Criada em 1949 por 12 países fundadores ,a NATO nasceu como uma aliança militar. Os países fundadores foram os Estados Unidos, o Canadá e um conjunto de países situados sobretudo no oeste e centro da Europa: Bélgica, Dinamarca, França, Islândia, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Portugal e Reino Unido. Poucos anos depois, em 1955, a então União Soviética fundou a sua própria aliança militar com o Pacto de Varsóvia, assinado com os países socialistas de leste: a Albânia, a Bulgária, a Checoslováquia, a República Democrática da Alemanha, a Hungria, a Polónia e a Roménia. Ao longo dos anos, outros países foram-se juntando à NATO: Grécia, Turquia, República Federal da Alemanha e Espanha. O Pacto de Varsóvia, pelo contrário, perdeu influência com o declínio da União Soviética e acabou por se dissolver em 1991.
Este era o mapa das alianças militares na Europa antes do fim da União Soviética, no final de 1991:
Legenda: a azul estão os países pertencentes à NATO em 1991, a vermelho os países que assinaram o Pacto de Varsóvia.
Em 1999, três países que tinham feito parte do Pacto de Varsóvia juntam-se à aliança transatlântica: Checoslováquia, Hungria e Polónia. Nos anos seguintes, também se lhes juntaram a Bulgária, a Estónia, a Letónia, a Lituânia, a Roménia, a Eslováquia, a Eslovénia, a Albânia, a Croácia, o Montenegro e a Macedónia do Norte. Esta expansão é vista por Moscovo como a quebra de uma promessa feita no final da Guerra Fria pelo então secretário de estado norte-americano James Baker ao líder soviético, Mikhail Gorbachev. Putin alega que na altura ficou prometido que a NATO não sei ira expandir para o leste da Europa.
Em baixo, mostramos o mapa da Europa em 1999, ano em que o último país que fazia parte do Pacto de Varsóvia, sem contar com a Rússia, se junta à NATO. A azul estão os países pertencentes à NATO, a vermelho aqueles que, embora independentes, continuavam sob influência russa.Para além de Putin, também Yeltsin, em 1993, invocou esta falta ao então presidente norte-americano Bill Clinton. O ano passado, no entanto, a perspectiva de uma nova expansão da NATO contribuiu para esta escalada de tensão. A aliança transatlântica reconheceu oficialmente três novos aspirantes a membros, assinalados a amarelo no mapa em baixo: Bósnia, Geórgia e Ucrânia.
Pela dimensão do país e também pela sua localização, a Ucrânia é alvo de
uma atenção acrescida por parte das autoridades russas. Já em 2014, altura em
que a Rússia anexou unilateralmente a província ucraniana da Crimeia, foi uma
tentativa de aproximação à União Europeia que despoletou a ação militar.
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