O seleccionador nacional de
futebol, Chiquinho Conde, diz que os problemas são sempre os mesmos e que teve
que se adaptar às condições encontradas no terreno, neste caso no Senegal.
Conde teve mesmo que orientar a sessão de treinos de quarta-feira num relvado
já desgastado e com piso irregular contra todos os riscos de lesões a serem
contraídas pelos jogadores. Isto, de resto, nas vésperas de dois jogos
importantes na caminhada de Moçambique rumo ao CAN Costa do Marfim 2024.
“Estou aqui de corpo e alma,
dando o melhor de mim, dentro daquilo que sei para transmitir confiança aos
jogadores, independentemente das condições que aqui estão”, começou por dizer o
seleccionador nacional de futebol que, em Janeiro, teve que gerir o “barulho”
dos atletas que reclamavam melhorias na premiação aquando do CHAN. Mas mais do que sentar na
poltrona e ficar a reclamar, Chiquinho Conde teve que arregaçar as mangas e
começar a projectar o jogo desta sexta-feira, mesmo debaixo de
condicionalismos.
“Tivemos que ajustar em função
do estado do terreno, porque o desgaste é muito grande. Pese embora as
dificuldades, não vale a pena estarmos a bater o ceguinho e nem chorar”,
realçou para depois disparar: “.Os problemas, infelizmente, são sempre os
mesmos, troca-se o disco e a música é sempre a mesma. Mas a resiliência é isso.
É nós nos adaptarmos ao mundo e não o mundo adaptar-se a nós”.
O capitão dos Mambas,
Domingues, deu voz ao grupo de trabalho para manifestar a indignação com as
condições encontradas em Dakar, Senegal.
A começar, pois claro, com o
péssimo estado do piso do Stade Iba Mar Diop, onde os Mambas realizaram a
sessão de treinos na quarta-feira. É que, segundo o craque, os jogadores podem
sofrer lesões devido à irregularidade do piso.
“São situações que a gente já
vem reclamando com a federação. E eu acho que não é bom. A maioria dos
jogadores vem dos clubes, onde as condições são boas e quando chegamos e
apanhamos situações destas é desagradável. Queremos sempre boas condições”,
chamou atenção o jogador com mais internacionalizações pelos Mambas.
Ainda na condição de porta-voz
do grupo de trabalho, sublinhe-se, Domingues ajuntou que “encontramos aqui um
campo que não está em condições, um campo um bocado rijo, as condições do campo
não são boas e os jogadores podem ter lesões”.
E deixou ficar um recado ao
elenco da Federação Moçambicana de Futebol (FMF): “Acho que podem melhorar as
condições no futuro”. Mas não se ficou por aqui na
apresentação do rol de preocupações dos jogadores dos Mambas. A questão de
acomodação veio, uma vez mais, ao de cima.
“Tem a situação do próprio
hotel. Acho que para uma selecção como Moçambique ou outra que estivesse cá,
tinham que melhorar. Não é um hotel para que uma equipa profissional esteja
lá”.