quinta-feira, abril 21, 2011

Voos domesticos tramados pelo velho continente

O banimento de todos os operadores aéreos certificados pela aviação civil moçambicana de voarem para Europa terá impacto directo no mercado doméstico, bem como nos voos charters que ligam as cidades de Maputo, capital moçambicana, e a de Joanesburgo, na vizinha África do Sul.“Esta situação poderá afectar os voos domésticos, porque quando os europeus fazem esses banimentos eles aconselham os seus cidadãos que se encontram em Moçambique a não usar as linhas aéreas nacionais. Assim, a LAM é poderá ser afectada” disse em Maputo, o ministro dos transportes e comunicações, Paulo Zucula.Entretanto, dentro do país, apenas a companhia Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) efectua ligações domésticas. Algumas transportadoras estrangeiras operem no país, com ligações directas para Maputo, capital moçambicana. Cite-se como exemplo, o caso da Kenya Airways que possui voos directos de Nairobi, capital queniana, para Nampula, no norte de Moçambique, e a “South African Airways” que voa directamente de Joanesburgo para Beira (no centro) e Pemba (norte). O ministro sublinhou que a decisão da Comissão Europeia (CE) vai afectar os aviões certificados no país que efectuam voos charters de Joanesburgo para vários destinos turísticos de Moçambique.Geralmante, os voos charters são alugados ou fretados por uma determinada empresa para fins de turismo.A maior parte dos voos charters partem de Joanesburgo com destino as Ilhas paradisíacas espalhadas pelo país, com destaque para o arquipélago de Bazaruto, na província meridional de Inhambane, e das Quirimbas, no norte do país.No país operam 13 operadores certificados pelas autoridades nacionais, nomeadamente: LAM, Mozambique Express (Mex), Trans Airways/Kaya Airlines, Helicópteros Capital, CFA Mozambique, Unique Air Charter, Aerovisao De Mozambique, Safari Air, ETA Air Charter Lda, Emílio Air Charter Lda, CFM-TTA Sa, Aero-Servicos Sarl e VR Cropsprayers LdaSegundo o director-geral do IACM, Alberto Mabjaia destes operadores, cinco operam a nível domésticos e outros cinco ainda não estão certificados porque utilizam equipamento com matrícula estrangeira, na sua maioria, sul africana.“Este operadores ainda não estão certificados por falta de um mecanismo legal que trate casos de transportadoras que utilizam equipamento com matrícula estrangeira. Há um acordo assinado entre Moçambique e África do Sul para o tratamento das companhias que têm registo sul-africano” explicou.Esta situação afecta a Trans Airways/Kaya Airlines, CFA Mozambique, Unique Air Charter, CFM-TTA Sa e ETA Air Charter Lda.
Entretanto, o Governo sublinha que a decisão da CE não limita o desenvolvimento da actividade da aviação civil nacional. O IACM continuará a trabalhar com a Organização Internacional para a Aviação Civil (ICAO), uma agência especializada das Nações Unidas, com a qual foi estabelecido um calendário de actividades que inclui a vinda a Moçambique em Agosto próximo, de uma missão de validação do processo em curso.

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