Povo de Moçambique, perguntai em uníssono ao homem que se
vê na imagem, qual é sua pátria e o seu partido.Isto vem a propósito do facto de que este homem (na
imagem) fala, fala, fala sem parar; e o que ele diz só revela que destila um
ódio visceral por aqueles que ele considera responsáveis pela sua desgraça
política. Porém, analisando o percurso político deste homem (na imagem)
facilmente se depreende que ele próprio é que é o principal culpado pela sua
desgraça.
Ele (o homem na imagem) já desempenhou funções muito
cruciais no aparelho do Estado moçambicano e na Frelimo. Por exemplo, quando
Samora Machel, primeiro Presidente de Moçambique independente, morreu num
acidente de aviação que o povo moçambicano considera não devidamente
esclarecido, este homem (na imagem) era o Ministro da Segurança da República
Popular de Moçambique. Nessa qualidade, ele era muito próximo do Presidente da
República. Mas não é a sua pessoa o objecto desta reflexão; são os seus actos
públicos.
Em público, o homem na imagem tem aparecido a acusar o
então Governo liderado por Armando Guebuza de ter "pilhado" o Estado
moçambicano. E o mais interessante é que quem dirige o Governo actual, o
Presidente Filipe Nyusi, foi membro do Governo anterior, liderado por Armando
Guebuza. Isto significa que nas acusações de "pilhagem" que o homem
na imagem faz ao Governo anterior implica também o actual Presidente. Mas,
paradoxalmente, o homem na imagem tem se esmerado em se colocar à disposição do
Presidente Filipe Nyusi, para o "ajudar" no que o Presidente julgar
que este homem (na imagem) pode ser útil. Isto é muito curioso, contanto que configura
o "lambebotismo" que este homem (na imagem) tanto diz execrar.
Enquanto o Presidente Filipe Nyusi não solicita os
"preciosos préstimos" deste homem (na imagem), ele vai usando todas
as plataformas possíveis de comunicação social para dirigir ataques aos seus "inimigos",
que afinal até são seus correligionários. Uma coisa que este homem
ardilosamente faz—porque não lhe abona—é evitar relatar que, no tempo em que
ele era dirigente, quem falasse contra o regime era tido como "inimigo do
povo" e corria risco de ser fuzilado. Houve cidadãos moçambicanos que
foram fuzilados no cumprimento de decisões tomadas com o voto favorável deste
homem. Não surpreendentemente, ele nunca fala disso; nunca fala que contribuiu
para a "pilhagem" de vidas cujo pecado era só pensar diferente. Mas fala tão facilmente da
"pilhagem" que vem supostamente ocorrendo desde que ele deixou de ser
dirigente. Eu interpreto este comportamento do homem na imagem como
consequência do desespero em que lhe metem a inveja o ódio viscerais que ele
nutre por aqueles que o acantonaram justamente em razão da sua inconveniência
sistemática.
Assim, em defesa da honestidade e contra a hipocrisia,
peço aos jornalistas que têm entrevistado este homem (na imagem) para que o
perguntem quais são os erros que ele cometeu no passado, dos quais se
arrepende. O povo precisa saber disso, para lhe levar a sério. Sem isso, tudo o
que ele (o homem na imagem) tem andado a dizer por onde passa mete tanto nojo
ao povo que sabe da sua história do que a ele metem nojo as pessoas que tanto
odeia, como foi ouvido alguma vez dizer. Peço igualmente aos jornalistas que
têm entrevistado este homem (na imagem) para que o perguntem se ele sabe que o
ódio faz mal a quem o tem (i.e. a quem odeia outrem) e nunca a quem se odeia
(i.e. ao odiado).
Peço aos moçambicanos para que não julguem a Frelimo em
função dos ditos de pessoas emocionadas, cegadas pela inveja, pelo ódio ou pela
ganância. Julgue-se a Frelimo, sim, mas em função dos seus feitos. E os grandes
feitos da Frelimo são que (i) organizou e guiou o povo moçambicano na sua luta
vitoriosa contra o colonialismo português; (ii) organizou e guiou o povo
moçambicano na defesa da sua independência e soberania, ameaçadas por agressões
externas durante a Guerra Fria; (iii) organizou e guiou o povo moçambicano na
busca da paz, a seguir ao fim da Guerra Fria; e (iv) está actualmente empenhada
na organização e condução do povo moçambicano na edificação e consolidação do
Estado de Direito Democrático e de promoção do progresso de Moçambique. E isto
não é tirar mérito ao papel desempenhando por outros partidos políticos e
outras forças vivas da sociedade
moçambicana. Longe disso! É reconhecer honestamente os feitos decorrentes das
políticas públicas propostas pela Frelimo e postas em prática com a participação
de todo o povo moçambicano.
Enfim, atitudes quais as do homem na imagem aqui visam
obscurecer as realizações do povo moçambicano, organizado e liderado pela
Frelimo, e projectar a imagem de que se não fosse por causa de certas
pessoas—aquelas que este homem na imagem odeia—Moçambique estaria melhor, e
sobretudo se ele fosse parte da equipa dirigente. Se pensar assim for
permitido, então que me seja permitido pensar e dizer que Moçambique estaria
muito melhor se o homem na imagem nunca tivesse influenciado as decisões
tomadas no tempo quando ele era dirigente. Numa palavra, este homem na imagem
faz tanto barulho por ter sido "acantonado" porque obstaculizava o
progresso de Moçambique. Os moçambicanos não devem levar a sério os ditos deste
homem (na imagem), que se afigura como o verdadeiro "lesa-Pátria",
camuflado de benfeitor. Com efeito, os ditos deste homem conduzem ao pensamento
de que ele só se vê moçambicano e militante da Frelimo se puder influenciar as
decisões que se tomam para a orientação do povo moçambicano e da Frelimo. Este pensamento mete medo, se
invocarmos as decisões erradas tomadas no passado com o voto favorável deste
homem! Dai a pergunta "qual é a pátria e o partido deste homem na imagem?".(JM in facebook)
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