sábado, fevereiro 12, 2011

O pão da discórdia

O Governo poderá negociar com a fábrica ‘Merec Socimol’ um eventual aumento do preço do trigo, caso no período das importações deste cereal se registe um agravamento dos custos no mercado internacional.Falando esta semana após visitar a fabrica ‘Merec Socimol’, maior importador e fornecedor do trigo em Moçambique, o Ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, disse que, até ao momento, mesmo com a recente subida do preço do saco de 50 quilogramas de farinha de trigo no mercado nacional, em cerca de 100 meticais (cerca de 3,2 dólares americanos), o custo do pão e de outros derivados produzidos pelas padarias associadas à Associação Moçambicana dos Panificadores (AMOPAO) não subira', uma vez que o Governo vai continuar a subsidiar o preço até Março próximo.“Independentemente do nível que o custo do trigo for a atingir no mercado internacional, o Governo vai continuar a subsidiar as panificadoras de modo a que o preço do pão não seja agravado até Março próximo”, garantiu Inroga.Ele sublinhou que, depois deste período, se o preço do trigo continuar a subir no mercado internacional, o Governo vai definir novas formas de lidar com a situação, sendo que uma delas é negociar com a ‘Merec Socimol’.Para Inroga, o mais importante, por enquanto, é avaliar até quando os “stocks” existentes na ‘Merec Socimol’ e noutros importadores vão conseguir abastecer o mercado interno, antes de uma possível nova escalada a nível internacional.Neste momento, a ‘Merec Socimol’ diz que possui, nos seus silos, cerca de 21 mil toneladas de trigo, que vão alimentar o mercado, principalmente as panificadoras.O preço do trigo registou, no passado dia 4 de Fevereiro, um agravamento de 100 meticais, saindo dos anteriores 1.050 meticais para 1.150 neste momento.Muhamud Chania, Director Executivo da ‘Merec Socimol’, disse ao ‘Diário de Moçambique’ que a empresa esta a espera do Governo para uma possível negociação do preço da farinha de trigo, de modo a evitar possíveis agravamentos.O aumento da procura deste importante cereal deveu-se as chuvas e as queimadas que afectaram a Austrália e a Rússia, nos últimos meses, destruindo grandes áreas de culturas.

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