terça-feira, agosto 09, 2022

Irracionais reagem à ocupação de território

Nacional de Saúde (INS) alerta para o risco de surgimento de novas pandemias antes do término da Covid-19 e a emergência de saúde pública de interesse internacional, caso prevaleça a constante invasão do ambiente animal pelos humanos. Actualmente, além da Covid- 19, do ponto de vista emergencial, o mundo enfrenta, igualmente, a varíola dos macacos. 

O alerta foi lançado pelo director-geral adjunto do INS, Eduardo Samo Gudo, em Maputo, por ocasião da “Oficina de Trabalho da Plataforma de Saúde Única em Moçambique,” um evento que terminou na sexta-feira, e que visava instituir uma vigilância sanitaria epidemiológica robusta no âmbito da prevenção e controlo da propagação de doenças endémicas emergentes e re-emergentes, com enfoque para doenças zoonóticas.

Samo Gudo acredita que as próximas pandemias estão próximas, pois, no passado, havia cerca de 10 anos de interregno entre elas. Entretanto, actualmente, a ocorrências de zoonoses (doenças infecciosas transmitidas de animais para pessoas) tem aumentado a nível mundial, por culpa dos próprios humanos. O que se conclui é que estes invadem o ambiente faunístico e carregam patógenos que, normalmente, convivem com os animais, mas que somente fazem mal ao ser humano.

“Caso a situação prevaleça, vamos entrar para um novo paradigma de saúde global, em que vamos ter mais de uma pandemia ao mesmo tempo”, advertiu Samo Gudo. Aponta-se que mais de 80 por cento de doenças têm origem animal no mundo e que, nos últimos tempos, tem se assistido ao surgimento, ressurgimento e propagação de inúmeras doenças zoonóticas. Por seu turno, o Director do Centro de Biotecnologia da Universidade Eduardo Mondlane, Joaquim Saíde, defendeu a necessidade de se desenvolver, fortificar e implementar um sistema focado na abordagem de saúde única, que permita enfrentar os desafios que o país tem passado nos últimos tempos.

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