segunda-feira, abril 18, 2011

O representante cessante da Organização Mundial da Saúde (OMS), El Hadi Benzerroug, disse que Moçambique ainda enfrenta desafios no estabelecimento de uma plataforma de recursos humanos, reforço das capacidades, infra-estruturas de água e saúde, mas apesar disso está no caminho certo. Benzerroug falava em Maputo, no final da audiência concedida pelo Primeiro Ministro, Aires Ali, para apresentar cumprimentos de despedida, na sequência do termo do seu mandato de cinco anos no país que, no seu entender, foi marcado por várias conquistas em diversos domínios.“Quando um país tem muitos projectos tem de harmonizar com a planificação que pode conduzir a concretização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) que são ainda um desafio”, disse o representante.Segundo Benzerroug, durante os cinco anos que esteve em Moçambique, a OMS em parceria com o governo conseguiram resultados encorajadores nas áreas de recursos humanos, farmacêutico, e a disponibilidade de serviços são evidências desse desenvolvimento. A decisão do MISAU no sentido de reforçar a planificação foi, segundo o representante, importantíssima, dado que Moçambique teve um ponto de partida muito baixo rumo ao desenvolvimento, em parte resultante da guerra de libertação, mas nos últimos cinco anos houve progressos visíveis.Um outro aspecto de realce tem a ver com as parcerias internacionais, cujos princípios são mais no sentido de solicitar apoios com um plano único para a eficácia da ajuda e também uma plataforma de monitoria bem como a avaliação e um sistema de financiamento harmonizado.“Quando um país tem muitos projectos tem de harmonizar com a planificação que pode conduzir a concretização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) que são ainda um desafio”, disse o representante.Actualmente, o mundo atravessa uma crise financeira persistente cuja solução parece estar longe do fim. Esta situação pode desviar a atenção de muitos governos que parecem estar a privilegiar a provisão alimentar e transporte em detrimento de outras agendas como a saúde.El Hadi Benzerroug disse que as Nações Unidas conseguiram reforçar a ideia de desenvolvimento de um plano multissectorial de luta contra a desnutrição crónica, porque a batalha da nutrição é de todos os sectores desde a educação, saúde, agricultura e outros. “O plano aprovado pelo governo vai assegurar que todos os sectores trabalhem juntos para facilitar que a batalha contra a desnutrição seja feita com sucesso”, realçou o representante cessante da OMS.

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