Mesmo com a alegada existência de alas no movimento democrático de moçambique (mdm), que não simpatizam com a indicação do actual edil da Beira, Albano Carige, este entende tratar-se duma tentativa de desestabilização, argumentando que mesmo tratando-se duma substituição por força da lei a sua indicação foi consensual, o que abre espaço para uma boa governação da urbe.
Albano Carige é descrito como um homem de pouca abertura nos tempos em que desempenhava as funções de vereador para a Área de Construção e Urbanização na autarquia da Beira, sobretudo em dossiers envolvendo conflitos de terra, uma personalidade que se teme que venha manchar em grande medida a actual gestão da urbe. Entretanto, Albano Carige, em entrevista ao Zambeze, afir-ma estar ciente de que a sua as-censão à actual direcção muni-cipal não foi por eleição mas por força da lei, contudo, diz haver harmonia na decisão do par-tido que o indicou como novo edil do Município da Beira.Carige anota que mes-mo no processo de tomada de posse, as Forças de Defesa e Segurança foram por si dis-pensadas, pois havia a cer-teza de que se tratava de um acontecimento apoiado por todos e, por via disso, decor-resse na maior tranquilidade.
Os munícipes poderão ter a oportunidade de conhecer o modelo de gestão do actual presidente no que se refere à resolução dos problemas que apoquentam os munícipes, que outrora alegavam faltar abertura no tratamento de as-untos ligados à vereação de Construção e Urbanização. Aliás, o presidente do Município da Beira diz que a eXperiência transmitida pelo então presidente Simango deverá ser capitalizada e segui-da pelos seus sucessores, que tinham-no como professor. “Cada munícipe tem a liberdade de pensar o que quiser, mas tenho a certeza de que nesta gestão as pessoas terão a realidade de quem é o actual presidente. Aliás, quero ainda acrescentar que o presidente Daviz Simango tinha as qualidades que todos sabemos, e ele serviu de professor para nós”, defendeu Carige.
A cidade da Beira caracteriza-se por alto nível freático, com uma particularidade pr-pria no sistema de saneamento à moda de bombagem, o que permite que as águas residuais desaguam na Munhava, onde se encontra a Estação de Tratamento de Águas (ETA) residuais. E porque a cida-de é acentuadamente plana, dificilmente pode funcionar sem sistemas de drenagem sustentáveis, sendo estes que garantem o escoamento das águas pluviais, evitando que mesmo com chuvas torrenciais haja o risco de inundações.
As valas de drenagem são projectadas para ter conexão directa com o oceano, através dos desaguadores, sendo por isso possível a partir de comportas “controlar-se” os momentos críticos das chuvas torrenciais que, praticamente, coincidem com a maré-alta. Associado ao baixo nível das águas do mar, o recurso às comportas evita a invasão do continente pelo mar.Estas peculiaridades da urbe exigem uma gestão com conhecimento profundo das suas características, no sentido de reduzir os níveis de perigosidade, mesmo em ca-sos de desastres naturais. O alto nível freático da urbe desafia em grande medida acções de manutenção de infraestruturas públicas e privadas, com destaque para as vias de acesso, pelo grau de saturação dos solos pelas águas pluviais que caracteriza a cidade nos últimos tempos.
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