terça-feira, dezembro 17, 2013

Mais um suspeito da morte de portugues

O Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve na cidade de Maputo um jovem supostamente envolvido no assassinato de Horácio da Costa, cidadão português morto na passada terça-feira na sua própria residência no bairro dos Pescadores, arredores da cidade de Maputo. Segundo o porta-voz da PRM no Comando, Arnaldo Chefo, há “indícios do envolvimento do jovem na morte do cidadão português.”Com a detenção do referido jovem, cuja identidade não nos foi relevada, sobe para dois o número de detidos em conexão com o homicídio. Um pouco depois do homicídio, outro indivíduo foi detido, por ter sido encontrado nas redondezas da casa do finado com manchas de sangue na roupa. Entretanto, o Canalmoz apurou que no dia que encontrou a morte o cidadão português estava na companhia de suposta namorada. Mesmo sem avançar detalhes, Chefo diz que neste momento “decorrem diligências para a captura de uma mulher que se encontrava juntamente com o guarda, no local do crime.”O finado era proprietário da “Shl.cozinhas.com”, uma loja localizada no supermercado “Super Mares”, na Marginal.Recorde-se que a casa do finado foi encontrada totalmente vandalizada e, estranhamente, não havia indícios de que tenha sido retirado qualquer bem. As viaturas e as respectivas chaves do finado ainda estão no quintal.


segunda-feira, dezembro 16, 2013

Sinto-me perseguido dentro do meu país!!!!!

Em entrevista à RTP e à agência Lusa, Afonso Dhlakama declarou que mantém a vontade de um entendimento com o partido no poder em Moçambique e afirmou que os ataques das suas forças são apenas defensivos.O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que desde  Outubro está em parte incerta "mas em Moçambique", disse hoje à Lusa que os seus homens se limitam a responder aos ataques do exército, rejeitando responsabilidade na morte de civis. "A Renamo não está a matar civis", disse, o líder do maior partido da oposição em Moçambique, falando por telefone, e garantindo estar a "poucos metros" da base de Sandjudjira, de onde foi expulso em Outubro pelo exército. "Aqui, onde eu estou a falar, a 200 metros estão civis, vizinhos da minha casa. Não faz sentido mandar um grupo a partir da Gorongosa a matar civis a 300 ou 500 quilómetros de cá", acrescentou Dhlakama. Desde Abril, quando ocorreram os primeiros confrontos entre o exército e homens armados da Renamo, que se registam ataques quase diários, com mortes entre os beligerantes, mas vitimando também a população civil. Naquela zona do centro de Moçambique, um troço da Estada Nacional 1 com cerca de 200 quilómetros, que tem sofrido intensos ataques, está desde Abril cortado ao trânsito, que apenas circula integrado em coluna militar "O quer está a acontecer é que aquilo ali é uma estrada por onde passa toda a logística pesada, inclusive armas pesadas e canhões, a maioria dos efectivos militares, para virem matar e acabar com a Renamo, aqui na Gorongosa", disse Afonso Dhlakama, que justificou os ataques às colunas como estratégia para conter a "logística do adversário". "Antes do ataque, em Abril deste ano, nunca a Renamo mandou um grupo para atacar colunas militares no rio Save. Isto justifica-se só depois de a Frelimo ter mandado atacar" e o objectivo é "diminuir a intensidade do adversário", disse. Afonso Dhlakama acusou o governo de Maputo de o ter querido matar, durante o ataque de 21 de Outubro e de ter tentado fazer o mesmo ao seu pai, quando um grupo de militares revistou a casa do ancião, em Mangunde, a cerca de 300 quilómetros de Sandjudjira"Sinto-me perseguido, porque desde o dia 21 de Outubro para cá nunca cessaram, sempre vêm, de Tete, de Pemba, do sul, com carros blindados e prosseguem operações. Isto é perseguição, porque se queriam matar-me e falharam, já teriam retirado",defendeu.Escute aqui a entrevista de A.Dhlakama.


domingo, dezembro 15, 2013

Nos bastidores com Obama e companhia....


Mau tempo, razão da queda do Embraer da LAM?

No dia 12 Dezembro de 2013, Simon, um reputado meteorologista de uma universidade de  renome nos EUA, apresentou verdadeiras imagens de satélite , que foram publicadas pela EUMETSAT no dia do acidente às 11:15 Z e 11:30 Z. O meteorologista Simon relata que  NUNCA tinha visto uma “ célula” de  tempestade tão rápida no seu  desenvolvimento. Às 11:15 Z a  “celula” foi localizado a cerca de 15nm para a direita da rota aérea na posição S19.398 E23.369 sobre 111nm do local do acidente, provavelmente criado “updrafts” superior a 60 metros / segundo (117 + nós vertical), com a formação  verteginosa de gelo e de cristais de gelo atingindo o  topo de cerca de FL260 para FL420 em 30 minutos e cair para FL300 novamente em mais 30 minutos (12:00 Z). Uma “célula” menor estava quase no fim da rota aérea na posição S19.493 E23.017 sobre o local do acidente, também com o surgimento de condições de gelo cristal de gelo e, provavelmente, produzindo correntes ascendentes cerca de 55 metros / segundo (107 nós de velocidade vertical).
Recorde-se que avião desceu muito rapidamente, à razão de cerca de 30 metros por segundo. Perdeu-se o sinal do radar quando ele atingiu cerca de 3 mil pés acima do nível do mar. 
A 14 dezembro de 2013 Autoridade de Aviação Civil de Moçambique informou  numa conferência de imprensa, que a investigação está em andamento, que as caixas negras(2) a de voz e gravador de dados de vôo foram lidas com sucesso e foram analisadas. Os resultados da investigação até agora descartam qualquer problema mecânico ou problema com a aeronavegabilidade da aeronave como causa do acidente grave. 

sábado, dezembro 14, 2013

Com base em pressupostos do Sec. XX

O partido Frelimo anunciou, finalmente, anteontem à noite (10), os seus três pré-candidatos à Presidência da República, nas eleições de Outubro de 2014. Todos, nomes conhecidos na política nacional, porque ocupam cargos relevantes na actual equipa governamental, mas nem por isso deixa de ser surpreendente a sua escolha.
A entrada de uma nova liderança na Frelimo, que não faz parte da gesta da luta armada, é um marco importantíssimo no país. Representa, verdadeiramente, um momento de ruptura com o passado e um piscar de olhos ao futuro.
De há uns anos para cá, o país vem conhecendo uma viragem crucial no seu processo de desenvolvimento económico-social, com a descoberta de gigantescas reservas de recursos naturais, que auguram um futuro diferente. Tendo a geração dos libertadores cumprido honrosamente o seu papel fundador do Estado moçambicano, impunha-se, e até em reconhecimento ao seu inigualável e irrepetível papel histórico, que se afastasse e estendesse a passadeira vermelha à renovação.
Alberto Vaquina, José Pacheco e Filipe Nhussi representam, simbolicamente, esta transição geracional no partido mais importante deste país. Mas, paradoxalmente, ao mesmo tempo que são uma ruptura, parecem também uma continuidade disfarçada, ou ao menos cautelosa por parte de quem os escolheu. Porque vêm da equipa governamental em exercício e nitidamente a sua escolha tem o dedo indelével de Armando Guebuza, o seu mentor político, legitimando a ideia que há muito se especulava de que o actual presidente vai continuar a influenciar o jogo do poder a partir da liderança do partido – afinal, foi o próprio secretário-geral da Frelimo, que anunciou a estratégia de dois pôlos do poder, ainda em Agosto de 2011.
Ora, a ideia de continuidade subentende que qualquer um deles está para manter o status quo. A insatisfação generalizada que se projecta, via redes sociais ou através de manifestações cada vez recorrentes na nossa sociedade; as importantes vozes que ecoam de dentro da Frelimo, deixando transparecer sinais de fortes divisões internas, mas sobretudo o conteúdo de fundo dos resultados das recentes eleições autárquicas, indiciam que as pessoas – incluindo uma fasquia assinalável de militantes da própria Frelimo - querem mudanças reais e não operações cosméticas.
Isto torna tanto Alberto Vaquina como José Pacheco e Filipe Nhussi candidatos de risco elevado para a Frelimo. Primeiro, porque fica a sensação de que o partido no poder não escolheu os seus melhores candidatos, mas os mais leais ao pensamento dominante no partido. Confirma-se, assim, a tendência de homogeneização do pensamento dentro deste partido e da negação do diferente.
Em segundo lugar, apesar de serem ministros, não se conhece o suficiente as próprias ideias dos três candidatos, porque o modelo do partido de que fazem parte assim não o permite. E lembre-se que o eleito terá apenas 10 meses para se fazer ouvir e convencer.
Em terceiro lugar, nenhum deles tem o respaldo da participação na luta armada, que deu uma aura diferente aos dirigentes libertadores. Eles surgem agora num contexto em que os dirigentes são avaliados como homens de carne e osso, e não os semi-deuses que me ensinaram a ver nos libertadores, ao longo da minha adolescência .
Alberto Vaquina tem na bagagem dois mandatos como governador em Sofala e Tete, mas à altura das quintas eleições autárquicas, terá apenas dois anos de experiência de dirigismo, a nível central, da gigantesca máquina do Estado moçambicano. Filipe Nhussi era até há poucos anos gestor de topo nos CFM, e em Outubro de 2014, terá só seis anos de experiência de governo. José Pacheco é o que tem mais estrada dos três: já foi governador em Cabo Delgado, vice-ministro da Agricultura, ministro do Interior e agora da Agricultura. A isso, junta uma carreira irrepreensível dentro do partido. Mas, dos três, é também o que tem uma imagem pública mais problemática. A sua passagem pelo ministério do Interior foi tudo menos pacífica – o caso dos BI´s biométricos da Semlex nunca foi explicado tal como dificilmente sairá da memória de muitos moçambicanos a frase célebre a chamar vândalos aos manifestantes de 5 de Fevereiro de 2008 para no momento seguinte o Governo ceder às exigências deste movimento. Por outro lado, é preciso não esquecer que é o negociador-chefe da equipa governamental de um diálogo com a Renamo, sem resultados há vários meses. Mais: não é uma figura de gerar empatias facilmente. E isto é apenas uma parte da sua sinuosa carreira ministerial.
Isto torna qualquer um dos três vulnerável, levantando naturais reservas quanto à sua capacidade de manter uma liderança forte, capaz de reunificar o partido, reconciliando as várias tendências indisfarçadamente desavindas e estendendo a mão às elites urbanas, publicamente marginalizadas pelo presidente Guebuza, e aos jovens com diplomas universitários nas mãos, mas sem perspectivas na vida.
Face ao momento que o país vive, e em adição ao que o próprio partido Frelimo passa, impunha-se-lhe que optasse por uma transição mais tranquilizadora, mais aglutinadora, que juntasse as muitas pontas soltas dentro da Frelimo. O caminho escolhido, de afastar ainda mais dos centros do poder as vozes dissonantes, parece ser mais desagregador e de consequências imprevisíveis para a Frelimo.
Por tudo isto, prevejo o fim da Frelimo hegemónica e gloriosa, das vitórias retumbantes e das maiorias absolutas, e um maior aproximar da oposição, como os resultados das últimas autárquicas já deixaram antever.
É certo que, no curto e talvez mesmo médio prazo, a Frelimo a continuará a ser a força dominante do nosso jogo político, mas prevejo uma democracia mais equilibrada com o MDM a capitalizar ainda mais as fissuras que se vão agravar com as escolhas feitas agora pelo partido no poder, atraindo para si o eleitorado urbano desiludido com o novo curso do partido no poder.(J.Langa)

segunda-feira, dezembro 09, 2013

Vitória folgada da Frelimo

The Economist Intelligent Unit (EIU), uma instituição que se dedica a estudos sobre matérias políticas e económicas ligada à revista britânica The Economist, prevê vitória confortável do partido Frelimo, nas próximas eleições gerais de 2014. Segundo a EIU, a Frelimo vai ganhar confortavelmente as próximas eleições gerais (presidenciais e legislativas), marcadas para Outubro do próximo ano, graças a sua afinada máquina partidária e “uma forte base militante”.
“O aparato da Frelimo vai impor sérias dificuldades à tentativa de a oposição apropriar-se da crescente insatisfação popular contra a elite do partido no poder”, explica.É que segundo aponta a EIU, “a base demográfica de apoio da Renamo (população rural do centro e norte do país) está em erosão. Por outro lado, as tácticas beligerantes do seu líder, Afonso Dhlakama, isolaram-no de um importante sector do eleitorado e terá de lutar para se apresentar como líder político credível”, refere.Por outro lado, segundo a mesma fonte, apesar do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) estar a conseguir uma governação autárquica palpável nos municípios da Beira e Quelimane “o MDM carece de ainda de legitimidade histórica e popular, bem como, financeira, para se apresentar como uma alternativa de governo à altura”, lê-se. 

Sobre a queda do Embraer da LAM

Fiquei um tempo pensando se deveria ou não escrever sobre o acidente com o Embraer E-190 da Linhas Aéreas de Moçambique, ocorrido no último dia 29 de Novembro, principalmente depois da irresponsável notícia dada pelo Jornal Nacional (e depois no Jornal da Globo).  Caso não tenham assistido, o Jornal Nacional deu a notícia do acidente, com o número de mortes, com a data de venda do jato brasileiro e encerrou da seguinte maneira: “a LAM está na lista negra da União Européia há dois anos por falta de segurança“.
Ao encerrar a matéria desta maneira, a Globo decretou (de maneira subliminar) a causa do acidente como sendo a falta de manutenção da empresa, neste caso, tanto pilotos como o equipamento [brasileiro] estaria isento de falhas. Ora, se no momento da notícia os gravadores de dados de voo e voz ainda não haviam sido analisados, como se pode chegar à conclusão, ainda que subliminar, de que a “causa” foi o fato de da empresa estar banida de voar para a Europa?
A LAM possui uma frota enxuta, com aeronaves modernas (três E-Jets 190, dois ERJ-145 e um Boeing 737-500) e o fato de estar “blacklisted” não significa que seja por falta de segurança. Há diversos fatores que podem levar a uma lista negra além de segurança, entre elas ações/regimes de governo e modelos de aeronaves. Um bom exemplo é Angola, cuja empresa TAAG é banida de voar para Europa, a não ser que use o B777 ou 4 de seus 737-700, ou seja, não é uma questão de segurança e sim de equipamento.  No caso de Moçambique, todas as empresas aéreas são banidas. Eu sei como são as operações na África, e é fato notório a quantidade de acidentes que ocorrem por lá (e na Rússia e territórios da antiga União Soviética), mas não posso afirmar que foi a falta de segurança que causou este acidente, principalmente porque é uma aeronave de última geração. O que nos leva a esta pergunta que foi feita ontem no Blog:

“Olá Lito. Sou Virgílio de Carvalho. Muitos parabéns pelo seu blog! Confesso que era muito leigo a estas matérias de aeronaves. Com o seu blog pelo menos preenchi 1/100% da minha laicidade (risos). Tenho uma pergunta que advém de uma realidade trágica: Como explica o desastre aéreo de uma companhia moçambicana LAM, num voo TM 470, avião que Moçambique comprou ao Brasil em Novembro de 2012. O avião que leva, em média, 97 a 112 passageiros, explodiu matando todos os 33 passageiros a bordo. Repare que este avião transportava apenas 1/3 da sua capacidade máxima. Muito obrigado e um abraço.”

Caro Virgílio, não há explicação para acidentes aéreos até que milhares de fatores sejam analisados. Quando ocorre um acidente (que é raro), é comum começarem especulações sobre o que “causou”, mas só é possível saber de verdade os fatos, a causa só depois de muito tempo de investigação.
Estes são os fatos do voo TM-470:

1- O Embraer ERJ-190, matrícula C9-EMC, seguia de Maputo (Moçambique) para Luanda (Angola) com 27 passageiros e 6 tripulantes.
2- Em voo de cruzeiro (FL380 ou 38.000 pés) a nordeste de Botswana, a aeronave iniciou uma rápida descida de aproximadamente 6000 pés/minuto até que se perdeu o contato por radar.
3- A aeronave foi encontrada no dia seguinte, completamente queimada no território da Namibia, a aproximadamente 20 quilômetros do aeroporto Bagani (pista de terra) e a 40 quilômetros de Omega (pista de asfalto).
4- O comandante possuía 9053 horas de experiência, com 1395 em comando e o co-piloto 1,418 horas.
5- O tempo estava bom.
6- Esta é a foto do local do acidente, que parece indicar uma colisão quase vertical, dada a ausência de partes da aeronave e a concentração de espaço.
Cabe agora à investigação descobrir o que aconteceu. Por que a descida se iniciou? Por que não houve contato de rádio? Houve falha estrutural? Houve descida comandada? Ou não foi comandada? Enfim, são milhares de perguntas a serem respondidas, por isso não se pode ser explicado de “sopetão” nem atribuir simplesmente à “falta de segurança”, como a Globo “subliminarmente” tentou fazer. (LITOS/tecnico brasilieiro/aviõesemusica.com)

Até sempre Madiba!

Moçambicanas, Moçambicanos,
Compatriotas,

Com um misto de ansiedade e esperança, vínhamos acompanhando as informações que nos davam conta da situação do estado de saúde  do Presidente Nelson Rolihlahla Mandela, o símbolo-môr da luta contra o Apartheid e pela dignidade do Povo sul-africano.  Ansiedade, porque não sabíamos quando é que o seu estado de  saúde iria registar melhorias. Esperança, porque ele demonstrou ao  longo da sua vida ser um combatente que saía vitorioso em muitas e  duras batalhas e que, por isso, também nesta sairia vitorioso, com o  apoio da equipa médica que o vinha tratando. Infelizmente, a nossa  ansiedade e esperança desvaneceram para dar lugar à dor e luto pela perda irreparável deste génio que o Povo sul-africano gerou e  que o nosso Continente e o resto do mundo reclamam-no como seu  herói também.  Apagou-se a voz livre e libertadora, a voz de uma figura  emblemática cujos ideais registam seguidores e beneficiários em  todo o mundo.                    
Apartou-se do nosso convívio o homem que foi exemplo de coragem,  determinação e perseverança na luta pela transformação de ideais  nobres em realidade. O facto de a África do Sul se orgulhar de ser  uma Nação arco-íris é, em grande medida, um legado e ao mesmo  tempo, uma homenagem ao Madiba e à sua visão sobre como a
diversidade enriquece e catapulta um País para a estabilidade e progresso.
Graças ao seu brilhante percurso, ele passou, ainda em vida, a integrar o distinto panteão dos grandes líderes que a nossa Mãe  África produziu e que são o orgulho da Humanidade inteira. Por  isso, Nelson Mandela:  vive, e viverá para sempre, nos corações de todos aqueles a  quem o seu exemplo de vida inspirou;
v vive, e viverá para sempre, nos corações de todos aqueles que  partilham dos seus ideais de criação de uma sociedade mais  justa, unida, onde se cultiva a Paz, o amor ao próximo e a  solidariedade;  vive, e viverá para sempre, nos corações de todos aqueles que no seu dia-a-dia, em palavras e em actos, promovem o  desenvolvimento social e económico para o bem-estar de  todos os povos deste planeta.
Ao longo da sua vida, Madiba grangeou respeito, simpatia e  popularidade, muito para além das fronteiras do seu belo País.  Muitos, pelo mundo fora, beneficiaram dos seus conselhos, mesmo  depois de deixar a Presidência da República da África do Sul. 
Os muitos prémios de organizações regionais e internacionais com que  foi agraciado e o facto de o seu nome ter sido atribuído a avenidas,       edifícios e eventos sublinha o reconhecimento pelo Mundo da  majestade da sua obra.
Neste momento de dor, consternação e luto, endereçamos ao nosso  irmão e amigo, o Presidente Jacob Zuma, ao Povo irmão sul-africano  e à Família do Presidente Nelson Mandela as nossas mais sentidas  condolências.  Ao vosso lado, e de mãos dadas, choramos a perda deste génio,  deste ilustre filho da África do Sul, cidadão de todo o mundo.

Até sempre Madiba!

Maputo, 6 de Dezembro de 2013

Armando Emílio Guebuza


(Presidente da República de Moçambique)

sexta-feira, dezembro 06, 2013

MADIBA, ícone mundial da luta pela igualdade

Nelson Mandela, símbolo da luta contra o preconceito e líder que guiou a África do Sul de uma ditadura segregacionista para uma democracia multirracial, morreu nesta quinta-feira (6), aos 95 anos. Figura inspiradora por sua incansável resistência ao regime racista do apartheid, Mandela construiu um dos mais belos capítulos da história do século XX ao se tornar o primeiro presidente eleito democraticamente na África do Sul, depois de passar 27 anos
preso pela sua oposição à ditadura.O anúncio foi feito pelo presidente sul-africano Jacob Zuma. No pronunciamento transmitido pela TV, ele disse que Mandela morreu em paz, em sua casa em Johannesburgo, em decorrência de uma prolongada infecção pulmonar. “ A nossa nação perdeu o seu maior filho. O nosso povo perdeu um pai. Apesar de sabermos que este dia chegaria, nada pode diminuir nosso sentimento de profunda perda”, disse Zuma, informando que o ex-presidente terá um funeral de Estado. 
A
saúde de Mandela vinha -se deteriorando nos últimos dois anos, principalmente por causa da infecção pulmonar – resquício de uma tuberculose contraída na prisão. O ex-presidente esteve internado num hospital de Pretória  quase três meses, entre junho e setembro, respirando com a ajuda de aparelhos.  No início desta semana semana, a filha mais velha de Mandela, Makaziwe, disse que seu pai estava a lutar no seu  leito de morte”. "Cada momento, cada minuto com ele me assombra. Às vezes não acredito que sou filha desse homem que é tão forte, tão lutador", afirmou, em entrevista à TV estatal. 



quarta-feira, dezembro 04, 2013

Incêndio na Escola Americana

Incêndio da Escola Americana não é acto terrorista  Um incêndio de grandes proporções atingiu parcialmente, manhã de terça-feira(4), a Escola Americana de Maputo da parte onde funcionam os grupos geradores.De acordo com dados preliminares um curto-circuito terá originado o incêndio que danificou por completo o alpendre onde funcionam os geradores daquela escola localizada na zona da Costa do Sol, na capital do País. Moradores-vizinhos daquele estabelecimento de ensino dizem que  que a pronta intervenção do Corpo de Salvação Pública (bombeiros) evitou o pior. Recorde-se este incêndio acontece numa altura em que os bombeiros da cidade de Maputo acabam de receber uma nova frota de meio circulantes para o combate as chamas e outros sinistros. Coincidência ou não, os moradores da zona da Costa do Sol relataram terem havido três cortes de fornecimento de energia eléctrica durante a madrugada facto que presumem ter originado.“A última vez que houve o corte, no restabelecimento viu fumo no grupo gerador da Escola Americana”, relatou. O incêndio ocorrido nas primeiras horas(04h30), reduziu em cinzas um edifício que custou criou 200 mil dólares, cerca de seis milhões de meticais na sua construção.De acordo com Hermínio Dualia, supervisor de Manutenção Geral da Escola, descarta-se a hipótese de fogo posto ou acto terrorista na origem do incêndio que devorou o edifício de sete compartimentos, que serviam de escritórios provisórios e sala de reuniões.No entanto, a peritagem ainda vai determinar o valor global dos prejuízos provocados no imóvel cuja construção custou seis milhões de meticais, afirmou Dualia.(F.Maputo)

Isto é uma chatice!!!

Homens armados atacaram hoje posto policial em TicaSupostos guerrilheiros da Renamo atacaram hoje, um posto policial e um centro de saúde no posto administrativo de Tica, na província de Sofala. O Ministério da Defesa Nacional convocou hoje na capital, uma conferência de imprensa para fazer um balanço da situação de segurança das últimas seis semanas, no país, em particular, na zona onde tem decorrido ataques de homens da Renamo.      De acordo o Director Nacional de Políticas de Defesa, Cristóvão Chume, como resultado dos ataques dos homens da Renamo, cerca de 26 pessoas foram feridas entre nacionais e estrangeiros, outras 10 pessoas perderam a vida, incluindo crianças e um estrangeiro, bem como, acima de 30 viaturas sofreram danos, alguns ligeiros e outros graves.      Chume explicou ainda que “hoje os guerrilheiros da Renamo atacaram uma esquadra policial e um centro de saúde no posto administrativo de Tica, na província de Sofala”, sem contudo avançar se houve vítimas humanas.    Segundo a fonte “todo este exponencial de violência que temos assistido nas últimas semanas contra pessoas e propriedades supera a razoabilidade dos argumentos esgrimidos pela Renamo de que a Renamo luta pela Democracia, pela melhoria das condições das populações e particularmente, também luta pela paz”, acusa.Por outro lado, Chume destacou que o perfil dos ataques que decorrem particularmente, na estrada nacional N1 que ocorrem em muitos pontos dessa importante via “só demonstra claramente que existe um comando, que os ataques são coordenados e que eles (os guerrilheiros) cumprem expressamente as ordens dos órgãos ao alto nível da Renamo”, disse.No mesmo diapasão, segundo a fonte a Renamo continua a atacar às Forças de Defesa e Segurança (FDS) que protegem as colunas que transitam pela N1 “a Renamo continua a atacar as posições das FDS no terreno que se encontram na posição defensiva”.    Contudo, Chume exortou a Renamo e aos seus guerrilheiros para que parem de atacar civis, de destruir bens e propriedade das populações que com muito custos os adquiriram e que também “parem de atacar às FDS, se de facto o argumento é de querem a paz”.“Também queremos continuar a exortar e encorajar aos guerrilheiros da Renamo que nos últimos dias, tem contactado o Ministério dos Combatentes para tratarem das suas pensões, para que continuem a afluir e tratem das suas pensões que é uma garantia para a sua sobrevivência”. 

MDM, um falso gigante!

Hoje vamos reflectir em torno do Movimento Democrático de Moçambique, um partido de pertença da família Simango, que nas últimas eleições autárquicas teve um encaixe de apoio dos dissidentes da RENAMO e também dos que ao longo do tempo viram sua influência na Corte a perder valor. Afinal o que é o MDM e qual é a sua origem? Como é que se fez no mercado político e quais são as suas formas de reprodução? Como funciona a sua estrutura directiva e por que é que ainda que seja um movimento democrático seja fundamentado em princípios ditatoriais? Em torno destas e mais questões queremos hoje falar deste falso gigante que vive no Castelo de Areia.
O Movimento Democrático de Moçambique surge como apoio urgente ao jovem Deviz Simango, que acabava de ser expurgado da RENAMO por Afonso Dlhakama, líder da RENAMO, por este achar que quem devia avançar nas eleições autárquicas de 2008 era Manuel Pereira, e não Deviz que vinha liderando a Cidade da Beira em nome da Perdiz. O general Afonso Dlhakama achava que era altura de refrescar a máquina na Beira, por medo que o seu pupilo Deviz o assaltasse o trono dada a popularidade que tinha conquistado durante o primeiro mandato na cidade da Beira.
Durante a discussão dentro da RENAMO, o seu líder Afonso Dlhakama conseguiu se impor e colocar seu candidato, Manuel Pereira. Deviz aventurou a solo e sabia que tinha largas vantagens, aliás, só o facto de ter sido expurgado da RENAMO já o fazia de menino abandonado que precisava de apoio e acolhimento, os beirenses jamais podiam o odiar, o rejeitar, por que era como um Nado que nasceu prematuramente e que tinha sido abandonado na cidade pelo seu progenitor. Portanto, Deviz e o MDM já nascem de um conflito e aprenderam muito cedo que era melhor pegar num Cabo electrificado e depois chorar, gritar bem alto, para fazer crer as pessoas que aquele Cabo na verdade veio até si e deu-lhe esticão.
Todos sempre o apoiaram não necessariamente pelo projecto político, mas por ter sido vitima, a prova disso é que o PCN que nasceu em condições diferentes do MDM não logrou seus intentos mesmo tendo a família Simango a frente, portanto era preciso que estes fossem “vítimas de alguma coisa” para que tivessem algum sucesso. Espiritualmente, assim nasceu o MDM, num parto prematuro vítima da intransigência de Dlhakama e da RENAMO.
Se é verdade que o MDM nasceu em resultado desinteligências dentro da RENAMO, não é menos verdade que dentro daquela formação política houve rotura e separação, alguns preferiram aliar-se imediatamente ao Deviz e outros ficaram a fazer hossanas ao general ora em parte “incerta”.O cenário em surge o MDM fez com que este partido apostasse na vitimização como forma de reproduzir-se na sociedade. Quer dizer, os demais membros aprenderam do seu guia espiritual, Deviz Simango, a ir ao encontro do Cabo de Alta Tensão, depois de electrocutados gritam e fazem nos crer a todos nós que o posto de transformação de energia deslocou-se até a casa, a sede deste partido. O resultado é que temos estes jovens, muita das vezes agindo sob efeito de droga e bebidas alcoólicas, em escaramuças com a polícia e com os membros do partido FRELIMO.
Este método de reprodução política é conhecido por todos mas ignorada pelos intelectuais de costume. Quem é que não sabe que durante as últimas eleições autárquicas, os membros do MDM feriram e mataram dois jovens na Massinga? Quem não sabe que os membros do MDM levaram uma Urna e foram a casa do candidato da Frelimo em Quelimane? Quem é que não sabe que Manuel de Araújo agrediu fisicamente um cidadão em Gurué? Porque é que disto pouco ou nada se diz? A quem convém? É que, está assim o camponês a deixar o Pepino torcer ainda miúdo, pois assim hoje o beneficia. Um dia irá desejar um Pepino menos defeituoso, e irá recordar-se da nobre oportunidade que teve de corrigir os erros mas não o fez, pois interessava mais chegar ao poder que de facto influenciar mudanças.
Esta reprodução ideológica do MDM, já tirou vida a alguns jovens que foram arrastados por discursos emotivos e convidados a desobedecer a ordem nacional. A verdade é que tudo terminou ali, o sonho dos jovens e das suas famílias se esfumou ali, mas catapultou o maquiavélico discurso do MDM sobre perseguição, mas como vimos, temos aqui vítimas que não são vítimas na verdade tem o talento de chorar primeiro e desta forma arrastar incautos.
Facto curioso é que nestes confrontos nenhum líder do MDM, seu familiar e/ou alguém próximo é ferido, apenas jovens inocentes, que se juntam a uma causa que não conhecem e assim justificam fundos alocados para alteração da ordem nacional.
Hoje algumas pessoas afirmam que a vitória de Deviz Simango era certa na Beira, mas só dizem isso depois dos resultados. Durante a campanha era notável que Deviz tinha um candidato a altura e que tudo era possível naquela autarquia, que todos nós sabemos que é gerida pela família Simango de acordo com seus desejos e apetites. Deviz não queria correr o risco de perder a cidade, mais uma vez inventou uma crise e ficou vítima que merecia carinho e atenção. A verdade é que ele organizou o comício perto da Sede da Frelimo porque sabia que haveria um choque e depois viriam daí todas consequências. Por isso ele saiu ileso, seu partido não perdeu nenhum bem. O mesmo já não se pode dizer em relação a Frelimo e o seu candidato, este saiu ferido e muitas viaturas ostentando panfletos da Frelimo foram queimadas.
A velha táctica funcionou, mas uma vez aquele menino “perseguido” atraiu atenção de todos aqueles que durante os últimos 5 anos viram seus terrenos vendidos a terceiros; aqueles que durante as últimas cheias clamavam pela presença de um edil que estava preocupado em dar apoiam as vítimas de Chokwé; aqueles que durante os últimos 5 anos viram despachos do tribunal a seu favor a serem ignorados pelo edil. Na hora do voto, o tribalismo que consubstancia o discurso político do Deviz e de Manuel de Araújo, falou mais alto.  
Aquela formação política chama-se Movimento Democrática de Moçambique, mas à luz dos seus estatutos ninguém é eleito, todos são nomeados e imaginem por quem? Claro, o Deviz Simango, quer dizer a família Simango é que manda dentro do partido. Por isso o chefe da Bancada é o primo de Deviz, Agostinho Ussore, aliás, nesta bancada ainda temos o cunhado de Deviz, Eduardo Elias.Dentro do partido Deviz lidera o partido como Presidente, o irmão e o primo, chefe e vice-chefe da bancada, e ainda seu primo Albano Carije, são membros da comissão política. A liga da Liga da Juventude do MDM tem como presidente o sobrinho Sande Carmona e o vice-presidente cunhado do Deviz, de nome Moisés Chenene irmão da esposa. Já a liga feminina é liderada por uma pessoa de relações histórico-familiares com a família Simango. Aliás, no passado alguns nomes foram avançados para ocupar posições de destaque dentro dos órgãos sociais do partido mas debalde. O critério é ser próximo a família.
Ninguém é eleito dentro do MDM, todos são nomeados, todos são indicados pela estrutura máxima do partido. Por isso na cidade de Maputo, a campanha do candidato Venâncio Mondlane, esteve tremida pois ele caiu de pára-quedas dentro do partido o que não agradou a muitos membros.
Quem é que não sabe que dentro daquele partido reina a ditadura? Quem é que não sabe que o MDM, tal como a RENAMO não tem nenhuma seriedade, muito menos uma estrutura partidária funcional?  E por que é que convém apoiar clandestinamente estes jovens? É que num país como nosso, com as descobertas de minerais, é preciso implantar regimes fracos e fragilizados, tribalistas, com capacidade que o MDM tem de dividir o país, o povo e os moçambicanos, para que clandestinamente nossos recursos sejam sacados.
´Há um investimento clandestino que visa não necessariamente apoiar o MDM, mas sim fragilizar o país, e sabem os criminosos envolvidos nesta operação que só apostando neste é possível arrastar Moçambique a uma crise sem precedentes para depois tirar os lucros. É que os regimes fracos e fragilizados, são ideais para desordem de um país. O tribalismo que Manuel de Araújo propala não é a toa, nem tão pouco do Deviz, aliás, estranho o apoio a este partido vindo de Maputo, quando ouvimos não raras vezes discursos do tipo “Beira é dos beirenses” “Quelimane é dos Quelimanenses” “fora dirigentes da Frelimo vindos de Maputo”. Este discurso está a preparar o futuro fatal para muitos que acreditam neste falso gigante.
O MDM equipara-se a um falso Gigante que vive num Castelo de Areia, é que a ilusão da grandeza é tal que acredita-se que o Castelo de Areia erguido na Beira, é capaz de acolher aos moçambicanos. Não poucas vezes, estranhou-se e questionou-se até o silêncio do MDM face ao cenário de crise criado pela RENAMO, a verdade é que este partido estava a esfregar as mãos para que a perdiz não fizesse parte do escrutínio; estava sobretudo a e rezar para que mais vidas fossem ceifadas ao longo da estrada nacional para que chegada a época eleitoral, encaixassem mais membros, mais assentos nas assembleias municipais, e mais finanças para o partido. Foram contratadas pessoas para fazer campanha na Matola e Tete por exemplo, uma prática habitual do MDM, que era para dar continuidade as obras do Castelo de Areia, e aumentar o salto do falso Gigante, debalde.(Jossias Maluleque)









Será desta?

O partido Renamo, o maior da oposição em Moçambique, apresentou ao secretário do Conselho de Ministros os termos de referência para a indicação de mediadores e observadores Nacionais e Internacionais, por forma a se prosseguir com o diálogo que já soma sensivelmente 24 rondas sem sucessos assinaláveis.O diálogo encravou depois da Renamo, que liderou 16 anos de guerra civil terminada em 1992, exigir a presença, na mesa do diálogo com o governo, de observadores e mediadores nacionais e internacionais. Em comunicado de imprensa hoje recebido nas redacções em Maputo,  a Renamo reitera que para as “negociações com o governo” tem apenas uma única delegação, chefiada por Saimone Macuiana, tendo, o Presidente do Partido, Afonso Dhlakama, criado uma equipe de ‘especialistas’ para assuntos de Defesa e Segurança, que somente serão requisitados para assessorar o grupo quando se abordar ‘o ponto 2 da agenda’ atinente as Forças de Defesa e Segurança ou quando se chegar a fase de preparação da reunião de alto nível entre o Presidente do Partido RENAMO e o Presidente da República, Armando Guebuza.

No mesmo documento, a RENAMO propõe, para este mês de Dezembro, três sessões semanais, como forma de se esgotarem os pontos essenciais ainda este ano.

Sobre os termos de referência para a indigitação de ‘observadores nacionais e internacionais, bem como de mediadores nacionais e internacionais’, a Renamo refere que “estes poderão ser encontrados, a nível nacional, na Sociedade Civil moçambicana, entre personalidades de reconhecido mérito e idoneidade, nos vários estratos sociais que compõe o mosaico cultural, social, académico, Religioso do nosso país e a nível Internacional, na SADC, UNIÃO AFRICANA, UNIÃO EUROPEIA, EUA, e ONU’. Quanto a operacionalização, a Renamo propõe que os convites sejam assinados conjuntamente pela RENAMO e pelo Governo, dirigidos a cada uma das organizações. De acordo com a Renamo, os observadores indicados deverão acompanhar as conversações e tomar notas sobre elas e que devem ser informados sobre a data, local, hora, e agenda das conversações.No tocante a conduta, este partido avança que “eles deverão ser imparciais no cumprimento de seus deveres, e, não devem, em nenhum momento, exprimir tendenciosidade ou preferência em relação às partes; realizar suas actividades sem interferir nas negociações; abster-se de fazer comentários pessoais ou prematuros sobre suas observações, quer seja à media ou a pessoas. 

terça-feira, dezembro 03, 2013

Capital do Norte vira...

................... capital do galo! Independentemente dos posicionamentos ideológicos de cada um de nós, há factos que transcendem meras apreciações subjectivas de cada sujeito e convocam o nosso senso de objectividade para os reconhecer como tais – como factos objectivos, que ocorrem independentemente da nossa vontade! É o caso da ascensão eleitoral meteórica do MDM nas eleições autárquicas deste ano. Trata-se de um partido fundado em Março de 2009, portanto, criado depois das eleições autárquicas de 2008 e, por via disso, sem nenhuma representação em nenhuma das 43 assembleias municipais formadas após o escrutínio autárquico daquele ano. Portanto, de zero membro em 43 assembleias municipais, o MDM passa, a partir deste ano, a ocupar assentos significativos em 53 assembleias municipais que serão formadas a partir das presentes eleições. Trata-se de assentos tão significativos que, em três das referidas assembleias municipais, (da Beira, Quelimane e Nampula) não só ocupará meros assentos como transformará o Partido Frelimo em minoria oposicionista. É a primeira vez na história política do País que um partido da oposição civil, que nunca pegou em armas, nascido da vontade de um punhado de jovens irreverentes consiga desafiar, de forma séria e significativa, o poderio político de um dos partidos mais hegemónicos de África. Ou seja, de não existente em 2008, o MDM passa, em 2013, a ocupar o espaço de segundo maior partido político em termos de governação municipal, controlando completamente, isto é, a presidência e a assembleia municipal, de três autarquias-chave para o desenvolvimento político, económico e cultural de Moçambique, como são as três cidades estratégicas do nosso País ora nas mãos do galo. Para além do controlo efectivo dessas três autarquias, assinale-se a ascensão, jamais vista, de um partido da oposição nos municípios de Maputo e Matola, onde o MDM passa a controlar cerca de 40 por cento dos assentos das respectivas assembleias locais, forçando o partido governamental a ver grandemente reduzida a sua influência política na região metropolitana da capital do País. Em Chimoio, Mocuba, Gurúè, Marromeu e Milange os resultados estão sob contestação jurídica do MDM, já que acreditava ter ganho com alguma tranquilidade, dado o apoio popular de que goza nesses municípios e dada a pequena margem das diferenças entre este partido e a Frelimo, bem como entre os candidatos dos dois partidos. Seja qual for o veredicto final da impugnação judicial dos resultados daquelas autarquias, a verdade é que Moçambique inaugurou, com estas eleições, uma nova era política, a era da quebra da invencibilidade do dominante partido no poder, a era da igualdade de armas entre os partidos políticos no espaço democrático nacional.
Tal situação impõe uma urgente reflexão profunda do partido no poder para aferir as razões que levam à queda acentuada da sua popularidade em zonas outrora catalogadas como seu bastião político. Não pode o partido no poder continuar a dizer que está a ganhar eleições quando se verifica corrosão acentuada do seu eleitorado urbano, o que pode querer dizer que a emergente classe média não se revê nas políticas e no discurso do partido governamental, situação que não pode tranquilizar a direcção daquele partido histórico. Aliás, a vitória convincente do MDM nas autarquias da Beira, Quelimane e Nampula demonstra que, afinal, mesmo no quadro jurídico-legal actual não é impossível a um partido político da oposição ganhar eleições, desde que o mesmo seja querido pelo eleitorado e desde que o mesmo tenha energia e quadros suficientes para pernoitar nas assembleias de voto, controlando a entrada e saída de pessoas maléficas interessadas em roubar votos e falsear, desse modo, a vontade popular. Ou seja, em Moçambique não basta alguém ser massivamente votado pelo povo; é imperioso que esse mesmo povo, após o voto, fique e, se necessário, durma nas assembleias de voto, guarnecendo o destino do seu voto! Tal decisão popular, implica uma elevada dose de coragem para enfrentar uma unidade especial da Polícia, denominada FIR, que nos momentos eleitorais age como polícia de um partido político contra os eleitores doutros partidos. Ou seja, em momentos eleitorais, sobretudo quando parece estar em causa a vitória do partido no poder, a FIR aceita ordens não do seu comando superior mas de qualquer dirigente estatal ou partidário com alguma proeminência na província ou na cidade em causa. É o que se viu da vergonhosa actuação da FIR na EPC do Bairro do Incídua, na cidade de Quelimane, na noite do dia 20 de Novembro de 2013, em que a FIR parecia uma “barata tonta”, distribuindo balas de borracha e granadas de gás lacrimogéneo entre uma multidão pacífica de eleitores, que pretendia vigiar o destino do seu voto. De toda a maneira, a escola do MDM prova que é possível, em Moçambique, uma mudança do regime político sem recurso a armas de fogo, sem violência mortífera, sobretudo se a Polícia não se colocasse do lado errado do seu mandato, ou seja, se a Polícia assumisse o carácter apartidário e isento prescrito na lei que a cria e abandonasse o seu molequismo político ao serviço de agendas estranhas à lei e à Constituição da República de Moçambique. Exigimos, como cidadãos, uma Polícia que proteja o povo e não uma Polícia que mata o povo para salvar agendas político-partidárias obscuras e ilegais. Repetimos que em democracia, perder eleições não é perder a vida, pelo que não é necessário convocar a FIR para perturbar um processo cívico entre cidadãos civilizados de um país que pretende trilhar os melhores caminhos democráticos. Não é preciso FIR para proteger uma eleição democrática! Porém, mesmo com a FIR em acção partidária, o povo decidiu escolher o galo para cantar, também, na capital do Norte, à semelhança do que havia feito no dia 20 de Novembro no caldeirão do Chiveve e na capital do coco. Assim, pedra a pedra, caminha a democracia moçambicana!(Salomao Moyana)

"Não ficava bem ganhar tudo"

O membro da Comissão Política da Frelimo, Raimundo Pachinuapa, afirma que o partido não está preocupado com os resultados das eleições autárquicas, apesar de ter perdido muitos eleitores para a oposição. Falando durante a reunião de balanço do processo eleitoral nos municípios da Matola, Boane, Manhiça e Namaacha, o chefe da brigada central da Frelimo para a província de Maputo defendeu que os resultados equilibrados com a oposição e a perda de assentos nas Assembleias Municipais são uma vitória para a democracia, por isso, tal não preocupa o seu partido. Pachinuapa diz que não ficava bem para a democracia a Frelimo vencer em todos os municípios. “Para nós, isto não é nenhum problema, é um processo democrático. Portanto, não ficava bem a Frelimo aparecer a ganhar em todos os municípios. todos iam perguntar se há democracia ou não”, defendeu Pachinuapa, acrescentando que “em termos democráticos, o que aconteceu foi muito bom para nós. Se houve problemas, valem-nos bem para melhorarmos”. Para Pachinuapa, o partido encara normalmente os resultados e ainda não são motivo de preocupação.

Eis o vencedor em Nampula!!!!

Já são milhares os membros e simpatizantes do MDM que de motas, carros, bicicletas e caminhando, celebram a vitória do MDM e seu candidato MAHAMUNO AMURANE
nas autárquias de domingo. 
As pessoas cantam "acabou história" enquanto ordeiramente circulam pelas artérias da cidade. O papel da Polícia tem sido exemplar, orientando a marcha sem reprimir as pessoas."Esta sim, é a nossa Polícia", diz um senhor de idade que integra a marcha e sauda a actuação da corporação. (R)

segunda-feira, dezembro 02, 2013

Saído da revisão um dia antes

Destroços do voo TM 470, das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), que partiu as 11h26 desta sexta-feira (29) do aeroporto internacional de Mavalane, na capital de Moçambique, e que não chegou a Luanda, capital angolana, foram encontrados pela polícia da Namíbia no último sábado.  "O avião foi encontrado em cinzas, não há sobreviventes" afirmou a agência de notícias Reuters o Coordenador Regional da Polícia de Kavango, na Namíbia, identificado pelo nome de Willie Bampton.   Seguiam a bordo do Embraer 190 (CHAIMITE), fabricado e adquirido pelas LAM em 2012 no Brasil, 33 pessoas, e não 34 como inicialmente as LAM informaram.  Dos passageiros dez eram moçambicanos, nove angolanos, cinco portugueses, um francês, um brasileiro e um chinês, e seis tripulantes. Fonte não oficial indica que o Comandante do voo TM 470 era um moçambicano com larga experiência aos comandos de aeronaves das LAM, com mais de 4 mil horas de voo, já era Chefe de Operações e até Instrutor de voo. Esta não era a primeira vez que o Comandante, que por respeito a família enlutada não divulgamos o seu nome, fazia o voo Maputo - Luanda e vice-versa.  O seu co-piloto também era moçambicano e apesar de jovem tinha experiência de voo, com pelo menos 1000 horas nos aviões da companhia aérea moçambicana.  Este é o primeiro acidente em que um avião das Linhas Aéreas de Moçambique se despenhou e os ocupantes morreram, em 33 anos de operações nacionais e internacionais da Companhia aérea moçambicana.  Desde 2011, altura em que a LAM foram banidas de voar no espaço aéreo europeu, a empresa
começou a renovar a sua frota, anteriormente composta por aparelhos Boeing, por modernos aviões como o que despenhou-se nesta sexta-feira (29). Para além do Embraer 190, a LAM utiliza os modelos 120 e 145 da Embraer, Q 400 da canadiana Bombardier e um Boeing 737-500, produzido nos Estados Unidos.

Um piloto moçambicano com larga experiência de voo, que prefere manter anonimato, esclareceu que a falta de informação oficial sobre o que terá acontecido com o voo TM 470 é sinal de que o Embraer das LAM despenhou-se e a falta de contacto indica que poderá ter sido fatal para todos ocupantes."A informação que tenho é que o avião desapareceu do radar a 5 mil pés por minuto portanto vem a cair não vem a descer normalmente, é uma descida quase que em queda (...) e ali naquela região não há nenhuma pista portanto não deverá ter feito aterragem de emergência".Segundo a fonte, na última comunicação que a aeronave manteve com a torre de controle com quem estava em contacto deve ter informado o que se estava a passar "dá sempre tempo de informar o que está acontecer, por isso há dois pilotos, um que está a voar e outro que está a comunicar. Logo que sentem emergência o piloto tem a frase mayday mayday porque está a pedir ajuda, está a declarar emergência."Por outro lado, segundo o piloto, mesmo em caso de uma aterragem de emergência  passou tempo demasiado sem haver nenhum contacto nem mesmo com os passageiros "hoje em dia a maioria das pessoas tem um telemóvel com roaming, e mesmo que a zona seja remota haverá um telefone fixo e  teriam comunicado por isso que digo que provavelmente foi fatal para todos."

NAMPULA: eleicoes autarquicas

Dados da observação feita pelo Parlamento Juvenil de Moçambique, em algumas mesas de votação. Neste momento: 

Escola Privada do Malimusse - Mesa 03001201
Candidato da Frelimo: 135
Candidato do MDM: 153
Candidata do PAHUMO: 12
Candidato da Assemona: 12
Nulos: 3
Em branco: 2

EPC de Mutuanha - Mesa 03001001
Candidato da Frelimo - 101
Candidato do MDM - 150
Candidato da ASSEMONA -1
Candidato do PAHUMO - 23

EPC de Mutauanha - Assembleia de Voto 03042201
Candidato da Frelimo – 56
Candidato do MDM – 104
Candidato da Assemona – 01
Candidata do Pahumo – 10

EPC de Mutauanha - Mesa 03001005
Candidato da Frelimo - 48
Candidato do MDM - 91
Candidato da ASSEMONA - 0
Candidato do PAHUMO - 10

Pavilhao de Desportos - Mesa 03000301
Candidato da Frelimo - 179
Candidato do MDM - 182
Candidato da ASSEMONA - 0
Candidato do PAHUMO - 6
Nulo - 7
Brancos - 2

EPC de Namicopo - Mesa 03004501
Candidato da Frelimo - 50
Candidato do MDM - 70
Candidato da ASSEMONA - 1
Candidato do PAHUMO - 2

EPC de Mutauanha - Mesa 03001003
Candidato da Frelimo - 82
Candidato do MDM - 127
Candidato da ASSEMONA - 3
Candidato do PAHUMO - 9

EPC de Mutauanha - Mesa 03001004
Candidato da Frelimo - 71
Candidato do MDM - 133
Candidato da ASSEMONA - 1
Candidato do PAHUMO - 9

EPC de Mpechua - Mesa 03001602
Candidato da Frelimo - 48
Candidato do MDM - 95
Candidato da ASSEMONA - 0
Candidato do PAHUMO - 0

EPC Mpuecha - Mesa 03001601A
Adolfo Absalão (Frelimo) - 86
Mahamudo Amorane (MDM) – 148
Filomena Mutoropa (Pahumo) – 6
Mário Albino (Assemona) – 3
Votos Nulos - 3
Voto em branco – 1

EPC de Mutauanha, Mesa 03001003
Candidato da Frelimo - 82
Candidato do MDM - 127
Candidato da ASSEMONA - 3
Candidato do PAHUMO - 9

EPC de Muatala, Mesa 03000501
Candidato da Frelimo - 117
Candidato do MDM - 152
Candidato da ASSEMONA - 1
Candidato do PAHUMO - 11