sexta-feira, fevereiro 28, 2014

“Nos momentos decisivos do partido”

Quando faltarem poucos minutos para as 15 horas de sábado, 01 de Março, estará a ser apresentado, aos membros da III Sessão Ordinária do Comité Central e aos convidados, o tão aguardado candidato da Frelimo às eleições presidenciais de Outubro próximo. A ansiedade e a impaciência não estão só na Imprensa. Os próprios membros da Frelimo contam minutos para que se desfaça, de uma vez por todas, o mistério. Na tarde de ontem (27), uma fonte sénior que tratou do expediente revelou ao Canalmoz que Eduardo Mulémbwè, Luísa Diogo Aires Ali são os novos pré-candidatos a candidatos da Frelimo, para as eleições presidenciais de Outubro próximo. As referidas individualidades foram propostas pelos antigos combatentes, materializando a sua aplaudida exigência de ver outros pré-candidatos, em clara oposição às candidaturas de Armando Guebuza.Assim, Eduardo Mulémbwè, Luísa Diogo e Aires Ali juntam-se a Alberto Vaquina, José Pacheco e Filipe Nyussi, na corrida a candidato da Frelimo.De acordo com o programa, a sessão do Comité Central termina às 16 horas de domingo. Mas o principal dia é sábado. É neste dia que vai acontecer a eleição do candidato da Frelimo. Naquilo que foi o primeiro momento animado após a abertura oficial do evento,
Graça Machel propôs ao Comité Central a inclusão dos antigos dirigentes do partido nos debates. Isso porque o programa previa que os debates fossem restritos e deles fizessem parte apenas membros do Comité Central. Guebuza quis fintar Graça Machel com base nos estatutos, mas os argumentos da mulher mais influente do partido Frelimo, foram mais fortes. Evocou como prática recorrente “nos momentos decisivos do partido”. Guebuza empurrou a batata quente para os membros, a fim de votarem a proposta se passava ou não. Os membros votaram em massa pela inclusão dos históricos do partido.A proposta foi aceite. Assim, todos os históricos do partido que foram expurgados do Comité Central por Guebuza, no último Congresso, vão fazer parte dos debates, contudo sem direito a voto. Isso faz antever debates calorosos, tomando em consideração as últimas intervenções públicas dos referidos antigos dirigentes. Fazem parte do rol destes antigos dirigentes, Sérgio Vieira, Mário Machungo, Luísa Diogo, Jorge Rebelo, Óscar Monteiro, entre outras “velhas raposas”. 

quinta-feira, fevereiro 27, 2014

Nyussi, o candidato presidencial da máquina FRELIMO

Dos três pré-candidatos, Filipe Nyussi era tido como dos mais fracos, mas terá sido o que mais impressionou nas campanhas eleitorais que os três fizeram pelas provinciais. Nyussi é visto como uma das poucas figuras limpas na governação de Armando Guebuza, mas é associado a ala belicista que defende a aniquilação da Renamo pela força das armas, o que pode jogar a seu desfavor. Nyussi foi visto como “o rebuçado” de Guebuza para Chipande, o seu mais acérrimo opositor na CP. Quadro dos Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM), onde foi administrador executivo entre 2007-08, antes de ser chamado para o Governo, Filipe Nyussi, Ministro da Defesa, embora não faça parte da Comissão Política(CP), é outro nome que sempre esteve nos prognósticos e conjecturas dos analistas políticos, tendo, inclusive, disputado o lugar de Primeiro-Ministro com Alberto Vaquina. Na sua candidatura, tem o apoiomda etnia que constituiu o elo mais forte entre os guerrilheiros da Frelimo na luta contra o colonialismo português: a etnia maconde, da qual emergem destacadas figuras como Alberto Chipande, Raimundo e Marina Pachinuapa, e ainda o antigo Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, general Lagos Lidimo.
Consta que em caso de não surgir um outro candidato, Joaquim Chissano terá manifestado em meios reservados o seu apoio a Filipe Nyussi. A esposa de Chissano é da etnia de Nyussi, o que pode ter sido determinante para este apoio de peso. A sua origem étnica maconde incentiva apoios provenientes de veteranos da Frelimo. Os seus progenitores aderiram de longa data à Frelimo. Nyussi, que nasceu a 9 de Fevereiro de 1959, em Namua, distrito de Mueda, Cabo Delgado, é engenheiro-mecânico formado pela Academia Militar-VAAZ, na República Checa, tendo-lhe sido conferido o título de mestre em Engenharia em 1990. Obteve em 1999 em Inglaterra a pós-graduação em gestão pela Universidade de Victoria, em Manchester.

quarta-feira, fevereiro 26, 2014

Transporta mais passageiros de longa distância


Emirates%252BA380_4Segundo o relatório The Brand Finance Global 500 referente a 2014, a Emirates, que está em 234ª posição na lista, é considerada a marca mais valiosa no Médio Oriente pelo quarto ano consecutivo. Além disso, a companhia aérea está avaliada em 5,48 mil milhões de dólares. Tendo assim se verificado um aumento de 34% relativamente ao ano anterior.Boutros Boutros, divisional senior vice president, corporate communications, marketing and brand da Emirates, afirmou em comunicado que estão “extasiados por o valor da nossa marca ter aumentado e por a Emirates ter mantido a sua posição no ranking, uma vez que isso reflete o nosso sucesso em conquistar clientes e em mantermo-nos importantes para os mesmos num ambiente global altamente competitivo e em constante mudança”.David Haigh, chief executive da Brand Finance, declarou que “a Emirates transporta mais passageiros de longa distância do que qualquer outro concorrente e tornou-se o standard através do qual as restantes companhias aéreas são avaliadas. Enquanto colaboradores da mais valiosa marca do Médio Oriente, o staff da Emirates é embaixador em toda a região, representando uma ponte e construindo excelentes relações em diversas culturas através do seu exemplar serviço”.

Queimados vivos

Três pessoas carbonizadas após tiroteio em Marracuene
Três cidadãos que se faziam transportar numa viatura de marca Toyota foram baleados mortalmente e posteriormente queimados dentro do carro por indivíduos ainda não identificados. O assassinato aconteceu perto das 22 horas desta segunda-feira, na zona de Casa Liza, no distrito de Manhiça. Segundo o porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), Pedro Cossa, a Polícia acredita que as vítimas teriam sido interceptadas pelos criminosos, retiradas da viatura e assassinadas a tiro.“Supõem-se que teriam sido mandados parar, por indivíduos desconhecidos e ainda a monte. Os indivíduos imobilizaram e retiraram os três ocupantes e assassinaram com recurso a arma de fogo”. Cossa contou ainda que “os assassinos voltaram a introduzir as vítimas no carro e de seguida puseram fogo na viatura”. Sobre a identidade das vítimas e as prováveis causas deste acto “macabro” a Polícia diz ser cedo para avançar os prováveis motivos do assassinato e que a identificação das vítimas está dependente do trabalho legista em curso, visto que os corpos ficaram totalmente carbonizados. (E.Bapiro)

Q-400 com problemas

Um avião – Bombardier – da empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) teve de aterrar de emergência, na tarde da última segunda-feira, no Aeroporto Internacional de Mavalane, em Maputo, devido a problemas mecânicos. O voo TM 206 partiu por volta das 13h30min da pista do aeroporto de Mavalane, com destino a Chimoio no Centro do País, mas teve de aterrar de emergência minutos depois. Segundo fontes seguras o piloto detectou falhas mecânicas no aparelho. Os passageiros tiveram de apanhar um outro avião por volta das 15 horas.A LAM nega que o avião tenha efectuado uma aterragem de emergência. No entanto assumem que o aparelho não partiu à hora prevista.Contactado o assessor de Comunicação da LAM, Norberto Mucopa, diz que o atraso do voo tem que ver com questões de procedente na entrega do avião, “o que me informaram é que havia um procedimento de entrega do avião, que demorou um pouco, por isso o avião atrasou.” (A.Mulungo/CM)

Boeing sem confiança

A Boeing está a enfrentar dificuldades para vender onze dos seus primeiros 787 Dreamliners, avaliados em 1,1 mil milhões de dólares.  Várias companhias aéreas estão a anular encomendas e a preferir outros equipamentos ao avião comercial da construtora Boeing. As dúvidas em adquirir o Dreamliner poderão estar relacionadas com os problemas técnicos que estes equipamentos têm enfrentado. Foram detectados vários erros nas baterias - algumas rebentaram - e até no desenho do corpo deste avião. Depois de várias companhias terem reportado estes problemas, a Boeing teve de suportar vários encargos para reparar os equipamentos e, mesmo agora, alguns ainda estão 'presos' à espera de dono, o que parece estar difícil de acontecer. De acordo com a agência Bloomberg, a russa Transaero Airlines retirou uma encomenda em dezembro, enquanto que a companhia aérea da Indonésia comunicou em janeiro que iria optar por Boeing 737 em vez dos cinco Dreamliners que tinha previsto. O recuo nas compras inclui ainda a RwandAir, que chegou a assinar uma carta de intenções em 2012, e que acabou por nunca efectivar. A Transaero, Garuda e Malaysia Air não quiseram comentar as ações. Mas a RwandAir afirmou que os planos de aquisição de equipamentos ainda não são finais e que, pelo menos, até 2017 não iriam comprar quaisquer Boeing 787.  Douglas Kelly, responsável por avaliação de ativos, afirmou à Bloomberg que os primeiros 787 "continuam a apresentar um bom valor". As melhorias colocam-nos tão bem posicionados como os novos equipamentos e, lembra Kelly, permitem 10% de poupança de combustível, acima do que é conseguido pelo Airbus A330, por exemplo. Veja o que aconteceu com o Dreamliner nos últimos meses

terça-feira, fevereiro 25, 2014

Morreu patriota.Um cidadão nacional.

Perdeu a vida, cerca das 18 horas desta terça-feira (25), Mário Esteves Coluna, capitão do Sport Lisboa e Benfica, capitão da selecção portuguesa de futebol no mundial de 1966, treinador dos mambas, Presidente da Federação Moçambicana de Futebol, o "Monstro Sagrado" não resistiu a uma crise cardíaca. Nascido a 6 de Agosto de 1935 em Magude, Mário Coluna estava hospitalizado, desde o último domingo (22), no Instituto de Coração, na cidade de Maputo, de onde veio a perder a vida, já na tarde desta terça-feira (25), depois de mais uma complicação cardíaca. Coluna foi, por excelência, um dos maiores futebolistas moçambicanos. Iniciou a carreira no Desportivo de Lourenço Marques, na altura filial do Benfica, mas depois rumou à Lisboa para envergar a camisola do clube encarnado. Ao serviço das águias, o "Monstro Sagrado", como era carinhosamente conhecido em Portugal, sagrou-se vencedor, por duas vezes, da Taça de Clubes Campeões da Europa nos anos de 1961 e 1962. Destacou-se também na selecção nacional de Portugal, conjunto com o qual disputou 57 jogos e marcou oito golos. Mário Coluna foi capitão das "quinas" que em 1966 conquistaram a terceira posição do Campeonato do Mundo da Inglaterra, a melhor classificação de sempre daquele país europeu. Regressado à Moçambique, Mário Coluna tornou-se seleccionador nacional de futebol tendo, mais tarde, sido eleito presidente da Federação Moçambicana de Futebol. Ainda em solo pátrio, o "Monstro Sagrado" conquistou o primeiro título de campeão nacional de futebol, pós-independência, ao comando do Textafrica de Chimoio no longínquo de 1976. Mário Coluna perdeu a vida, inteiramente dedicada ao futebol, aos 78 anos. O seu funeral está marcado para sexta-feira, dia 28.

segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Venda de viaturas novas é bastante pequena

Apenas 10 por cento das cerca de 45 mil viaturas importadas anualmente para Moçambique são novas e, desta cifra, a maioria pertence as instituições e não a cidadãos comuns.Um levantamento feito pela Associação de Importação e Distribuição de Automóveis de Moçambique (AIDAM), entidade que congrega 14 empresas e representantes de marcas que operam no mercado de venda e assistência de viaturas de “primeira mão revela que durante o ano passado foram comercializadas cerca de seis mil viaturas novas.Deste lote, segundo anuncia o jornal “Domingo”, parte expressiva era composto por camiões, o que resulta do aumento dos investimentos em diversos sectores económicos, com particular destaque para o sector mineiro.Nuno Sousa, presidente da AIDAM diz que o mercado automóvel nacional denota maturidade por incorporar os segmentos de venda de carros novos e usados mas, peca por não possuir instrumentos reguladores da importação de viaturas e peças usadas, sobretudo no que se refere à idade e ao estado das mesmas.
“Se queremos ter segurança rodoviária e acautelarmos a questões ambientais precisamos de regulamentar o sector. Estas matérias devem ser discutidas de forma aberta e pelas mais variadas sensibilidades pois, pela experiência que temos, está claro que a partir do quinto ano de circulação de uma viatura, o desgaste acentua”, disse.
A fonte apontou que, aquando da apresentação da AIDAM, há cerca de um ano, houve a impressão de que esta colectividade pretendia fazer “lobbies” junto do governo para banir a importação de viaturas e peças usadas facto que não corresponde a verdade. “Nós operamos num mercado específico e com características próprias”, explicou Sousa.A propósito da criação desta associação, Dalila Tsihlakis, membro da AIDAM, sustenta que o que se pretende é proteger o consumidor pois, algumas viaturas são importadas e, em dois meses de circulação, apresentam deficiências mecânicas. “Os vendedores não assumem a responsabilidade e a conclusão a que se pode chegar é de que em parte se está a importar lixo”, disse.  Para Dalila, o mercado de venda de viaturas novas é bastante pequeno mas, goza do privilégio de contar com clientes “premier” ou “corporate”, nomeadamente instituições do Estado, bancos e empresas privadas, “pelo que a importação de viaturas usadas não nos afecta directamente”, disse.Como prova de que o negócio desta categoria de empresas continua a pulsar, a Ronil, uma das empresas do ramo, lançou há dias a última versão do BMW X5 que apresenta inovações que incluem um sistema electrónico que permite que a viatura estacione sem a intervenção do automobilista (parking assistant), condução por sistema de satélite, televisão a bordo, entre outros itens de segurança e controlo de derrapagem.

Manuel Tomé, o balanceador das alas Guebuza e Chissano

Uma semana da tão aguardada reunião do Comité Central da Frelimo que irá eleger o candidato deste partido à sucessão de Armando Guebuza na Presidência da República, está em ritmo acelerado o processo de lubrificação das armas para mais uma “noite das facas longas”, no caso vertente traduzido em vários dias, num partido em que o unanimismo era – no pós-independência - uma imagem de marca. Não é para menos. É que para além dos pré-candidatos chancelados pela Comissão Política (CP), o chamado órgão pensador, que de facto dirige o partido e comanda as operações do governo, vários nomes sonantes do partido estão dispostos a avançar para a luta, e um deles pode servir de fiel da balança na esperada guerra entre facções do partido. Outros factos recentes mostram que há desnorte, nervosismo por parte da CP e o Secretário-Geral do partido, Filipe Paúnde, está cada vez mais isolado. Aliás, em alguns círculos há indicações de que na III Sessão ordinária da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN), que arranca esta sexta-feira, na Matola, será pedida a cabeça de Paúnde. Há que tentar escalpelizar alguns pontos fortes e fracos dos três pré-candidatos e avança alguns nomes que podem ser lançados no decorrer da reunião do CC. A CP da Frelimo seleccionou três pré-candidatos para a sucessão de Guebuza, nomeadamente, o Primeiro-Ministro Alberto Vaquina, e os Ministros da Agricultura, José Pacheco, e da Defesa, Filipe Nyussi. Estas três individualidades são as preferências da Comissão Política que deverão ser submetidas à votação pelo Comité Central. O vencedor deverá ser, em princípio, o candidato da Frelimo às eleições presidenciais do dia 15 de Outubro. Mas logo depois da tomada da decisão da Comissão Política, surgiram protestos internos motivados pelos pronunciamentos de Filipe Paúnde, que praticamente defendia que não havia espaço para mais concorrentes ao tão almejado cargo. Os protestos centraram-se no facto de que de acordo com os estatutos da Frelimo, compete ao Comité Central decidir sobre o candidato presidencial desta formação política, embora seja prerrogativa da Comissão Política propor a candidatura. Nesta perspectiva, os pronunciamentos de Paúnde foram interpretados como se tratando de um golpe contra o Comité Central, órgão decisório sobre a matéria em última instância. Os pré-candidatos fazem parte de uma geração mais nova, com idades que variam entre os 52 e 55 anos, e pela primeira vez nenhum dos membros do grupo é um histórico da luta armada de libertação nacional. Os três são originários do centro e norte do país, contrastandocom o passado em que os presidentes da Frelimo, tanto antes como após a independência, foram sempre do sul, situação que criou sempre algum mal-estar.

Os três pré-candidatos são todos afectos a Armando Guebuza e gozam da sua confiança política. José Pacheco é o mais próximo, mas Filipe Nyussi, tido no início como dos mais fracos, foi o que mais impressionou nas campanhas que os três fizeram pelas províncias, segundo vários comentários dos membros do Comité Central que participaram nas referidas reuniões. A excessiva colagem ao actual Presidente e o “desgaste governamental” a que têm sido sujeitos os candidatos e a possibilidade real de se “perder para a oposição”, levou a um movimento de revolta e à ausência de consenso entre os camaradas. É neste quadro que outras candidaturas foram surgindo, não se sabendo, contudo, se o Comité Central irá anuir a sua entrada na corrida.  Logo após o anúncio das pré-candidaturas, o Presidente da Frelimo recebeu uma delegação de antigos combatentes que lhe tentaram fazer entender que era importante haver mais “candidatos ganhadores” na lista de opções. Nessa altura, terão sido postos “em cima da mesa” os nomes de dois antigos Primeiros-Ministros, nomeadamente Aires Ali e Luísa Diogo, e ainda de Eduardo Mulémbwè, antigo Presidente da Assembleia da República. Estes dois últimos nomes terão sido recebidos com alguma hostilidade, ficando apenas por considerar a inclusão de Aires Ali, que foi considerado como “aberto, dialogante e que deixa os outros fazer coisas”. Nesse diálogo de bastidores foi particularmente vergastada a figura do SG Paúnde, para além de Margarida Talapa e Edson Macuácua, este último visto como o líder sombra dos ataques na imprensa contra todos os sectores da Frelimo (e não só) que discordam da linha dominante afecta a Guebuza. De facto, é este “trio de ataque” que terá de certo modo ensombrado os dois mandatos de Guebuza nestes últimos dez anos, devido à sua arrogância, intolerância e ausência de um espírito de diálogo inclusivo. Nos bastidores, acredita-se que foi devido à actuação deste grupo que Guebuza se viu obrigado a sacrificar alguns dos melhores quadros do partido durante o congresso de Pemba, em 2012, alguns dos quais só conseguiram manter-se no Comité Central como resultado do respeito que nutrem entre o grosso dos membros do partido. Já com a carta de impugnação aos pré-seleccionados em marcha, ao que apurámos, animada por Pascoal Mocumbi, Graça Machel e Hama Thai, surge um segundo nome “consensual”, outra das cabeças tombadas em Pemba. Trata-se de Manuel Tomé ( na foto de gravata azul), que se acredita que poderá servir como o fiel da balança das facções mais proeminentes, nomeadamente, a ala Guebuza e Chissano. A figura de Tomé é vista com bons olhos pela ala guebuziana para afastar o risco de uma desintegração do partido, com 50 anos de tradição de unidade iniciada quando a força política no poder se constituiu primeiro como frente. Tomé, antigo Secretário Geral do partido, é visto com capacidades para captar os eleitorados do Centro e Norte, onde se situam grandes círculos eleitorais perdidos para o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), nomeadamente, Beira, Quelimane, Gurué e Nampula. Os significativos avanços da oposição nas últimas eleições autárquicas são interpretados, no seio do partido, como a consequência directa da actuação do “trio de ataque”, para além das opções de Guebuza de substituir os anteriores chefes de brigada do partido nomeadamente para as províncias de Nampula e da Zambézia, dirigidas anteriormente por Manuel Tomé e Luísa Diogo, que antes conseguiram melhores resultados para a Frelimo. Em Nampula, tradicionalmente o maior círculo eleitoral do país, Manuel Tomé foi substituído por Aires Ali, enquanto que a Zambézia passou a ser dirigida por Verónica Macamo, que acumula as funções com as de Presidente da Assembleia da República. Tomé junta-se a Aires Ali, antigo Primeiro-Ministro, e também uma das vítimas de Muxara (Pemba) e Eduardo Mulémbwè, antigo presidente da Assembleia da República. Entretanto, não se sabe ainda se irão avançar com as suas candidaturas. Entre as razões principais de tais reservas considera-se, em alguns sectores, que temem consequências pessoais de quebra de lealdade partidária, actos de ousadia que geralmente acarretam custos extraordinários na cultura frelimista de “centralismo democrático”. Mas em ambientes recatados, Mulémbwè e Ali têm feito discretas manifestações de que irão avançar em sede da reunião do CC na esta semana.

Apesar de uma enorme simpatia popular, e com capacidade para produzir os melhores resultados eleitorais para a Frelimo, a antiga Primeira Ministra, Luísa Diogo, é uma figura bastante hostilizada entre os círculos mais próximos do Presidente Guebuza, incluindo ele próprio. Dona do seu nariz sobre as questões económicas do país, foi a negociadora chefe para o perdão da dívida externa de Moçambique, e acredita-se que com a sua liderança daria um cunho mais prudente na gestão da economia nacional, contendo a actual tendência de endividamento desregrado do país. Contudo, e apesar de todos estes atributos, Luísa Diogo não foi poupada no congresso de Pemba, onde os seus opositores tudo fizeram para que ela até fosse expurgada do Comité Central. A agenda de consenso sobre “o candidato” incluiu a secundarização do conflito com a Renamo que tem afectado negativamente Guebuza. No topo das prioridades está colocada a necessidade de garantir que o candidato escolhido não seja abertamente hostil ao actual presidente, a “garantia” de que não haverá perseguições futuras aos bens da família Guebuza (síndrome Zâmbia/Malawi), a escolha de um  Primeiro-Ministro “sulista” que poderia ser Tomaz Salomão e uma abertura aos doadores, agastados com o “dossier Ematum”, o “deixa-andar” no “dossier corrupção” e a “mão leve” sobre a circulação e negócios de drogas em Moçambique. Uma das hipóteses avançadas é a constituição de um governo pós-eleições de Outubro em que, sem que seja mencionada a palavra “unidade nacional”, existam várias tendências políticas decorrentes dos indivíduos escolhidos, dando corpo, indirectamente, ao ponto cinco da agenda de conversações com a Renamo.

sexta-feira, fevereiro 21, 2014

Vozinhas,vozões,voseiras,vozitas

REPÚDIO DIRIGIDO À COMISSÃO POLíTICA E AOS G40 
(com enfonque para Alexrandre Chivale, Isâlsio Manhajane, Amorirm Bila, Gustavo Mavie,  Rafael Shikhane,  Filimão Suaze, Edson Macuacua, Galiza Matos Júnior, Eurico Nelson Mavie, Egídio Vaz) 



Antes de mais, saudamos aos ilustres.

Apreciamos a vossa interpretação jurídica conforme os Estatutos do Partido FRELIMO, a respeito da decisão de somente os três pré-candidatos selecionados pela Comissão Política serem candidatos, da qual será eleito o candidato do partido `a Presidente da República. Conforme a vossa tese, a decisão da Comissão Política juridicamente conforma-se com os Estatutos do Partido, e os ilustres socorrem-se do nº 3 da j) do artigo 61. 
Assim, para o efeito, antes gostariamos que os ilustres respondessem as seguintes perguntas:
1.   Conforme rezam os Estatutos do Partido, entre a Comissão Política e o Comité Central qual é o órgão hierarquicamente superior?
2.   A luz dos Estatutos do Partido, é ou não o Comité Central quem decide quem serão os membros da Comissão Política?
3.   A Comissão Política elaborou ou não o perfil dos pré-candidatos do partido `a Presidente da República, conforme o consenso junto do Comité Central, antes de decidir apresentar publicamente os três pré-candidatos?
4.   É lícito e idóneo um órgão da dimensão da Comissão Política, que constitui reserva moral do glorioso partido FRELIMO delibere por todo um glorioso partido FRELIMO?  
5.   Conforme consagrado nos Estatutos do Partido é ou não o Comité Central, quem para além de apreciar, aprova ou não a proposta dos pré-candidatos do partido `a Presidente da República?
6.   Conforme rezam os Estatutos do Partido, a deliberação sobre os três pré-candidatos `a Presidente da República feita pela Comissão Política antes de tornada pública, deve ou não ser apreciada e aprovada pelo Comité Central?
7.   Conforme estatuídos nos Estatutos do Partido, onde está consagrado que uma simples deliberação sobre os pré-candidatos do partido `a Presidente da República da Comissão Política constitui uma decisão a ser cumprida integralmente pelo Comité Central?
8.   Em 2002, foi a Comissão Política do Partido FRELIMO que selecionou o actual Presidente da República, Armando Guebuza `a candidato do Partido FRELIMO para concorrer `a Presidência?
9.   A luz dos Estatutos do Partido, se historicamente o Glorioso Partido Frelimo sempre teve poder único, Presidente do Partido e Presidente da República, quais as motivações para existência de um Presidente do Partido e outro Presidente da República 


Na nossa modesta interpretação jurídica dos Estatutos do Partido FRELIMO, logo a prior os ilustres mostram que tão-somente estão a procurar dar razão a Comissão Política do partido, sem nenhum argumento jurídico, mas sim com base no interesses políticos pessoais, como sempre tem feito, de dar razão ao Presidente Guebuza e o seu “grupo” dentro da FRELIMO, para serem promovidos rapidamente `a altos cargos políticos no Estado Moçambicano. Mas, tanto dentro, como fora do Partido FRELIMO, todos estão bem atentos das vossas ambições políticas tão ingénuas e bastante inocentes. Ilustres no lugar de pensar que estão a promoverem-se, estão a ir ao mais fundo do precipício, pois, muitos já sabem que os ilustres nunca debatem ciência, mas sim política, e de forma mais medíocre que têm-se visto. 



Ilustres podem usar todas as vossas artimanhas baratas acomodação no  Partido FRELIMO, no Presidente da República, Armando Guebuza e o seu “grupo”, para ganharem altas posições no Estado Moçambicano o mais rápido possível, não vão vós valer em nada. Ilustres se esquecem que a FRELIMO e Sua Excelência Armando Guebuza, apenas estão na gestão da República de Moçambique até Dezembro. Mais, ilustres esquecem-se que Presidente Armando Guebuza, depois de Janeiro de 2015 não estará na Presidência da República de Moçambique, e possivelmente o seu “grupo” e talvez o partido. E então quanto tempo há para promover os ilustres? Ilustres não podem e nem devem escamotear a verdade em nome dos vossos interesses pessoais. Ilustres devem debater os factos da sociedade moçambicana, com base em argumentos académicos e científicos, e não na base de alucinações emocionais motivados por paixões políticas baratas. Ilustres têm sido recorrente nos debates da comunicação social, fazerem falsas análises e de forma muito apaixonada sempre a busca de acomodação no partido FRELIMO, com palavras como se estivesse com delírios, mesmo que quando a razão prova o contrário.

Para o vosso consumo, ilustres, os membros do glorioso Partido FRELIMO, que impugnam a deliberação da Comissão Política sobre os três pré-candidatos, não o fazem motivados por ambições pessoais, mas devido a procedimentos jurídicos juridicamente ilegais praticados pela Comissão Política, tão-somente para satisfazer interesse pessoal do Presidente Armando Guebuza, de pretender continuar a governar a República de Moçambique depois de Janeiro de 2015, como Presidente do Partido FRELIMO, mesmo sem ser Presidente da República, de forma a proteger a riqueza que acumulou nos dois mandatos como Presidente da República. No glorioso Partido FRELIMO, TODOS, MAS TODOS MESMOS, já se aperceberam que o Presidente Armando Guebuza, quer continuar a controlar a governação da República de Moçambique a todo custo, mesmo não sendo Presidente da República. E para tal, Presidente começou a preparar a sua estratégia, fazendo com que no 10º Congresso do Partido FRELIMO em Pemba, no ano 2012, o
Comité Central fosse integrado maioritarmente por militantes do seu “grupo”, incluindo até familiares seus e da esposa, cujo tempo de militância no partido se questiona, de forma a fabricar uma Comissão Política, na prática controlada pelo Presidente Armando Guebuza. Assim, o Presidente Armando Guebuza, conseguiu ter indicados José Pacheco, Alberto Vaquina e Filipe Nhussy, que são militantes do seu “grupo” e membros influentes do seu Governo, como alegados pré-candidatos da Comissão Política, para esta por sua vez impor a todos no glorioso Partido FRELIMO. Daí, consumada a victória como Presidente da República nas eleições gerais de Outubro de 2014, de um destes três como candidato do Partido FRELIMO, Sua Excelência Armando Guebuza como Presidente do Partido FRELIMO, facilmente daria ordens no novo Presidente da República, que praticamente não teria nenhuns poderes de decisão. Ai, o Presidente Armando Guebuza, continuaria a governar na mesma a República de Moçambique nos próximos 10 anos.

Mais, para o vosso consumo, TODOS, MAS TODOS MESMOS no glorioso Partido FRELIMO, estão bem informados que o Presidente Armando Guebuza, usou o cargo de Presidente da República de Moçambique, para:
1.   Impor Sua Excelência Armando Guebuza, familiares e serventes como accionistas de todos grandes mega projectos ligados a recursos minerais e indústria extrativa, que o Governo de Moçambique autorizou (inclui mega projectos de petróleo, gás, carvão mineral);
2.    Impor Sua Excelência Armando Guebuza, familiares e serventes como accionistas de todos grandes projectos, que o Governo da República de Moçambique aprovou;

3.   Impor as empresas e joint ventures de Sua Excelência Armando Guebuza, familiares e serventes como prioritárias nos grandes contratos aprovados pelo Governo de Moçambique.

Ilustres, nestes termos, será que o Presidente Armando Guebuza e seu “grupo” que ilustres tanto defendem, tem moral e ética suficiente para continuarem a dirigir o Glorioso Partido FRELIMO e a Nação Moçambicana? É uma pergunta para a vossa reflexão ilustres.

Ilustres, vossa defesa cega dos procedimentos praticados pela Comissão Política do Partido FRELIMO, com base em argumentos jurídicos vagos de substância formal e material, consubstanciada com os argumentos infundados do Camarada Secretário-geral, Filipe Chimoio Paunde e com base nas falácias de um artigo num jornal de maior circulação, de um historiador-jornalista de um “media independente”, de “argumentos disputas geracionais, tribais e de alas”, no mínimo revela vossa ignorância jurídica como catalogados juristas e advogados, pois, a amiúde vem pôr a prova as vossas consultorias, procuradorias e sindicâncias na classe jurídico-legal. Os argumentos do Camarada Secretário-geral, Filipe Paunde, juridicamente são infundados, ao subscrever que só e só exclusivamente os três pré-candidatos são definitivos `a concorrência na Presidência da República. Tão-somente o Camarada Secretário-geral, está desesperadamente a procurar defender o Presidente Armando Guebuza/ grupo, e mais do que isto, manter o seu posto de Secretário-geral do Comité Central do glorioso Partido FRELIMO e as mordomias dai decorrentes. As infundadas disputas geracionais, tribais e de alas, no mínimo estão despidas de qualquer argumento jurídico, não passam de argumentos completamente descabidos. Pois, pergunta-se se a Antiga Primeira-ministra da República de Moçambique, actualmente Presidente do Conselho de Administração do Barclays Bank, Mestre Luísa Dias Diogo, que nasceu na província de Tete (centro da República de Moçambique) e que cujo pai e a mãe desta são da província Inhambane (sul da República de Moçambique), sendo competente não é elegível para ocupar qualquer cargo no Estado Moçambicano? Igualmente, que se responda se o Antigo Primeiro-ministro da República de Moçambique, actualmente Deputado do glorioso Partido FRELIMO na Assembleia da República, Licenciado Bonifácio Aires Aly, que nasceu na província do Niassa (Norte da República de Moçambique) e que cujo pai e a mãe deste são da província Inhambane (sul da República de Moçambique), sendo competente não é elegível para preencher qualquer cargo no Estado Moçambicano? Mais, se questiona, se os combatentes da libertação da pátria, Sérgio Viera, Jacinto Veloso/outros, que nasceram na República de Moçambique e que cujo os pais e mães nasceram na República Portuguesa, sendo competentes não são elegíveis para preencher qualquer cargo no Estado Moçambicano? Concluindo, com que base Sua Excelência Armando Guebuza, foi chancelado pelo maravilhoso povo Moçambicano para o cargo de Presidente da República, sendo Presidente Guebuza nacional Macua, que nasceu na província de Nampula (norte da República de Moçambique), e que cujo pai é nacional Ronga, que nasceu na província de Maputo (sul da República de Moçambique) e cuja mãe é nacional Changana, que nasceu na província de Gaza (sul da República de Moçambique)?


O alinhamento de ilustres com as propaladas disputas geracionais, tribais e de alas, é o vosso assumir de que o glorioso Partido FRELIMO desde a sua fundação em 1962, sempre foi dirigida e controlada por moçambicanos naturais ou com suas origens nas províncias de Gaza, Inhambane e Maputo (sul da República de Moçambique)? Por conseguinte, os ilustres anuem que as riquezas da República de Moçambique sempre beneficiaram os moçambicanos naturais ou com suas origens nas províncias de Gaza, Inhambane e Maputo (sul da República de Moçambique)? ILUSTRES PARTILHAM DA TESE QUE O PRÓXIMO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, DEVE SER IMPERATIVAMENTE MOÇAMBICANO NATURAL OU COM ORIGENS NO NORTE OU CENTRO DE MOÇAMBIQUE?

Ilustres assumem que, o Cinquentenário Partidão FRELIMO não deve ser governado pela geração 25 de Setembro? Mais, ilustres são inequívocos na menção de que saudoso Presidente do glorioso Partido FRELIMO, Doutor Eduardo Mondlane foi ala  “capitalista ocidental” (1962-1969)? Ilustres são lacónicos na referência que o saudoso Presidente do glorioso Partido FRELIMO e da REPÚBLICA, combetente Samora Machel foi ala ”marxista-lenista” (1970-1986)? Também anuem que o Presidente, o combatente Joaquim Chissano foi ala  “deixa-andar” (1986-2004)? E por fim mostra-se que são acérrimos defensores de que o actual Presidente, combatente Armando Guebuza é ala “auto estima” (2004-2014)



Ilustres, a governação da República de Moçambique pelo glorioso Partido FRELIMO, desde os primórdios privilegia equilíbrio de gerações, tribos seja ela o que fôr e consenso sem alas quaisquer. Daí, que o vosso alinhamento com as propaladas disputas geracionais, tribais e de alas, não passam de uma falsa questão. Ilustres, o que os militantes conscientes do glorioso Partido Frelimo, apenas pretendem é repor a legalidade sobre os procedimentos da Comissão Política na escolha e decisão impositiva dos três pré-candidatos, e nada mais. A questão central não é per si, se os três pré-candidatos são da “geração 25 de Setembro”, “geração 8 de Março” ou “geração da viragem”. Igualmente, a questão central não é se os pré-candidatos são ou não do Sul, Centro ou Norte da República de Moçambique. Por fim, a questão central não é de os pré-candidatos serem de “alegada” “ala deixa andar” ou “ala auto estima”. Mas sim, a questão central é escolher LEGALMENTE por CONCENSO os pré-candidatos e do mesmo modo encontrar um candidato de consenso do glorioso partido FRELIMO que tenha chaces de vencer a Presidência da República de Moçambique. 

Ilustres, se conseguirem reflectir sobre as nove (9) perguntas que se apresentam na introdução do presente, poderão ficar esclarecidos de uma vez por todas. Assim, Conforme rezam os Estatutos do Partidão:

1.   Entre 10º Congresso de Pemba 2012 e o próximo, o Comité Central é o órgão hierarquicamente superior a Comissão Política. Daí que, a Comissão Política em toda sua plenitude, e em todos seus actos subordina-se ao Comité Central, e juridicamente deve legalmente obediência ao Comité Central e ponto final. Até a véspera, há ilegalidade, insubordinação e usurpação de poderes e competências nos actos da Comissão Política. Por isso, os militantes conscientes do glorioso Partido FRELIMO, juridicamente reservam-se ao direito de impugnar tais actos e procedimentos ilegais a luz estatutário. 

2.   O facto de ser o Comité Central com poder de decidir sobre os membros a tomarem parte da Comissão Política, per si já o corporiza como órgão colegial máximo do partido. Isto só para dar mais vigor a tese de que quem de facto toma decisão é o todo-poderoso Comité Central e não a Comissão Política.
3.   Antes de avançar com a decisão definitiva de indicar os três pré-candidatos, a Comissão Política, cabia conforme instruída, elaborar o perfil dos pré-candidatos do partido `a Presidente da República, e remete-los para apreciação e aprovação pelo Comité Central, antes de decidir publicamente os três pré-candidatos como sendo definitivos. Isto, traduz uma clara violação dos princípios morais, éticos e deontológicos do glorioso partido. Logo, per si constitui um acto jurídico nulo e sem o devido valor jurídico tanto formal como material, sendo-lhe imputável a devida impugnação.
4.   Decorrente da colocação antecedente, os actos e procedimentos da Comissão Política, no mínimo não são lícitos, idóneos e de reserva moral do glorioso partido FRELIMO, ao procurar deliberar por todo um glorioso partido FRELIMO, fora do circuito jurídico-legal.  
5.   Conforme consagra nº 3, j) do artigo 61 dos Estatutos do Partido é o Comité Central quem para além de apreciar, aprova a proposta dos pré-candidatos do partido `a Presidente da República. Assim, inequivocamente fica mais do claro que a decisão definitiva da aprovação de todos pré-candidatos tanto propostos pela Comissão Política e pelo próprio Comité Central, compete exclusivamente ao Comité Central. 
6.   Conforme rezam os Estatutos do Partido, a Comissão Política
antes de tornar pública a deliberação sobre os três pré-candidatos `a Presidente da República, devia ter anuência do Comité Central. Mais, do que nunca, a atitude da Comissão Política, revela tamanha falta de responsabilidade e cometimento com os supremos interesses do glorioso partido e da República de Moçambique.
7.   Conforme estatuídos nos Estatutos do Partido, não está/estão consagrado(s) que uma simples deliberação sobre os pré-candidatos do partido `a Presidente da República da Comissão Política constitui uma decisão a ser cumprida integralmente pelo Comité Central no espírito e letra. Pois, como no articulado supra, por força da posição hierárquica superior, somente as decisões do Comité Central são vinculativas `a Comissão Política. Daí, que estes actos e procedimentos da Comissão Política não têm quaisquer relevâncias de força jurídica.  
8.   Ilustre, temos que vós recordar que em 2002, o actual Presidente da República, Armando Guebuza, que nem sequer fazia parte da lista inicial dos pré-candidatos do Partido FRELIMO para concorrer `a Presidência propostos pela Comissão Política do Partido FRELIMO, mas por força do peso de poder de decisão, o Comité Central propôs o então Secretário-geral do partido como pré-candidato, facto que se traduziu na sua eleição como candidato do glorioso Partido FRELIMO e culminou com a sua eleição como Presidente da República em 2004. Deste modo, dá-se aso de que, de facto e de júri, a Comité Central na anterior, como na presente vigência, tem toda liberdade de acolher ou rejeitar os pré-candidatos propostos pela Comissão Política, e ademais tem liberdade de propor por si outro (s) pré-candidato (s), sem nenhum impedimento de ordem jurídico-estatutário.
9.   A luz dos Estatutos do Partido, e historicamente o Glorioso Partido Frelimo sempre teve poder único, Presidente do Partido e Presidente da República. Daí, a engenharia em moldes avançados para existência de um Presidente do Partido e outro Presidente da República, durante a vigência do Presidente Armando Guebuza, nos seio de TODOS, MAS TODOS MESMOS no glorioso Partido FRELIMO e FORA, É ENCARADA COMO FORMA DE PERPETUAÇÃO NO PODER E PROCTEÇÃO DE PATRIMÓNIO EMPRESARIAL E DE FURTUNA PESSOAL E FAMILIAR.  


ILUSTRES SAIBAM DE UMA VEZ POR TODAS: AS VOSSA VÃS DEFESAS SEM O DEVIDO MÉRITO, SOMENTE EM BUSCA DE PROMOÇÃO PARA ALTOS CARGOS NO ESTADO MOÇAMBICANO, NO MAIS RÁPIDO ESPAÇO DE TEMPO, CONFIGURA TAMANHA AMBIÇÃO PELO ASSALTO AO PODER DO ESTADO MOÇAMBICANO. MAS SAIBAM ILUSTRES QUE, DENTRO E FORA DO PARTIDO FRELIMO ESTÃO ATENTOS A VOSSA INGÉNUAS TENTATIVAS. 

Unidos , a Victória é certa!



Os Militantes Conscientes do Glorioso Partido FRELIMO. 


Presidente Ucraniano tem como língua materna o....russo

O derramamento de sangue na Ucrânia traz o risco de intensificar tanto os rachas internos como a tensão diplomática entre vários países
envolvidos na crise local. Dentro da Ucrânia, mesmo que os protestos sejam mais complexos que uma simples divisão entre leste e oeste, a violência pode facilmente puxar os cidadão para os extremos da questão. Internacionalmente, está sendo aberto um abismo entre a Rússia e potências do Ocidente, com possíveis amplas repercussões. Pode ainda não estar inteiramente claro quem é o responsável por inflamar a situação desta vez, mas as reações dos principais poderes, Leste e Oeste, representam uma divergência gritante. O Kremlin se aliou firmemente com o presidente Viktor Yanukovych. O Ministro de Relações Exteriores russo descreveu a violência nos protestos que tomaram conta do país como uma "tentativa de golpe" e exigiu que os líderes da oposição na Ucrânia "dessem um fim ao derramamento de sangue". O presidente
russo, Vladimir Putin, tem se mantido em contato por telefone com Yanukovych. O porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov foi cuidadoso ao insistir que o presidente russo não ofereceu qualquer conselho ao governo, mas afirmou que a Ucrânia era um "Estado irmão e amigo e um parceiro estratégico" e que a Rússia usaria toda sua influência para reestabelecer a paz e a ordem.Por sua vez, líderes ocidentais apoiaram a oposição.      Nos Estados Unidos, o foco tem sido tentar persuadir Yanukovych a tirar as forças do governo das ruas e a agir com moderação. Segundo relatos, o vice-presidente, Joe Biden, falou com o presidente ucraniano pelo telefone e sugeriu que seria responsabilidade dele acalmar a situação e abordar as "preocupações legítimas" dos manifestantes. Na Europa, o ministro de
Relações Exteriores sueco, Carl Bildt, chegou a dizer que o presidente Yanukovych tinha "sangue em suas mãos". O ministro de Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, disse que a Ucrânia havia "pago um preço caro" pelas recusas de seu presidente em ter conversas sérias para acabar com o conflito.O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, disse que as autoridades ucranianas haviam perdido seu mandato democrático.Uma série de países da União Europeia (UE), entre eles França e Alemanha, agora pedem sanções contra Kiev como um gesto de solidariedade com o povo ucraniano. Uma reunião de emergência dos ministros de relações exteriores foi convocada para esta quinta-feira para discutir o assunto.Essa é a primeira vez que a União Europeia levantou a hipótese de impor sanções ao governo de Yanukovych. Até agora, o foco estava em tentar mediar entre os dois lados do conflito, além de pedir ao presidente Yanukovych que reconsiderasse sua recusa em fortalecer laços comerciais com a UE e em aceitar um pacote de resgate do FMI. Dessa forma, trata-se de uma mudança significativa na abordagem europeia à crise. Mas é difícil ver como a imposição de sanções poderia mudar o cenário - além de estimular Yanukovych a dar as costas à Europa de vez.    De modo similar, há bons motivos para acreditar que Putin não queira ser visto envolvendo-se em confrontos mais amplos na Ucrânia. A experiência mostra que intervenções de Moscou, sejam elas políticas ou econômicas, tendem a intensificar a rejeição à influência russa. O
futuro imediato da Ucrânia pode depender mais das tentativas de mediação feitas por ex-políticos ucranianos e poderosos oligarcas locais, desesperados para evitar que a violência se agrave. Mas, internacionalmente, as tensões ainda podem reverberar. Já há algum tempo tem vigorado uma delicada trégua entre o Kremlin e as potências ocidentais. Quanto à Ucrânia, os dois lados trocaram acusações mútuas de interferência, mas concordaram em discordar, por assim dizer. Em outros temas, como a diplomacia envolvendo Irã e Síria, eles têm tentado colaborar entre si. Mas parece haver muita desconfiança entre os dois lados, e esforços diplomáticos podem ser insuficientes - como mostra o recente colapso no diálogo internacional sobre a guerra civil síria. E sempre ronda o perigo de que a instável ponte entre o Ocidente e o Leste europeu balance ainda mais. Geograficamente, a Ucrânia fica entre os dois lados. Até agora, as rivalidades dos tempos da Guerra Fria vinham sendo contidas. Diplomatas argumentam que é possível que Rússia e Ocidente colaborem entre si quanto ao futuro da Ucrânia, beneficiando os dois lados. Mas, à medida que a crise se aprofunda, essa perspectiva parece estar mais distante.


quinta-feira, fevereiro 20, 2014

Sucessão!!!

Uma verdade velada  está a a ser construída contra dois presidenciáveis, sendo um da Frelimo e outro da oposição, pelo mesmo  motivo: ambos são, além de moçambicanos, portugueses, com o que se tornam automaticamente inelegíveis.
Por otro lado tudo indica que na reunião do Comité Central que inicia a 27 deste mês pode ser  adoptada a "saída" de 2002, quando o Presidente Armando Emílio Guebuza (AEG)  foi confirmado candidato a  sucessão de Joaquim Chissano.Por essa via os  estatutos serão pontualmente mexidos para que o secretario-geral seja confirmado candidato. Filipe Chimoio Paunde, actual Secrectario – geral terá já mostrado o seu desejo de abandonar o cargo.Os candidatos que estão a apoiar candidatos diferentes dos do actual Presidente do Partido  (Graça Machel, Marcelino dos Santos, Jorge Rebelo, e outros) são os mesmos que, em 2002, apoiaram AEG ao invés dos "cavalos" de Joaquim Chissano.

quarta-feira, fevereiro 19, 2014

Menino perdido na fronteira

Marwan, o menino que se perdeu da família ao cruzar a fronteira entre a Síria e a JordâniaÉ uma situação corriqueira nas fronteiras da Síria, mas para o pequeno Marwan, de 4 anos, deve ter sido aterrorizadora. Depois de no último domingo ter sido separado temporariamente da sua família no remoto posto de Hagallat, Marwan foi encontrado por uma equipa da agência de refugiados da ONU, a UNCHR.   Andrew Harper, responsável pela UNHCR, a agência da ONU na Jordânia, fotografou Marwan e publicou a imagem no Twitter. A foto foi reproduzida por internautas de todo o mundo.Mas Harper diz que, por mais tocante que seja a imagem, não se trata de um caso invulgar no meio do “caos e confusão” gerado pela fuga de refugiados pelas fronteiras.A maioria dos grupos são liderados por mães que levam consigo várias crianças e todas as suas posses para fora da Síria.Quando os portões são abertos, refugiados desesperados amontoam-se enquanto tentam cruzá-los. Crianças perdem-se das suas famílias todos os dias.Quando a situação se acalma, a equipa da UNHCR ajuda estas crianças e, normalmente, elas não ficam muito tempo perdidas.Harper conta que, depois de cruzar a fronteira, Marwan reencontrou a mãe, o que aconteceu cerca de dez minutos depois de a foto ter sido tirada. Harper publicou outra foto no Twitter que mostra que Marwan estava atrás de um grupo de refugiados no momento em que foi abordado pela equipe da UNHCR.  “Ele está perdido, não está sozinho”, diz Harper. Cruzar a fronteira é um momento de apreensão para as crianças e suas famílias – mais um trauma na jornada infernal entre suas vidas destruídas na Síria e o futuro incerto como refugiados em uma terra desconhecida. A maioria dos refugiados que cruzam a fronteira em Hagallat – que não tem sequer uma estrada adequada – vem de Homs e de Al-Quaryatayn, e é provável que Marwan tenha vindo dos mesmos locais. Marwan era apenas uma das cerca de mil pessoas que naquele dia cruzaram a fronteira em direcção à Jordânia. Hoje existem 600 mil refugiados sírios registados pela UNHCR na Jordânia, só uma parte dos 2,4 milhões de refugiados estimados em toda a região. Não se sabe o que o futuro reserva para o jovem Marwan. Mas, assim como outras crianças que encontram alívio ao cruzar a fronteira, espera-se que também Marwan possa sonhar com um futuro melhor.
O destaque na foto mostra que Marwan não estava muito longe de sua família quando foi abordado pela equipe da ONU

terça-feira, fevereiro 18, 2014

Era uma vez os subscritores de um abaixo-assinado!

Bula-bula (coluna do Jornal Domingo) submeteu-se a um retiro forçado para, em lugar “seco e fresco”, fazer algumas continhas à vida. Na verdade, esse foi apenas um libi para se concentrar na análise de alguns fenómenos sociopolíticos que têm alimentado acesas e interessantes discussões na imprensa, redes sociais, cafés, bares e até mesmo em alguns senta-baixo. E nessa senda, um dos assuntos na berlinda tem a ver com um abaixo-assinado dirigido à Direcção do partido Frelimo. Em anterior ocasião Bula-bula a ele se debruçou, com algum pormenor. Como diriam os botões da “goiabeira” de Bula-bula, não fosse o facto de a Frelimo ser um partido com peso específico, com um capital histórico inolvidável, ganhador e que tem uma predisposição para aglutinar diversas sensibilidades e uma rápida adaptação aos desafios do momento, talvez não se falasse tanto desta cinquentenária formação política como acontece actualmente. Até mesmo alguns “facebookistas” que tentam piscar o olho para uma certa oposição “morrem de amores” pela Frelimo… isso está-lhes no ADN. Enquanto isso, nos corredores da política doméstica há muita curiosidade em saber quem são, afinal, os ditos “influentes” que ousaram passar por cima da disciplina partidária para, atabalhoadamente, urdirem e concretizarem um plano de elaboração da carta – abaixo-assinado de que tanto se fala. Há quem questione se a(s) pessoa(s)que encaminharam o abaixo-assinado para a sede da Frelimo não terão sido as mesmas que fizeram chegar o mesmo documento a alguma imprensa previamente seleccionada, talvez inspirado(s) na mesma táctica usada por Urias Simango, em Tanzânia, na década de 60, quando elaborou e distribuiu a imprensa uma carta que “denunciava” uma alegada “crise” no seio da Frente de Libertação de Moçambique. Enfim, a história repete-se, nem sempre com os mesmos sujeitos mas, as vezes, com suas almas encarnadas por novos sujeitos. Mas é sobre o “anexo” do abaixo-assinado que Bula-bula pretende debruçar-se. Como referimos, numa das anteriores edições, ao tal anexo estão alistados 114 nomes dos quais 111 supostamente assinaram “o abaixo-assinado”( com a particularidade de quase todos residirem na cidade de Maputo , distrito municipal Kampfumo). A julgar pela caligrafia patente numa das páginas alguns nomes parecem ter sido escritos pelo punho de uma mesma pessoa. Como prefere dizer Bula-bula “qualquer coincidência pode ser mera semelhança” (talvez o trocadilho ajude o querido leitor a ajuizar melhor). Do conjunto dos subscritores apenas 3 (três) se reconhecem como membros efectivos do Comité Central. Este órgão máximo do partido Frelimo, no intervalo entre Congressos, é composto por 186 membros efectivos e uns tantos suplentes espalhados em todo o país. Mas como este abaixo-assinado era apenas destinado a galácticos ou, seguindo a gíria do momento, a “membros influentes” o mesmo circunscreveu-se aos iluminados da grande capital.  Curiosamente, pouco mais de dez dos subscritores figuram no “panteão” dos “ex-qualquer coisa” ou, seja, em algum momento desempenharam funções e cargos importantes no seio da Frelimo e dos governos que esta formou desde que o país ficou independente! Mesmo o frondoso embondeiro as vezes vê a sua perenidade posta em causa pelo tempo e as mudanças por ela operadas. É a dialética da vida. Ao que Bula-bula foi dado a observar alguns “galácticos” que figuram no top 20 da lista aposta ao abaixo-assinado não só arrastaram para o “barulho” seus respectivos filhos, esposas, primos, sobrinhos, colaboradores das suas empresas (gente com a qual  têm relações sócio-familiares) como também manipularam algum “Zé povinho”, gente que nem se quer faz a menor ideia das causas, intenções e consequências mais reais e profundas de “um expediente” daquela natureza. Houve almoços, jantares e quejandos que antecederam a “confecção” do abaixo-assinado, tudo debaixo de um pretenso secrectismo. Mas como  a Bula-bula só lhe escapa o que não aconteceu …!É assim que Bula-bula, senhoras e senhores, tem a honra e o privilégio de apresentar, nas linhas que se seguem a lista dos ditos membros “influentes da Frelimo”  que subscreveram o abaixo-assinado . Bom proveito!
1.       Graça Machel (na foto)
2.       Malenga Machel
3.       Jorge Rebelo

4.       Abdul MagidOssuman
5.       MárioMachungo
6.       Abdul Carimo Issa
7.       Ozi Honwana
8.       Luís Bernardo Honwana
9.       Aguiar Mazula
10.   André Lourenço César
11.   Nuro Jose
12.   Bruno Chicalia
13.   João Facitela Pelembe
14.   António Hama Thay
15.   Basílio Zefanias Muhate
16.   Amosse Chicualacuala
17.   Estêvão Jorge Chiteve
18.   Adelina M.F.CNhantumboThay
19.   Frazão Salvador Paulino
20.   João Tembe
21.   Acácio Jervásio
22.   Augusto Alfredo Matola
23.   Baslengue Sabonete
24.   Hortência Eugenia Mavume
25.   Gabriel Inácio Chapo
26.   Amacio Zefanias
27.   Rui Matavele
28.   Armando Jeque
29.   Amour Zacarias Kupela
30.   Benjamim R. Oscar
31.   Damião D. Ajope
32.   Valerio M. Adamo
33.   Zaria Miguel M
34.   Felisbela G. Damione
35.   Luciano A. Macário
36.   Pamuze Ramadala
37.   Odete Alira Gemo
38.   Gelsivo M. Fernando
39.   Jose Vasco Ernesto
40.   Rodrigues W.Namaja
41.   Elisa E. Namaja
42.   José Augusto Wiliamo
43.   Tassilima A. A
44.   Rosário Inácio
45.   Ernesto Augusto Mussa
46.   Jacinta Pedro Carvalho
47.   Benjamim Roque
48.   Raul Cuna
49.   Lina J. Rindozo
50.   Falima Alfredo
51.   Telma Matos
52.   Indeio Gumula
53.   Maria Iveia Neves
54.   Natália Fernando
55.   Bungue E.R De Sousa
56.   Gildo Felisberto Bambo
57.   Zefanias M. Manuel
58.   Israel Titos Mabote
59.   Manuel Jose Nhavoto
60.   José Julai Seventine
61.   Henrique Daniel Penicela
62.   Cassimo S. Aly
63.   Rafael Jose
64.   Humberto Gildo Zefanias
65.   Mario  Muando
66.   Tepia Emilio N.
67.   Ernesto Eduardo Pacheco
68.   Nadina Abdul Jussub
69.   Isaura Fátima
70.   Luísa Fernando
71.   Laila Vitoria Jorge
72.   Gracinda Armindo
73.   Manuel Jose
74.   Ana Faife Bazar
75.   Felizarda Naiene
76.   Sofia Yassin (Não assinou)
77.   Jermano Crebillas
78.   Dulce João
79.   Ussene Jorge A.Zunguze
80.   Leonor Pedro
81.   Jorge Abrão Zunguze
82.   Josefa Almeida Neves
83.   Casimiro Jorge Abrão
84.   Maminate  Sunlane
85.   Gloria Luís Gume
86.   Maimuna Thaimo
87.   Sulemane Aimpar
88.   Romão Messias
89.   Lázaro Simões Cau
90.   Justino YoussofAbubacar
91.   Alberto S. Quetha
92.   Abdul Momade Karimo
93.   Zefanias A. Nhanala
94.   Arlindo Elidio Nhantumbo
95.   João Baptista Afonso
96.   Joaquim  Matavele
97.   António Jose G. Wate
98.   Nélio Artur
99.   Carlos Zunguze
100.    Rosa da Conceicao
101.    Alcinda  António Marcelino Mafuiana ( Não assinou )
102.     Manuel Joaquim Chigalo
103.     Fernanda A Fringe
104.     Adozinda Bernardo Banze
105.     Fira Anete Arnaldo
106.     Maria Cuambe
107.     Aida Cossa Alberto Mahumane
108.      Tchove Victor Cumbe
109.     Elisa Zefanias Sitoe
110.     Maria Cuna
111.     Celso Álvaro Omar Mucheca
112.      Ivódia Marize
113.      Alson Ernesto
114.      Aníbal da Silva 
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