Matança de rinocerontes
As autoridades do Parque Nacional do Limpopo (PNL), sul de Moçambique, receiam que a acção de caçadores furtivos bem organizados possa estar a colocar em vias de extinção a reduzida população de rinocerontes que ali habita.Vino Macamero, responsável pela protecção da fauna bravia naquele parque, citado pela Rádio Moçambique, estação pública, refere que os indivíduos envolvidos na caça àquela espécie, actuam nos chamados corredores de Magude, Massingir, Chokwé, Chicualacuala e Macia, interligados também com outras regiões do país e com os países vizinhos.No último censo realizado no ano passado foi detectada a ausência de 10 rinocerontes introduzidos, há três anos, no PNL, acreditando-se que os mesmos foram abatidos pelos furtivos.A caça furtiva ao rinoceronte é um fenómeno que se estende também aos dois países que têm parques contíguos ao do Limpopo em Moçambique, a África do Sul e o Zimbabwe.Recentemente, sete rinocerontes negros, foram envenenados e abatido
s a tiro por caçadores furtivos no vizinho Zimbabwe, segundo informou a Direcção de Parques Nacionais daquele país.Dois dos sete animais foram caçados no Parque Nacional de Matopos, outros dois em Ruware Ranch, uma reserva privada, segundo disse Vitalis Chadenga, director geral de Parques Nacionais do Zimbabwe.Segundo ele, os caçadores furtivos estão bem equipados e trabalha com “gangs” internacionais, que vendem os cornos destes animais em países da Ásia, onde são considerados uma poderosa medicina e alcançam preços muito elevados.Na África do Sul, as autoridades informaram que em 2010 foram sacrificados ilegalmente mais de 300 destes animais para retirar-lhes os cornos.“Estamos perante uma situação alarmante, já do conhecimento do governo”, disse Vino Macamero, que não tem dados exactos de animais abatidos em Moçambique, para além dos dez já referidos.Multas
que ascendem a um bilião de meticais foram impostas aos furtivos, sendo que alguns deles se encontram presos tanto em Moçambique, como na África do Sul.Fiscais de caça estão a ser formados para actuarem nas chamadas cinturas de segurança para travarem a actividade criminosa dos caçadores furtivo. O PNL é um dos mais destacados em Moçambique e tem cerca de 10 mil quilómetros quadrados de extensão. Faz fronteira com o Zimbabwe e a África do Sul.Na sua fauna selvagem destacam-se os elefantes, rinocerontes, búfalos, leopardos, lobos, hipopótamos, crocodilos nas zonas húmidas, porcos selvagens, zebras e muito mais.
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