
sexta-feira, janeiro 29, 2010
África do Sul poderia ser hoje o Afeganistão

Quem é Afonso Dhlakama?
Uma das coisas que hoje me preocupa, e que são várias, é saber quem é, neste momento, o sr. Afonso Dhlakama.
É verdade que os órgãos de informação continuam a designá-lo como líder da Renamo. Mas será, de facto? Estará ele a liderar alguma coisa nestes dias que correm? Para além do mais, Afonso Dhlakama deixou, praticamente, de ser visto. Não só não foi visto no almoço oferecido pelo Presidente da República. Não é visto em lado nenhum. E um político que não é visto é como se não existisse. Há imenso tempo que parece estar fechado na sua casa em Nampula. Cercado por uma quantidade enorme de polícias, fardados e à paisana. E digo “parece” porque já houve um jornal que afirmou que ele se teria escapulido de lá sem que os polícias de tal se apercebessem. As notícias que nos vão chegando dizem que ele continua a tomar importantes decisões sobre a vida do seu partido. Por exemplo decidiu, e afirmou-o com vigor, que os deputados da Renamo, eleitos para a Assembleia da República, não iriam tomar posse dos seus lugares, em protesto contra a fraude eleitoral. No entanto vamos assistindo à entrada desses deputados, pela porta traseira do Parlamento, para ocuparem as cobiçadas cadeirinhas. Não sei se já lá estão todos os 51 mas, se não estão, muito poucos devem faltar. Mesmo muito poucos. Outro exemplo das decisões de Afonso Dhlakama é a realização de manifestações de protesto, igualmente contra a fraude eleitoral. E, também, no entanto, as tais manifestações não acontecem. As eleições já foram em Outubro, os resultados oficiais foram proclamados em finais de Dezembro e agora, nos últimos dias de Janeiro, ainda ninguém viu um único manifestante a desfilar por nenhuma rua deste país. Tudo isto me leva a acreditar que, de facto, Afonso Dhlakama continua a tomar decisões sobre a vida da Renamo. Só que ninguém as cumpre. Só que os membros da Renamo, mesmo aqueles que são considerados mais próximos do tal líder, estão-se nas tintas para as decisões que ele toma e fazem o contrário do que o chefe manda. Este tipo de autoridade faz-me lembrar a do soldado que afirma ter feito um prisioneiro na guerra. Mas quando lhe perguntam onde está esse prisioneiro, responde: Ele não quis vir. No Parlamento os deputados da Renamo constituiram bancada e foram eleitos para cargos de chefia nas várias comissões parlamentares. Será que tudo isso pode acontecer não só à margem das decisões do Presidente daquele partido mas até contra essas decisões?
Será que é possível o seleccionador nacional escalar uns tantos jogadores para os Mambas e aparecerem a jogar no campo outros jogadores, não seleccionados, um dos quais como capitão da equipa? Diz-se que quando, em Portugal, Salazar caiu da cadeira e deixou de regular bem da cabeça, os seus antigos ministros continuavam a ir lá a casa pedir orientações, fazendo este teatro como se ele ainda fosse o Primeiro-Ministro do país. Estará a acontecer o mesmo na Renamo? Estarão a fazer o teatro junto de Afonso Dhlakama como se ele ainda fosse o dirigente máximo do partido quando, na verdade, já existe uma nova direcção a tomar decisões que, essas sim, são cumpridas? O próprio desaparecimento físico de Afonso Dhlakama e a especulação, que acima refiro, de que ele possa já não estar no interior da casa de Nampula, não são boas coisas para a cama dentro do país. Se for verdade que já não está nesse local, está onde e a fazer o quê? Tudo isto são especulações q
ue só a própria Renamo e a sua direcção, seja ela quem for, pode esclarecer. E era bom que esclarecesse a curto prazo porque a situação é bastante estranha e confusa e essas não são características que se desejem na segunda maior força política do país.(colunista do semanário SAVANA Machado da Graça)
Será que é possível o seleccionador nacional escalar uns tantos jogadores para os Mambas e aparecerem a jogar no campo outros jogadores, não seleccionados, um dos quais como capitão da equipa? Diz-se que quando, em Portugal, Salazar caiu da cadeira e deixou de regular bem da cabeça, os seus antigos ministros continuavam a ir lá a casa pedir orientações, fazendo este teatro como se ele ainda fosse o Primeiro-Ministro do país. Estará a acontecer o mesmo na Renamo? Estarão a fazer o teatro junto de Afonso Dhlakama como se ele ainda fosse o dirigente máximo do partido quando, na verdade, já existe uma nova direcção a tomar decisões que, essas sim, são cumpridas? O próprio desaparecimento físico de Afonso Dhlakama e a especulação, que acima refiro, de que ele possa já não estar no interior da casa de Nampula, não são boas coisas para a cama dentro do país. Se for verdade que já não está nesse local, está onde e a fazer o quê? Tudo isto são especulações q

terça-feira, janeiro 26, 2010
Aló...!

Segundo um comunicado da Mcel, o anúncio dos vencedores terá lugar em Barcelona, Espanha, entre os dias 15 e 18 de Fevereiro próximo. Os gestores da Mcel consideram que a nomeação desta companhia para a final do “Global Mobile Awards” projecta positivamente a empresa e o País no plano internacional. A Mcel é uma das maiores empresas de Moçambique segundo o Ranking das 100 maiores empresas levada a cabo anualmente pela empresa de consultoria e auditoria KPMG. Neste momento esta operadora conta com cerca de 3.8 milhões de clientes em todo o País, o que representa uma quota de mercado estimada em 66 por cento. Em termos geográficos, a Mcel cobre 62 por cento do território nacional e 83 por cento da população moçambicana.
Persistência

segunda-feira, janeiro 25, 2010
Abelha ou...cágado?


Cenário do cabrito: corrupção, deixa-andar, intolerância, exclusão social;
Cenário do caranguejo: cada actor anda aos zig-zags, ou tão depressa vai para a frente como retrocede;
Cenário da Abelha: da inclusão, da unidade, da tolerância, do máximo uso das capacidades de cada actor;
Cenário do Cágado: alguns dos factores crescem mais que outros, desequilibrando o crescimento.
sexta-feira, janeiro 22, 2010
Concorrência
Mundial 2010

Utopia
O Movimento Democrático de Moçambique, (MDM) submeteu, à Assembleia da Republica uma exposição pedindo a revisão do número dois do artigo 34º do regimento da Assembleia da República no sentido de criar condições legais para acomodar os 8 deputados do partido liderado pelo engenheiro Daviz Simango, em bancada parlamentar. O pedido requer, concretamente, a mudança pontual do regimento (número dois do artigo 34º), que indi
ca que a bancada parlamentar é reconhecida sempre que os deputados eleitos por cada partido ou coligação de partidos tenha feito eleger 11 deputados. Agostinho Macuácua, deputado e delegado do MDM diz que o artgo 34º apresenta lacunas, pois, segundo sustenta aquele político, o referido artigo limita-se a mencionar a necessidade de se ter condições legais para formar bancada parlamentar . Manuel de Sousa, porta-voz do MDM, diz que enquanto o partido aguarda pela resposta da referida carta, vai continuar a trabalhar normalmente. Espera, contudo, que haja bom senso, na discussão para que haja um debate frutífero de assuntos que mais se mostram como prementes no território nacional. Segundo o regimento da Assembleia da República, as bancadas tem o poder de propor candidaturas para membro da comissão permanente, ser ouvida antes da declaração de uma proposta de sanção contra um dos seus deputados, apresentar candidaturas para cargo de presidente de AR (que já foi eleito e o MDM não teve palavra), para membros das Comissões de Trabalho, entre outras atribuições e direitos. Das análises feitas depois da votação de 28 de Outubro último, indicaram como consensual a projecção, segundo o qual, se o MDM tivesse concorrido em 9 dos 13 círculos eleitorais, teria conseguido muito acima de 8 deputados. A projecção, a partir da extrapolação da votação dos votos obtidos pelo candidato presidencial, Daviz Simango, indica que o MDM teria tido cerca de 20 deputados.

quinta-feira, janeiro 21, 2010
Étnicas

Os "Qs" da educação
O Instituto Superior de Ciências de Saúde (ISCISA) decidiu suspender nas províncias de Maputo e Gaza, sul do país, a realização de exames de admissão àquele estabelecimento de
ensino que deviam, em princípio, ter arrancado terça-feira em todo o território moçambicano. A decisão resulta do facto de a direcção da instituição vocacionada a formação de quadros para o sector da saúde ter constatado, através da imprensa, que alguns textos dos exames de admissão para os vários cursos ali ministrados teriam sido extraviados e vendidos. Aurélio Zilhão, director do ISCISA, disse ao matutino 'Noticias' que a direcção daquele estabelecimento de ensino decidiu suspender as provas de admissão nas províncias de Maputo e Gaza, mas a realização mantém-se para as restantes províncias do país. As províncias visadas pela medida só poderão realizar as provas de admissão depois de a direcção esclarecer devidamente a situação. Entretanto, a decisão de realizar as provas nas restantes províncias do país está a provocar uma forte onda de contestações por parte de milhares de candidatos de Maputo e Gaza, que afirmam estarem a ser injustiçados. Os candidatos afirmam que os milhares de exemplares dos exames de admissão foram igualmente distribuídos para estes pontos do país via 'email' e através de envelopes despachados a partir do Aeroporto Internacional de Maputo. Os candidatos disseram, por outro lado, que tudo levava a crer que alguns candidatos dos restantes províncias do país estavam a realizar as provas que tiveram acesso prévio ao conteúdo. A Polícia de Investigação Criminal (PIC) tem sob sua alçada os dois indivíduos até agora suspeitos de serem os promotores desta fraude académica. Trata-se de José Nunes Gilberto, director científico, acusado pelo estudante Ussene António sob custódia policial na 7/a Esquadra, na cidade de Maputo. Ussene António, até aqui o único detido no processo, após ter sido encontrado na posse de exemplares dos exames das disciplinas de Português, Matemática e Biologia, disse a Polícia ser um intermediário no 'negócio do director' científico.(AIM)

sexta-feira, janeiro 15, 2010
Segundo mandato garante reforma
A Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, promete medidas disciplinares contra os 16 deputados que tomaram posse terça-feira na Assembleia da República, o parlamento moçambicano, em Maputo, contrariando claramente a decisão expressa pelo seu líder, Afonso Dhlakama.Na cerimónia de investidura dos 250 deputados do mais alto órgão legislativo do país, que foi dirigida pelo Presidente moçambicano, Armando Guebuza, a Renamo esteve representada por um total de 16 dos 51 deputados eleitos nas quartas eleições gerais de Outubro de 2009, em desafio as ordens do seu líder.No acto solene, que teve lugar na “Magna Casa”, sede do parlamento moçambicano, estiveram figuras proeminentes do partido da oposição, entre eles os deputados Luís Gouveia, ex-secretário geral da Renamo; Viana Magalh
ães que foi segundo vice-presidente do parlamento na última legislatura; José Manteigas que foi porta-voz da bancada. Até a data da cerimónia de investidura, Dhlakama vinha insistindo que os deputados da Renamo não tomariam posse em protesto contra os resultados eleitorais que, segundo afirma, foram viciados em detrimento do seu partido. Mas a decisão tomada pelos 16 empossados, um terço da sua bancada parlamentar, constitui uma autêntico “golpe” contra a sua credibilidade.Arnaldo Chalaua, porta-voz da Renamo, na província de Nampula, norte do país, disse que os deputados que tomaram posse contra a decisão do líder se sujeitam a sanções disciplinares.

“Na Renamo reina a verdadeira democracia, manifestada, no caso vertente, pela decisão de alguns deputados eleitos participarem na cerimónia de investidura do parlamento. Contudo, importa recordar que o partido tem a sua disciplina interna que não pode ser secundarizada pelos membros para privilegiar questões meramente pessoais”, disse Chalaua.A fonte confirmou que a Renamo, através dos seus órgãos partidários, vai reunir-se nos próximos dias para analisar o comportamento dos deputados que ignoraram, por completo, as ordens do líder no sentido de boicotarem a cerimónia da sua investidura no parlamento, que teve lugar em Maputo. A atitude dos deputados empossados, segundo Chalaua, passou a figurar na agenda de trabalhos do encontro da Renamo, que teve início na terça-feira, e coincidiu com a cerimónia tomada de posse dos deputados.
Entretanto, os restantes 35 deputados não investidos na data vão, segundo o matutino “Notícias”, tomar os respectivos assentos depois da marcação da primeira sessão extraordinária do mais alto órgão legislativo. Segundo o Notícias, um dos deputados, que juntar-se-á aos já empossados nos próxi
mos dias, disse na condição de anonimato ser completamente absurdo que depois de eleitos por voto do povo hoje defraudem as expectativas dos eleitores, apenas por capricho de um líder que tem empresas e se beneficia de grande parte do dinheiro a que a Renamo tem direito por via do Orçamento do Estado.
“Alguns de nós precisam apenas de cumprir mais um mandato para conseguir uma reforma completa no Estado. Como é que, em consciência, nós iríamos perder esta oportunidade de assegurarmos a nossa reforma? Ele (Dhlakama) não está preocupado com a nossa situação, porque ele tem a sua vida feita à custa do nosso sacrifício de longos anos nas matas”, disse.
A cúpula do maior partido da oposição está reunida em Nampula para, entre várias matérias, deliberar sobre a data do início das manifestações de repúdio aos resultados do escrutínio de 28 de Outubro de 2009.(AIM)
Entretanto, os restantes 35 deputados não investidos na data vão, segundo o matutino “Notícias”, tomar os respectivos assentos depois da marcação da primeira sessão extraordinária do mais alto órgão legislativo. Segundo o Notícias, um dos deputados, que juntar-se-á aos já empossados nos próxi

“Alguns de nós precisam apenas de cumprir mais um mandato para conseguir uma reforma completa no Estado. Como é que, em consciência, nós iríamos perder esta oportunidade de assegurarmos a nossa reforma? Ele (Dhlakama) não está preocupado com a nossa situação, porque ele tem a sua vida feita à custa do nosso sacrifício de longos anos nas matas”, disse.
A cúpula do maior partido da oposição está reunida em Nampula para, entre várias matérias, deliberar sobre a data do início das manifestações de repúdio aos resultados do escrutínio de 28 de Outubro de 2009.(AIM)
Haiti
A saturação do espaço aéreo, a falta de infra-estrutura básica, como estradas, e a destruição de centros médicos tem dificultado o trabalho das equipes de ajuda humanitária
no Haiti, devastado por um tremor de terra na terça-feira.O total de mortos pode ser de 50.000, e mais 3 milhões de pessoas estão feridas ou sem abrigo, segundo uma autoridade da Cruz Vermelha no país.Centenas de corpos apodreciam sob o sol diante do Hospital Central de Porto Príncipe, quase totalmente destruído, enquanto os feridos imploravam por médicos e rezavam .Sem luvas e com algodões embebidos em álcool para se proteger do odor da putrefação, as pessoas procuravam parentes numa montanha de corpos, mutilados, seminus, cobertos de poeira e infestados de moscas, informou a France-Presse.
As imagens não são suficientes para transmitir a agonia do ser humano...

As imagens não são suficientes para transmitir a agonia do ser humano...
quarta-feira, janeiro 13, 2010
52 Anos de memórias
O Cinema Águia, Quelimane, foi inaugurado com pompa e circunstância a 15 de Março de 1958. O primeiro filme exibido com o título “A leste do paraíso” com James Dean. A sua destruição tem uma mistura de falta de manutenção por um lado e um vendaval que a meio desta decada acabou por deitar a baixo a degradada estrutura. Se não estou errado esta Sala de Espectáculos nunca foi negociada pelos familiares do seu proprietário Abdul Carimo Hassan (falecido) por razões que merecem todo o respeito.
terça-feira, janeiro 12, 2010
Cabinda



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