sexta-feira, novembro 29, 2013

Sem confirmação de sobreviventes

Comunicado: TM470 Maputo - Luanda

A LAM  - Linhas Aéreas de Moçambique, S. A. informa que o voo TM 470 que partiu do Aeroporto Internacional de Maputo às 11:26 horas de hoje, dia 29 de Novembro de 2013, com destino a Luanda, capital  Angolana, tinha sua aterragem prevista para as 14: 10H, horas locais. Seguem a bordo 28 passageiros e 6 tripulantes.
Informações obtidas dão indicação da aeronave ter aterrado em Rundo, norte da Namíbia, fronteira com Botswana e Angola.
Neste momento a LAM, autoridades aeronáutica e aeroportuária estão empenhados em estabelecer contactos com vista a confirmação da informação.
A LAM prestará mais informações à medida que as investigações forem decorrendo.
Para informações adicionais, contacte o Gabinete de Comunicação Institucional da LAM,  através de Norberto Mucopa: 82 7846815 e Irina Matos: 825777946.
Maputo, 29 de Novembro de 2013
- Conferencia de Imprensa neste momento da LAM nao avanca dados concrectos pois as informacoes sao escassas.A chuva esta a prejudicar as averiguacoes no terreno.

Temos minorias expressivas?

A primeira implicação da forte presença do MDM nas assembleias municipais tem a ver com a mudança de relação de forças entre a Frelimo e a oposição. Nas grandes cidades, como Maputo e Matola, a presença da oposição era tão insignificante que não lhe permitia propor projetos nem travar qualquer proposta da Frelimo. A partir do próximo mandato - inicia em janeiro com a tomada de posse dos novos membros - a oposição passa, nestas duas cidades, a ter uma palavra a dizer nas assembleias municipais.     A Frelimo já não pode aprovar os orçamentos municipais (Maputo e Matola) sem negociar com o MDM, uma situação que é histórica. O MDM já pode, a partir do próximo mandato, aprovar todos os programas, nos municípios da Beira e Quelimane, sem necessitar de negociar com a Frelimo, algo que não acontecia no mandato transato, em que dependia da vontade da Frelimo e da Renamo, os únicos que tinham membros nas duas assembleias municipais.  Outra consequência para o MDM, tendo em conta que os assentos são empregos, é o partido ter oportunidade de criar e alimentar a sua elite, situação que já não irá acontecer com a Renamo, que vê os seus pouco mais de 200 membros no desemprego. Por seu turno, a Frelimo também irá perder cerca de 50 assentos nesses quatro principais municípios.

quinta-feira, novembro 28, 2013

2 mil não fala "emakhwa"

Mais de dois mil estrangeiros trabalharam ao longo dos últimos dez meses nos diversos projectos de investimentos em execução na província setentrional de Nampula, em detrimento dos moçambicanos, cenário que segundo a governadora da província, Cidália Chauque, só será invertido com a efectivação do processo de transferência tecnológica dos estrangeiros para os nacionais.Segundo dados da Direcção Provincial do Trabalho, a contratação dos estrangeiros ao longo do período em referência foi feita na base da legislação em vigor no país, concretamente por quota (767), em projectos de investimentos (594) e trabalho de curta duração (744).Se se tomar em conta que o número de cidadãos nacionais empregados ao longo dos dez meses foi de 19365 pessoas, a cifra de mão-de-obra estrangeira que trabalhou naquela unidade territorial, no espaço em análise, representa cerca de 10 por cento do total da massa empregada. Para a governadora da província, que esteve de visita à Direcção do Trabalho de Nampula, este cenário só será invertido com a efectivação do processo de transferência de tecnologia em curso nos diversos projectos em execução, de estrangeiros para os nacionais.“Temos casos dos projectos das areias pesadas de Moma e Sangage, estas unidades funcionam com uma tecnologia que não é do domínio dos nacionais, mas nós estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para que os moçambicanos, paulatinamente, substituam os estrangeiros que operam com estas tecnologias”- explicou Chauque.A governante, que percorreu diversos sectores que compõe aquela direcção (desde administrativos aos técnicos profissionais), disse ter ficado positivamente impressionado pelo tipo de cursos de formação ali ministrados.Trata-se de cursos de electricidade, construção, costura, serralharia que, segundo Chauque, cujos finalistas são facilmente absorvidos pelo mercado de emprego.


terça-feira, novembro 26, 2013

10+1 razões


Durante a cerimónia da divulgação dos resultados intermédios das eleições autárquicas, no último sábado, o presidente da Comissão Distrital de Eleições na cidade de Tete, José Marte, “perdeu controlo de si” e começou a tratar o secretário da Frelimo por “camarada primeiro secretário” em plena cerimónia do Estado. A situação deixou embaraçado o próprio primeiro secretário da Frelimo, Xavier Sacambwera, e criou um mal-estar generalizado na sala. Ultrapassado o embaraço, a CPE anunciou os resultados intermédios que dão vantagem folgada à Frelimo e seu candidato Celestino Checanhaza. A Comissão de Eleições da cidade de Tete fez saber que no apuramento feito até aqui, Celestino Checanhaza conseguiu 31.023 votos, contra 16.109 do seu adversário directo Ricardo Tomás, do MDM. O partido Frelimo também lidera o processo de contagem dos votos, tendo conseguido 30.683 votos, contra 16.232 votos do MDM.


segunda-feira, novembro 25, 2013

Franciscanos em Carta Aberta

A Família Franciscana de Moçambique,
Os Cristãos de toda a Igreja de Moçambique,
As Classes Dirigentes do Partido no Governo e dos Partidos da Oposição,
Os Homens e as Mulheres de Boa Vontade, a rezar pela graça da Paz no nosso País. 


A paz autêntica é um dom de Deus: «Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz» - diz Jesus. Ele ainda acrescenta: «Não é como a dá o mundo, que Eu vo-la dou» (Jo 14, 27). A paz dos homens é, muitas vezes, imposta pela força. Este tipo de paz dura enquanto a parte vencida – desarmada, humilhada e espezinhada pela parte vencedora – não tiver capacidade autónoma para reagir, ou não tiver encontrado ainda um aliado interessado em esposar a sua causa. Contrariamente à paz dos homens, que é fruto do domínio absoluto do mais forte, a paz que Deus nos promete é fruto da reconciliação, através da verdade na caridade. Por isso, a oração que convidamos todas as categorias sociais a fazer é, particularmente, a celebração ritual da reconciliação unida a gestos concretos de pacificação interpessoal e comunitária.

A situação de instabilidade política que, a nível nacional e internacional, tem recebido uma condenação pública por parte dos órgãos políticos e da sociedade civil, é fruto do espírito de intolerância e de violência que está no coração de cada um de nós e que precisa de ser dominado para que se possa construir uma sociedade humana salutar. A construção de uma comunidade política, caracterizada pela convivência pacífica e pelo respeito pela diversidade de opiniões, exige que cada um de nós ultrapasse os obstáculos que existem no seu coração e na sua mente e que são: o egoísmo, o orgulho, a prepotência, a intolerância, a ganância, o individualismo, a omissão no agir ou no falar, a indiferença em relação à sorte dos outros; e, em relação ao bem comum, a negligência e a preguiça, que nos impedem de instaurar uma sociedade política na qual todos se possam sentir em casa própria. Trata-se daquele típico pecado social que é comum a todos os homens, sem distinção de sexo, de origem étnica ou tribal, de religião ou de tendência política. O pecado a que nos referimos, também é comum aos governantes e aos governados. De facto, não podemos negar o ditado que diz: «Cada povo tem o governo que merece!» A classe política não é mais do que uma pequena amostragem do povo que governa; portanto, jamais será diferente dos seus governados. É preciso que os moçambicanos não se iludam: somente terão justiça, não quando o governo for justo, mas quando, cada um dos cidadãos, procurar agir com justiça no seu dia-a-dia. A intolerância e a violência serão vencidas, não só pelos acordos de paz entre as forças militares, mas sempre que cada um dos moçambicanos souber respeitar a pessoa do outro e os seus direitos; o individualismo e a indiferença em relação à sorte do outro, encontram uma eloquente expressão nos governantes e nos administradores públicos, porque têm uma equivalência nos grupos sociais de base. Muitas vezes, uma parte dos cidadãos que com a sua indiferença, o seu egoísmo, os seus interesses privados, o medo e a ignorância, colabora com os seus governantes para perpetuar as injustiças, dão origem aos conflitos políticos. É por essa mesma razão que o nosso apelo à conversão, é dirigido a todos os moçambicanos, sem distinção e também a todos os estrangeiros, que estão ligados ao povo moçambicano por relações comerciais, diplomáticas, ou outras.

A vida de perfeição do nosso pai fundador, São Francisco de Assis, começa com a sua renúncia à riqueza, seguida pela opção por uma vida de penitência. Para São Francisco, as diferenças sociais que caracterizavam e perturbavam a convivência pacífica da sociedade do seu tempo, eram fruto do pecado colectivo e, por isso, a sua acção pastoral tinha o seu epicentro no convite dirigido aos habitantes de Assis para fazerem penitência e para se converterem ao Reino da partilha, da solidariedade, da subsidiariedade tal como tinha sido anunciado por Jesus.

Queremos, no entanto, recordar a todos vós, caros irmãos, que a reconciliação que garante uma convivência pacífica de uma comunidade política, a médio e a longo prazo, passa necessariamente através de uma nova distribuição equitativa dos bens da terra. De facto, a assimetria no acesso aos recursos e aos meios de subsistência, muitas vezes, nutre as tensões políticas que se transformam em conflitos armados.

A história das guerras ocorridas no continente africano, desde o período da descolonização até aos dias de hoje, mostra como a questão da distribuição equitativa da riqueza é fundamental para a instauração e manutenção de uma boa convivência política. O mesmo se poderá dizer no caso de Moçambique. Há muitos indícios que sugerem que a questão da redistribuição da riqueza seja uma das chaves interpretativas que explica a instabilidade político-militar e social que se vive hoje no País. Os últimos vinte e um anos, que deveriam ter sido um tempo fecundo para o estabelecimento de plataformas democratizantes, capazes de nutrirem a confiança recíproca entre as várias opções políticas, foram marcados por um crescimento sempre maior do abismo entre os exuberantes ricos, que detêm também o controlo político e os míseros pobres, que se vão tornando cada vez mais pobres, porque excluídos da participação político-económica; os vinte e um anos de paz foram também marcados pelo aparecimento de clubismos e de segregações corruptas, através da adopção de agendas visivelmente lesivas ao interesse comum, ou de negociatas ilícitas e até tráfico de influências.

A reconciliação é uma atitude na qual se reconhece a igualdade dos direitos do outro e se tutelam as necessidades dos menos privilegiados. Foi por isso que, depois do seu encontro com Jesus, Zaqueu manifesta e dá provas da sua conversão declarando que iria dar metade dos seus bens aos pobres e, se tivesse defraudado alguém em qualquer coisa, estava disposto a restituir-lhe quatro vezes mais (cfr. Lc 19, 8). Não é possível falar duma autêntica reconciliação, enquanto uns vivem na abundância e outros na penúria. A conversão, além de ser uma reorientação no relacionamento da pessoa humana com Deus, é também um acto social e comunitário. Foi por isso que, as multidões que perguntavam a João Baptista o que deviam fazer para manifestar a própria adesão ao anúncio da Boa Nova, este respondia: «Quem tem duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma, e quem tem mantimentos faça o mesmo» (Lc 3, 11).

A nossa geração é testemunha do fenómeno da globalização, caracterizado pelo movimento transfronteiriço, não só de bens de consumo, mas também de pessoas. O nosso País ocupa um lugar privilegiado nessa nova dinâmica de relações internacionais, através dos acordos diplomáticos entre o nosso governo e os governos de vários povos, ou de instituições internacionais. Ocupa um lugar relevante, também, graças à sua cultura acolhedora e hospitaleira, e graças também à disponibilização dos seus recursos minerais e energéticos que, destinados em primeiro lugar, para o consumo e para o desenvolvimento dos moçambicanos, servem também para satisfazer as necessidades dos outros povos, conforme as regras estabelecidas pelo Código de Direito Internacional. Sendo assim, os moçambicanos não podem, por um lado, revelar uma grande capacidade de dialogar e de negociar com os povos de além-mar e, por outro lado, serem incapazes de dialogar e de encontrar consenso entre si mesmos.

Para terminar, dirigimo-nos, particularmente, aos altos dirigentes do Partido Frelimo e do Partido Renamo, para lhes dizer que o povo moçambicano anseia pela paz. Não a paz efémera, fruto da vitória das armas, ou do domínio do mais forte mas sim a paz como um estado de calma e tranquilidade, ausência de perturbações sociopolítico militares, ou então a ausência de violência e guerra. A paz que o povo moçambicano anseia não se reconcilia com o espírito de ira, de desconfiança e de sentimentos negativos. Por outras palavras, o povo quer a paz que nasce de corações reconciliados pela justiça e pela caridade. Tal paz é também a condição indispensável para a realização do “milagre económico” que traz benefício para todos.

Queremos igualmente recordar aos dirigentes políticos, nacionais e internacionais que, num Estado de Direito, não poderá nunca existir uma razão que justifique o uso da força das armas para manter, ou conquistar o poder político. Quer a conservação do poder político pela força, quer a sua conquista através da força são ilegítimas e condenáveis num Estado de Direito Democrático. Por isso pedimos, encarecidamente, e em nome do Deus da Paz, ao Partido no Poder e ao Partido Renamo para cessarem imediatamente as operações militares e retomarem o Diálogo. É urgente e inadiável escutar a voz da razão, a voz de Deus, a voz do povo, a voz da tolerância, a voz da concórdia e a voz dos princípios fundamentais do regime democrático.

Com São Francisco de Assis, é nosso augúrio que a Paz e o Bem se tornem valores vivenciais em Moçambique.
ORDEM DOS FRADES MENORES
CUSTÓDIA DE SANTA CLARA DE ASSIS DE MOÇAMBIQUE

Maputo, 18 de Novembro de 2013

___________________________
Frei Evódio João
Custódio

sexta-feira, novembro 22, 2013

Aquí está um democrata !!!

Eu, Ricardo Frederico Francisco Tomás , candidato a presidente do Conselho Municipal de Tete , declaro a minha derrota publicamente !
Também quero agradecer o esforço de todos os membros e o Delegado do MDM , ao que tudo fizeram para que a victória se tornasse realidade !
Agradecer também a todos amigos e familiares que puderam me dar o ombro , no momento em que mais precisei ! 
Por último parabenizar o glorioso partido FRELIMO , o sr. Presidente Celestino Checanhanza !
Um forte abraço a todos municipes de Tete !
A luta continua!

Na tarde de ontem(22), o candidato da Frelimo para o município da cidade de Tete, Celestino Checanhanza, seguia em frente com 30.731 votos e a Frelimo com 35.857 votos, contra os 16.144 do candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) Ricardo Tomás e 1234 votos para o seu partido.

quinta-feira, novembro 21, 2013

Eis o mano "mané"

Em conferência de Imprensa a momentos na sede Provincial do Movimento Democrático de Moçambique na Zambézia de Araújo anunciou que até ao momento o seu partido MDM é vencedor em 66.4% e ele como candidato em 70.12%. Na fotografia, jogadores da equipa de futebol do Clube Ferroviário de Quelimane, recebendo de Araújo quinze motorizadas por ocasião da sua subida  ao Moçambola de 2014,depois de uma ausência de 11 anos.

A mulher mais inconsolável da actualidade



No município de Nampula haverá uma nova eleição para presidente, no domingo dia 1 de Dezembro. A eleição de quarta-feira foi anulada. A decisão foi tomada pela Comissão Nacional de Eleições, em Maputo, após o término da votação e já com a contagem dos votos iniciada. O nome da candidata do PAHUMO a edil, Filomena Mutoropa, não constou dos boletim de voto. Para as Assembleias Municipais, a contagem dos votos foi interrompida. Os boletins de voto serão guardados e o apuramento vai recomeçar em paralelo com a contagem dos votos de eleição do  dil. A lei eleitoral determina que ambas as contagens devem ter lugar ao mesmo tempo. Entretanto, os erros cometido nos boletins de voto em Nampula, não foi apenas da exclusão da candidata do PAHUMO, Filomena Mutoropa. Nos boletins para a eleição dos membros da Assembleia Municipal, o nome de Partido Movimento Democrático de Moçambique (MDM) aparece duas vezes no boletim. Está escrito em segundo lugar reservado ao MDM e também em terceiro lugar, reservado ao PDD. Em vez de nome correcto “Partido para a Paz e Democracia e Desenvolvimento”, está repetido o "Partido Movimento Democrático de Moçambique". Os símbolos estão correctos. 

terça-feira, novembro 19, 2013

VÁ VOTAR!!!


Caríssimos seguidores e colaborantes deste humilde e despretencioso blogue, informo que durante todo o dia de hoje ainda postarei. 

Amanhã e até ao fecho das urnas, não publicarei mais nada. Por respeito as regras da Comissão Nacional de Eleições.



CIP escreve a CNE

Com base em números de votação do passado, bem como na qualidade dos candidatos do actual  pleito, acreditamos que há 16 municípios onde a oposição tem mais possibilidade de trazer  resultado com impacto. Destes, 12 já são municípios existentes e os restantes quatro são novos.

Os actuais municípios são:
Beira (Sofala)
Quelimane (Zambézia)
Nacala-Porto (Nampula)
Nampula
Chimoio (Manica)
Gurué (Zambézia)
Marromeu (Sofala)
Monapo (Nampula)
Mocímboa da Praia (Cabo Delgado)
Ilha de Moçambique (Nampula)
Angoche (Nampula)
Alto Moloqué (Zambézia)

e quatro novos:

Nhamatanda (Sofala)
Maganja (Zambézia)
Nhamayabué (Tete)
Mandimba (Niassa)

Entretanto O Centro da Integridade Pública (CIP), enviou carta ao Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) a solicitar a “alteração dos procedimentos de tratamento  dos votos nulos”.
Eis o texto da carta na íntegra:

Exmo Sr. Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE)
O Centro de Integridade Pública (CIP), no âmbito do seu programa de monitoria eleitoral, vem por  este meio propor que a instituição que V. Excia dirige altere os procedimentos de tratamento dos  votos inválidos (nulos), contribuindo, deste modo para detectar fraudes, e desta forma, punir os
infractores.

Um dos exemplos mais flagrantes de fraude tem sido a invalidação de boletins de voto da  oposição, feita por membros da mesa de voto, através da adição de impressões digitais ou uma  marca.
Essa adição é feita durante a contagem dos votos e muitas vezes por apenas uma pessoa.  Geralmente é óbvio quando os boletins são invalidados intencionalmente, porque vários boletins  aparecem com uma mesma impressão digital ou marca no mesmo lugar.
A lei eleitoral recentemente aprovada proíbe a existência de tinta na assembleia de voto durante a  contagem, o que irá reduzir este problema, mas não vai eliminá-lo.
No passado, os procedimentos da CNE tornaram impossível processar criminalmente os autores das fraudes, pelo que sugerimos uma pequena mudança na forma como os votos inválidos (nulos) são tratados.
 O facto de todos os boletins de voto inválidos (nulos) serem enviados para Maputo para serem verificados pela CNE pode proporcionar uma oportunidade para detectar esta fraude e punir os responsáveis. Entretanto, os actuais procedimentos da CNE não permitem que isso aconteça.
A CNE que V. Excia dirige actualmente, decidiu, através da deliberação número 62/CNE/2013 de 11 de Outubro, que "a reapreciação dos votos é feita autarquia por autarquia local, sem distinção das mesas".
 O agrupamento dos boletins por autarquia é correcto para a requalificação, porém, inadequado quando se pretende penalizar os actos de fraude, uma vez que quando são identificados casos de invalidação intencional, já não é possível identificar a assembleia onde o facto aconteceu, sendo, portanto, impossível processar essa má conduta.
 Desta feita, no lugar de unir todos os votos nulos por autarquia, sugerimos que a CNE os agrupe separadamente por assembleia de voto. Este procedimento permitirá detectar boletins de voto invalidados da mesma forma e a CNE pode separá-los para investigar se houve ou intenção de
invalidar. No caso de utilização do dedo, por via das impressões digitais, será possível identificar a pessoa que cometeu a fraude e processá-la criminalmente, o que contribuiria sobremaneira para desencorajar a má conduta dos membros das mesas de voto, que só mancha a credibilidade dos órgãos eleitorais e dos processos eleitorais no país.
Sem mais, agradecemos a vossa colaboração e aproveitamos o ensejo para desejar os nossos votos de bom trabalho nesta árdua tarefa de garantir eleições transparentes, livres e justas.

Maputo, aos 13 de Novembro de 2013
O Director Executivo
Adriano Nuvunga 

O MOÇAMBIQUE DE AMANHÃ DEPENDE DO MOÇAMBIQUE DE HOJE

Por JOSÉ FORJAZ 

De momento o que está a acontecer a nível político, pois nem sequer é possível falar níveis ideológicos, não é encorajador. Mas o amanhã é um país desconhecido.
Não se sabe ao certo quando começa e quando acaba. O nosso amanhã é diferente do amanhã dos nossos netos.

Preferimos portanto cingirmo-nos aos próximos anos.

Um cenário plausível é que continuaremos a ser guiados, cada vez mais directamente, para uma situação, comum em África, que é a da caricatura da democracia aproveitando o baixíssimo nível cultural da maioria e um progressivo e inexorável controle dos poucos meios de comunicação social. A confirmação da efectiva fascização do poder, que já controla efectivamente o legislativo, o executivo e o judicial.

Este cenário, que parece quase inevitável, continua a ser a regra mais aplicada em África, com pouquíssimas excepções.
Porque seriamos nós diferentes de Angola, do Congo, da Uganda ou do Zimbabwe por exemplo, com passados tão semelhantes, motivações tão próximas e afinidades tão fortes entre os seus dirigentes?

A ilusão de que agora, alguns, vamos ser ricos (…muito ricos…) obscurece sinistramente uma visão esclarecida sobre um possível amanhã radioso para todos os moçambicanos. Entretanto as grandes multinacionais vão cumprindo o seu papel de mandantes dos interesses imperialistas das grandes potências mundiais e nós vamos ficando com os buracos, a poluição, fora de casa e com uma divida colossal para pagar.
Um cenário alternativo seria o de voltar a eleger valores éticos e morais como vias de orientação do processo politico, combater frontalmente a corrupção, a começar pela que se instalou nos quadros políticos e governativos, promover a qualidade do ensino, moralizar a função pública, despolitizar a direcção das instituições e das empresas públicas e, acima de tudo abrir um diálogo não demagógico sobre as perspectivas que se podem desenhar com a aplicação dos benefícios da exploração das riquezas naturais para a melhoria efectiva das condições de vida de todo o povo moçambicano.

E porque não dar alguma atenção a documentos como a Agenda 2025 ?

Na sua versão original, e na sua revisão, são apontados caminhos corajosos e, sobretudo, possíveis para uma renascença da credibilidade interna e externa de Moçambique como um estado de direito governado para o bem de todo o povo.
Essa, sim, seria uma verdadeira “Renascença Africana”.

Este cenário parece utópico no momento actual.

Contudo, para quem atento, o espírito de justiça está cada vez mais alerta e a repulsa pelas arbitrariedades, cada vez mais frequentes, que se vão praticando para o apoderamento da riqueza nacional por uma restrita classe de políticos a serviço de si próprios, é cada dia mais patente a todos os níveis sociais e particularmente significativa entre os jovens, cansados das promessas vazias e do espectáculo da rampante corrupção de quem só se sabe governar a si próprio.

É esse espírito que nos trás de volta a esperança, tão desgastada, num futuro Moçambique feito de pessoas felizes e de natureza respeitada.

Maputo, 6 de Novembro de 2013

segunda-feira, novembro 18, 2013

Caí Boeing 737

Queda de avião na Rússia faz 50 mortos
Um boeing 737 que assegura ligações internas na Rússia despenhou-se neste domingo quando tentava aterrar no aeroporto de Kazan (a cerca de 800 quilómetros a leste de Moscovo). As 50 pessoas que iam a bordo do aparelho morreram, de acordo com a porta-voz do ministério russo responsável por situações de emergência, Irina Rossious. Segundo as agências internacionais, o avião partiu do aeroporto internacional de Domodedovo, um dos principais aeroportos de Moscovo, e despenhou-se em Kazan ao final da tarde, cerca das 19h25 locais (15h25 em Portugal continental), quando tentava, pelo menos, uma segunda aterragem. De acordo com a Reuters, o avião — com 23 anos — pertencia à companhia aérea regional Tatarstan Airlines e incendiou-se quando tentava aterrar ao fim de uma hora de voo. “Segundo as informações preliminares, morreram todas as pessoas que iam a bordo do avião — 44 passageiros e seis membros da tripulação”, adiantou Irina Rossious. Ainda não são conhecidas as causas do acidente, que obrigou ao encerramento do aeroporto. Para o local foram mobilizadas as autoridades que vão investigar o caso no quadro de uma investigação aberta por suspeitas de “violação das regras de segurança aérea”. Segundo a AFP, que cita informações da polícia reportadas pela agência noticiosa russa Itar-Tass, as autoridades investigam se ocorreu uma falha técnica, um erro de pilotagem e se o acidente decorre de “condições meteorológicas desfavoráveis”. Os relatos recolhidos pela Reuters dão conta da ocorrência de ventos fortes e de nevoeiro junto ao aeroporto, referindo que o avião terá perdido altitude rapidamente. A queda do aparelho da Tatarstan Airlines é um dos acidentes aéreos com maior número de vítimas na Rússia em cerca de 20 anos. O Presidente russo, Vladimir Putin, que se referiu ao acidente deste domingo como uma “catástrofe horrível”, enviou as condolências aos familiares das vítimas e mandou abrir a investigação para perceber as circunstâncias em que aconteceu o acidente, segundo fez saber o porta-voz Dmitri Peskov. A Rússia tem assistido ao longo dos últimos 20 anos a dezenas de acidentes aéreos de transportadoras regionais. O caso anterior aconteceu ainda no ano passado, quando a 2 de Abril um ATR-72 da companhia Utair com 43 pessoas a bordo caiu pouco depois de descolar do aeroporto de Tiumen, na zona ocidental da Sibéria, fazendo 33 mortos. Perante a multiplicação de acidentes (nas contas da AFP somam-se 13 casos desde Janeiro de 1994), as autoridades já tinham decidido o desmantelamento dos aparelhos de concepção soviética mais antigos e a fiscalização de várias companhias aéreas.
Os primeiros indícios apontam para uma falha técnica como a causa mais provável do acidente no qual morreram 50 pessoas na queda de um avião Boeing 737-500 no aeroporto da cidade russa de Kazan, capital da república da Tartária, no domingo.O piloto do aparelho, Rustem Salijov, decidiu abortar a primeira tentativa de aterrissagem e fazer uma segunda, após o que informou à torre de controle do aeroporto que o avião não estava pronto para chegar.O Comitê de Instrução (CI) russo, que abriu uma investigação sobre o acidente, disse que as causas que levaram o piloto a desistir da primeira tentativa de aterrissagem e dar uma segunda volta são desconhecidas.O chefe regional para Transporte do CI, Aleksandr Poltinin, disse que a investigação trabalha com "duas versões principais: uma falha de pilotagem e fatores técnicos".As companhias aéreas Tartária, que exploravam o aparelho acidentado em regime de aluguel da búlgara Bulgarian Aviation Group, asseguraram que o avião estava em boas condições técnicas, e que tinha sido revisado várias vezes no dia do acidente, no qual já tinha realizado outros três voos. O Boeing acidentado, o menor da série 737, entrou em serviço em 1990 e a Tartária, que o explorava em conceito de arrendamento desde 2008, era a sétima companhia que o utilizava.Uma jornalista que tinha viajado horas antes do acidente no mesmo avião de Kazan a Moscou disse à televisão russa que os passageiros se assustaram muito devido às fortes vibrações do avião durante a manobra de aterrissagem na capital russa. 






sábado, novembro 16, 2013

Castel-Branco versus persona no grata

Gervásio de JesusO Professor Doutor Nuno Castel-Branco, por quem nutria certa admiração, perdeu as estribeiras e resvalou  para a mediocridade. A carta aberta, que dirigiu ao Chefe do Estado moçambicano e que circula na Imprensa e nas redes sociais, é reveladora da sua obsessão pelo cidadão Armando Guebuza. Não quero comentar sobre questões de governação (política e  económica) a que o ilustre Professor também faz menção. Quero  ater-me apenas às questões éticas e pedagógicas.

Não acha, senhor Castel-Branco, que nesta sua abordagem cínica está a mostrar ser um racista com impressionante défice de educação e com uma gritante desonestidade intelectual? Não julga que se revelou um académico inconsequente, teórico e sem princípios educativos e éticos? Compreendo por que, está claro, que a ambição exacerbada leva, por vezes, o ser humano a extremar-se, a cair na irracionalidade, transformando-se em persona non grata.

Os títulos académicos, por vezes, deixam de ter relevância quando os valores culturais e educativos são subvertidos. Não quero acreditar que tenha faltado berço ao Professor Doutor Nuno Castel-Branco para se deixar cair no ridículo, na lama e perder toda a compostura. A sua carta, escrita com tanta ira, própria de um búfalo ferido, transborda inveja, ódio e rancor.

Todos os seus argumentos, que eventualmente tenha na manga, deixam de ter sustentabilidade a partir do momento em que se moveu em direcção ao mais alto magistrado da Nação sem valores éticos, ou seja, com falta de cordialidade, respeito, tolerância, fair play e disciplina. Sem dúvidas que arregimentou de dentro de si a personificação da falta de decoro. Como educar uma sociedade com académicos desta estribe? Acha, senhor Castel-Branco, ser o modelo ideal para as nossas crianças e jovens que amanhã assumirão o destino deste país?

Como renomado académico, não acha que a sua postura ética devia ser outra, mais civilizada, mais pedagógica, mais responsável e dentro do limitado espaço do moralmente aceitável? O senhor Nuno Castel-Branco, que se apregoa um dos activistas activos na construção de uma cidadania forte no país, através do Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE), não julga ter mostrado nesta carta a sua real face de instigador da violência, manipulador das massas e desorientador das mentes limpas no processo de ensino-aprendizagem?

O senhor tem família e, como qualquer cidadão, gosta de ser considerado e respeitado. O Presidente da República tem também família e os seus direitos inalienáveis, antes na qualidade de cidadão, estão consagrados na Constituição da República, como os seus também.  Não julga que seja preciso chamar a Procuradoria-Geral da República (PGR) a agir, visto que a sua carta apela ao racismo, ao golpe de Estado, atenta contra a unidade nacional, extravasa os limites da liberdade de expressão, incorre e encerra em contornos criminais, que merecem tratamento especial pelas instâncias judiciais?

Ao dirigir a carta ao Chefe do Estado de forma visceral deixou evidente que não se sente bem neste país. Para si, Moçambique está a tornar-se num país de tiranos, fascistas e ladrões. O senhor Castel-Branco não acha que está a tentar inculcar na opinião pública a ideia de que o Presidente Armando Guebuza está a guiar-se e a fomentar o culto da personalidade? 

Puro irrealismo... verdadeira falácia e incúria, porque se assim fosse o senhor não ousaria sequer dirigir uma carta aberta ao Chefe do Estado e muito menos lançar impropérios, farpas e ainda acusá-lo de actos macabros não cometidos. 

Se neste país não imperasse a verdadeira liberdade de expressão e democracia, acredito que o senhor Nuno Castel-Branco por estas alturas já estaria na prisão pelo que fez, ou seja, pelo seu acto responsável. Recomendo a autofotografar-se para descobrir que o crime mora na sua mente armadilhada e no seu punho indolente, cortante e sem sentimentos. Aos filhos desta Nação nobre e maravilhosa, o senhor faltou ao respeito. Precisamos de aprender princípios correctos de boa convivência, com respeito, educação, urbanidade, tolerância, solidariedade e, acima de tudo, harmonia e amizade. Basta de agitadores!(Foto o autor do texto, Gervasio de Jesus)

Sem motivo

Um caso para se rever. Um momento particular na historia cinquentenaria do Partido Frelimo. Defensor acérrimo da transparencia um dos pilares que ditou a vitoria sobre o colonialismo portugues, hoje sujeita-se a situacoes nada abonatórias. 
Simao Rafael e candidato da Frelimo a presidencia do Municipio da Maxixe.

quinta-feira, novembro 14, 2013

15 tipos de fraude numa eleição

Em Moçambique,  realizam-se no próximo dia 20 de Novembro  eleições autarquicas em 53 municipios  Se tudo correr como se prevê, dentro de aproximadamente um ano, o povo moçambicano vai escolher simultaneamente os seus representantes no Parlamento (deputados) ao mesmo tempo o Presidente da Republica .Por isso, recomenda-se para que os eleitores saibam quais são os principais tipos  de fraudes para roubar os votos do povo. Essas tipos principais são catorzes e estão na base das monumentais fraudes eleitorais que se registam em África.O Mundo sabe que a maioria das eleições em África não é democrática. Os processos eleitorais sendo falsos a partir da sua organização, deles resultam escrutínios não credíveis. Eis, a seguir, os Catorze tipos de fraudes eleitorais mais correntes que estão na base desta situação:

Primeira fraude por uma desorganização
A Organização e o desenrolamento das eleições são regidas por uma regulamentação dita “A Lei eleitoral”. Da elaboração justa desta (lei eleitoral) depende o carácter justo e honesto das eleições. Acontece frequentemente que  o legislador utiliza a lei eleitoral  para favorecer tal partido ou tal candidato e assim uma fraude legal. Por exemplo: “Para eliminar um bispo católico da corrida presidencial, o autor da lei eleitoral coloca como condição previa para ser candidato presidente da Republica, deve ser casado oficialmente e ter filhos”.Esta disposição será inatacável se ela é já legal.Para descobrir as fraudes legais, é preciso fazer bem a leitura da lei eleitoral. Para contornar estas fraudes, é  preciso exigir uma lei justa e rejeitar a injusta. E é bom que antes da realização das eleições.

Segunda fraude eleitoral
Fraude por uma ma Comissão Nacional Eleitoral (CNE):
A melhor maneira de organizar a fraude legal das eleições é a de criar uma Comissão Eleitoral conflituosa. Instituindo comissões eleitorais que não respondem às exigências da democracia e ah jurisprudência eleitoral, as classes politicas africanas preparam as fraudes às eleições.
Sabe-se que existem dois tipos de eleições: eleições periódicas e eleições não periódicas. As eleições periódicas são aquelas que são organizadas regularmente depois de cada intervalo de tempo dado num país sem conflitos políticos e que têm instituições estáveis e governos legítimos. Eh o caso das eleições que tiveram lugar na Inglaterra, Franca, Estados Unidos da América (EUA), etc. As eleições não periódicas são as que intervêm em condições muito excepcionais num país que regista conflitos sociopolíticos. Trata-se de eleições  cuja organização eh decidida na sequencia de um cessar-fogo, acordos políticos particulares ou de uma conferencia nacional.A estes dois tipos de eleições correspondem dois tipos de comissões eleitorais.As eleições periódicas são organizadas por uma comissão eleitoral tradicional que eh o governo, que age através do ministério do interior. Seguindo as estratégias politicas, a comissão nacional tradicional pode mudar-se em comissão nacional eleitoral independente, comissão nacional multipartidária ou comissão nacional das eleições. As eleições não periódicas são organizadas por uma comissão eleitoral independente.
Uma ma comissão eleitoral eh um meio seguro de fraudes eleitorais.

Terceira fraude
Fraude por uma desorganização do escrutínio:
Implicados numa lógica de fraude, algumas assembleias de voto podem passar instruções da lei eleitoral  e organizar o escrutínio a sua maneira, com o objectivo de favorecer seu partido ou seu candidato. Isto nota-se por uma ma  organização de assembleia de voto caracterizada pela insuficiência e a falta de alguns materiais eleitorais tais como urnas, boletins de voto, fotos dos candidatos, etc. A realização das eleições constitui o acontecimento politico mais importante do país. A sua preparação deve ser feita com muita seriedade. A negligencia deve ser evitada. Nestas condições, a insuficiência ou a falta de materiais eleitorais numa assembleia de voto só pode ser entendida como um meio de fraude eleitoral em detrimento dos candidatos que se combate.Qualquer má organização de uma assembleia de voto eh uma maneira organizada de fraude nas eleições. Os eleitores devem combater esta situação.

Quarta fraude.
Manipulação dos boletins de voto:
Em certos círculos eleitorais, sobretudo nos meios rurais, os agentes corrompidos das assembleias de voto podem manipular os boletins de voto se não forem vigiadas. Se eles (agentes corrompidos) sentirem-se muito livres para operarem, podem preencher muitos boletins de voto a favor do candidato que lhes teria corrompido. Eles podem encher as urnas com boletins de fraude.Os eleitores e os observadores das eleições devem assegurar uma fiscalização todos azimute.

Quinta fraude
Exploração da ignorância dos eleitores:
Em certas assembleias de voto apresentam-se eleitores que acusam fraquezas num domínio ou num outro. Em vez de ajudar estes eleitores a votarem bem apesar da sua deficiência, alguns agentes eleitorais exploram esta (deficiência) para favorecer um partido corruptor. Assim, por exemplo, um eleitor analfabeto pode pedir ah assembleia de voto para preencher para ele o boletim de voto segundo a sua própria escolha. Se a assembleia de voto é corrompida, pode aproveitar-se da fraqueza  deste eleitor analfabeto  para preencher o boletim a favor de um candidato diferente da escolha do eleitor analfabeto.
Acontece as vezes que os agentes eleitorais obrigam os velhos, cegos ou analfabetos a votarem num partido ou candidato diferente que não é do eleitor.

Sexta fraude
Fraude pela tinta indelével visível
Para evitar o voto duplo, os organizadores das eleições as vezes aplicam sobre um dedo do eleitor tendo votado , uma tinta indelével visível. A tinta não se apaga 48 horas depois. Mas par roubar as eleições, certos partidos políticos utilizam químicos. Estes manipulam a fabricação da tinta e diminuem seu teor de inacessibilidade de maneira que alguns minutos depois do voto, os eleitores implicados no esquema da fraude possam lavar a tinta e apresentarem-se numa outra assembleia de voto para votar uma segunda vez, depois uma terceira, etc.

Sétima fraude
Manipulação das urnas durante a deslocação (transporte das urnas)
Se a contagem dos votos não se faz na assembleia de voto imediatamente depois do escrutínio, eh preciso transportar as urnas ao centro de contagem dos votos localizado algures.Esta deslocação constitui um perigo. Entre a assembleia de voto e o centro de contagem dos votos. As urnas podem ser trocadas, desviadas ou destruídas por pessoas engajadas a faze-lo.A melhor terapia eh de transformar directamente a assembleia de voto emcentro de contagem dos votos.

Oitava fraude
Fraude durante a contagem de votos
Se não houver fiscalização seria, os oficiais de contagem de votos corrompidos podem realizar uma ma contagem. Eles podem por exemplo contar uma vez para o candidato A. Enquanto o boletim de voto assinala que esta vez cabe ao candidato B.Esta fraude eh combatida pela fiscalização durante a contagem dos votos.

Nona fraude
Baralhar as cifras na publicação dos resultados:
Durante a publicação dos resultados das eleições, o homem encarregue desta responsabilidade – porta-voz da comissão eleitoral – pode publicar resultados diferentes daqueles que saem das urnas. Se o candidato A obteve %1% e o candidato B 49%, o chefe do poder organizador pode , ao publicar, dar 51% ao candidato B e 49% ao seu adversário. O objectivo visado eh uma fraude para derrotar o candidato A.Este modo de fraude eh combatida pela contagem de votos e a publicação paralela.

Decima fraude
Cumplicidade da justiça eleitoral durante os contenciosos
Um partido ou um candidato que considera que os resultados que obtiveram nas eleições foram modificados na sequência de uma fraude, pode recorrer junto da justiça eleitoral. Se a justiça eh cúmplice na fraude, o partido ou o candidato queixoso não ganhara a causa.
Para combater essa fraude, eh preciso exigir um conselho eleitoral especial (em vez de tribunais clássicos) para resolver os contenciosos eleitorais.

Decima-primeira fraude
Voto dos eleitores irregulares
Uma outra forma de fraude eleitoral eh de permitir o voto dos eleitores irregulares (os estrangeiros, os menores de idade, os militares, os presos). Esta fraude é combatida pela organização, antes das eleições, da identificação dos nacionais e do recenseamento da população.

Decima-segunda fraude:
O Gerrymandering
O gerrymandering assim denominado referindo-se ao nome de Elbrige Gerry (1744-1814). Governador do Estado de Massachusetts (EUA) quem, graças à cartografia eleitoral injusta, favorece uma vez o seu partido durante as eleições senatoriais, eh uma manobra politica que consiste em roubar às eleições por uma ma corte das círculos eleitorais. Partindo dos textos eleitorais, pode criar-se muito poucas círculos eleitorais numa província do país favorável a tal candidato ou tal partido que se quer combater quando se as multiplicam nas províncias desfavoráveis a este candidato ou partido. Se por exemplo esta fraude eh dirigida contra o candidato A do partido Y, esse ultimo terá poços assentos no parlamento, não totalizara o numero de voto preciso para aceder ah presidência do país. Para evitar esta fraude, é preciso exigir uma corte eleitoral justa. Aqui, convêm, alem da noção mesmo de representação politica, que haja um numero de deputados igual para um numero de habitantes igual. Noutros termos, os círculos eleitorais devem ser cortadas tendo em conta o número de habitantes. Todos os círculos devem ter quase o mesmo número de habitantes.

Decima-terceira fraude
Fraude por computador (informática):
Desde alguns anos, certos países como a Franca utilizam o computador para a publicação  dos resultados das eleições. Em alguns outros países, políticos não seguros deles mesmos utilizam os computadores para roubar as eleições falsificando os resultados. Pode-se, na publicação dos resultados, instalar no computador um programa falsificado com antecedência. Para as eleições presidenciais por exemplo, pode programar-se de maneira que se o candidato A do partido X tem um voto, seu adversário B do partido Y tem automaticamente três (principio do jogo de quem perde ganha). Assim seja qual forem os resultados obtidos por cada um dos candidatos, B terá em definitivo o triplo do seu adversário A. E se A obtêm 25% dos votos, B terá 75%.Num país como Angola considerado como um epicentro de fraudes eleitorais  e de desonestidade dos actores políticos, eh preciso tomar precauções para prevenir este tipo de fraude eleitoral.

Decima-quarta fraude
Fraude por depuração étnica
Para obter a derrota nas eleições de um adversário temível, pode organizar-se a exterminação da sua base politica, dos eleitores que lhe são favoráveis por uma operação de depuração étnica. Isto descobre-se através da leitura da historia politica e social do país.Para contornar esta fraude a distancia, é preciso traduzir em justiça o instigador dos massacres, julga-lo. É preciso falar publicamente, suficiente e longamente do seu mal para que seja vomitado pelos eleitores e que perca ele também as eleições.

Decima-quinta Fraude 
Registo eleitoral de estrangeiros, menores de idade e sem censo pupulacional
Realizar registo eleitoral, sem previamente efectuar um censo populacional para saber o tamanho da amostra da população que vai à eleição e registar estrangeiros e angolanos menores de idade para e pessoas sem Bilhetes de Identidade (BI) ou qualquer documento oficial que prova a sua nacionalidade angolana, é também uma fraude eleitoral.

Bibliografia:

MBEGU, pp 47-51, dossiers jeunes nº68, Revue de pastorale des jeunes Bureau Diocesain de Catechese, Lubulbashi, 1995.