segunda-feira, abril 25, 2011

Simango continua mudo

Uma ala radical do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o segundo maior partido da oposição em Moçambique, está a ponderar sobre a possibilidade de expulsar o demissionário Secretário-geral, Ismael Mussá, por considerá-lo cerne da crise que reina naquela agremiação politica.O MDM e’ liderado pelo edil da Cidade de Beira, capital da província central de Sofala, Daviz Simango.Segundo o semanário “Savana”, citando fonte habilitada, na noite da ultima sexta-feira, membros de influentes sectores do MDM reuniram-se na Beira para analisar o “dossier Ismael Mussá”, tendo concluído que a situação está a assumir contornos dramáticos e a agitar os militantes, a principal base de apoio do movimento.No referido encontro, membros influentes do MDM ponderaram a possibilidade de expulsar Ismael Mussá do partido, por entenderem que ele e’ a pessoa que concorreu para o surgimento de um ambiente de mal-estar que se instalou nas hostes do partido. Segundo a fonte, o Congresso, que ainda não tem data agendada, deverá reunir-se antes das eleições de 2014. Contudo, o Conselho Nacional deverá reunir-se brevemente para analisar a crise provocada pelo pedido de demissão de Mussá e indicar um novo Secretário-geral, bem como abordar a questão da expulsão dos seis subscritores de uma carta protesto dirigida a Daviz Simango.A carta foi subscrita por seis militantes do MDM, nomeadamente, Ismael Mussá, João Colaço, Dionísio Quelhas, Marcelo Cardoso, Henriques Tembe e Abel Quita.Simpatizantes e militantes do MDM na Beira acusam Ismael Mussá de ser “mercenário político” ao serviço de interesses obscuros. Por isso, argumentam, as bases exigem a expulsão imediata de Mussá do partido e na bancada parlamentar.Ismael Mussá já formalizou o seu pedido de demissão, mas o presidente do MDM Daviz Simango, ainda não se pronunciou publicamente sobre este assunto. Enquanto isso, o semanário “Savana” avança que Simango aceitou o pedido.Questionado sobre a sua eventual expulsão do partido, Mussá disse que esta seria uma medida extrema porque os estatutos do Partido prevêem passos que devem ser seguidos antes da tomada de decisão, afirmando que neste momento apenas vai abandonar o cargo de Secretário-geral.Mussá adiantou que decidiu abandonar o cargo por se ter apercebido que os princípios e estratégias que defendia divergiam com as directrizes seguidas pelo presidente do MDM, Daviz Simango.Esta não e a primeira vez que membros seniores dos partidos de oposição são expulsos por questionarem a gestão dos seus líderes. Aliás, o próprio Daviz Simango foi expulso da Renamo por ter desafiado a liderança de Afonso Dhlakama.

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