eu gostaria de vê-los trazer mais coisas positivas.
Qual é o candidato republicano à Casa Branca que o senhor apoia?
W.H.: Eu gosto de todos os candidatos republicanos, mas daria meu apoio a Mitt Romney. Frente à sua experiência no desenvolvimento e na reestruturação de empresas de baixo desempenho, frente à maneira como ele conseguiu transformar os Jogos Olímpicos de Salt Lake City (endividados) em um sucesso financeiro, é o tipo de pessoa que nós precisamos.
O senhor é mórmon como Mitt Romney. Segundo as pesquisas de opinião, inúmeros americanos, incluindo também republicanos, consideram a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias como uma seita e dizem que não votariam em M. Romney, pois ele é mórmon. Ele será capaz de superar esse obstáculo?
W.H.: Sim, eu creio. Lembro-me que quando John Kennedy se apresentou, havia preocupações pelo fato dele ser católico. Alguns pensavam que não seria possível confiar nele e, portanto, ele ganhou. Penso que, no final das contas, os americanos serão justos e julgarão cada candidato, questionando se ele será um bom presidente ou não.
Barack Obama herdou problemas muito difíceis e sua popularidade está, hoje em dia, tão baixa como a de Jimmy Carter no mesmo estágio do seu primeiro e último mandato. O presidente poderá ganhar as eleições?
W.H.: Absolutamente. O candidato à reeleição sempre é o favorito, forçosamente. Penso que se ele for reeleito, será um desastre para nós. Seus três primeiros anos no poder resultaram em um colapso total no plano econômico. Ele chegou afirmando que iria impedir que o desemprego chegasse à marca de 8%. Hoje já temos 9% durante praticamente toda a sua presidência.Quanto à dívida, ela aumentou de 3 a 4 trilhões de dólares desde a sua chegada ao poder. Mas temos também a sua política de forma geral. Falando disso, não há dúvidas que ele ainda conta com muito apoio da opinião pública e o fato de ser um candidato à reeleição o favorece.
Marie-Christine Bonzom, swissinfo.ch
Washington
Adaptação: Alexander Thoele
- Dos eleitores recenseados na cidade de Inhambane , 70% são originários de outros pontos do país.