O ex-futebolista luso moçambicano Eusébio da Silva Ferreira fala um pouco do seu passado criticando o clube português Sporting. “Não gosto do Sporting. No meu bairro (Mafalala, arredores de Maputo), era um clube de elite, da polícia, que não gostava das pessoas de cor (pretos), era racista”. É desta forma taxativa que Eusébio descreve a visão que tem do clube de Alvalade, numa entrevista à revista ‘Única’, publicada este sábado, em Lisboa.A antiga glória do Benfica revela que o Sporting não quis pagar a mesma verba que o clube encarnado e que não respeitou a sua família. “Assinei contrato com o Benfica, não assinei nada com o Sporting. É tudo mentira”, afirmou a antiga glória do futebol internacional.Eusébio conta que o clube encarnado pagou 250 contos à sua mãe e ao irmão mais velho, um valor que o presidente do Sporting da altura, Braz Medeiros, não pensou em cobrir.Eusébio explica que apenas jogou no Sporting de Lourenço Marques (hoje Maxaquene de Maputo), quando vivia em Moçambique, porque o treinador do Desportivo nunca o “deixou treinar” e porque a “mãe não percebia nada de futebol”. Sobre o alegado rapto, Eusébio é peremptório: “Então se o Benfica me tivesse raptado, eu iria gostar de uma equipa que me tinha feito isso? Não gosto é do Sporting”. Para o ex-jogador, a história foi inventada porque, após três meses da sua chegada a Portugal, o clube de Alvalade percebeu o seu valor. “Eu nem do Sporting de lá gosto, quanto mais do de cá. Tudo o que hoje sou é graças a mim, aos meus colegas e ao Benfica”, diz o homem nascido no bairro da Mafalala. Na mesma entrevista, o ex-internacional português diz ainda que só não jogou em Itália porque o António Oliveira Salazar, o “padrinho” como lhe chama e com quem se encontrou oito vezes na Assembleia da República, nunca o deixou sair de Portugal. António Oliveira Salazar é o político fascista português.
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