O presidente do Município de Quelimane, Manuel
de Araújo, vai propor à Assembleia Municipal local nomes de personalidades de
referências da cidade para constar das ruas da urbe. O
s nomes dos músicos Eduardo Carimo, Dr. Mussa Rodrigues e General Bonifácio
Gruveta darão entrada em breve na Assembleia Municipal de Quelimane para
decisão dos membros do órgão. O edil diz que pretende homenagear figuras da
Zambézia, já perecidas, “que deram contributo imensurável para elevar o bom
nome da província e da cidade de Quelimane. A lista conta com mais nomes que
serão conhecidos dentro de duas semanas quando der entrada na Assembleia
Municipal. A proposta do General Gruveta, membro sénior do partido Frelimo até
à sua morte, dividiu opiniões de pessoas próximas ao edil. Alguns radicais à
atitude consideram que Araújo não devia propor o general, mas há muitos também
que elogiaram a atitude do edil classificando-a como “uma visão de Estado”, que
ignora a filiação partidária e dá a primazia ao serviço que cada figura
desempenhou ao Estado. Gruveta foi o primeiro governador da província da
Zambézia pós independência e até à sua morte era deputado eleito pelo círculo
eleitoral da Zambézia.
terça-feira, agosto 27, 2013
quarta-feira, agosto 14, 2013
F r e s q u i n h a s
Impasse “desejado”
por quem?
O Governo
moçambicano e a RENAMO, o maior partido de oposição no país, continuam em
impasse depois da 15ª Ronda Ordinária do diálogo que decorreu ontem, em Maputo.
A questão das Forças de Defesa e Segurança (FDS), despartidarização da Função
Pública, as questões económicas, bem como o desarmamento da Renamo são os
pontos que haviam sido agendados para esta ronda de diálogo.Contudo, a lei
eleitoral foi a principal matéria que originou o impasse entre as partes nesta
ronda do diálogo.A Renamo discorda com os compromissos prescritos nos termos de
referência e diz que traz um dossier pronto para remeter à Assembleia da
República (AR), o parlamento moçambicano, desde que haja um acordo político com
o governo. Segundo José Pacheco, Ministro da Agricultura e Chefe da delegação
do Governo no diálogo, o Executivo permitiu que assinasse e procedesse a
entrega desse dossier, mesmo que não tenha obedecido ao princípio de partilha
com a outra parte.“Ressalvámos que devem fazer parte desse dossier as respostas
que o Governo deu em que concordou com 16 por cento dos pontos que a Renamo
submeteu, o correspondente a 90 por cento das suas propostas”, avançou.Por seu
turno, a Renamo diz que só vai aceitar submeter a proposta da revisão da Lei
Eleitoral depois de se alcançar o acordo político com o Governo.
Aumenta a
despesa
A
Assembleia da República aprovou ontem, em definitivo, o Orçamento Rectificativo
para o ano de 2013, que prevê a alteração da despesa total de 174.954,9 milhões
de meticais inicialmente programados, para 188.719,8 milhões de meticais, num
incremento equivalente a 40,2 porcento.A primeira versão da Lei de Orçamento
Rectificativo para 2013 foi aprovada sexta-feira última com um total por 162
votos da bancada parlamentar da Frelimo, e 40 votos contra da Renamo e o do
MDM.O Governo considera que com estes indicadores houve um incremento das
despesas do Estado em 13,766,2 milhões de meticais, resultante do reforço das
despesas de funcionamento e de investimento interno em 7.037,0 milhões de
meticais que também resultam, por um lado, do reforço nas dotações de despesas
financiadas com receitas próprias e consignadas como resultado de inscrição de
saldos transitados do exercício de 2012 e excessos na arrecadação registada de
Janeiro a Junho e, por outro, a inscrição no orçamento das receitas das
mais-valias.Justifica
que houve também reforço nas despesas de investimento financiadas com recursos
externos em 6.729,2 milhões de meticais, resultante de desembolsos adicionais
ocorridos durante o processo de execução do Orçamento para 2013, que levou à
actualização das dotações orçamentais.
Depois de
6.120 dias
A Assembleia da
República (AR), aprovou ontem, por definitivo, a proposta de lei do Estatuto do
Médico na Administração Pública, um instrumento que vinha sendo debatido há 17
anos e que estabelece os direitos e deveres desta classe profissional.A primeira
versão desta lei foi aprovada semana passada na generalidade e por consenso. Na
apreciação na especialidade, os membros da Comissão dos Assuntos Sociais, do
Género e Ambientais voltaram a registar consenso, tendo o seu parecer colhido
aprovação de todos os deputados na plenária.As maiores alterações ocorreram no
capítulo sobre as Incompatibilidades, Deveres, Direitos e Regalias dos médicos
e médicos dentistas em exercício da sua profissão na Administração Pública. Com
efeito, da lista de deveres especiais, acrescentou-se à lei anterior o de “não
considerar o exercício da medicina como uma actividade orientada para fins
lucrativos, sem prejuízo do seu direito a justa remuneração, devendo a
profissão ser fundamentalmente exercida em benefício dos cidadãos”.
Migração
juvenil é bem vinda
O
Primeiro-Ministro, Alberto Vaquina, defendeu ontem, em Maputo, que a migração
juvenil pode promover o desenvolvimento socio-económico nacional,
particularmente nesta fase em que crescem as descobertas de recursos minerais
no país. Vaquina, que falava na 5ª Conferência da Juventude, por ocasião do 12
de Agosto, Dia Internacional da Juventude, sob o lema “Migração Juvenil e
Desenvolvimento Sustentável”, explicou que este fenómeno deve ser visto sob
dois prismas. O primeiro, relacionado com a deslocação interna de jovens
moçambicanos dentro do país, que levando consigo as suas experiências podem
prestar um grande contributo para o desenvolvimento do país. O segundo, no
contexto internacional, pode levar os jovens a atravessar fronteiras e buscar
experiências fora de Moçambique, levando consigo a Pátria, e retornar com mais
conhecimentos para a mesma causa.
“Miúdos” vão
vigiar o processo eleitoral
Jovens a
escala nacional vão participar na observação e na monitoria das eleições
autárquicas a realizarem-se a 20 de Novembro do ano em curso, bem como nas
presidenciais, legislativas e provinciais de 2014. Para viabilizar tal
participação, o Observatório Eleitoral (OE) e o Parlamento Juvenil rubricaram
ontem, em Maputo um memorando de entendimento o qual prevê a criação de uma
rede de jovens que serão envolvidos na observação de tais pleitos, debates em
fóruns de candidatos e na monitoria dos conflitos eleitorais, em todos os
locais onde vão decorrer as eleições locais, gerais e provinciais.Como parte de
tal esforço, o Observatório Eleitoral vai participar no processo de formação e
treinamento dos jovens que serão envolvidos na operação.
Falando na
ocasião, o presidente do PJ, Salomão Muchanga, fez notar que nos processos
eleitorais passados os jovens tiveram enorme protagonismo na observação
eleitoral, corporizando mais de 80 por cento dos observadores do OE.
Alí, há
fome
A falta de
chuva está a provocar bolsas de fome no distrito de Macanga, segundo revelaram
ontem os residentes da localidade de Gandali, em mensagem dirigida ao Chefe de
Estado, Armando Guebuza, que se encontra em presidência aberta à província de
Tete. Localizada a nordeste da província, Gandali possui cerca de 31 mil
habitantes, organizada em 14 aglomerados populacionais. Tem como principais
actividades económicas a agricultura, produzindo milho, feijões, batata-doce,
batata-reno e hortícolas. As receitas familiares são provenientes da venda de
tabaco, produzido em grande escala, reforçadas com a introdução da soja. Na mensagem, os habitantes desta localidade
congratularam-se com os progressos económicos que estão a conhecer,
particularmente no que concerne à construção de escolas, postos de saúde,
fornecimento de energia eléctrica de Cahora Bassa, recepção de sinal de telefonia
móvel, entre outros. Contudo,
solicitaram ao Chefe de Estado para interceder na disponibilização de adubos
químicos para a produção de milho; fornecimento de tractores para lavrarem as
terras de produção; para além da necessidade de se reabilitarem estradas para o
escoamento da produção, sobretudo do tabaco que é vendido à companhia
"Mozambique Leaf Tabaco", que tem no local uma unidade de
processamento. "Neste momento, a nossa principal preocupação são as bolsas
de fome que estão a verificar-se no nosso distrito devido à falta de chuva, que
não cai desde o princípio do ano", lê-se na missiva.
Vamos lá saber quantos somos e como vivemos
Técnicos
do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Fundo das Nações para
Actividades Populacionais (FNUAP) visitaram recentemente o National Bureau of
Statistics (NBS) da República Unida de Tanzânia, no quadro da preparação do IV
Recenseamento Geral da População e Habitação, a ter lugar em 2017 no país.Fonte do
INE disse ao Notícias que a deslocação à Tanzania tinha, entre outros
objectivos, permitir a troca de experiências sobre boas práticas, elevar o
domínio das novas tecnologias e melhorar as metodologias de condução de censos
populacionais. A ideia, segundo a fonte, é garantir que o Censo de 2017 conduza
à obtenção de dados de melhor qualidade, apurados através de processos
simplificados e com maior fiabilidade. Planificação e logística, metodologias,
cartografia censitária e tecnologias de informação e comunicação são as áreas
que mereceram atenção especial da missão moçambicana, reconhecendo a sua
relevância no processo de recenseamento da população e habitação.Com os
gestores do NBS a missão moçambicana procurou inteirar-se dos processos
conducentes de montagem, organização, funcionamento e gestão de uma estrutura
responsável pela realização de um censo populacional.
Sobejamente
sabido
Jovens
moçambicanos, no âmbito do seu dia internacional, reclamam os mesmos problemas
de sempre, a falta habitação, emprego, bem como a má qualidade do ensino no
país. Esta data celebra-se em todo mundo desde 1999, depois da resolução da
Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em resposta à
recomendação da Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude,
reunida em Lisboa, de 8 a 12 de Agosto de 1998. Os jovens, que manifestaram o seu desagrado
com a sua actual situação, defenderam a necessidade de o Governo moçambicano e
as instituições privadas ajudá-los na procura de soluções para os seus problemas.
“O Estado pode nos ajudar a ultrapassar as nossas dificuldades. Existem
particulares que também podiam dar uma mão”, disse Osvaldo Namburani um dos
jovens, para quem o acesso ao crédito bancário para a implementação de alguns
projectos juvenis é difícil devido aos elevados juros praticados no mercado
financeiro nacional.
Afinal o crime ......
O Ministro
moçambicano do Interior, Alberto Mondlane, disse ontem haver um decréscimo
quantitativo de crimes na província de Maputo, não acontecendo o mesmo em
relação a capital moçambicana.Falando a imprensa, pouco antes de uma reunião
que ele orientou e que contou a participação de altos dirigentes da Cidade e
Província de Maputo, com vista delinear melhores estratégias no combate contra
o crime, Mondlane manifestou o seu agrado pelo facto de a população estar a
interagir com a polícia. Por isso, ele exortou para que este acto prevaleça. O
Ministro reuniu-se com a Governadora da província de Maputo, Maria Jonas, o
edil da Cidade de Maputo, David Simango, e o Comandante Geral da Polícia da
República de Moçambique (PRM), Jorge Khalau.Mondlane disse a jornalistas que o
realiza-se na sequência da situação criminal que se tem registado nos
Municípios de Maputo e Matola.
O lamento
de Mondlane
O Ministro
moçambicano do Interior, Alberto Mondlane, lamentou a morte do artista
plástico, Alexandria Ferreira, na sequência de um linchamento popular após ter
sido confundido como membro do intitulado Grupo-20 (G-20), que tem semeado
terror nos municípios da Matola e Maputo. “Este tipo de acontecimentos é de
lamentar. É por isso que nós recomendamos que todo o trabalho de patrulhamento
deve ser coordenado pelos comandantes da polícia que estão nos postos
policiais”, disse.Falando a imprensa, minutos antes de um encontro com altas
individualidades de Maputo e Matola, com vista delinear estratégias no combate
contra o crime, o ministro reiterou o seu apelo a um patrulhamento ordeiro em
coordenação com a polícia.O malogrado fazia parte de um grupo de patrulha que
foi confundindo com membros do G-20 por um outro grupo, que também se dedicava
a mesma actividade.Alexandria Alex Simões Ferreirax) Ferreira era considerado
um dos melhores artistas plásticos contemporâneos em Moçambique, com prémios
amealhados a nível internacional. Ele nasceu em Dezembro de 1978 e entrou no
mundo das artes sob tutela do seu pai em 1990.
Fome vai
acabar
Os
distritos costeiros de Machanga e Búzi, em Sofala, estão longe de enfrentar,
este ano, o crónico problema de fome, havendo no terreno comida em abundância
cujo excedente conhece uma acentuada comercialização, embora as vias de acesso
constituem algum revés na livre circulação de pessoas e bens.Machanga, que
conta com universo de mais de 60 mil habitantes, e Búzi, com 180 mil, têm
alimentação suficiente até à colheita da produção de próxima campanha agrícola
2013/2014, segundo garantias dadas neste sentido pelos respectivos
administradores, Ana Matequite e Tomé José, num informe ao governador Félix
Paulo durante uma visita de trabalho à região.A confirmar esta versão, em
vários encontros que o timoneiro de Sofala realizou semana passada em Divinhe,
distrito de Machanga, Bândua e Grudja, no Búzi, todos intervenientes não
fizeram qualquer menção à crise alimentar e, pelo contrário, aproveitaram a
circunstância para realizar feira agro-pecuária.
6 mortes
numa semana
Os
acidentes de viação continuam a semear morte e dor nas avenidas e ruas da
Cidade de Maputo. Só na semana passada,
segundo o porta-voz da Policia moçambicana na cidade de Maputo, Orlando
Mudumane, foram registados seis óbitos, contra quatro em igual período do ano
passado, e 11 feridos ligeiros.A Polícia aponta como prováveis causas dos
sinistros o excesso de velocidade, condução sob efeito de álcool e desrespeito
às regras de trânsito. Ainda durante a semana finda, as autoridades policiais
fiscalizaram 4.082 condutores, tendo aplicado 1.293 multas e apreendido 43
cartas de condução. Igualmente, 33 condutores foram surpreendidos a conduzir em
estado de embriaguez e dois estavam numa condução sem habilitações legais para
o fazer.
Sete dias
, três quadrilhas desmanteladas
A
Polícia da República de Moçambique (PRM) desmantelou três quadrilhas que se
dedicavam a vários crimes, dentre eles, assaltos a residências, a
estabelecimentos comerciais e a bens privados. As quadrilhas foram
desmanteladas nos Bairros Hulene, Ferroviário das Mahotas e Laulane, arredores
da Cidade de Maputo, a capital do país.O facto foi revelado, pelo Porta-voz da
PRM ao nível da Cidade de Maputo, Orlando Mudumane, no habitual briefing
semanal, explicando que as quadrilhas eram constituídas por indivíduos alguns
cadastrados e outros ainda na fase primária. Mudumane referiu-se a detenção de
seis indivíduos surpreendidos pela PRM no bairro Jorge Dimitrov, distrito
municipal KaMubukwana, arredores da capital.
quarta-feira, agosto 07, 2013
Nunca.Jamais!!!

Se porventura o partido Frelimo lhe colocar essa
proposta, qual será a sua resposta?Impossível. Sou quadro sénior da Frelimo,
mas não é possível. Acho que este tempo foi de trabalho muito intenso, então é
o momento para darmos também a nossa contribuição de uma outra maneira. Não
nesta posição, porque a Frelimo e Moçambique têm muitos quadros. Vão surgir
muitos quadros para desempenhar essa função.
Como é que olha para a actual situação política
do país, em particular, a tensão política que se vive em Muxúnguè?Olhamos para
esta situação com muita preocupação, porque eu, em particular, e penso que
aqueles que têm quase a minha idade viveram momentos de horror e terror e não
querem voltar para esse tipo de situação. Moçambique está em paz há 20 anos e
queremos continuar em paz, queremos que as nossas crianças desfrutem da paz.
Queremos que as nossas crianças e nós continuemos a desenvolver o nosso país
sem nenhuma perturbação. Por isso, todos os moçambicanos, todos nós, vamos
trabalhar para que a paz continue no nosso país. Quem deve manter a paz somos
todos nós. Não é apenas a polícia, não é apenas o Ministério da Defesa, cada
moçambicano no local em que estiver tem o dever de manter a paz no nosso país.
A questão da recandidatura ou não do presidente
da República tem sido motivo de forte debate. Como esposa do Presidente, como é
que olha para esta questão?Digo com toda a franqueza: ele não se vai
recandidatar. Ele disse em público várias vezes e eu digo aqui que ele não se
vai recandidatar. No fim do mandato ele vai entregar as pastas ao outro
presidente. Então, não adianta criarmos preocupações ou insistências. A verdade
é uma, ele não se vai recandidatar.
Se lhe colocassem a proposta de um terceiro
mandato, o que o aconselharia?Não o aconselharia a ir ao terceiro mandato,
porque devemos ser nós os primeiros a respeitar a Constituição. Devemos ser os
primeiros a respitar o mandato. Se são 10 anos, então no fim tem que haver este
processo de eleições e um novo presidente.
Como é
que a primeira-dama reage quando lê jornal, vê televisão, escuta rádio e
depara-se com críticas fortes à governação do seu marido?Muitas vezes, vejo que
são pessoas que não estão informadas; são pessoas que não conhecem o Moçambique
real; são pessoas que não conhecem as realizações do país. Se formos a Manhiça,
a Gaza, iremos ver as mudanças que há, aquilo que está a acontecer. Mas estamos
num país em democracia e com liberdade de expressão, então cada um pode falar o
que bem acha. Eu não digo que não se faça críticas, mas elas devem ser
construtivas.(OPais)
Governados recebem visita presidencial
O
Presidente da República, Armando Guebuza, disse que os moçambicanos não devem
permitir qualquer divisão, devendo, pelo contrário, manter a unidade e a paz,
instrumentos determinantes e fundamentais para intensificar os esforços de
combate a pobreza.Nos últimos anos, o país concretizou realizações assinaláveis
em várias áreas como estradas, escolas, hospitais, extensão da rede de energia
eléctrica, produção agrícola em franco crescimento, abertura de estradas e
pontes que sem a paz e a unidade entre os moçambicanos na luta contra o inimigo
comum que é a pobreza não seriam possíveis. Guebuza falava, durante um comício
na localidade de Missal, Posto Administrativo de Bojane, distrito da Maganja da
Costa, província da Zambézia, no quadro da sua Presidência Aberta e Inclusiva,
um momento que serve para dialogar, directamente, com as populações sobre aspectos
de governação.Na ocasião, Guebuza destacou que estes efeitos espelham o valor
que os moçambicanos atribuem a paz e a unidade.“Nós, os moçambicanos, sabemos
construir a paz e conhecemos o seu valor. Sabemos o que sofremos antes de
alcançar a paz, não estaríamos como estamos hoje. Não podíamos ir às nossas
machambas a vontade, não podíamos realizar as cerimónias de evocação dos nossos
antepassados, até nos hospitais éramos raptados”, disse o presidente.
Hoje,
porém, o país está em paz e tem estradas, telefones, que alguns moçambicanos
levam consigo no bolso. Alguns têm energia eléctrica em suas casas e podem, a
partir dela, desenvolver alguma actividade de renda que contribui para melhorar
ainda mais a qualidade de vida das pessoas.A localidade de Missal, que dista a
mais de 130 quilómetros da sede distrital da Maganja da Costa, tem excelentes
níveis de produção agrária com destaque para as culturas de batata-doce,
feijão, mandioca, gergelim, amendoim, arroz, cana sacarina entre outras, mas
enfrenta dificuldades de escoamento do “boom” da acção agrária dos produtores.
A
região ressente-se também da perda de parte considerável do seu palmar em
consequência do amarelecimento letal do coqueiro, doença que dizimou milhares
de plantas a nível da província e, por conseguinte, o encerramento de pequenas
e médias indústrias que empregavam uma boa parte da mão-de-obra local, que se
dedicava ao processamento do coco.No comício de Missal, Guebuza ouviu também
casos de professores que obrigam os alunos a oferecer uma galinha para divulgar
as notas de frequência, de quadros da saúde que mandam os doentes fazer limpeza
na unidade sanitária local em troca de atendimento.Nessa interacção, os
residentes da localidade pediram a alocação de uma ambulância destinada ao
transporte de doentes em estado crítico, sobretudo as mulheres grávidas, que
nalguns casos morrem a caminho da unidade sanitária.A construção de um lar para
os estudantes, a reabilitação de todas as infra-estruturas devastadas pela
depressão tropical “funso”, bem como a criação de condições financeiras para o
alargamento das áreas de produção são pedidos que entraram na carteira de
assuntos levados ao Chefe de Estado.Guebuza, que não respondeu na totalidade as
preocupações colocadas pelos residentes de Missal, disse, em relação a questão
das áreas de produção, que os distritos recebem um pacote financeiro na ordem
de sete milhões de meticais para as iniciativas de geração de renda.Realçou
igualmente que as vias de acesso às áreas de produção podem ser reabilitadas
com o fundo de infra-estruturas destinado aos distritos, situação que pode
ajudar a aliviar os constrangimentos enfrentados pelos camponeses após a colheita
dos excedentes agrícolas.Após o comício, o presidente orientou uma sessão
extraordinária da secretaria da localidade, alargada aos membros do Conselho
Consultivo local, visitou a machamba da Coconut Barror na sede distrital e
orientou uma reunião da sociedade civil”.
Tako para as novas autarquias
O Governo moçambicano vai alocar 500
milhões de meticais (ceca de 17 milhoes de dolares norte-americanos) as 10
novas autarquias locais, que entrarão em funcionamento em 2014, depois das
eleições autárquicas agendadas para 20 de Novembro próximo.Ao revelar o facto,
o director nacional do Desenvolvimento Autárquico, Manuel Alberto disse que o
valor vai servir para a construção e reabilitação de infra-estruturas locais
para adequa-las as novas exigências de funcionamento. As novas autarquias são
constituídas pelas vilas de Boane, na província de Maputo, Quissico
(Inhambane), Nhamatanda (Sofala), Sussundenga (Manica), Nhamayábué (Tete),
Maganja da Costa (Zambézia), Malema (Nampula), Chiúre (Cabo Delgado) e Mandimba
(Niassa).“As infra-estruturas devem corresponder as novas exigências da região
autarcizada com destaque para o saneamento do meio, reabilitação das vias de
acesso, iluminação pública, recolha de resíduos sólidos, mercados, cemitérios e
gestão da educação primária”, disse Alberto, citado pelo jornal governamental
“Moçambique”.Segundo Manuel Alberto, nestes locais o Estado e que fazia a
intervenção para a provisão dos serviços básicos e com a descentralização
autárquica, este deixa de intervir de forma directa e as actividades passam a
ser exercidas pelas lideranças eleitas localmente.Para que esta iniciativa
ganhe corpo, segundo o director nacional, e necessário que os munícipes
contribuam com recursos e ideias para que a capacidade financeira da autarquia
seja forte para responder ao princípio de autonomia administrativa e
financeira.A autonomia administrativa e financeira, segundo a fonte, pressupõe
a existência de recursos próprios, para que as novas autarquias possam decidir
sobre as acções que precisam de realizar no âmbito do desenvolvimento económico
e social com base na participação dos munícipes e do sector privado.A criação
das 10 novas autarquias foi aprovada pela Assembleia da República (AR), o
parlamento moçambicano, em Maio ultimo. De acordo com os cálculos efectuados na
altura, esta teria um impacto de 501,6 milhões de meticais no Orçamento do
Estado, com efeitos a partir de 2014. Com esta medida, que foi aprovada pelo
parlamento com anuência da bancada da Frelimo, partido no poder, e do Movimento
Democrática de Moçambique (MDM), da oposição e boicote da Renamo, Moçambique
passa a contar com 53 municípios, contra os actuais 43.
Combate aos sabotadores
Um chefe da Direcção de Administração e Finanças
(DAF) de uma instituição não revelada, na Cidade de Nampula, está a contas com
a Justiça acusado de desviar da conta pública 29 milhões de meticais, através
de um esquema fraudulento de fornecimento de material de escritório e outros
bens.“O chefe de DAF criou, em 2008, uma empresa de fornecimento de material de
escritório e outros bens. Assinou um contrato com a entidade que criou sem
cumprir as formalidades exigidas”, contou o porta-voz do Gabinete Central de
Combate à Corrupção, Bernardo Duce.Duce falava ontem à imprensa no habitual
briefing mensal sobre o desempenho institucional.O porta-voz não avançou o nome
e nem mais detalhes do caso, alegadamente para “não atrapalhar as
investigações”.Ainda segundo Duce, foi detido em flagrante delito um agente da
PRM afecto à Polícia de Trânsito quando exigia a um cidadão, que conduzia
ilegalmente, cinco mil meticais para cancelar a multa de dez mil meticais.Outro
caso corre contra uma ex-directora provincial de Saúde de Maputo em cujo
julgamento está marcado para o próximo dia 10 de Agosto corrente, acusado de
crime de falsificação de documentos e burla. Proibido Em Inhambane um
comandante distrital da PRM é acusado de receber 150 mil meticais resultantes
da assinatura de contratos entre membros da PRM para prestação de serviços em
dias de folga e empresas privadas.Durante o mês de Julho, o GCCC tramitou 57
processos dos quais quatro julgados e 13 detenções. (A. Mulungo)
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