Os desmobilizados de guerra filiados no Fórum dos Desmobilizados, que há dias se manifestaram próximo do gabinete do primeiro-ministro, como forma de pressionar o governo a considerar as suas reivindicações, disseram inicialmente que esperariam por uma resposta do governo até há última quarta-feira. O PR estava então ausente do país. Dizem agora os “desmobilizados” que esperarão por uma resposta até à próxima quarta-feira. Decidiram assim a pedido do executivo, dizem.O Governo pediu-lhes tolerância até quarta-feira. Prometeu-lhes que o presidente da República, Armando Guebuza, os vai os receber em audiência.Herminio dos Santos, líder do Fórum dos desmobilizados, declarou na noite de ontem, domingo, ao Canalmoz, que o ministro dos Combatentes, coronel na reserva Mateus Kida, o havia contactado para lhes pedir que tolerassem até quarta-feira. Nesse dia prometeu que nos darão a resposta, quando o chefe de Estado estará disponivel para receber os desmobilizados.“O ministro dos Combatentes veio nos pedir para esperarmos até quarta-feira, porque o presidente da República não estava no país e voltou na última sexta-feira” disse Hermínio dos Santos.Hermínio dos Santos garantiu que até lá, os desmobilizados não vão se manifestar. Contudo afirmou que caso na quarta-feira a resposta não seja satisfatória, vão voltar a sair às ruas em nova acção de protesto.Os desmobilizados exigem, entre outras coisas, uma “reforma condign”. Querem, designadamente uma pensão mensal de 12.500 meticais.Os mobilizados alegam que foram “usados” em diversas guerras e por isso querem ser compensados pelo governo pelos anos que passaram a combater.Os “desmobilizados” aglutinados no Fórum dirigido por Hermínio dos Santos alegam que “o Estatuto do Combatente aprovado pelo Partido Frelimo é discriminatório e favorece os combatentes de libertação nacional com vínculo historico ao regime do partido Frelimo”.Do grupo liderado por Hermínio dos Santos, que tem estado nas ruas a demonstrar a sua indignação e a lutar pela aprovação do seu pacote reivindicativo, fazem parte 13 mil desmobilizados provenientes de unidades da Frelimo e Renamo, ex-milicianos, antigos membros de grupos de Vigilância, Naparamas, viuvas e órfãos de combatentes de guerra falecidos durante e depois da guerra.Os desmobilizados já descataram qualquer diálogo que não seja com o presidente da República, Armando Guebuza ou o primeiro-ministro Aires Ali.(Bernardo Álvaro)
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