sábado, julho 23, 2016

Sinistralidade em Moçambique é um grave problema

Um aparatoso acidente de viação fez neste sábado (23) um número não especificado de mortos e feridos, ao longo da Estrada nacional Número Um (EN 1), concretamente na região de Bobole, na província de Maputo.Entretanto, segundo uma fonte, o acidente envolveu duas viaturas de transporte semi-colectivo de passageiros que circulavam em sentidos contrários.O acidente ocorreu devido ao excesso de velocidade por parte de um dos transportadores que fazia o trajecto Maputo-Xai-Xai, ao tentar fazer uma ultrapassagem tendo  modo embatido violentamente noutra viatura.Para além de mortos e feridos, há registo de danos matérias nas viaturas envolvidas no sinistro que se encontram totalmente destruídas.Populares e pessoas solidárias acorreram ao local para socorrer as vítimas.
Em Moçambique, os acidentes de viação continuam a ser uma das maiores causas de morte. Na origem dos acidentes estão, muitas vezes, a condução sob efeito de álcool e o mau estado das estradas. De acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente em Moçambique as autoridades têm divulgado a morte de cerca de 1.700 pessoas nas diversas estradas do país. Mas a OMS estima que o número real de mortes seja superior a 8.000.
Calado Lopes é presidente da Associação Moçambicana Sem Acidentes de Viação (AMOSAVI). Ele aponta o comportamento humano como a principal razão dos sinistros.Calado Lopes diz que “os condutores de veículos com e sem motores são os principais protagonistas, pela falta de formação sobre código de estrada". Lopes critica ainda o comportamento dos condutores na via pública: "Eles conduzem mediante a esperteza e sem observância da lei de estrada. Às vezes fazem ultrapassagens à esquerda e excedem a velocidade numa curva, nos entroncamentos, cruzamentos e lombas.”Segundo um Relatório Mundial sobre Segurança Rodoviária, apresentado em Genebra (Suíça) e Londres (Inglaterra) em outubro do ano passado, Moçambique lidera o índice de mortes por acidentes de viação nos países de língua portuguesa, com cerca de 31,6 mortes por 100 mil habitantes por ano.

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