quinta-feira, janeiro 31, 2013
Esposa "rouba" ao marido Coronel
Movimento Solidário do Facebook!
Um grupo de
jovens moçambicanos ofereceu em Maputo, artigos diversos, incluindo
produtos alimentares, ao Centro de Acomodação da Costa do Sol, no distrito
municipal ka Mavota para apoiar as vítimas das enxurradas recentemente
registadas na capital e arredores. As imagens que todos os dias passam nos
órgãos de comunicação social acabaram comovendo este grupo de jovens membros
daquela rede social, que decidiram mobilizar produtos essenciais e ajudar as
pessoas mais necessitadas. Numa primeira fase, os membros daquela rede
social vão apoiar as vítimas das inundações na cidade de Maputo. A oferta
inclui arroz, farinha de milho, bolachas, massas alimentícias, feijão,
sabonetes, sabão, óleo, vestuário, papel higiénico, açúcar, sardinhas, entre
outros.O Centro de Acomodação da Costa do Sol alberga neste momento pouco mais
de 15 pessoas vítimas das enxurradas.Falando durante o evento, o Coordenador do
Comité Local de Gestão de Risco e Calamidade no distrito Municipal Ka Mavota,
Vasco Muchanga, manifestou a sua gratidão afirmando “estamos muito satisfeitos
pela oferta, porque estes produtos vão minimizar as dificuldades de
alimentação. ““Agora a única dificuldade é a falta de água, assistência médica
e de tendas para abrigar mais pessoas", acrescentou. Por seu turno, o
representante do movimento Solidário do Facebook, Dino Foi, disse que o
movimento está empenhado em minimizar o sofrimento das vítimas das inundações,
a
das quais perdeu quase todos os seus haveres. "Procuramos
realizar um trabalho sério, e que traga benefícios reais aos milhares de
moçambicanos, principalmente da cidade de Maputo, que perderam os seus haveres
em consequência das chuvas ", disse. O Movimento Facebook apela para
que as pessoas sejam solidárias para com as vítimas das cheias, oferecendo
aquilo que for possível, pois existem muitas famílias que perderam tudo e ainda
estão a procura de um tecto para dormir.
quarta-feira, janeiro 30, 2013
Sindicalista tem complexo do Sr."Escurinho"!
Em defesa de Arménio Carlos vieram
muitas outras pessoas, mais e menos anónimas. Com argumentos variados. Uns, que
nem deveriam merecer grandes comentários: criticar Arménio Carlos para defender o
representante do FMI, nas circunstâncias em que o País vive, é dividir a
oposição à troika e
ajudar o inimigo. A ver se nos entendemos: considero a troika inimiga
dos interesses do País e da justiça social. Mas isso não permite tudo. E não me
permitirá a mim, com toda a certeza, esquecer outros valores e outros combates
tão essenciais como os que agora se travam. O facto de ser dito pelo líder da
CGTP, organização em que muitas vezes me revejo, torna a coisa mais grave para
mim. Se não criticamos os nossos nunca teremos autoridade para criticar os
outros.
Outro argumento foi um pouco mais
sonso: então ele não é mesmo mais
escurinho? Qual é o problema? A
não ser que passe a ser normal responsáveis políticos referirem-se a
adversários desta forma, tudo bem. Será, assim, natural ouvir em intervenções
públicas falar do ministro das finanças alemão como o "aleijadinho"
(ele, de facto, anda de cadeira de rodas, não anda?), a António Costa como o
"monhé" (ele, de facto, tem origem indiana, não tem?), a Jaime Gama
como o "badocha" (ele, de facto, tem uns quilos a mais, não tem?), a
Ana Drago como a "pequenota" (ela, de facto, é baixa, não é?), a
Mário Soares como o "velhadas" (ele, de facto, já não é jovem, pois
não?), a Miguel Vale de Almeida como "larilas" (ele, de facto, assume
publicamente a sua homossexualidade e faz da luta pelos direitos LGBT uma parte
fundamental do seu combate político, não faz?). Espera-se, no entanto, que o
debate público mantenha algumas regras de civilidade. E, sobretudo, que não
alimente alguns preconceitos importantes. Arménio Carlos não disse o que disse
num café, onde a conversa se pode aligeirar sem problemas. Disse o que disse
numa intervenção pública oficial.
Por fim, porque
não há oportunidade em que a expressão não seja usada a propósito ou a
despropósito, veio a costumeira acusação do "politicamente
correto". A ver se nos entendemos: o politicamente correto tem um
sentido. E esse sentido resume-se assim: as palavras não são neutras e carregam
consigo história, cultura e política. Por isso, devemos usá-las com correção.
Não quer isto dizer que devemos ser bem comportados ou que devamos fazer de
cada frase um manifesto político. Quer dizer que não devemos usar as palavras
ao calhas. Pelo menos quando estamos a falar ou a escrever na arena pública e
não conhecemos as convicções mais profundas dos nossos interlocutores. Há,
claro, excessos de purismo no politicamente correto. Que me irritam, como me
irritam todos os purismos. Mas o princípio está certo e não é preciso ser
especialmente adepto dele para não gostar de ouvir falar de um responsável
público como "escurinho".
Portugal é um país racista. Tem uma longa história de racismo. E uma longa
história de negação desse racismo. É um racismo
suave, sorrateiro, com diminuitivo (como "escurinho"), que não se
exibe de forma descarada na praça pública. É, talvez, das formas mais
insidiosas de racismo. E um homem que se enquadra numa corrente política com
provas na luta contra o racismo e a discriminação, como Arménio Carlos, tem
obrigação de saber isto. É por isso que o incómodo com esta afirmação deve ser maior
por vir da sua boca. Não
duvido, no entanto, que se a expressão tivesse sido dita por um homem de
direita a indignação seria muito mais violenta. E mal. A direita tem, nesta
matéria, menos responsabilidades. Não porque a direita seja, em geral, racista,
mas porque acredita, em geral, que os portugueses não o são. É, por isso, menos
vigilante consigo própria.
Se repararmos, Abebe
Selassie é o primeiro negro com algum poder real em Portugal. Ou seja, num país razoavelmente
multiétnico, o primeiro negro com algum poder só o consegue ter porque esse
poder não resultou da vontade dos portugueses. Há, que me lembre, apenas um
deputado negro no parlamento - e é do CDS. Não há nenhum presidente de Câmara,
nenhum ministro, nenhum secretário de Estado. Isto tem de querer dizer qualquer coisa. Ou quer dizer que os portugueses não votam em negros ou quer dizer que a generalidade dos negros não consegue ascender socialmente no nosso país para chegar a cargos públicos relevantes. Porque são geralmente discriminados ainda antes de chegarem à fase de poder ascender a estes cargos. São discriminados na distribuição do rendimento, dos empregos, das oportunidades. E é neste contexto, e não numa sociedade que dá a todos, independentemente da sua etnia, as mesmas oportunidades, que Arménio Carlos falou de um "escurinho".
nenhum ministro, nenhum secretário de Estado. Isto tem de querer dizer qualquer coisa. Ou quer dizer que os portugueses não votam em negros ou quer dizer que a generalidade dos negros não consegue ascender socialmente no nosso país para chegar a cargos públicos relevantes. Porque são geralmente discriminados ainda antes de chegarem à fase de poder ascender a estes cargos. São discriminados na distribuição do rendimento, dos empregos, das oportunidades. E é neste contexto, e não numa sociedade que dá a todos, independentemente da sua etnia, as mesmas oportunidades, que Arménio Carlos falou de um "escurinho".
Arménio Carlos
não se referiu aos outros dois representantes da troika como "o carequinha" e o
"loirinho". E é normal. Carecas e loiros há em muitos cargos
semelhantes. Não chega a ser um elemento distintivo. "Escurinhos" é
que há poucos. Ou melhor, não há nenhum. Só que essa característica física não
é comparável a outras que aqui referi. Ela é causa de uma discriminação
muitíssimo mais profunda. E foi isso que Arménio Carlos, sem o querer,
acentuou: em vez do nome e do cargo, sobrou a Selassie (que eu aqui já critiquei
violentamente sem me ocorrer falar da sua cor de pele) o facto de ser
"escurinho".
Selassie não
foi identificado como etíope, que é, como técnico do FMI, que também é, como
alguém que usa óculos, que usa, que é careca, que também é, ou que é
politicamente incompetente, que parece ser. É negro. Não pretendo que sejamos
cegos perante a negritude. O que fica claro é que, mal
surge um pessoa com algum poder no nosso país que seja negra passa a ser essa a
forma mais evidente de a identificar. Com direito a dimunitivo.
Que isso aconteça num café ou entre amigos não me choca. Que seja essa a forma
como o secretário-geral da CGTP se refere a um adversário político - e o facto
de ser um adversário político e da frase ter sido dita no contexto de um ataque
político só torna a coisa mais grave - numa iniciativa pública é relevante.
Arménio Carlos
é racista? Não me parece. Mas a indignação não resulta de uma qualquer
avaliação do carácter ou das características políticas de Arménio Carlos. Resulta
do que a frase que proferiu num contexto oficial acrescenta ao discurso
político em Portugal. Mais grave: o que ela acrescenta ao combate a uma
intervenção externa que está a deixar as pessoas desesperadas. A
intervenção externa é condenável, mas nunca se pode passar a ideia que ela é
condenável porque envolve um "boche" ou um "escurinho". Porque,
mesmo que não seja essa a intenção de quem assim falou, isso transforma uma
resistência em defesa da soberania democrática num ataque xenófobo. Repito:
mesmo que não seja, e estou seguro de que não era, a vontade de Arménio Carlos.
É que o sentido das palavras ditas na arena pública não depende da vontade de
quem as diz. Dirigindo-se indistintamente a todos - e também a quem seja, e são
muitos, racista -, é apropriável por todos. Por isso somos obrigados a
especiais cuidados quando as dizemos no espaço público.

segunda-feira, janeiro 28, 2013
Hermenêutica da fome!
Não me é característico
debater pessoas, principalmente quando são de uma monumental insignificância que só um
País “interessante” como este lhes pode
ainda dar crédito. E mais grave: crédito
e um cargo numa empresa pública. Vem
isto muito a propósito do senhor Gustavo
Mavie que por acaso, explicado só pelo
contexto decadente em que vivemos, é
antieticamente director da Agência de Informação de Moçambique
(AIM) e propagandista do Governo da
Frelimo fazendo uso de uma instituição
do Estado. Vamos aos factos: Gustavo Mavie,
um PhD em Culambismo ao regime, escreveu
no boletim da AIM que o texto que eu
próprio escrevi e que fez capa no
semanário Canal de Moçambique (onde trabalho com muito orgulho) está prenhe de
demagogia porque o framing textual por mim dado leva à interpretação de que houve insensibilidade por parte do chefe
de Estado e seus assessores ao festejarem o aniversário do Senhor Armando
Guebuza com direito a oito horas de transmissão em director pela TV pública,
enquanto famílias choravam, a poucos quilómetros, a desgraça de que foram vítimas,
causada pelas enxurradas.Não tenho medo de repetir aqui que houve
insensibilidade, sim, e muita hipocrisia. E tenho elementos que me fazem chegar a esta asserção. Enquanto
o senhor comia e bebia de borla (arte em que de resto mostrou ser perito), eu
liderava uma equipa de Reportagem no terreno (na água), nas zonas da Costa do Sol, Inhagoia
e Laulane, testemunhávamos o sofrimento das pessoas. Insensibilidade porque o
direito privado de uma figura como a do PR não lhe abre o leque para poder dar
festas pomposas, enquanto o povo, a quem jurou servir, está no auge da miséria, ainda que seja momentânea
como é o caso destas enxurradas. Mais
grave: o banquete enquanto durou foi transmitido com pompa e circunstância,
oito horas seguidas, enquanto a população afectada enterrava os seus mortos ou chorava as outras consequências
mergulhada no sofrimento: sem água, sem comida, sem cobertores. Hipocrisia
porque enquanto bebiam e comiam, liam
discursos de combate à pobreza para elogiar o chefe rumo à caça de
mais um tacho nesses cargos, cujo critério passa por quem leva mais tempo
ajoelhado aos pés de Guebuza, outros estavam a serpura e simplesmente
ignorados.Qual é o combate à pobreza de que falam, enquanto se embebedam com
vinhos e comem vários acepipes quando em contracena está o povo desesperado? Precisamos
de ler mais manuais de governação e desenvolvimento
para entender o que encerra o vosso conceito de luta contra a
pobreza. Não há demagogias da nossa parte, senhor Mavie. Pelo contrário, há demagogias
do lado de quem fala da pobreza com uma
taça de vinho e rissóis na mão, tal como o senhor. Enquanto a televisão pública
transmitia em directo os “Mavie” a dançar e a comer na festa do chefe de
Estado, eu estava na Polana Caniço em casa da família Mulhovo, que chorava a
perda do pequeno Jorge que em vida nas
conversas de sonho com os amigos dizia querer ser juiz. E o senhor Mavie sabe por
acaso como morreu o pequeno Jorge? – Foi soterrado. A precária casa em que viviam desabou o lado do quarto onde
Jorge estava e foi tudo parar à cratera que se abrira por causa da chuva.
Saberá por que desabou o quarto do pequeno Jorge e não a casa do senhor Mavie?
– Porque a casa do senhor Mavie foi bem construída. A do pequeno
Jorge era de construção precária muito por culpa de um Estado que nem sequer
tem um ante-projecto sério de política de habitação e vive alimentando
“Maviísmos”. Na mesma altura que os muitos
“Mavie” comiam, duas senhoras lutavam no “Acolhimento Força do Povo”
por causa de arroz sem caril que era distribuído lá. Era uma única refeição que
cobria: matabicho,almoço e jantar. Diga-me agora o que é demagogia entre um Mavie falar
de sucessos de uma luta contra a pobreza, enquanto está na fila de um buffet, e
milhares de pessoas se espancam por arroz sem caril, porque perderam tudo com
as enxurradas? O senhor Mavie tanto tem um tal de dicionário quanto não sabe
ler o que lá está escrito…
Fala também do texto de Elísio Macamo publicado no “Notícias” que
sustenta a tal demagogia que o senhor nos atribui. Ao escrever sobre a tal
“demagogia”, Elísio Macamo fala da introspecção ética e moral (relativos à
padrões individuais e colectivos comummente aceites), exercício que cada um
devia fazer logo que recebeu o convite da festa. Esta introspecção de que fala
Macamo seria para decidir se era moralmente aceite comemorar faustosamente e
exibir em TV, enquanto outros estão na miséria. Isso, o bom de Mavie não
percebeu. Mas também como perceber se o que importa é só escovar? A
interpretação do texto que nos traz Mavie é típica daquilo que para efeitos
deste texto, vou chamar de Hermenêutica da fome! Consiste em interpretar factos
ou textos com pendor para o lado que nos vai garantir gás, combustível, pão e
um convite para próxima festa do chefe! É disso de que padeceu Mavie na sua
leitura!
Na forma como faz a descrição fiel dos pratos que foram servidos na
festa, mostra, não só que o senhor comeu tudo quanto esteve lá, revelando a sua
categoria de faminto, como mostra que é, como já todo o mundo sabe, a comida que
o move para ser mercenário. O senhor fala tanto de Guebuza como o dono da independência. Não
duvidamos que Guebuza seja “herói”. Mas porque não fala de Paulo Samuel
Kankomba, de Urias Simango, com o mesmo
ânimo e efervescência? Não será porque morreram
ou porque lutaram menos, certamente. É porque não podem dar-lhe dinheiro agora.
Porque o senhor é um vendilhão! Há muitos heróis vivos que lutaram pela
independência e só não recebem hossanas nas suas delirantes crónicas porque não
têm dinheiro para lhe pagar a
consciência, nem estão na posição de lhe poder convidar para viajar ao exterior
para ter ajudas de custo. Portanto, não venha aqui nos enganar, senhor Mavie!
Conhecemo-lo da letra e consciência! Vá vender o País por outra freguesia!!...Fala
de convite presidencial como se fosse
aquilo fosse o auge do jornalismo. Quanta miséria, meu Deus!! Saiba que também recebi o tal convite para ir
a tal festa. Só não fui porque preferi ir trabalhar (arte de que certamente o
senhor tem pavor). Diz no seu ensaio escovista que alguém nos manda escrever as
reportagens. Saiba, senhor Mavie, que contrariamente ao senhor que é mandado escrever textos para “deixar claro
que o Governo está a trabalhar”, eu não sou mandado escrever. Eu escrevo!
Porque tenho capacidade suficientemente intelectual para tal. Não sou da sua estirpe.
Não sou mercenário. Não estou à venda, muito menos por migalhas. Não faço parte
da sua facção de contrabando de consciência e de valores. Tenho dignidade e valores, coisas que certamente na sua legião
é considerado heresia.Ninguém me manda escrever nada. Temos uma pauta noticiosa
semanal, que é feita e executada por uma equipa de jovens liderada actualmente
por mim. Não recebo chamadas para difamar médicos que cuidam dos nossos compatriotas. Não recebo
garrafas de vinho e convites para o exterior para falar mal da oposição nem do
Governo. Não pense o senhor Mavie que não tenho lido os seus delírios que só a
mais afeiçoada tendência para a “escova” pode confeccionar. Temos lido os
insultos e ofensas que o senhor tem dirigido contra este jornal e seus
profissionais. Temos lido as suas desgraças textuais de cunho racista contra o
director deste jornal e contra muitos outros cidadãos moçambicanos de raça branca.
Aliás, a raça é, a par do anti-criticismo, o único expediente que o senhor sabe
tramitar. Longe de ver críticas e pessoas que com seu conhecimento contribuem
para fazer deste País um lugar normal, Mavie vê primeiro a cor dos críticos.
Anda aos rodopios com a raça do director deste jornal e contra outros cidadãos moçambicanos de raça branca,
mostrando que infelizmente estamos perante um primata sebastianista. Quer que
os brancos e negros voltem a se estranharem? Quanta irresponsabilidade!
Saiba, senhor Mavie, que só não respondemos porque não nos queremos
sujar com tamanha porcalhada intelectual. Saiba que o nosso silêncio perante as
suas basbaquices textuais é o nosso tributo à sua imponente insignificância,
que tal como diria Barbosa du Bocage: “tem
Tem mais: nunca me dei tempo de responder a um Mavie que é acusado
pelos seus próprios subordinados de gerir de forma danosa a AIM, um bem público.
Lemos em muitos jornais (que nem são da
propriedade do Canal de Moçambique, nem de “brancos”) que o senhor está metido
em muitos esquemas que levaram a AIM à falência técnica. São os trabalhadores da AIM que são citados nessas
notícias que o denunciam. O senhor nunca desmentiu isso. Certamente que sabe em
que esgoto repousa a sua consciência. Ou
seja: fazendo fé naquilo que está publicado sobre a sua gestão da AIM, não
chegamos a outra conclusão se não a de que: só a almofada cúmplice do regime é
que ainda o mantém fora das grades. Mas tenho pena de ter que o recordar que a
Justiça tarda mas não falha. Brevemente
a legalidade vai baterlhe à porta e a justiça vai de forma exemplar o colocar
no lugar propício para pessoas de instinto calamitoso como o senhor! Ainda bem que o senhor prefere-se acobardar no conforto
dos seus decadentes textos. Lamba como quiser, até as partes mais
desaconselháveis do regime, mas não o faça à custa do nosso trabalho honesto. Continue a delirar na
sua prostituição intelectual, mas não cometa o erro de usar o meu trabalho para
trepar as escadas do regime. Faça-o com os que ainda não sabem o hino à fraude jornalística que o
senhor é! (Matias Guente)
Presidente merece uma festa do tamanho da sua obra!
Quando junto as
críticas que ouvi em todo o lado e de outras que li em alguns jornais em torno
da festa do Presidente moçambicano, Armando Guebuza, para assinalar o seu 70º
aniversário natalício, sou tentado a concordar com o académico moçambicano,
Elísio Macamo, de que tal criticismo não passa de demagogia.Mas antes de
sustentar porque é que concordo com Macamo, nesta sua conclusão plasmada num
artigo publicado na edição de quarta-feira do jornal “Notícias”, faço questão
de recorrer ao Dicionário Verbo, para explicar o que é DEMAGOGIA àqueles que
ainda não sabem o significado exacto desta palavra.O Verbo define Demagogia
como sendo um “Exercício de retórica fácil, com vista à obtenção ou tentativa
de obter o poder político, que faz apelo às emoções da população, em detrimento
do uso da lógica e da racionalidade...a demagogia é uma prática que acaba por
se virar contra o povo”.A excepção dos indivíduos que possam estar a criticar
aquela festa porque estão mal informados, também acredito que há efectivamente
os que fazem essas críticas por mera e deliberada demagogia, convencidos que,
com isso, irão ganhar o poder político, ou então ajudar os partidos que
defendem a conquistar o poder que há 38 anos está nas mãos da Frelimo de
Guebuza.É de facto demagogia quando alguns jornais chegam ao cúmulo de escrever
artigos do tipo “O Banquete dos Insensíveis!!!, para tentar levar as pessoas a
acreditarem que Guebuza esbanjou fundos públicos para a aquisição de comida e
bebidas, numa altura em que milhares de pessoas passam fome vítimas das cheias
que nos últimos dias assolam o nosso país.Na verdade, muito do que se diz sobre
a faustosidade daquela festa não passa de um exagero, porque não foi faustosa e
muito menos esbanjadora. A mesma decorreu numa tenda tão comum como as que se
podem encontrar em muitas explanadas que há por aí, e em que se fazem festas de
muitos de nós.Eu por acaso fui uma das pessoas que, juntamente com alguns
colegas jornalistas participamos no evento, e não me pareceu uma festa cara
quando comparada com aquilo que o aniversariante fez para nós seus
compatriotas.Guebuza foi um dos moçambicanos que durante 10 anos lutou pela
independência do nosso país, bem como aceitou deixar tudo, incluindo a sua
família, para se fixar em Roma e negociar durante mais de dois longos anos a
paz que hoje desfrutamos há 20 anos.A festa do aniversário de Guebuza foi na
essência um simples almoço. Os pratos consistiam na sua maioria de arroz,
feijoada, matapa, cacana, chiguinha, mukapata, nhangana, carril de amendoim,
algum camarão, carne de vaca, de porco e de galinha e algumas saladas e frutas
da terra, ou seja aquilo que nos como cidadãos comuns comemos todos os dias.Por
aquilo que tive a oportunidade de apurar, parte considerável dos produtos com
que se confeccionaram os pratos foram doados. Nos casos em que foi necessário
adquirir no mercado, o seu custo naturalmente não foi além do normal para a
dimensão do aniversariante, cuja trajectória política e humana mostram que ele
fez muito pelo nosso país. O evento foi apenas uma ocasião para Guebuza
celebrar os seus 70 anos de vida com aquelas pessoas que ele considera como
sendo o sinónimo da sua própria vida, ou indivíduos que ele acredita serem
representantes de outros moçambicanos de que ele também é seu Presidente.Até os
músicos que emprestaram um ambiente festivo ao aniversário eram quase todos da
geração do próprio Guebuza, nomeadamente Gabriel Chihau, Xidiminguane e Dilon
Djindji.
A sua brilhante actuação acabou reactivando as energias adormecidas pela idade
de outros “velhotes” da geração de Guebuza, inspirando alguns a saltar das suas
cadeiras e improvisar alguns passos, num palco também improvisado.Foi bonito
ver o antigo Primeiro-Ministro, Pascoal Mocumbi, que foi quem tomou a
iniciativa de “abrir a sala”, não obstante a sua idade e que acabou por
contagiar o antigo presidente Joaquim Chissano.Ambos acabaram contagiando
outros convidados, algo que acabou fazendo daquele almoço ser uma verdadeira
festa que agora é demagogicamente rotulado de faustoso.Curiosamente, Guebuza resistiu
ao contágio e não dançou, uma decisão acertada, porque os seus detractores
poderiam pegar isso e catalisar e acusá-lo de insensível, embora passe parte
considerável do seu tempo nas zonas rurais a tentar ajudar os camponeses, que
constituem a maioria da população moçambicana, a saírem da pobreza.É curioso
ainda que os seus detractores o acusam mesmo assim de estar a esbanjar o erário
público com as suas presidências abertas. Mas se o Presidente ficasse confinado
no seu Palácio, certamente que também haveriam de acusá-lo de insensibilidade
aos gravíssimos problemas que ainda afectam a maioria dos moçambicanos que
vivem nessas zonas rurais.
Quer dizer, ele é morto por ter e por não ter cão.
Ainda na semana passada, li o artigo de um dos colunistas que é um verdadeiro
arauto de todos os que são contra Guebuza e a Frelimo, que com as cheias,
iriamos assistir a um verdadeiro turismo dos frelimistas que se vão deslocar às
zonas alagadas, alegando que querem se inteirar das destruições causadas pelas
cheias.Mas se cancelarem as visitas também serão acusados de insensíveis.Isto prova
que quando determinadas pessoas detestam alguém, mesmo que nos casos em que
nada de mal faz, acabam inventando sempre um crime para se atribuir a essas
pessoas.
Quanto a mim, Guebuza, bem como todos os vivos e mortos que nos resgataram da
trágica noite colonial e racista, merecem de nós mais e abundantes festas e
homenagens, porque são uma das formas de os agradecermos.Merecem porque sem
eles, poderíamos estar ainda na cova da morte comum em que os nossos
multiplicados inimigos nos tinham atirado passavam 500 longos anos.Para mim, se
fosse possível, deveríamos erguer uma estátua em cada local onde seja sepultado
um antigo combatente pela nossa independência, do mesmo modo que se devia fazer
o mesmo pelos compatriotas que defenderam de armas na mão, a nossa Pátria da
agressão do regime do apartheid que tinha como sua mão a Renamo.Guebuza e todos
os que com ele celebraram os seus 70 anos, não são insensíveis. O que se fez
foi celebrar o aniversário de um dos seus companheiros de luta de ontem e da
luta de hoje.É demagogia considerar Guebuza de insensível, quando a sua
sensibilidade ficou mais do que comprovada ainda muito jovem, quando deixou
tudo e enfrentou todos os riscos e até prisões, e caminhou muitas vezes a pé,
até conseguir ir juntar-se à Frelimo em Dar-es-Salaam em 1963, para lutar
contra o colonialismo.Guebuza só regressou em 1974 quando ele e os outros
companheiros, como Joaquim Chissano, Jacinto Veloso, Pascoal Mocumbi, Óscar
Monteiro e muitos e muitos outros, derrotaram o colonialismo português que nos
oprimia. É demagogia acusar Guebuza e todos os que celebraram com ele o
seu aniversário natalício como sendo insensíveis ao sofrimento do povo.Aliás,
muitos dos que lá estiveram, como Chissano, Mocumbi, Gundana, Jacinto Veloso
deram inúmeras provas do seu amor por esta Pátria e seu povo.Basta dizer que
fazem parte de um grupo de moçambicanos que de armas em punho lutaram para
erradicar o colonialismo português.Na verdade, aqueles que agora apregoam a
insensibilidade de Guebuza e de seus camaradas, comiam animadamente nas
faustosas festas dos colonialistas, incluindo alguns dos donos dos jornais em que
se publicam artigos que fazem essas acusações de insensibilidade.A única coisa
que se publica nesses jornais, ou que eles próprios escrevem ou mandam
escrever, é sistematicamente contra o governo, e a única coisa que para eles é
bom, é a oposição. O resto é ruim, não obstante o nosso País seja um dos 10 que
neste Mundo que está a braços com uma grave crise financeira, está mesmo assim
a registar um excelente crescimento económico que o faz estar nas primeiras
páginas dos maiores jornais do mundo pelas coisas boas e não pelas más.Os
jornais referidos falam de Moçambique como sendo um dos que integra esse
grupinho de 10 nações que registam o crescimento mais rápido do mundo inteiro,
não obstante tenha saído de uma devastadora guerra há apenas 20 anos. Mas para
os donos desses certos jornais que se publicam aqui no nosso Pais, todos os que
ousam falar dessa verdade aqui no nosso País, e que não falam mal do governo,
são lambe-botas, são frelimistas, são arautos do governo, são defensores
ferrenhos do regime ... são e são sempre ruins e nunca boas pessoas.Não será
isto mesmo uma revelação de que estamos perante novos potenciais colonialistas
que estão contra o nosso governo?
A isto chama-se força do ramerrão, que reage sempre a todas as inovações ou
mudanças que ponham em causa aquilo que só beneficiava a eles só e não a nós
todos.É demagogia acusar Guebuza quando foi ele que uma vez mais, viria a
aceitar, 16 anos após voltar da luta pela independência, deixou de novo tudo e
ir fixar-se em Roma, onde negociou com a sua sabedoria, durante mais de dois
anos, a Paz de que desfrutamos agora há mais de 20 anos.(Gustavo Mavie)
quinta-feira, janeiro 24, 2013
Crianças matam criança
Um menor de apenas
nove anos de idade, que em vida respondia pelo nome de Ito Eduardo, foi, no
passado dia 16 de Janeiro em curso, na cidade de Nampula, província com o mesmo
nome, Norte de Moçambique, espancado e esfaqueado ate à morte por outras duas crianças
de 10 anos de idade.O incidente chocou os moradores da zona da Rex, bairro de
Muchinha, arredores daquela cidade. Os assassinos são Zinho Varique e Edgar
William.Naquele dia, eles amordaçaram o petiz e, para além de o espancarem,
desferiram golpes contra ele com recurso a uma faca. Na sequência do acto
atiraram o seu corpo num dique conhecido por “Represa do Ford”. A vítima só foi
localizada no dia seguinte.
Ito, Zinho e
William encontravam-se a tomar banho naquela represa e começaram uma briga que
gerou uma aposição de dois contra um. A vítima havia saído de casa por volta
das 13 horas do dia 16 e demorou regressar.Por volta das 18 horas, os
familiares ficaram preocupados e encetaram buscas. Houve várias consultas a
parentes, amigos e vizinhos na tentativa de saber se alguém teria ou não visto
Ito. Outro menor, que por sinal assistiu à briga, informou que a pessoa que
estava a ser procurada teria estado na "Represa da Ford".
Os familiares do
finado foram até ao local. A primeira coisa com que se depararam foi a roupa do
Ito. Na mesma noite houve busca, porém, sem sucesso. No dia seguinte, os
parentes do menor voltaram para a represa e encontraram o corpo sem vida nas
margens daquele lugar usado pela comunidade para o banho e para a beberagem do
gado bovino.Depois de investigações, os familiares do finado concluíram que o
seu ente querido havia sido assassinado barbaramente por outros dois menores,
por sinal amigos e residentes no mesmo bairro e rua.Anida não se sabe o que
teria originado a briga que provocou a fúria daqueles dois menores a ponto de
tirarem a vida do amigo. Um dos petizes mudou de cidade.
Ana Afonso, de 30
anos de idade, é hoje uma mulher agastada e com o semblante entristecido. Não
esconde a dor de ter perdido o único filho em circunstâncias estranhas.Segundo
as suas palavras, no dia 16 de Janeiro quando deu pela falta do filho, às 18
horas, ficou confusa. Pressentiu que algo errado teria acontecido. Quando soube
que Ito foi para a represa, pensou no pior: rapto. Naquela noite não conseguiu
dormir. A sua maior dor foi ver o filho estatelado no chão, sem vida.A família
de Ito Eduardo lamenta o afastamento dos parentes de Edgar William e Zinho
Varique. Ainda não foram prestar condolência. Condena a atitude dos agentes da
Polícia da República de Moçambique afectos ao Posto Maior da Zona do Clube
Cinco, pertencente à terceira esquadra, por não terem ajudado nas buscas do
malogrado.A outra preocupação da mesma família tem a ver com o facto de ter
sido obrigada a assinar uma declaração, segundo a qual não vai mover nenhum
processo-crime contra as “crianças assassinas” nem contra os seus parentes.Entretanto,
o avô e o pai do malogrado exigem justiça como forma de evitar que haja
conflitos entre as três famílias.Zinho Varique é considerado uma criança
tranquila e dedicada à escola pelos vizinhos. Já Edgar William, órfão de mãe,
tem uma vida conturbada. “É um rapaz insatisfeito”, segundo nos disse Filismina
Inácio, sua prima.
quarta-feira, janeiro 23, 2013
Água derruba torres de energia de Cabora Bassa !
O Governo
moçambicano, por meio do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC),
decretou ontem o alerta vermelho institucional para as zonas sul e centro do
país, na sequência do agravamento das chuvas, que nalguns casos estão a inundar
as terras ribeirinhas e, por conseguinte, a destruir infra-estruturas sociais e
económicas, bem como culturas diversas.O anúncio foi feito em Caia pelo
director-geral do INGC, João Ribeiro, o qual explicou a jornalistas, depois do
conselho coordenador de Gestão de Calamidades, havido neste distrito e
presidido pelo Primeiro-Ministro, Alberto Vaquina, que o alerta vermelho
institucional decretado implicou ontem a activação total do Centro Nacional
Cooperativo de Emergência (CENOE). “Em outras palavras, significa que todas as
instituições do Governo, sociedade civil e população em geral estarão com as
atenções viradas para evitar perdas de vidas humanas”, explicou.O
director-geral do INGC afirmou que neste momento estão a entrar “grandes
volumes de água nos rios Incomáti e Limpopo, enquanto no Zambeze se regista uma
situação oscilatória. As previsões de chuvas que caem a montante dos países
vizinhos poderão agravar a situação do Zambeze, Púnguè, Save e Búzi”. Referiu na mesma ocasião que a zona sul
do país está a ser assolada por chuvas intermitentes, que chegam a atingir 200
milímetros por dia, situação que está a exigir uma intervenção governametal,
sociedade civil, comités de gestão de calamidades e a população para a
salvaguarda de vidas humanas.Questionado sobre a capacidade
institucional existente, o director-geral do INGC, João Ribeiro, afirmou
estarem a ser accionados todos os recursos possíveis para se poder enfrentar a
situação de cheias.Convidado a pronunciar-se sobre a situação por
regiões, João Ribeiro explicou que na bacia do Chókwè poderão estar ameaçadas
cerca de 55 mil pessoas.“O rio Limpopo, na área do Chókwè, pode atingir
nos próximos dias, seis a oito metros, e poderá inundar algumas povoações
e bairros. O nível de alerta do rio Limpopo é de cinco metros” – disse João
Ribeiro.Sobre quantas pessoas estarão em risco na bacia do Zambeze, o
director-geral do INGC disse: “Olhando para os tempos anteriores, por estas
alturas em que o nivel do rio está a atingir os cinco metros de altitude,
estaríamos a fazer buscas e salvamento. Quando o rio atingir o nível de sete
metros, já começará a nos preocupar. Por isso declaramos o alerta vermelho
institucional para podermos responder imediatamente. Caso haja necessidade de
retirada compulsiva de pessoas, esta acção nos é permitida neste momento”.
quinta-feira, janeiro 17, 2013
quarta-feira, janeiro 09, 2013
5 de igual Nr. de partidos pode formar bancada
A
Assembleia da República (AR)
poderá ter mais de três
bancadas a partir das eleições gerais de
2014. o novo Regimento da Casa Magna passa a criar facilidades na formação de bancadas parlamentares ao introduzir o
conceito de bancada parlamentar mista.Trata-se
de um dispositivo contido no artigo 58 do projecto de revisão do Regimento da AR (lei n.º 17/2007 de 18 de Julho) que vai a debate na próxima sessão
ordinária - Março
de 2013 - e que promove as bancadas de coligação
e dispensa o mínimo exigido
a cada bancada.Na
verdade, a próxima lei vai
exigir apenas cinco deputados (com os oito actuais) como o mínimo para qualquer partido formar uma bancada.
Entretanto, mesmo que um partido eleja apenas um deputado pode formar bancada
com outras bancadas interessadas. Por exemplo, havendo cinco partidos que
tenham eleito, cada um, apenas um deputado, podem, querendo, juntarem-se e
formar uma bancada parlamentar.Diz
o artigo 58 da proposta: “Os
deputados representantes de dois ou mais partidos políticos ou coligação
de partidos, resultantes de eleições gerais,
que não possam constituir-se bancada parlamentar, nos termos do regimento, podem,
entretanto, constituir uma bancada mista.”
No que toca aos procedimentos para esse fim, diz o projecto da revisão do regimento que, “para o efeito, será
preciso fazer uma declaração ao
presidente da Assembleia da República, após a constituição
da Assembleia da República e a
adoptar uma denominação comum”.

Na
lei vigente, o mínimo é de oito, mercê
duma revisão pontual
havida em 20
10 para dar espaço à criação
da bancada do Movimento Democrático de Moçambique (MDM). Inicialmente, o número mínimo
para formar uma bancada no Parlamento moçambicano
era de 11 deputados e esta lei foi usada até à sexta Legislatura, até que foi revista na sétima.
O índice de emprego em Moçambique.........
...........reduziu em 0,4 por cento em Outubro último, comparativamente ao mês anterior,
afirma o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) no seu Índice de Actividades
Económicas (IAE) – Outubro 2012.Para o INE, esta
redução dos índices de emprego deve-se a estabilidade verificada em quase todos
os sectores da economia em Outubro, tendo apenas havido diminuição de 1,7 por
cento no sector da indústria e 0,1 por cento nos transportes em relação ao mês
anterior.“Os sectores do turismo e do comércio mantiveram-se estáveis, não
registando alguma variação. O sector de outros serviços é o único que registou
um aumento, em 0,1 por cento, em relação ao mês anterior”, refere a pesquisa.Até
Outubro do ano passado, a variação dos índices de emprego em Moçambique teve
comportamentos negativos nos meses de Janeiro (0,2 por cento), Abril (0,2 por
cento), Junho (0,2 por cento), Julho (0,4 por cento) e igual percentagem em
Outubro.Contudo, a pesquisa do INE indica que comparativamente ao mês homólogo
de 2011, o índice global de emprego em Outubro último registou um aumento de
0,4 por cento.Além da questão de emprego, o IAE do INE também analisa as
variáveis de volume de negócios e de remunerações. Para estas variáveis, a pesquisa
refere ter havido um aumento do nível geral do volume de negócios em 2,7 por
cento e das remunerações em 0,1 por cento.Comparando com o mês de Outubro de
2011, os índices globais de Outubro de 2012 para essas variáveis também
registaram um aumento, tendo sido de 14,1 por cento para o volume de negócios e
de 10,5 para as remunerações.O IAE refere que o aumento do índice geral do
volume de negócios em Outubro último foi resultado dum grande aumento registado
no sector da indústria (em 11,7 por cento) e dos ligeiros aumentos dos sectores
da energia (0,6 por cento), do comércio (em 0,2 por cento) e de outros serviços
(em 2,0 por cento).A manutenção do índice do sector do turismo em relação ao
mês anterior e a queda verificada no sector dos transportes (em 0,1) não foram
suficientes para alterar a tendência crescente do índice geral do volume de
negócios.No que concerne as remunerações, quando comparadas ao mês de Setembro,
registaram um aumento de 0,1 por cento em Outubro, aumento resultante dos níveis
de variações verificadas em todos os sectores.“Os índices dos sectores da
indústria e do comércio registaram um aumento em 0,2 por cento cada, enquanto
os sectores dos transportes e de outros serviços registaram 0,1 por cento. O
sector do turismo não registou variação alguma no índice de remunerações de
Outubro, comparativamente ao mês de Setembro”, indica o IAE.
Não existem livros em braille
Dispara o...
número de contribuintes registados em Moçambique
quintuplicou no período compreendido entre 2006 e 2012, revelam estatísticas da
Autoridade Tributária de Moçambique (AT).Os mesmos dados indicam a existência
de pouco mais de dois milhões de cidadãos portadores do Número Únicos de Identificação
Tributária (NUIT).Em 2006, contribuintes cadastrados no sistema tributário nacional
perfazia cerca de 500 mil.Segundo o Presidente da AT, Rosário Fernandes, em
2012 o país registou uma atribuição recorde de NUITs.“No total, até dia 16 de
Dezembro, foram atribuídos 484,611 NUITs, que incluem 477,055 contribuintes em
sede de pessoas singulares e os restantes são contribuintes do Imposto
Simplificado para Pequenos Contribuintes. Este número equivale a 34,61 por
cento a mais do que a meta de cadastramento para 2012”, disse.Apesar do número
crescente de contribuintes, a situação ainda está muito aquém do que seria de
desejar tendo em conta que o país possui uma população economicamente activa
estimada em 10 milhões de habitantes.Aliás, o próprio presidente da AT admite
que nem todos os contribuintes cadastrados exercem o seu dever de contribuir
para as receitas do Estado.O aumento do número de contribuintes cadastrados
deve-se ao trabalho realizado por disseminadores do sistema tributário. Neste
momento, o país possui mais de 15 mil disseminadores entres os quais constam,
professores, estudantes, estagiários, confissões religiosas e sociedade civil
em geral.
Sempre a subir
A
companhia Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) registou um crescimento na ordem de
nove por cento no ano passado ao transportar 612.765 passageiros, refere um
comunicado de imprensa.“Comemoramos este recorde porque reflecte o nosso
empenho na resposta à crescente necessidade do mercado pelos serviços de
transporte aéreo. É um resultado que demonstra a forma afincada e eficiente
como trabalhamos na nossa companhia”, disse a administradora delegada da
empresa, Marlene Manave. A nota refere que com o aumento da frota registada nos
últimos dois meses de 2012 e a aquisição de duas novas aeronaves a jacto, do
tipo Embraer 145 no primeiro trimestre de 2013 “a companhia estima aumentar a
oferta de lugares na ordem dos 22 por cento para este ano”.As duas novas
aeronaves a jacto serão operadas pela sua subsidiária MEX - Moçambique Expresso
e estarão baseadas em Tete e Nampula, de modo a permitir uma resposta integrada
aos vários pólos de desenvolvimento em Moçambique.A LAM recebeu recentemente
duas aeronaves uma do tipo Embraer 190 e outra do tipo Boeing 737-500.
Informáticos burlam patrão
A Polícia da República de Moçambique (PRM)
deteve, na cidade e província de Maputo, seis cidadãos de nacionalidade
moçambicana indiciados pelos crimes de falsificação de moeda, recargas de
telemóveis e passaportes. Um comunicado do Comando Geral da Polícia, destaca
que na cidade de Maputo, foram detidos dois engenheiros informáticos, em
serviço na empresa de telefonia móvel Vodacom, indiciados no crime de falsificação
de recargas de telemóveis.Na cidade da Matola foi detido um individuo indiciado
no crime de falsificação de moeda e, em seu poder, a polícia apreendeu o
computador que usava para as suas actividades ilícitas, incluindo uma
respectiva impressora. O suspeito dedicava-se a falsificação de notas com o
valor facial de 1.000,00MT; 500,00MT e 200,00MT. No prosseguimento das suas
acções a PRM na província de Maputo deteve ainda dois indivíduos na posse de 42
passaportes falsos. Ambos foram indiciados pelo crime de falsificação de
documentos. Fazendo o balanço da semana de 29 de Dezembro
a 4 de Janeiro corrente, a PRM revela que foram registadas 126 ocorrências
criminais das quais 108 foram esclarecidos.Durante o período em análise a
polícia deteve 115 indivíduos indiciados no cometimento de delito comum sendo,
41 contra a propriedade, 61 contra pessoas e 13 contra a ordem, segurança e
tranquilidade públicas.Foram igualmente detidos 1.211 violadores de fronteira,
dos quais 798 moçambicanos, a maioria dos quais atravessou ilegalmente a fronteira
com a República da África do Sul e Malawi, 113 malawianos, 160 zimbabweanos, 108
tanzanianos e 32 zambianos.Na linha de fronteira com a República da África de
Sul, foi detido um imigrante ilegal de nacionalidade nigeriana.Da República da
África do Sul foram repatriados 30 cidadãos moçambicanos, dos quais 28 homens e
duas mulheres que seguiram os seus destinos, concluído o processo de triagem. Num
outro desenvolvimento a PRM, revela a detenção de seis indivíduos em diferentes
partes do território nacional indiciados de crimes de ameaça com recursos a
arma de fogo, posse ilegal de uniforme policial, posse ilegal de arma de fogo,
assalto a mão armada. Num dos assaltos a PRM deteve dois cidadãos malawianos.As
autoridades também anunciam a detenção de cinco indivíduos em conexão com
crimes de homicídio voluntário, dos quais dois na vila da Macia em Gaza, um na
Matola, um em Mossurize, na província de Manica e outro na província de Tete.Todos estes homicídios foram cometidos por
membros da mesma família.
A mais baixa inflação da história
Moçambique
registou durante o ano passado uma variação média anual de preços na ordem de
2,60 por cento, um resultado que representa cerca de metade da meta
estabelecida pelo Governo para 2012 e a mais baixa dos últimos três anos.Dados
do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), tomando como referência o Índice
de Preços ao Consumidor (IPC), indicam que em termos cumulativos o país
registou uma inflação anual na ordem de 2,02 por cento.A meta de inflação média
para 2012 estabelecida pelo Governo era de 5,6 por cento. Nos anos 2010 e 2011,
o país registou inflação de dois dígitos, na ordem de 12,43 e 11,17 por cento
respectivamente.Segundo dados do INE, a cidade de Nampula foi a que registou a
inflação média anual mais alta, situada nos 3,14 por cento, seguida das cidades
da Beira e Maputo, com 3,07 e 2,09 por cento, respectivamente.A inflação média
anual registada em Nampula foi determinada pelo aumento dos preços dos produtos
da divisão de alimentação e bebidas não alcoólicas, bem como habitação, água e
electricidade.Na Beira, a inflação foi influenciada pelos aumentos dos preços
das divisões de alimentação e bebidas alcoólicas, educação e transportes,
enquanto em Maputo, tal deveu-se ao incremento dos preços das divisões de
restaurantes, hotéis, cafés e similares, bem como educação.No que refere a
variação mensal, o INE diz que os preços registaram um agravamento de 1,06 por
cento em Dezembro.Este aumento foi determinado essencialmente pelos preços dos
alimentos e bebidas, bem como dos transportes.A cidade da Beira foi a que
registou a maior inflação mensal (1,29), seguida de Nampula, com 1,03 por
cento, e por fim Maputo, com 1,01 por cento.Na Beira a inflação foi determinada
pela subida dos preços do peixe fresco, refrigerado ou congelado, peixe seco,
tomate, coco, capulanas, arroz e dos artigos de vestuário para crianças.Em
Nampula a situação deve-se ao aumento dos preços do peixe seco, da farinha de
milho, farinha de mandioca, do tomate, das motorizadas, do arroz e do sal refinado
para cozinha.Enquanto isso, em Maputo, o aumento dos preços dos transportes
semi-colectivos urbanos e suburbanos de passageiros, coco, cebola, couve,
frango vivo, ovos frescos de galinha e frango morto, influenciaram a inflação
mensal.O INE recolhe dados para o cálculo do IPC em 885 estabelecimentos nas
cidades de Maputo Beira e Nampula.
terça-feira, janeiro 08, 2013
Que pobreza de comunicado!
“Colegas. A situação é o seguinte: Existem várias ameaças
que estão a decorrer aos Médicos. Isto é, a ilegalidade que eles não se referem! Anotem cada
ameaça, pois, a continuar iremos entrar com um processo judicial sobre os
ameaçadores! Como pré-requisito para voltar-se a negociar foi definido a
retirada de todas as ameaças! Estrategicamente foi aprovado os seguintes meios
de difusão de informação da AMM: Facebook grupo AMM, Página do facebook da AMM, Correio
electrónico do Gabinete de Informação da AMM. Como sugerido e aprovado,
partilhem também a informação nos vossos murais. Em relação ao dia de amanhã
(08.01.2013), em Maputo, todos os Médicos deve se dirigir a PRAIA do COSTA DO
SOL, as 7:30h, com concentração no CALÇADÃO de fronte da porta principal do
Centro de Conferências Joaquim Chissano. Os Médicos devem vir de camisetes
brancas. Em outras Províncias, os Delegados provinciais e equipas de avanço,
devem coordenar com os Médicos o local, podendo ser: praia, perto do rio,
almadia em Tete, Lagoa Azul em Quelimane, praça da juventude, ou em algum local
estratégico para efectuar actividades de carácter humanitário ou outro tipo de
actividade: retirar o lixo da praia, conversar, ler poesia, jogar futebol de
praia, futebol salão, entre outras actividades.
A GREVE MANTÉM-SE, COM A MESMA OU SUPERIOR ADESÃO QUE A DE
HOJE. FORÇA COLEGAS. UNIDOS VENCEREMOS.
“Se queremos constituir uma Classe respeitada, temos de
estar prontos a abdicar dos nossos interesses individuais, aqueles que vão
contra o bem comum. Temos de deixar de procurar safarmo-nos individualmente à
custa de outros colegas ou em detrimento das sociedades em que participamos. Temos que parar de nos agredir e, antes,solidarizarmo-nos.”
Dr. Jorge A. H. Arroz (MD, MPHc)
Presidente da Associação Médica de Moçambique
President of
Mozambican Medical Association
cel: 00258 -
82 6849338
Skype: jorge.arroz1
Blogue: http://jorgearroz.bloguepessoal.com
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