sexta-feira, abril 08, 2011

É tão velhinha esta história que reina

... mal-estar na Casa Militar, concretamente na força militar especial encarregue de garantir o transporte e escoltar o chefe de Estado. O descontentamento é tal que os motoristas e motociclistas optaram em romper com o silêncio e tirar o assunto para a Imprensa. A reportagem do Canalmoz/Canal de Moçambique falou com os agentes da Segurança do chefe de Estado. Denunciaram os desmandos de que dizem estarem a ser vítimas. Falam inclusivamente de discriminação.O chefe da Casa Militar, o brigadeiro Jorge Guni, é o principal acusado pelas “sevícias” que os agentes da Casa Militar dizem estarem a ser-lhes aplicadas.O assunto não é novo. Data de 2009. Foi originado pela “discriminação” no pagamento de subsídios aos agentes de segurança. “Uns ganham mais do que outros, prestando, no entanto, o mesmo serviço”.Na altura, os agentes injustiçados escreveram uma carta dirigida ao chefe da Casa Militar, com o conhecimento do Gabinete do Presidente da República; do Gabinete do Director do SISE – Serviço de Informação e Segurança do Estado; do Gabinete do Ministro do Interior; e do Gabinete do Presidente da Assembleia da República. A carta é datada de 09 de Fevereiro de 2009 e uma cópia está na posse do Canalmoz/Canal de Moçambique.Essencialmente, na carta, os subscritores da Casa Militar “reivindicavam a atribuição de um subsídio equivalente à metade do seu vencimento”, o qual dizem ter direito em função da “responsabilidade e risco que a tarefa (por eles executada) representa”.Os agentes em causa denunciavam o facto de alguns dos seus colegas estarem a beneficiar desse subsídio, havendo, entretanto, discriminação no seio do grupo que conduz o chefe de Estado.A reivindicação não foi satisfeita e, como consequência de terem escrito a referida missiva, um grupo composto por sete (7) motoristas e motociclistas do Presidente da República foi chamado à Casa Militar. Lá foram “molestados e expulsos da Casa Militar”.Para colmatar a lacuna deixada pelos motoristas presidenciais expulsos, o chefe da Casa Militar “mandou formar outros 10”, mas, segundo descrições por nós anotadas “estão mal preparados devido ao descontentamento dos instrutores”.Estes agentes foram depois transferidos para conduzir Joaquim Chissano, ex-chefe de Estado, pois, para conduzir o chefe de Estado, foram classificados como “desabilitados”.“Em todas as saídas com o chefe de Estado não voltamos completos, devido a quedas. Envergonhado, o brigadeiro Jorge Guni tirou todos os rec¬ém-formados para trabalhar com o presidente Chissano. Mesmo assim não aguentam, porque não estão habilitados”, denunciaram os agentes ao Canalmoz/Canal de Moçambique.Para travar estas irregularidades, os agentes condutores de Guebuza apelam à intervenção do chefe de Estado e a quem de Direito, conforme um documento reproduzido na última edição do semanário Canal de Moçambique onde pode ser lido na íntegra.

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