As bancadas da Frelimo e MDM, na Assembleia da República (AR), decidiram avançar para a revisão da Constituição da República sem a participação da Renamo, num processo que promete ainda fazer correr muita tinta. Hoje prevê-se que o plenário aprove o projecto da resolução que elege a direcção da comissão ad-hoc. Mas a bancada da Renamo ainda não indicou os seus membros que farão parte da comissão que irá proceder à revisão da Lei fundamental. A Renamo exige que a Frelimo explique em primeiro lugar o que pretende alterar na Constituição que vigora.A proposta da Frelimo, para eleição da direcção da comissão ad-hoc, deu entrada no gabinete da presidente da AR, Verónica Macamo, faz já bom tempo. A Frelimo propõe que o presidente da comissão seja Eduardo Mulémbwè, ex-presidente da Assembleia da República e que o presidente substituto seja Manuel Tomé, ex-chefe da bancada da Frelimo. Era suposto que os nomes (de Mulémbwè e Manuel Tomé) fossem aprovados na sessão da semana antepassada, quando se debatia o projecto de Lei sobre o Sistema de Títulos Honoríficos e Condecorações. Mas não veio a acontecer porque a Renamo ainda não propôs os seus quatro membros que farão parte da comissão ad-hoc.Assim, a Frelimo teve de recuar com a sua proposta e aguardar pela Renamo. Mas tudo indica que a Renamo não vai mesmo fazer parte da comissão ad-hoc que vai rever a Constituição da República.
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