sexta-feira, dezembro 27, 2019

"VPN" batida pela RU.NET


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A Rússia testou com sucesso uma rede própria de internet, conhecida no país como RuNet, no dia 23 de dezembro, tendo sido capaz de desligar-se da restante rede global de internet sem que os utilizadores russos tivessem dado por isso. A garantia é dada pelo Ministério do Desenvolvimento Digital, Comunicações e Meios de Comunicação russo, citado pela publicação BBC.
«Os resultados dos exercícios mostraram que, de maneira geral, tanto as autoridades como os operadores de telecomunicações estão prontos para responder efetivamente a possíveis riscos e ameaças, e garantir o funcionamento estável da internet e da rede de telecomunicações unificada da Rússia”, disse Alexey Sokolov, do ministério, citado pela agência de notícias russa Pravda.
Resultado de imagem para RuNetNão foram revelados detalhes ou números do teste realizado à RuNet, tendo Alexay Sokolov garantido que os resultados vão agora ser partilhados com o presidente Vladimir Putin. O objetivo do teste era colocar à prova a capacidade de resposta dos russos a eventuais ameaças externas à rede própria de internet.
Além de agências governamentais, os testes contaram ainda com a colaboração de empresas de telecomunicações e tecnológicas russas, segundo escreve a publicação ZDNet.
Vladimir PutinAo conseguir criar uma rede de internet própria, a Rússia poderá exercer um maior controlo sobre os conteúdos que estão disponíveis nessa rede – um pouco como já acontece com a «Grande Firewall da China», mas numa lógica de “rede interna” (intranet). Por exemplo, especialistas ouvidos pela BBC alertam que até a utilização de redes privadas virtuais (VPN na sigla em inglês), que permitem aceder a conteúdos que estão geobloqueados usando acessos de outros países, pode deixar de ser eficaz caso a RuNet avance.
A Rússia tem, nos últimos meses, mostrado interesse em apostar mais em tecnologias russas e cortar a dependência que possa existir relativamente a serviços criados noutros países. Por exemplo, o país vai criar uma versão própria e alternativa à Wikipédia e também vai proibir a venda de smartphones e computadores que não têm software russo pré-instalado.

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