O Parque Nacional da Gorongosa, na província de Sofala, centro de Moçambique, vai concluir este mês a elaboração do plano de maneio para a reintrodução de rinocerontes, chitas e leopardos, espécies desaparecidas naquele espaço devido à caça furtiva. Com o regresso dos animais em causa, a área de conservação passará a fazer parte da lista das instâncias turísticas mundiais com os chamados “cinco grandes” mamíferos selvagens de grande porte (Big Five), compostos por leão, leopardo, rinoceronte, búfalo e elefante.
Segundo o administrador do Parque Nacional da Gorongosa, Pedro Muagura, a primeira fase de translocação está prevista para Dezembro próximo, com a chegada de leopardos. Citado pela Rádio Moçambique, Muagura disse que o plano de maneio da área de conservação apresenta várias estratégias para a protecção da vida selvagem com destaque para o reforço da fiscalização.
O Parque Nacional da Gorongosa é uma área de conservação situada na zona limite sul do Grande Vale do Rift Africano, no coração da zona centro de Moçambique. Fica a 170 quilómetros a norte da cidade da Beira, capital da província de Sofala. O Parque, com um pouco mais de 4000 quilómetros quadrados, inclui o vale e parte dos planaltos circundantes. Os rios que nascem na vizinha Serra da Gorongosa, que atinge os 1.863 metros de altura, irrigam a planície.
As cheias e inundações sazonais do vale, que
é constituído por um mosaico de diferentes tipos de solo, criam uma diversidade
de ecossistemas distintos. A serra contém uma das mais densas populações de
vida selvagem de África. Dados disponíveis indicam a existência no Parque de
cerca de 70 mil animais.
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