A Universidade Eduardo
Mondlane, a mais antiga instituição de ensino superior em Moçambique, em
coordenação com o Governo espanhol vai realizar uma investigação sobre o
comércio intercultural suaíli na ilha das Quirimbas, durante o primeiro milénio
ao longo da costa da província de Cabo Delg interado, norte de Moçambique. Segundo a agência “LUSA”,
citando Marisa Ruiz-Galvez, investigadora espanhola, o objectivo principal é
investigar como foi o processo comercial suaíli na região, analisando as
influências culturais que os povos autóctones sofreram. “Seria muito interessante
percebermos como funcionavam as sociedades indígenas, tanto na costa como no
interior”, disse Jorge Torres, catalogador, acrescentando que “e, tendo em
conta que estas especificidades nunca foram estudadas em Moçambique, achamos
que é um campo muito fértil para ser explorado”. As pesquisas preliminares
feitas por arqueólogos locais indicam que existem elementos importantes nas
zonas costeiras do norte de Moçambique e que podem ser exploradas. “Antes de mais, se
realmente existem tais artefactos, precisamos saber de que período são, porque
nós estamos interessados principalmente no primeiro milénio e no processo de
formação dessas sociedades”, afirmou Jorge Torre. De acordo com os
pesquisadores, a escolha de Moçambique para a pesquisa está relacionada com o
facto de o país ser pouco explorado ao nível de estudos arqueológicos,
principalmente no que diz respeito ao comércio suaíli na zona norte. O comércio intercultural
suaíli vigorou por volta do século VI, na zona costeira do território
moçambicano, principalmente no norte do país.
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