O
Presidente da República, Armando Guebuza, disse que os moçambicanos não devem
permitir qualquer divisão, devendo, pelo contrário, manter a unidade e a paz,
instrumentos determinantes e fundamentais para intensificar os esforços de
combate a pobreza.Nos últimos anos, o país concretizou realizações assinaláveis
em várias áreas como estradas, escolas, hospitais, extensão da rede de energia
eléctrica, produção agrícola em franco crescimento, abertura de estradas e
pontes que sem a paz e a unidade entre os moçambicanos na luta contra o inimigo
comum que é a pobreza não seriam possíveis. Guebuza falava, durante um comício
na localidade de Missal, Posto Administrativo de Bojane, distrito da Maganja da
Costa, província da Zambézia, no quadro da sua Presidência Aberta e Inclusiva,
um momento que serve para dialogar, directamente, com as populações sobre aspectos
de governação.Na ocasião, Guebuza destacou que estes efeitos espelham o valor
que os moçambicanos atribuem a paz e a unidade.“Nós, os moçambicanos, sabemos
construir a paz e conhecemos o seu valor. Sabemos o que sofremos antes de
alcançar a paz, não estaríamos como estamos hoje. Não podíamos ir às nossas
machambas a vontade, não podíamos realizar as cerimónias de evocação dos nossos
antepassados, até nos hospitais éramos raptados”, disse o presidente.
Hoje,
porém, o país está em paz e tem estradas, telefones, que alguns moçambicanos
levam consigo no bolso. Alguns têm energia eléctrica em suas casas e podem, a
partir dela, desenvolver alguma actividade de renda que contribui para melhorar
ainda mais a qualidade de vida das pessoas.A localidade de Missal, que dista a
mais de 130 quilómetros da sede distrital da Maganja da Costa, tem excelentes
níveis de produção agrária com destaque para as culturas de batata-doce,
feijão, mandioca, gergelim, amendoim, arroz, cana sacarina entre outras, mas
enfrenta dificuldades de escoamento do “boom” da acção agrária dos produtores.
A
região ressente-se também da perda de parte considerável do seu palmar em
consequência do amarelecimento letal do coqueiro, doença que dizimou milhares
de plantas a nível da província e, por conseguinte, o encerramento de pequenas
e médias indústrias que empregavam uma boa parte da mão-de-obra local, que se
dedicava ao processamento do coco.No comício de Missal, Guebuza ouviu também
casos de professores que obrigam os alunos a oferecer uma galinha para divulgar
as notas de frequência, de quadros da saúde que mandam os doentes fazer limpeza
na unidade sanitária local em troca de atendimento.Nessa interacção, os
residentes da localidade pediram a alocação de uma ambulância destinada ao
transporte de doentes em estado crítico, sobretudo as mulheres grávidas, que
nalguns casos morrem a caminho da unidade sanitária.A construção de um lar para
os estudantes, a reabilitação de todas as infra-estruturas devastadas pela
depressão tropical “funso”, bem como a criação de condições financeiras para o
alargamento das áreas de produção são pedidos que entraram na carteira de
assuntos levados ao Chefe de Estado.Guebuza, que não respondeu na totalidade as
preocupações colocadas pelos residentes de Missal, disse, em relação a questão
das áreas de produção, que os distritos recebem um pacote financeiro na ordem
de sete milhões de meticais para as iniciativas de geração de renda.Realçou
igualmente que as vias de acesso às áreas de produção podem ser reabilitadas
com o fundo de infra-estruturas destinado aos distritos, situação que pode
ajudar a aliviar os constrangimentos enfrentados pelos camponeses após a colheita
dos excedentes agrícolas.Após o comício, o presidente orientou uma sessão
extraordinária da secretaria da localidade, alargada aos membros do Conselho
Consultivo local, visitou a machamba da Coconut Barror na sede distrital e
orientou uma reunião da sociedade civil”.
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