domingo, fevereiro 13, 2011

O Parlamento do Malawy tem agendada para debate a criminalização de manifestações públicas de flatulência. O ministro da Justiça e Assuntos Constitucionais, George Chaponda, deu um claro sinal de que leva a questão muito a sério ao afirmar, citado pela agência sul-africana SAPA, que "o governo tem a obrigação de garantir a decência pública e de introduzir ordem no país".Chaponda considerou que o mau hábito de libertar gases intestinais em público é uma consequência directa da democracia, sendo, em sua opinião, necessário que as pessoas aprendam a "controlar a natureza"."Este hábito não existia nos tempos da ditadura porque os cidadãos temiam as consequências, mas desde que o país abraçou a democracia multipartidária há 16 anos as pessoas começaram a sentir que podem libertar gases em qualquer lado", referiu o ministro da Justiça, que propôs a criminalização.O Partido Democrático Progressista, ao qual pertence o ministro, parece levar o assunto tão a sério como o próprio Chaponda e está disposto a usar a sua maioria parlamentar para aprovar uma nova lei que torne ilegal a flatulência.Uma lei dos tempos da ditadura já ilegaliza aquele acto mas as autoridades não a fazem cumprir.A legislação, ainda em vigor, estabelece que "qualquer pessoa que vicie a atmosfera em qualquer lugar e com isso torne nocivo o ar para as pessoas em geral que transitam ou trabalhem na vizinhança ou na via pública será considerada culpada de delito de menor gravidade". Apesar da sua firmeza, o ministro da Justiça já assegurou que a nova lei, a ser passada, manterá o estatuto de "menor gravidade" para o crime de flatulência pública.O Malawy é uma sociedade conservadora, que ao longo dos anos proibiu uma série de comportamentos considerados aceitáveis na maior parte dos países africanos, como o uso de calças e mini-saias pelas mulheres e homens de cabelos longos.

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