O Governo
moçambicano, por meio do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC),
decretou ontem o alerta vermelho institucional para as zonas sul e centro do
país, na sequência do agravamento das chuvas, que nalguns casos estão a inundar
as terras ribeirinhas e, por conseguinte, a destruir infra-estruturas sociais e
económicas, bem como culturas diversas.O anúncio foi feito em Caia pelo
director-geral do INGC, João Ribeiro, o qual explicou a jornalistas, depois do
conselho coordenador de Gestão de Calamidades, havido neste distrito e
presidido pelo Primeiro-Ministro, Alberto Vaquina, que o alerta vermelho
institucional decretado implicou ontem a activação total do Centro Nacional
Cooperativo de Emergência (CENOE). “Em outras palavras, significa que todas as
instituições do Governo, sociedade civil e população em geral estarão com as
atenções viradas para evitar perdas de vidas humanas”, explicou.O
director-geral do INGC afirmou que neste momento estão a entrar “grandes
volumes de água nos rios Incomáti e Limpopo, enquanto no Zambeze se regista uma
situação oscilatória. As previsões de chuvas que caem a montante dos países
vizinhos poderão agravar a situação do Zambeze, Púnguè, Save e Búzi”. Referiu na mesma ocasião que a zona sul
do país está a ser assolada por chuvas intermitentes, que chegam a atingir 200
milímetros por dia, situação que está a exigir uma intervenção governametal,
sociedade civil, comités de gestão de calamidades e a população para a
salvaguarda de vidas humanas.Questionado sobre a capacidade
institucional existente, o director-geral do INGC, João Ribeiro, afirmou
estarem a ser accionados todos os recursos possíveis para se poder enfrentar a
situação de cheias.Convidado a pronunciar-se sobre a situação por
regiões, João Ribeiro explicou que na bacia do Chókwè poderão estar ameaçadas
cerca de 55 mil pessoas.“O rio Limpopo, na área do Chókwè, pode atingir
nos próximos dias, seis a oito metros, e poderá inundar algumas povoações
e bairros. O nível de alerta do rio Limpopo é de cinco metros” – disse João
Ribeiro.Sobre quantas pessoas estarão em risco na bacia do Zambeze, o
director-geral do INGC disse: “Olhando para os tempos anteriores, por estas
alturas em que o nivel do rio está a atingir os cinco metros de altitude,
estaríamos a fazer buscas e salvamento. Quando o rio atingir o nível de sete
metros, já começará a nos preocupar. Por isso declaramos o alerta vermelho
institucional para podermos responder imediatamente. Caso haja necessidade de
retirada compulsiva de pessoas, esta acção nos é permitida neste momento”.
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