quinta-feira, agosto 19, 2021

Irmãs Ursulinas

Teve lugar no passado domingo, 15 de agosto, na Arquidiocese da Beira a profissão perpétua da primeira moçambicana das Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração de Maria, sinal da encarnação do carisma em África.

A Congregação das Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração de Maria foi criada na Itália no ano de 1900, e as primeiras Irmãs chegaram a África, concretamente em Moçambique, no ano de 2000. No passado dia 15 de agosto a Congregação ouviu o Sim definitivo da primeira religiosa Africana, por sinal Moçambicana, através da profissão perpétua da Ir. Fátima Amélia Gonzaga cuja vocação nasceu na cidade da Beira, no Centro de Moçambique.

A cerimónia que foi bastante restrita devido à pandemia do coronavírus, foi presidida por Dom Cláudio Dalla Zuanna, Arcebispo da Beira, no Centro de Nazaré, Cidade da Beira, e contou com a presença da Madre Geral das Ursulinas, a Irmã Maria Luísa Bertuzzo, outros membros da Congregação e alguns familiares. No fim da cerimónia a Ir. Maria Bertuzzo, explicou à Emissora Católica da Beira, que o evento constituía a realização do desejo da fundadora da Congregação, a Madre Giovanna Meneghini, representando assim a encarnação do carisma em África:

“Esta festa ou este evento da profissão perpétua da irmã Fátima Gonzaga é particularmente importante porque é a primeira irmã Moçambicana, a nossa Fundadora a Madre Giovana Menegrine desejava ter um coração tão grande capaz de abraçar todo mundo, e com este evento vemos realizado o desejo da Madre Giovana no continente Africano, portanto este sim definitivo da Irmã Fátima é uma encarnação realizada em Moçambique, não somente com religiosas italianas mas o começo com presenças locais”.

Alegria e gratidão caracterizavam aquela que entra na história das Ursulinas do Sagrado Coração de Maria em África, a Ir. Fátima Gonzaga justifica o mesmo recordando o lema da profissão dos seus votos extraído do Evangelho de Lucas “A minha alma glorifica o Senhor”.

Ciente da realidade que se vive em Moçambique, relativamente à situação do terrorismo em Cabo Delgado, no norte do País, e a Covid-19, a Irmã Fátima encorajou os jovens a acreditarem que dias melhores virão. Actualmente estão no País cerca de 7 religiosas Ursulinas do Sagrado Coração de Maria, divididas em duas Comunidades (Dondo e Beira), na sua actividade pastoral estas auxiliam na área da educação através de várias ações que tem em vista a promoção e empoderamento das mulheres. De referir que a Irmã Fátima Amélia Gonzaga iniciou o seu processo formativo em 2011, tendo professado seus primeiros votos em 2014, durante o seu percurso formativo trabalhou como enfermeira no centro de saúde de Mafambisse, na região centro de Moçambique.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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