quinta-feira, outubro 07, 2021

Os passageiros botão e sabão

Uma tentativa de exportação de heroína para o Canadá, disfarçada em 270 botões, foi abortada esta quarta-feira (06) no Aeroporto Internacional de Mavalane, na cidade de Maputo, capital de Moçambique. A tentativa foi desbaratada pela equipa de controlo de mercadorias da Autoridade Tributária de Moçambique (AT), que opera no aeroporto, indica uma nota recebida pelo “Notícias”.

O documento refere que, a droga seguia disfarçada em botões cobertos de capulana, e estava em processo de envio através do serviço de correio para uma cidadã que responde por Jacqueline Brenda, residente no Canadá. Para o efeito, a AT desconfiou do volume em que seguia a referida droga e solicitou exames ao Serviço Nacional de Investigação Criminal, que veio a provar tratar-se de heroína. Neste momento, decorrem diligências para o esclarecimento do caso, bem como para a responsabilização dos seus autores. No mês passado a mesma entidade abortou a entrada de droga, disfarçada em rebuçados e chocolates, de origem brasileira, através do Aeroporto Internacional de Mavalane. 

A Polícia Federal do Brasil apreendeu na noite de terça-feira cinco toneladas de cocaína que estavam escondidas num carregamento de sabão em pó que seria embarcado num navio para Moçambique, uma apreensão recorde, relataram fontes oficiais.A apreensão ocorreu no âmbito da operação “Missão Redentor”, e, segundo a Polícia Federal brasileira, tratou-se da maior apreensão de cocaína da história no Estado do Rio de Janeiro.

“Após denúncia, foram realizadas diligências, iniciadas na manhã desta terça-feira, pelos polícias federais e a Missão Redentor. Com o apoio de cães farejadores, foram localizadas cerca de 4,3 toneladas de droga acondicionado em caixas de sabão em pó, no interior de um contentor”, informaram as autoridades brasileira num comunicado.Quando já estavam a retirar a droga, os cães farejadores alertaram sobre substâncias suspeitas num outro contentor, no qual foram encontrados outros 700 quilos de cocaína também escondidos dentro de caixas de sabão em pó. “Os responsáveis pela carga fizeram um trabalho muito sofisticado. Colocaram a cocaína dentro das caixas de sabão com peso idêntico ao declarado nos documentos de embarque pelo exportador”, disse o chefe da Divisão de Repressão ao Contrabando Aduaneiro, Augusto da Rocha, em declarações à imprensa.Na sequência da apreensão, todo a droga foi encaminhada para Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro, para formalização da apreensão. “Pelo custo da logística, esta é uma organização criminosa altamente estruturada, mas teve um prejuízo enorme, já que é a maior apreensão de cocaína feita na história do Estado do Rio de Janeiro”, disse o delegado e vice-chefe da Comissão de Repressão aos Entorpecentes, Bruno Tavares.

Apesar de a polícia ainda não ter identificado os donos da carga e nem apurado se a droga foi introduzida pelos próprios exportadores ou sem o seu conhecimento, os agentes da Polícia Federal prenderam dois suspeitos encontrados no porto. No veículo em que estavam os dois suspeitos, as autoridades encontraram mais 270 quilos de cocaína, pelo que as autoridades acreditam que os detidos fossem os responsáveis pela introdução da droga nos contentores e que pretendiam esconder a restante carga.

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