quinta-feira, fevereiro 08, 2018

Roubo de "tako"

Perfil do Distrito de Changara
Quatro presumíveis ladrões assaltaram, com recurso a uma pistola de marca “Makarov”, na manhã de segunda-feira, uma bomba de combustível, na sede do distrito de Changara, província central de Tete, tendo-se apoderado de mais de 490.2 mil meticais.Depois de terem assaltado a bomba, sem causar vítimas humanas, os supostos ladrões abandonaram o local tranquilamente, porque não havia perigo nenhum, visto que as instalações estavam desguarnecidas, a partir de um esquema montado para facilitar o assalto.Alertada sobre o assalto, a Polícia da República de Moçambique (PRM) empreendeu operações de busca e captura, tendo neutralizado dois dos quatro assaltantes, no distrito do Guro, na vizinha província de Manica, numa altura em que estavam a concertar um pneu da viatura, de marca Toyota Corola, de que se faziam transportar, de volta à cidade da Beira, donde eram provenientes.

Trata-se de Francisco Machava, de 29 anos de idade, portador da pistola usada no assalto, e Sansão Mboene, de 37 anos de idade. Todos naturais da província de Gaza.Para além da neutralização dos assaltantes, os agentes a Polícia recuperou uma quantia de 221 mil meticais, a pistola usada para a prática do crime e 16 munições, algumas das quais estavam no carregador da arma.Dois dos quatro assaltantes foram contratados, telefonicamente, a partir da cidade da Beira, por indivíduos identificados pelos nomes de Winas e Evas, que monitoravam o plano de assalto a partir de Changara.Os dois assaltantes, já detidos, confessara, terem protagonizado o assalto, confirmando que aconteceu às 7 horas (de segunda-feira).“Aproveitamos o momento em que o gerente estava a preparar o dinheiro para ir depositar no banco e, se nós demorássemos, não teríamos sucessos”, disse Machava, dono da pistola que comprou na cidade da Beira de um agente da PRM, por 30 mil meticais.“Winas disse que não deveríamos ter medo de assaltar de dia, porque tinha combinado com o chefe da empresa de segurança privada para não escalar guarda antes de assaltarmos a bomba. De facto, eu tinha a pistola na mão e ameacei a pessoa que tinha dinheiro que, por ver a pistola, ficou a tremer e o Winas e Evas carregaram o dinheiro. 
Resultado de imagem para changaraSaímos para o carro e pusemo-nos a andar”, explicou.Machava revelou que ele e os seus comparsas saíram da cidade da Beira no domingo, tendo reabastecido a viatura em Chimoio (província de Manica), antes de chegar a Changara “mas sempre a controlar a hora que nos foi dita para assaltar o dinheiro do movimento de sexta-feira, sábado e domingo, que é muito, em vez de um dia”.Machava disse terem saído do local do assalto sem nenhuma pressão, porque a bomba estava sem guarda.“Só que quando entramos no distrito de Guro, um dos pneus começou a perder ar. Paramos para substituir. Foi nessa altura que fomos apanhados, nós os dois, porque Winas e Evas, quando viram esta situação, meteram-se no mato”, acrescentou.Por sua vez, Sansão Mboene, outro integrante da quadrilha, disse que se juntou ao grupo sem se aperceber que era para o cometimento do crime. 
“Disseram que leva-nos para um sítio, temos uma missão a cumprir. Por isso, quando saíram da bomba sem indicação de assalto, regressamos sem pressa. Estou arrependido”, explicou.A porta-voz do Comando provincial da PRM, em Tete, Lurdes Ferreira, disse que “accionamos os comandos distritais e provinciais de Manica e Sofala para fechar o cerco, numa altura em que nós, cá em Tete, estávamos a fazer as operações de busca e captura dos supostos assaltantes”.“Fomos alertados pelo gerente da bomba assaltada sobre o que tinha acontecido. Foi graças a isso que conseguimos iniciar as nossas operações. Foi bom, porque, quanto mais cedo for, conseguimos obter bons resultados do nosso trabalho operativo”, explicou.A fonte assegurou que a corporação continuará com as operações com vista a neutralizar os restantes dois supostos assaltantes.

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