segunda-feira, março 31, 2014

Moçambique "em cima do muro"

Moçambique absteve-se no voto das Nações Unidas condenando a anexação da Crimeia pela Rússia, uma resolução proposta pelas novas autoridades da Ucrânia e com apoio massivo ocidental. O jornal Mediafax escreveu, na sua edição de hoje, que, tal como a África do Sul, Angola e São Tomé, Moçambique absteve-se na linha de orientação da China, Índia e Brasil.Cabo Verde, República Democrática do Congo (RDCongo), Malawi, Madagáscar, Maurícias e Nigéria fazem parte dos 100 países que votaram a favor com os Estados Unidos e a Ucrânia.Na posição contra, liderada pela Rússia e seguida por mais 10 países, estiveram Zimbabwe e Sudão.O bloco africano optou pela abstenção, como o fez a Guiné-Bissau, Timor-Leste, Irão e mais 20 países, totalizando 58.A Crimeia pertencia à Rússia, até 1954. A maior parte da sua população é russa.O referendo de anexação foi proposto pelo governo autónomo da Crimeia, aliado de Moscovo, depois que o governo pro-Rússia da Ucrânia foi derrubado em Fevereiro por líderes que defendem relações mais próximas com a Europa.

Piso escorregadio

O Governo e a Renamo, acordaram na ultima sexta-feira a inclusão de mais países que devem fazer parte do grupo de observadores do processo de cessar-fogo, abrindo assim uma oportunidade para um breve acordo para o fim do conflito militar que já dura a aproximadamente há um ano, com o líder do maior partido da oposição a ser “caçado” pelas forças governamentais. Reunidas na última sexta-feira (28), na sede da Assembleia da República na 47a sessão de negociações, as delegações do Governo e da Renamo, chegaram a consenso sobre a inclusão da Itália, Portugal, Reino Unido da Grã-Bretanha (Inglaterra), Estados Unidos da América (EUA), Quénia e Cabo-Verde, na lista dos observadores internacionais no processo de cessar-fogo. A inclusão destes países que constavam da proposta da Renamo, vinha sendo recusada pelo Governo. Com aceitação destes seis países por parte do Executivo, sobe para nove, o número de países que vão supervisionar o cessar-fogo. 
Anteriormente, o Governo tinha concordado apenas como observadores, três países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), nomeadamente a África do Sul, Botswana e Zimbabwe. Segundo deram a conhecer os chefes das duas delegações, nomeadamente José Pacheco, do Governo, e Saimone Macuiana, da Renamo, as partes instruíram os seus peritos militares para, durante este fim de semana, fazerem o “alinhamento e harmonização” dos termos de referência que em princípio, segundo as fontes deverão ser concluídos hoje(31), segunda-feira ou quarta-feira em sede das negociações. Apesar deste avanço, as partes não se entenderam em relação a inclusão das Nações Unidas (ONU) e União Europeia (UE), com o Governo a alegar a complexidade do funcionamento dessas organizações.O chefe da delegação do Governo, Jose Pacheco, afirmou que para trazer essas organizações seria um processo complexo, porque, para as organizações poderem participar, vai ser necessário convocar e reunir os seus membros para deliberação, para além de que depois entrariam no processo de procurar países que estariam dispostos a mobilizar pessoal e logística para esta missão.Enquanto isso e paradoxalmente a todos os avanços que vêm sendo registados, os confrontos militares continuam, com assinaláveis baixas do lado das tropas governamentais. (B.Álvaro)

Forças Armadas tentam apanhar Dlhakama

Numa incursão contra uma  base da Renamo no agora distrito de Nhamaiabue, Tete, 30 militares governamentais podem ter sido atingidos e deixado eno terreno armas e munições. A escaramuça ocorreu na última sexta feira,(28).Não há detalhes, havendo sim o registo de um confronto militar na zona de Satungira. Informações adicionais indicam que um  grupo das Forças Armadas de Moçambique estão numa  ofensiva em Divinhe, Ampara,  localidades costeiras pertencentes ao distrito de Machanga. Os militares, que circulam sem viaturas blindadas, estão a cercar o líder da Renamo que se presume estar escondido na zona. A presenca de militares nas referidas regiões tem criado insegurança nos cidadãos residentes que receiam por confrontos militares . Recordar que nos últimos dias as FADM intensificaram as suas "rusgas militares" nos distritos do sul de Sofala, predominados por povos da etnia N’dau e que são apoiantes de Afonso Dlhakama. 

Adulto com desculpa de adolescente

O Instituto Nacional das Actividades Económicas (INAE) na província de Inhambane confirmou a venda de produtos fora de prazo no Wang Rong Trading Lda, maior supermercado da cidade de Inhambane. A Inspecção aplicou uma multa mas os produtos fora do prazo continuam nas prateleiras porque a loja tem “sete dias” para remove-los. De acordo com a substituta do delegado provincial, Camila José, o INAE já aplicou uma multa correspondente a cem mil meticais. Questionada a razão da manutenção de alguns produtos fora do prazo nas prateleiras, Camila José, disse que “demos prazo para retirarem os produtos em de sete dias".Vários cidadãos têm dito que na Wang Rong Trading Lda há viciação de prazos nos rótulos de alguns, que segundo dizem constitui um autêntico perigo à saúde pública. "Quando você compra manteiga, óleo da cozinha, arroz e outras coisas já não têm sabor, mas no rótulo vem que ainda faltam oito a nove meses para expirar o prazo” disseram.Ao que afirmam alguns consumidores, não é a primeira vez que aquele supermercado, de capitais chineses, é penalizado com uma multa, pela inspecção das actividades económicas. O supermercado tem no seu palmarés, cinco multas aplicadas, sendo que a última foi paga em Dezembro do ano passado. Por seu turno, o proprietário do supermercado Wang Rong, diz que o problema dos prazos nos produtos, não é da sua responsabilidade mas sim das fábricas. " Eu não falsifico os prazos dentro da minha loja porque eu compro os produtos nas fábricas e os prazo são regularizados lá e não cá por isso não tenho culpa" disse Wang Rong. ( L da Conceição)

quinta-feira, março 27, 2014

"Eiiii,chuva demais"

As recentes enxurradas que fustigaram a província da Zambézia, na região centro do país, fizeram 11 vítimas mortais. Destruíram também, por completo, 476 casas, deixando sem abrigo perto de duas mil famílias que correspondem a 5818 pessoas. Aquelas intempéries deixaram ainda dez pessoas feridas com gravidade e destruíram infra-estruturas sociais, nomeadamente, 338 salas de aula, um Centro de Saúde e três pontes.Comparativamente ao ano anterior, este ano a Zambézia registou maior queda de pluviosidade. Todavia, em 2013, 23 pessoas perderam a vida devido à chuva torrencial, que também fez enormes estragos. O governador local, lamentando a perda de vidas humanas na província que dirige devido às calamidades naturais, explicou que o Executivo está a fazer tudo que está ao seu alcance para reduzir, a cada ano que passa, os níveis acentuados de estragos.Joaquim Veríssimo referiu que, neste momento, a população das zonas fustigadas pelas inundações na província central da Zambézia já começou a reerguer as suas vidas nos bairros de reassentamento, activados nos distritos de Namacurra, Maganja da Costa e Mocuba.As imagens reportam o efeito das chuvas na cidade de Pemba, Capital da Provincia de Cabo Delgado, onde desde terça-feira(25) caíram mais de 100 milímetros, o equivalente a três meses em época chuvosa.

Tuberculose sobre rodas

Os transportes semi-colectivos de passageiros, vulgarmente conhecidos por “chapas cem”, foram apontados, na província de Sofala, como um dos principais transmissores de tuberculose naquela região do país.De acordo com César Macome, em muitos dos veículos denominados “chapas cem”, as janelas são mantidas fechadas ʺe as pessoas que têm tuberculose e que, por alguma razão, podem estar no interior dos chapas, ao tossir, libertam a bactéria causadora da tuberculose. E aquela, infelizmente, acaba por ser inalada por outros passageiros, contribuindo desse modo para a propagação da doença, assinalou.Para evitar estes casos, César Macome apelou aos utentes dos “chapas cem” para que mantenham as janelas abertas sempre que possível. Macome falava no distrito de Gorongosa, em Sofala, nas cerimónias que assinalaram, no nosso país, o Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose. 

quarta-feira, março 26, 2014

"Por favor não nos desmobilizem,estamos numa missão"

Os agentes das forças de defesa e segurança em missão operativa na região centro País estão cada vez mais agastados com a forma como são tratados pelo Governo e com o número de baixas que lhe são infligidas por homens da Renamo. Há colegas seus que morreram e os seus corpos nem sequer foram entregues às famílias. Estão com a moral baixa e proibidos de reclamar. A unidade das Forças de Intervenção Rápida (FIR) queixa-se de não estarem a receber os subsídios operativos e de deslocação, a que dizem ter direito, quando são levados por um período de três meses para as zonas de conflito armado, onde estão sujeitos a confrontações com os supostos homens da Renamo.

Para além de subsídios, os membros da FIR, reclamam das alegadas péssimas condições logísticas a que dizem estarem sujeitos, sobretudo quando são destacados para o Batalhão misto que opera no troço Save-Muxúngue sob as ordens do “comandante Sameiro”.

"A situação logística em Muxúngue onde temos um batalhão misto FIR/Guarda Fronteira é deplorável, porque estamos sujeitos a depender das outras forças quer em transporte, como em alimentação" queixam-se os agentes explicando que "a força que está bem em termos de logística, é a dos dois batalhões mistos Guarda Fronteira/FIR comandada pelo comandante Amade e estacionada em Gorongosa".

Os agentes dizem que o Governo tem neste momento três batalhões de forças conjuntas (FIR/Guarda Fronteira) para além das FADM no terreno, que fazem rendição de três em três meses. Os agentes afectos à uma das unidades daquela força, procuraram o CanalMoz e dizem estarem cansados de serem vítimas de ameaças que incluem transferências e expulsões, bem como de serem conotados com partidos da oposição, isso quando exigem explicações aos seus superiores hierárquicos da razão do não pagamento do tal subsídio que afirmam os chefes estarem a receber. Por outro lado, dizem os agentes que "desde Março de 2013 até agora, na FIR não existem férias, senão intimidações quando exigimos nosso direito".Queixam-se igualmente de falta de clareza nas promoções, sobretudo para aqueles que dizem terem ingressado nas fileiras em 1988.
Por outro lado, dizem que ao serem levados para o campo militar estão a ser desviado da sua missão principal."Como é sabido por todo o mundo, a situação político-militar que se vive no País desde Março do ano passado, o Governo recorre a algumas forças para fazer face à essa situação, onde entre outras forças, a FIR está inclusa, o que na nossa óptica estamos a ser desviados" lê-se numa carta que nos entregaram, que acrescenta que "nesta missão (de combate) e deslocação por muito tempo longe das nossas famílias, estamos a ver os nossos direitos (ajudas de custos) serem usurpados ao contrário do que acontece com outras forças".O que preocupa os agentes segundo afirmam, é que nas referidas missões existem camada (altos oficiais) que antes de partirem recebem valores monetários, mas a eles nada é dado.Os agentes da FIR, dizem que "não sabemos nos expressarmos bem nem escrever correctamente, porque muitos de nós interrompemos os estudos.

Contactado pelo Canalmoz na tarde de terça-feira (25), o comandante da FIR, o general Avelino Binda, começou por dizer que "esses agentes são indisciplinados, porque não há que exigir férias e subsídios quando o País está em guerra". "Quando os bandidos atacam, a missão da força especial é combater e não andar a fazer exigências" disse o general Binda, deixando claro que "não há nada de subsídio, porque o Estado dá comida às forças que estão destacadas no terreno". "Eu também combati em várias frentes e fases até nesta ultima guerra de desestabilização e nunca fiquei de férias nem exigi" disse o comandante da FIR. Sobre os subsídios de deslocação ou ajudas de custas, Avelino Binda explicou que "não existe nenhum subsídio porque eles têm comida".

CanalMoz"O subsídio é atribuído quando se trata de uma deslocação de duas, três ou cinco pessoas e não para muita gente e ainda em missão de combate. Contudo se vocês do Canal de Moçambique quiserem podem ir perguntar ao Comando Geral da PRM porque não existem esses subsídios, mas aqui eu digo que não há nada" declarou o comandante Binda num tom muito vibrante. Para além de acusar os agentes de serem indisciplinados, o comandante da FIR disse que "eu sei que vocês do Canal estão contra a FIR por isso escrevem sempre mal contra a FIR". "Por favor não nos desmobilizem nem nos desmoralizem, porque nós estamos a cumprir a nossa missão. Escrevam como quiser, mas deve ficar claro de que se os agentes têm problemas devem aproximar-se aqui ao comando e não ir aos jornais" concluiu Avelino Binda. (B.Álvaro)





















Encontrado avião.Não há sobreviventes.Desespero dos familiares...

Avião encontrado. Não há sobreviventes. O desespero das famílias (Lusa)

Avião encontrado. Não há sobreviventes. O desespero das famílias (Lusa)
Área de buscas pelo avião malaio [Reuters]









Alrosa & De Beers

A multinacional De Beers, a maior companhia diamantífera do mundo, anunciou, recentemente, que esta em contactos com o governo de Angola, com vista a obter concessões de exploração daquele recurso naquele pais da Africa Austral, ate finais deste ano.O Director Executivo da De Beers, Philippe Mellier, revelou que a companhia também está a manter conversações com o governo indiano para explorar algumas áreas no centro e norte daquele país asiático.“Esperamos alguma informação sobre as licenças de exploração antes do fim deste ano”, disse para de seguida acrescentar que decorrem contactos com o governo angolano sobre o assunto.Referiu que trabalhos iniciais para a exploração de diamantes em Angola vão começar nos últimos meses deste ano. A Alrosa, uma companhia russa e a maior concorrente da De Beers já está a operar a mina de Catoca, a quarta maior mina de diamantes do mundo inteiro, através de uma joint-venture com a companhia estatal Angola a Endiama. A De Beers já esteve a operar em Angola, no período compreendido entre 2005 e 2012, mas decidiu abandonar o programa, pelo facto de a mina estava a explorar não ser economicamente viável. Mellier afirmou que a nova área que pretende explorar apresenta um maior potencial económico. Angola é o quarto produtor de diamantes no mundo em termos d valor e o sexto em termos de volume. O governo do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, pretende incrementar as operações do sector.Um estudo publicado no ano passado refere que o governo vai desenvolver vias de transporte e serviços para companhias mineiras e disponibilizar mais informações geológicas dos seus recursos minerais. Actualmente a De Beers possui operações na Africa do Sul, Botswana, Namíbia e Canadá. 

“Não deixar o país num ambiente de guerra”

O estadista moçambicano, Armando Guebuza, defende que Filipe Nyusi, candidato da Frelimo, partido no poder em Moçambique, deve ter a liberdade de pensar e agir no caso de vencer o pleito de 15 de Outubro próximo. “Ele é candidato e ganhando as eleições será ele a conduzir os destinos da nação. Por isso, ele deve ter a liberdade de pensar e de agir”, sublinhou Guebuza, falando terça-feira, na cidade de Pemba, em conferência de imprensa que marcou o fim da Presidência Aberta e Inclusiva de cinco dias a província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.Questionado sobre os conselhos que tem estado a dar a Filipe Nyusi para que rapidamente se familiarize com a condução dos destinos da nação, como resposta aos pedidos da população nesse sentido, Guebuza afirmou que “ele sabe onde e quando vai buscar conselhos”.O Presidente também mostrou-se receptivo a qualquer pedido de ajuda de Filipe Nyusi, sublinhando que “se precisar algo de mim, ele também sabe que estarei disponível a ajudá-lo”.Guebuza deixou claro que mais do que isso, tudo caberá ao próprio candidato (futuro Presidente em caso de sua vitória): “Ele é que sabe o que tem de fazer”, referiu o estadista moçambicano, que vai abandonar o poder após as eleições gerais de Outubro próximo.Nos vários comícios que orientou nesta Presidência Aberta e Inclusiva nas províncias do Niassa e de Cabo Delgado, a população pediu a Guebuza para assegurar que Nyusi receba os conselhos necessários para que, em caso de vencer as eleições, possa tranquilamente governar o país. 
O mesmo sucedeu no planalto de Mueda, em Cabo Delgado, terra natal de Nyusi, durante um dos comícios populares mais concorridos na história das Presidências Abertas. “Pedimos para que assegure que Filipe Nyusi tenha os ensinamentos necessários, para que no caso de ganhar as eleições possa exercer o poder sem grandes sobressaltos, a semelhança dos seus antecessores”, disse Muhibo Chapemba, residente local.Outros pediram ainda ao Presidente Guebuza para desanuviar a tensão militar antes das eleições de Outubro, para que Nyusi, na eventualidade de ascender ao poder, tenha espaço para dar o seu máximo no desenvolvimento do país.Jafar Hassane, outro residente, apelou ao Presidente para “não deixar o país num ambiente de guerra”. “Nós queremos que o seu sucessor se preocupe apenas com questões de desenvolvimento e não com agendas de guerra”, referiu Hassane.Refira-se que Moçambique já teve três presidentes desde que adquiriu a sua independência em 1974. Trata-se de Samora Machel (1975-1986), Joaquim Chissano (1986-2004) e Armando Guebuza (2005 a esta parte). 

terça-feira, março 25, 2014

"Dream-line" passará a escalar Nacala

O aeroporto internacional de Nacala (norte de Moçambique) deverá começar a funcionar em Agosto próximo, uma vez concluídas as obras de reconversão da antiga Base Aérea de Nacala, disse recentemente Mauro Pereira, da empresa brasileira Odebrecht.As obras começaram em Setembro de 2011 e, na conclusão das mesmas, o aeroporto terá 16 balcões de “check-in”, duas salas de embarque passageiros, o que significa que nos dias de voo estão previstos 1240 passageiros, correspondendo cerca de 500 mil passageiros por ano.O aeroporto ocupa uma área de dois mil hectares e, terá quatro placas de estacionamento, duas para aviões de grande porte do tipo Boeing 747 e duas outras para aviões de médio porte.

De Emílio a Oliveira

“Juro, por minha honra, respeitar e fazer respeitar  a constituição, desempenhar com fidelidade o cargo  de presidente da república de Moçambique,  dedicar todas as minhas energias à defesa, promoção  e consolidação da unidade nacional, dos  direitos humanos, da democracia e ao bem-estar  do povo moçambicano e fazer justiça a todos os  moçambicanos”. Com a apresentação pública de Filipe Nyusi em  Lichinga a 17 de Março corrente, que é pré-candidato  da Frelimo, partido político de que ele  [Armando Guebuza] é presidente, o PR desrespeitou  tudo aquilo que ele jurara respeitar e fazer  respeitar.  Um dos princípios do estado Moçambicano, e vertido  na lei fundamental, é o da igualdade, na esteira  de que “Todos os moçambicanos são iguais perante  a lei, gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos  aos mesmos deveres, independentemente da cor, raça, sexo, origem étnica, lugar de nascimento, religião,  grau de instrução, posição social, estado civil  dos pais, profissão ou opção política” (artigo 35 da CRM).

Para prosperar, a rede de máfia conta com a colaboração  de alguns funcionários e agentes do estado  que actuam nas alfândegas de Moçambique, conservatórias de registo automóvel e no instituto  nacional de Transportes Terrestres - INATER (ex INAV). a rede encontra facilidades nas suas acções  devido a fragilidades das instituições, incluindo a  legislação que estabelece as isenções aduaneiras,  que não fixa o limite das isenções de que uma entidade  pode beneficiar num dado período; a caducidade do código de registo automóvel, que data  de 1967 (foi assinado pelo então primeiro-ministro  de Portugal, António de Oliveira Salazar) bem  como a não informatização dos títulos de propriedade, que facilita a sua falsificação.  Por outro lado, a lei dos partidos políticos não especifica  os bens a serem importados nem estabelece  os limites desses bens. a lei refere apenas que os  partidos políticos gozam do direito de isenção para “importar bens de equipamentos necessários ao  seu funcionamento”, mas não estabelece razoabilidade  para estas importações cobertas de isenções. Consequentemente, partidos que nem sequer concorrem  às eleições, sem sede e cujos membros se  desconhecem, para além da figura do seu presidente/ secretário-geral, importam, por ano, centenas de viaturas, sem pagar imposto. para que fim? Esta é uma das questões que a investigação do CIP procurou  desvendar. (LEIA  TUDO AQUI)



domingo, março 23, 2014

Desapareceu no dia 8 de Março

VALE ESTE - mapa avião desaparecido malásia - 21.03 (Foto: Arte/G1)As autoridades malaias informaram neste domingo (23) que receberam novas imagens de um satélite francês que mostram objectos flutuando no sul do   Oceano Índico e que poderiam ser destroços do avião da Malaysia Airlines que está desaparecido há duas semanas. As imagens mostram "objectos potenciais", disse o ministro malaio de Transporte, Hishammuddin Hussein, em comunicado. No sábado (22), a China também divulgou fotos de satélites do país que mostram objectos, um deles de 22,5 metros por 13 metros, flutuando ao Sul da área onde estão sendo realizadas buscas do avião desaparecido da Malaysia Airlines. O voo MH-370 desapareceu no dia 8 de março com 239 pessoas a bordo (a maioria chineses), no trajecto entre Kuala Lumpur, na Malásia, e Pequim, na China. Também no sul do Oceano Índico, possíveis destroços foram avistados na última quinta-feira por autoridades australianas a partir de outras imagens de satélite. No entanto os trabalhos de busca realizados na sexta-feira na área, que fica a 2,3 mil quilômetros da costa australiana, não tiveram sucesso, aumentando a tensão entre os familiares dos passageiros desaparecidos. Neste domingo (23), o primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, país que coordena as buscas no oceano Índico, disse haver "esperanças crescentes" de a aeronave ser encontrada. Abbott afirmou em Papua Nova Guiné que "surgiram eventos significativos" nas últimas 24 horas, em referência ao anúncio de que satélites chineses detectaram objectos, um deles de cerca de 22 metros, a 120 quilômetros a sudoeste do ponto onde foram captados os primeiros sinais. "Evidentemente antes de dar detalhes precisamos recuperar este material porque ainda é cedo demais para fazer um comentário definitivo", explicou o primeiro-ministro. Neste domingo mais dois aviões chineses e dois japoneses se unirão à busca na área, de 36 mil quilômetros quadrados, em que já ajudam Nova Zelândia e Estados Unidos.
Imagem de satélite mostra um dos objetos que teria 22,5 metros por 13 metros (Foto: China State Administration of Science, Technology and Industry for National Defense/AP) 
Imagem de satélite chinês mostra um dos objetos que teria 22,5 metros por 13 metros (Foto: China State Administration of Science, Technology and Industry for National Defense/AP)




sexta-feira, março 21, 2014

Já Não É Incurável

A tecnologia foi denominada Complete Curing Device, ou CCD. Ela permite rastrear e eliminar os vírus e levar a cabo a terapia geral.
O correspondente da Voz da Rússia foi o primeiro jornalista estrangeiro que teve a oportunidade de conversar com os dirigentes deste projeto que ainda há pouco era ultrassecreto. Nesta palestra, realizada no Departamento de Engenharia das Forças Armadas, estiveram presentes ambos os criadores da tecnologia única – o general-médico Ibrahim Abdel-Atti e o coronel-médico Ahmed Amin. Foi o coronel Ahmed Amin quem falou da nova tecnologia:
"O Departamento de Engenharia das Forças Armadas desenvolveu e testou dois aparelhos. Um deles, que tinha sido desenvolvido sob a minha direção, descobre os vírus, enquanto o outro, desenvolvido sob a direção de Ibrahim Abdel-Atti, elimina estes vírus. O programa geral de tratamento inclui também medicamentos especialmente desenvolvidos. Os medicamentos e a aparelhagem já foram submetidos a todos os testes em modelos, em animais e em humanos. Isto diz respeito ao HIV e ao vírus da hepatite C. Todos os ingredientes dos medicamentos também foram submetidos a testes de toxicidade. Fizemos também um teste de estabilidade de convalescença durante os 33 meses depois do tratamento. O desenvolvimento do nosso método levou cerca de vinte anos.
A propósito, segundo já informou Ibrahim Abdel-Atti, cerca de 70% das análises químicas dos medicamentos foram efetuadas nos laboratórios russos da cidade de Dubna.
Antes de dar início à verificação da eficiência do aparelho no tratamento de pessoas humanas, obtivemos todos os certificados necessários. Sem estes documentos não poderíamos testar o efeito produzido por este aparelho em pessoas humanas. Todos estes certificados encontram-se no Ministério da Saúde do Egito.
Já na fase de testes destes métodos em animais, obtivemos provas patentes de que depois do ciclo de tratamento os vírus no organismo desaparecem.
Os nossos cientistas estudaram vínculos químicos dentro do vírus e os vínculos químicos dos componentes do sangue. Eles descobriram o método que permite romper os vínculos químicos dentro do vírus sem prejudicar os componentes do sangue.
O prazo de tratamento é seis meses. Inicialmente, o paciente toma medicamentos durante dez dias. A seguir, durante uns 15-25 dias, em conformidade com o estado do paciente, ele é submetido ao tratamento com o nosso aparelho uma hora por dia. E depois, novamente toma medicamentos até completar o prazo total de seis meses.
Constatamos que os vírus desapareceram do organismo de todos os pacientes submetidos aos nossos testes.”
Mas será acessível será o tratamento de acordo com o método novo? E seria possível curar da mesma maneira outras doenças infecciosas? Ahmed Amin prossegue:
“Simultaneamente com a cura da doença, provocada pela infeção básica, pára também o desenvolvimento de doenças secundárias, resultantes da enfermidade principal. Por exemplo, pára o desenvolvimento da diabetes ou o processo de deterioração da visão. O nosso método não exerce diretamente influência direta sobre as infeções secundárias e outras patologias secundárias. Ele elimina o vírus que tinha provocado a doença primária – então as doenças secundárias param de desenvolver-se e podem ser curadas.

Não estudamos a questão do custo de tratamento mas, certamente, haverá uma diferença substancial do custo em comparação com o Ocidente. Um simples operário poderá fazer o tratamento sem enfrentar problemas materiais. E isto vai ocorrer já em breve. Inicialmente pretendemos pôr em funcionamento esta aparelhagem em um ou dois hospitais militares. Mais tarde, os mesmos aparelhos serão instalados nos hospitais civis. Vamos começar a tratar oficialmente os pacientes a partir de 01 de julho.”

quinta-feira, março 20, 2014

"Violador compensado casando com violada"

O polémico artigo 223 da proposta de revisão do Código Penal que “assegurava” casamento entre a vítima de uma violação sexual e o violador como forma de ultrapassar o diferendo, vai deixar de existir, segundo anunciou, Teodoro Waty, presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e da Legalidade na Assembleia da República.
O artigo em causa, herdado de um Código que nunca tinha sido revisto, apesar de alguns artigos já terem sido declarados inconstitucionais, pelo Conselho Constitucional, foi amplamente criticado pelas Organizações da Sociedade Civil (OSC), que até  organizaram uma marcha que decorreu esta manhã em Maputo. As organizações da sociedade civil consideram o artigo, um atentado aos direitos fundamentais.O artigo do 217 do código ora em revisão, refere que “aquele que tiver cópula com qualquer pessoa, contra a sua vontade, por meio de violência física, de veemente intimidação, ou de qualquer fraude, que não constitua sedução, ou achando-se a vítima privada do uso da razão, dos sentidos, comete o crime de violação, terá a pena de prisão maior de dois a oito anos”.
No entanto, o artigo 223 refere no seu número 1, que: “o casamento porá termo à acusação da parte ofendida e a prisão preventiva, prosseguindo a acção à revelia, até ao julgamento.”
O que significava que, a se julgar o caso, a vítima estava sujeita a viver debaixo do mesmo tecto com o violador.O número 2 do mesmo artigo, refere que, em caso de condenação “a pena ficará simplesmente suspensa e só caducará se, decorridos cinco anos após o casamento, se não houver divórcio ou separação judicial por factos somente imputados ao agente do crime, porque havendo-os o réu cumprirá a pena.
O artigo foi bastante criticado pelas organizações da sociedade civil, considerando que penalizava a vítima, uma vez que terá de conviver com o seu violador.A decisão de banir o artigo, surge numa altura em que um grupo de OSC tem agendado, para amanhã, sexta-feira, uma marcha em repúdio a este e mais artigos constantes do código, pois entendem que, violam gravemente os direitos fundamentais.Segundo Teodoro Waty, será igualmente excluído do código, o artigo 443 que criminalizava a mendicidade. O adultério também não mais será criminalizado.Entretanto, Waty diz que a embriaguez poderá ser criminalizada. A ideia segundo o deputado, não é impedir que as pessoas consumam o álcool, mas sim garantir a moral em locais públicos, bem como segurança própria do indivíduo e dos próximos.Recorde-se que a proposta do Código Penal já foi aprovada na generalidade pelo parlamento, faltando a sua apreciação na especialidade. (André Mulungo)


segunda-feira, março 17, 2014

Cessar-fogo exige número de armas e de efectivo

A Renamo entregou na passada sexta-feira( 14 ) ao Governo, na sede das negociações, a proposta dos termos de referência para o cessar-fogo, respondendo, deste modo, ao pedido que lhe havia sido formulado pelo executivo. O deputado Saimone Macuiana, chefe e porta-voz da delegação da Renamo às negociações com o Governo, disse em declarações à Imprensa que a proposta do seu partido inclui a formação de um exército republicano, Polícia apartidária e serviços de Segurança do Estado ao serviço do Povo e não de um partido. De acordo com Saimone Macuiana, a Renamo pretende que se forme uma força armada que não tenha afinidade com um certo partido ou que os seus oficiais não sejam promovidos à base da afinidade partidária, bem como que não venham a golpear o Governo que ganhar as eleições, só porque não tem simpatias com o partido desse Governo. Por outro lado, a Renamo propõe, naquilo que pretende, que sejam os termos de referência: a inclusão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), a União Europeia (UE), África do Sul, Botswana, Zimbabwe, Itália e Estados Unidos da América (EUA) como as entidades internacionais que devem fiscalizar o processo de cessar-fogo, de modo a garantir o acompanhamento do acantonamento dos soldados, a não violação do mesmo pelas partes e a livre circulação das pessoas. Contudo, ainda de acordo com o deputado Macuiana, o quadro para os observadores e fiscalizadores internacionais "continua aberto".
Por sua vez, o ministro dos Transportes e Comunicações, Gabriel Muthisse, que chefiou a delegação do Governo às negociações na última sexta-feira, confirmou também à Imprensa no final da 43ª. ronda, que o executivo recebeu a proposta da Renamo sobre os termos de referência para a fiscalização do cessar-fogo e disse que "o Governo vai analisar a proposta".
Ainda na sessão da sexta-feira, o Governo, segundo Gabriel Muthisse, exigiu que a Renamo apresentasse o número dos seus efectivos militares, sua localização, número e tipo de armas que possui, um pedido que Saimone Macuiana disse "não ter recebido formalmente por não estar em documento". Gabriel Muthisse justificou a exigência do Governo, como forma de poder ajudar a elaborar um orçamento logístico para todo o processo de cessar-fogo, incluindo desmobilização, formação e integração "dos homens armados residuais que a Renamo possui".Muthisse disse que outros aspectos que inquietam a Renamo, como por exemplo a equidade nas forças armadas e a reforma compulsiva dos seus oficiais superiores, poderão ser discutidos. As partes voltam a se reunir nesta segunda-feira (17) para iniciarem as discussões sobre a proposta da Renamo. (B. Álvaro)

sexta-feira, março 14, 2014

A a vitória se prepara a fraude se prepara

Todo o cuidado é pouco tendo em conta a história pouco edificante que tem sido apanágio do STAE.Há todo um edifício infestado de vírus que não deixa que a popular expressa pelo voto seja conhecida e validada.Joga-se com vantagens obscuras e encobertas. Não se pense que as cedências anunciadas quanto ao pacote eleitoral sejam feitas de boa vontade e com o intuito de imprimir uma nova dinâmica e credibilidade aos processos eleitorais no país. Alguma coisa está subjacente e seguramente instalada de modo a dar vantagem ao partido governamental.O recrutamento de agentes eleitorais afectos ao partido no poder, o uso de camuflagem legalista no recrutamento e controlo do sistema visam cobrir jogadas nada limpas.Importa que os actores políticos se comportem com responsabilidade e sejam capazes de fechar o caminho aos que diariamente pensam em novas formas de implementar esquemas fraudulentos.É de extrema importância que não se caia na ilusão de que desta vez o STAE se vai comportar dentro daquilo que está definido como balizas legais.Há que trazer elementos fortes de responsabilização e fiscalização de tal sorte que não haja lugar para que prevaricadores e agentes provocadores procedam com impunidade.“ O sentimento de costas quentes” deve ser objecto de tratamento adequado, trazendo para a barra dos tribunais de maneira célere todos aqueles que procurarem distorcer o voto dos cidadãos.A credibilidade de toda a máquina eleitoral está profundamente relacionada com, a forma de actuação da mesma. 
Aquelas empresas escolhidas muitas vezes sem concurso público ou obedecendo a instruções prévias dos centros do poder, para presidirem ao procurement eleitoral devem ser escrutinadas e fiscalizadas. Erros chamados convenientes de pequenas falhas não podem nem devem ser toleradas pois afecta a credibilidade de todo um processo.
Não se pode aceitar a repetição constante de determinadas situações graves.
As máquinas e todo o equipamento bem como insumos adstritos ao processo devem ser conhecidos pelos partidos concorrentes. Dinheiros públicos alocados ao processo eleitoral devem ser sujeitos a fiscalização. As empresas fornecedoras devem ser conhecidas por todos. Os pagamentos efectuados não precisam de ser escondidos.O STAE não ser a “galinha dos ovos de ouro” de um grupo de pessoas e empresas com ligações partidárias.Abertura institucional faz parte do que deve ser feito com urgência de modo a que se eliminem as desconfianças que persistem.Já deveria ter sido feito um diagnóstico e uma auditoria independente ao STAE e ao seu desempenho logo que terminou o processo de eleições autárquicas de 2013.É de interesse público e dos partidos políticos que se conheça detalhadamente toda a ginástica orgânica do STAE, sua contabilidade e procedimentos.Repetimos que sem uma limpeza metódica e sanitária do STAE continuaremos a ter problemas com os resultados eleitorais anunciados pela CNE.A abertura de participação dos partidos políticos no processo eleitoral através de sua presença no SATE/CNE deve significar oportunidade de trabalho rigoroso em defesa da democracia política em Moçambique.
Do mesmo que a vitória se prepara a fraude se prepara.
Não se pode conceder facilidades a gente que se sabe ser pouco honesta.
A troca de favores materiais e a frequente promoção de quem se comporta a contento para postos mais rendosos ou lucrativos tem amiúde servido de isca de eleição para garantir que agentes eleitorais violem as leis eleitorais.O tempo de preparação da campanha dos partidos não se estica e as datas aproximam velozmente.
Fechar buracos e vazios legais, estabelecer uma base de fiscalização e de estudo dos processos técnicos inerentes ao processo eleitoral vai permitir que os concorrentes sejam eleitos em função daquilo que for o voto depositado neles.Precisa ser conhecido previamente quem votará e aonde.O “fenómeno Changara” de urnas gordas e abarrotando, com 100% de votos para um só candidato, cadernos eleitorais onde não morreu ninguém só pode ser evitado se houver conhecimento prévio dos números. Trabalhar para a democracia política deste país é trabalho quotidiano em que se exige comprometimento e responsabilidade.Os mercenários políticos e os prostitutos políticos não vão desarmar de ânimo leve… (Noé Nhantumbo)

"Quando cheguei isto era um clube nocturno"

Está instalada uma desordem total no Instituto Agro-industrial de Salamanga, distrito de Matutuíne, em Maputo.  Três anos após o instituto ter iniciado os cursos Agro-pecuária e Ecoturismo, o Governo mandou publicar um Boletim da República em que extingue o curso de Ecoturismo e introduz o curso de Guia de Turismo. São cerca de 100 estudantes do 2º e 3º anos do curso de Ecoturismo que protestam a suspensão do curso de Ecoturismo ao meio. Entretanto, o director do instituto, Valentim Nguenha, diz que a instituição está a seguir com as novas regras de qualificação aprovadas pelo Programa Integrado da Reforma da Educação Técnico Profissional (PIREP) e publicadas no BR, em Dezembro do ano passado. O instituto vinha funcionando antes da publicação do BR que o atribui competências. 
Claramente vítimas da desorganização e irresponsabilidade do Governo, numa carta endereçada ao ministro da Educação, os estudantes questionam: “É justo os estudantes do curso de Ecoturismo pagarem pelos erros dos outros. Quando concorremos e matriculamo-nos, disseram-nos que no instituto existiam dois cursos, Agro-pecuária e Ecoturismo e não Guia de Turismo como aparece este ano”, queixam-se.
“Na semana passada, o director disse que o curso de Ecoturismo não existe. De quem é a culpa? Nossa não pode ser. Como é que foram introduzir um curso antes de ser aprovado pelo Conselho de Ministros”, questionam.Segundo relatam, há dois anos abandonaram o convívio familiar em busca de um futuro promissor, mas agora deparam-se com a “desordem” e “enganos”.“Senhor ministro, a vida de internato não é fácil. Toda a gente sabe que nem todos os encarregados de educação têm condições para sustentar os seus filhos no internato. Anualmente, temos que pagar 3.500 meticais de taxa de internato enquanto as condições não são boas. A alimentação é uma lástima. Nem os que estão a cumprir penas nas cadeias não têm este tratamento”, pode-se ler num dos trechos da carta-denúncia. 
Os estudantes dizem que desde que Nguenha assumiu as funções de director do instituto em finais do ano passado, tudo mudou. O seu reinado é caracterizado pela ditadura e abuso de poder.“O director Nguenha só manda. Não gosta de ouvir a opinião dos estudantes. Ele sempre está certo”, dizem.
O director do Instituto Agro-Industrial de Salamanga, Valentim Nguenha, disse que o Ministério da Educação, através da Direcção Nacional do Ensino Técnico Profissional, vai arranjar uma solução para o assunto do curso de Ecoturismo. “O instituto está a seguir com as novas regras de qualificação aprovadas pelo Programa Integrado da Reforma da Educação Técnico Profissional (PIREP) e publicadas no BR, em Dezembro do ano passado,” disse Nguenha.Explicou que o instituto vinha administrando cursos baseados em programas do PIREP, mas em Dezembro do ano passado foi publicado um BR que aprova as novas qualificações que não englobam o curso do Ecoturismo. E o ministério deverá decidir sem prejudicar os estudantes.“Nada posso fazer. Com o conhecimento das direcções distrital e provincial da Educação reagimos junto do ministério. Estamos à espera de uma resposta”, disse.
Valentim Nguenha diz que quando assumiu a direcção o instituto e o internato estavam desorganizados. Então no processo de uma nova organização, algumas sensibilidades podem ter ficado feridas.“Gosto de fazer coisas legais. Quando cheguei isto era um clube nocturno. Estou a pôr a ordem. Desde a hora de acordar, 5 horas, até à hora de dormir, 22horas. Queremos formar o homem do amanhã e não malandros”, disse. (C. Saúte)

Finalmente!!!

O Conselho Municipal de Maputo vai construir até 2016 faixas exclusivas para a circulação de transportes públicos num projecto que inclui a aquisição dos respectivos 160 autocarros com capacidade para 160 lugares.O facto foi anunciado esta semana pelo vereador dos Transportes no Município de Maputo, João Matlhombe, que disse que as faixas vão atravessar as avenidas Guerra Popular Acordos de Lusaka, FPLM, Julius Nyerere e Avenida de Moçambique. Terão como terminais Magoanine e Zimpeto.  O projecto inclui também o banimento da circulação dos transportadores semi-colectivos de passageiros, vulgos “chapa-100”, a nível da zona urbana da cidade de Maputo.A construção dos referidos corredores faz parte do plano director dos transportes públicos urbano na região do Grande Maputo que inclui o metro de superfície a ser instalado segundo promessas de David Simango, em 2018, e tudo está orçado em 1.2 mil milhões de dólares norte-americanos.O primeiro corredor, que sairá da Baixa a Magoanine, está avaliado em 220 milhões de dólares norte-americanos e o seu arranque está previsto para Dezembro próximo. Ao longo desta trajectória, as vias serão alargadas para permitir a criação do referido corredor e mais quatro faixas de rodagem para circulação de viaturas normais. Este valor inclui também a aquisição dos autocarros dessa via. O corredor número dois, que parte da Baixa da cidade até ao Zimpeto, está avaliado em 100 milhões de dólares, também vai arrancar em Dezembro próximo e o seu fim está previsto para finais de 2016. Ao longo do corredor serão tiradas 400 famílias. (Raimundo Moiane)

Não há maneira de parar com isto?

Uma unidade das Forcas Armadas de Moçambique governamentais constituída por 14 elementos, foi atacada no principio da manhã de ontem (13), em Piro, 40-50 km de Satungira. O grupo foi atacado quando tirava água num poço. Depois do ataque, os homens armados da Renamo levaram as armas e conduziram o carro dos soldados e depois abandonado. Outras informações indicam que há ainda grande pressão psicológica e assombro depois dos renhidos combates de semana passada em Inhaminga cujas baixas superam 100 mortos. Vários cadáveres ainda jazem nas matas incluindo de cidadãos que se diz serem da República Popular da China. 

quarta-feira, março 12, 2014

O céu pertence a nós ou aos outros?

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Onde está o avião?

Desde quando começou essa história sobre o avião da Malasia Airlines, vôo 370 que a ideia de que eles podem ter simplesmente sido abduzidos não sai da minha cabeça. É estranho pensar nisso assim, porque racionalmente falando, sei que as chances de algo deste naipe acontecerem são baixíssimas. A lógica nos diz que o avião caiu.Mas por que a ideia desse avião sendo capturado por um ufo gigantesco ainda me perturba? Talvez seja uma forma de negar uma tragédia envolvendo tanta gente…
Eu acho que estaria a favor da queda se não tivesse fuçado o caso. Acabei esbarrando na página de um conhecedor que é mecânico do Boeing 777. Ele sabe tudo e mais um pouco daquele avião. Ele sabe o nome de equipamentos que eu nem ouso imaginar e que estão presentes naquela aeronave. Eu comecei a ficar enrolado ao ver a perplexidade.Mais do que qualquer um, uma pessoa que entende a mecânica do aparelho pode nos dizer o quanto ele tem camadas superpostas de segurança. O 777, segundo apurei tem uma imensidão de níveis de telemetria. Mesmo caindo e espatifando-se, alguma informação de telemetria ainda vai responder. O avião sumir e NINGUÉM ter a menor ideia de onde ele está não é logico, não está previsto do projecto construtivo e nem foi algo sequer considerado pelo desenvolvimento dessa aeronave.Por que o piloto não enviou um sinal de alerta? Mesmo que fosse remotamente possível que o pessoal do avião tivesse tido um mal súbito, o próprio computador do avião se comunicaria com o controle de terra dando informes de irregularidades(o Airbus da AIR FRANCE enviou do Atlântico para Paris os problemas que tinha antes de se despenhar na costa do Brasil). Nada disso aconteceu. O avião apenas EVAPOROU, como numa clássica cena de filme de ficção científica do fim dos anos 50.
O FAA (Federal Aviation Administration) é um órgão que está oficialmente ciente da presença de objetos voadores não identificados. Há pelo menos um punhado de casos que envolveram analistas do FAA em condições anormais de encontros aéreos pelo mundo.Um dos casos mais emblemáticos diz respeito a um vôo da Japan Airlines, que voava sobre o Alasca.O caso do Vôo Japan Air Lines 1628 foi um incidente aéreo envolvendo um avião comercial e três UFOS, que ocorreu em 17 de novembro de 1986. O avião era um modelo Boeing 747, de carga. A aeronave estava numa rota de Paris para Narita , Tóquio, transportando vinho.
Em 5:11 sobre o leste do Alasca, TODA A EQUIPE de bordo testemunhou primeiro dois objetos não identificados à sua esquerda. Estes subiram abruptamente e pareciam numa manobra de escolta.Cada um tinha duas matrizes rectangulares de o que parecia ser bicos ou impulsores brilhantes, embora seus corpos permaneceram obscurecidos pela escuridão.Quando chegaram mais próximo, a cabine da aeronave ficou intensamente iluminada, ao ponto de o capitão do Japan Airlines poder sentir o calor em seu rosto.
Estas duas aeronaves misteriosas fizeram uma manobra antes de um terceiro e gigantesco objecto em forma de disco surgir. A aproximação do disco gigante foi tão brusca que fez com que os pilotos do Japan Airlines pedissem uma mudança de curso. Todo o encontro foi acompanhado pelos RADARES, com o ufo (OVNI) enorme aparecendo visivelmente, além das gravações.O Controle de Tráfego Aéreo temendo uma colisão, imediatamente solicitou que uma outra aeronave que se aproximava, esta um avião da United Airlines, pudesse confirmar o tráfego não identificado, que estava sendo visto pelos pilotos do japão e também aparecia no radar de solo e da aeronave. Mas quando o avião da United obteve condição visual, era 5:51, e nenhuma outra aeronave poderia ser distinguidas. Aquele avistamento durou exactos 50 minutos e terminou nas proximidades do Monte. O avião da United havia perdido “o show”.
O caso foi tão bem documentado em gravações, registros de radar de solo e pela tripulação da aeronave, que era altamente qualificada que o caso “subiu” na hierarquia de investigação. Segundo o comando daquele vôo, cujo capitão era Kenju Terauchi, o primeiro oficial Takanori Tamefuji e o engenheiro de vôo Yoshio Tsukuda, a certeza era que se tratava de três objetos, sendo dois pequenos e este enorme que seguiu de perto o avião deles.
Um piloto com 29 anos de vôo nas costas poderia se enganar? Claro que sim!
Mas todos dos três na cabine? E o que de fato apareceu no radar?
MALASIA AIRLINES VÔO 370: AFINAL DE CONTAS, O QUE ACONTECEU COM O AVIÃO?O objecto enorme seguiu o avião japonês durante varias manobras, mas de uma hora para outra, estacionou no ar e abandonou a perseguição, muito provavelmente quando o avião da United começava a se aproximar.
Um dia depois, na sede da FAA, surgiu o vice-almirante Donald D. Engen, que assistiu todo o vídeo de mais de meia hora, e pediu-lhes para não falar com ninguém até que eles recebessem um “OK” oficial. Ele disse que iria preparar uma apresentação abrangente dos dados para um grupo de funcionários do governo no dia seguinte. A reunião contou com a presença de representantes do FBI, CIA e do time de pesquisadores e consultores científicos do presidente Reagan, entre outros indivíduos não identificados ou de procedência sigilosa o suficiente para requisitar não serem registrados. Após a conclusão da apresentação, todos os presentes foram informados de que o incidente era secreto e que o encontro “nunca aconteceu”. Segundo Callahan, os funcionários consideraram os dados de radar como uma representação de primeira instância de um UFO, e tomaram posse de todos os dados apresentados. John Callahan no entanto, conseguiu manter a posse do vídeo original, o relatório do piloto e também o primeiro relatório do FAA em seu escritório.
Os dados do alvo impressos e esquecidos nos computadores também foram redescobertos, a partir do qual todos os alvos puderam ser reproduzidas e foi remontado o cenário que estavam no céu no momento daquele encontro. Fonte A atitude suspeita de confiscar o material e o nível de atenção que o caso atraiu nos altos círculos deixou claro que havia pouca margem para enganos neste caso.
Após uma investigação que durou três meses, o FAA lançou formalmente os resultados em uma conferência de imprensa realizada em 5 de março de 1987.Aqui Paulo Steucke alterou as sugestões do FAA anteriores de que seus controladores confirmaram um UFO, e atribuiu o caso a uma “duplicidade de alvo no radar”. Ele esclareceu que “a FAA não tem material suficiente para confirmar que algo estava mesmo lá”, e que eles estavam “aceitando as descrições por parte da tripulação” que estavam “incapazes de compreender o que viram”.O incidente McGrath foi revelado em um amplo conjunto de documentos fornecidos aos jornalistas. O avistamento recebeu atenção especial da mídia, como um suposto caso de rastreamento de UFOs em ambos solo e radar aerotransportado, além de ter sido observado por pilotos de avião experientes, com posterior confirmação por um Chefe de Divisão do FAA.A instituição “tirou parcialmente o dela da reta”, mas não completamente. Quem ficou mal   foi o piloto, que resistindo à pressão para mudar o depoimento, foi destituído do cargo de comandante sumariamente pela empresa.(Fonte: Mundo GUMP)

domingo, março 09, 2014

Marcelino e Malhuza autores do nome FRELIMO


Emílio Manhique, apresentador do programa “No Singular” na TV pública
moçambicana (TVM), entrevistou, em 2005, o antigo membro da Frente de Libertação de Moçambique e mais tarde ministro de Samora Machel, presidente da Assembleia Popular, e membro do Bureau Político (mais tarde Comissão Política Permanente) do Comité Central do partido Frelimo,Marcelino dos Santos(foto ao lado) .Dos arquivos extraiu-se (CMoz)  
parte dessa entrevista relativa aos fundadores e combatentes da Luta de Libertação Nacional que defendiam um sistema como o que hoje vigora em Moçambique e com a alegação de que por isso eram anti-patrióticos e “reaccionários” foram  presos no fim da década de 70, princípio de 80, já depois de Moçambique ser membro das Nações Unidas.
Emílio Manhique : “Lazaro Nkavandame, Gwenjere, Joana Simeão(na foto) foram mortos depois da independência, mas a Frelimo tinha dito que iam ser reeducados, que iam servir de exemplo. Porque é que foram mortos sem sequer nenhum julgamento?”
Marcelino dos Santos: “Naturalmente... primeiro porque consideramos que era justiça.”
Manhique: “Justiça popular?”
Marcelino dos Santos: “Altamente popular, exercida”...
Manhique:... “mas foi uma justiça de um movimento guerrilheiro, não de um partido”.
Marcelino dos Santos: “Justiça contra traidores porque qualquer um deles se aliou ao colonialismo português.”
Manhique: “Mas porque é que a Frelimo primeiro disse que iam servir de exemplo?”

Marcelino dos Santos: “Sim, e depois sobreveio a acção, a tentativa do inimigo de buscar elementos moçambicanos descontentes, em particular aqueles que pudessem ser-lhes bastante úteis. Então, aquela consciência que nós tínhamos inicialmente de que são traidores e que, portanto deveriam ser executados. Bom, numa certa medida podemos dizer que surgiram as condições que forçaram a implementação de uma preocupação e de um sentimento muito, muito, muito antigo porque é bom não esquecer que Lázaro Nkavandame...”.
Manhique: “E porque é que não se informou o povo?”
Marcelino dos Santos: “Porque aí é preciso ver o momento em que isso acontece e naturalmente embora nós sentíssemos a validade da justiça revolucionária, aquela construída, fecundada pela luta armada revolucionaria de libertação nacional, havia, no entanto, o facto de que já estávamos em Estado independente. Quer dizer, Moçambique se tinha ja constituído em Estado embora a Frelimo fosse realmente a força fundamental desse Estado. Então foi isso, talvez, que nos levou, sabendo precisamente ainda que muita gente não estava certamente apta a entender bem as coisas, que nós preferimos guardar no silêncio esta acção realizada. Mas que se diga bem claramente que nós não estamos arrependidos da acção realizada porque agimos utilizando a violência revolucionária contra os traidores e contra traidores do povo moçambicano”.

sábado, março 08, 2014

Tri-7 despenha-se

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A Marinha do Vietname acaba de informar  que o avião da Malaysia Airlines que desapareceu com 239 pessoas a bordo caiu próximo do litoral da ilha vietnamita de Tho Chu, no sul do país. O Alto Comando da Marinha vietnamita acrescentou em comunicado que o avião caiu nas águas do Golfo da Tailândia, entre a Malásia e o Vietname, a cerca de 300 quilômetros da ilha de Tho Chu, na província vietnamita de Kien Giang, segundo o site "Tuoi Tre".A Marinha do Vietname disse que está preparada para iniciar as operações de busca e resgate O director do centro de coordenação de emergências do Vietname, Pham Hien, disse antes ao site "VnExpress" que o avião foi detectado a cerca de 220 quilômetros do litoral da província de Ca Mau, também no sul do país. Pham informou que as equipes de resgate têm duas embarcações prontas para se dirigir ao local. As autoridades chinesas também enviaram dois navios ao Mar do Sul da China para ajudar nos trabalhos de busca e resgate.

A companhia aérea evitou, até o momento, confirmar que a aeronave se acidentou, mas deu a entender em um comunicado que o desfecho da situação foi fatal."A Malaysia Airlines está a trabalhar com as autoridades que iniciaram as operações de busca e resgate para localizar a aeronave", informou a companhia aérea, a principal da Malásia, em uma nota.O Boeing 777-200, voo MH3700, transportava 227 passageiros, incluídas duas crianças, e uma tripulação de 12 pessoas, todos de 14 nacionalidades.O voo MH370 descolou de Kuala Lumpur às 19h41 de Maputo de sexta-feira(7) e tinha previsão de chegada em Pequim cerca de seis horas mais tarde. A torre de controle de tráfego aéreo de Subang, na Malásia, perdeu o contacto com o avião às 20h40.