quinta-feira, novembro 07, 2013

EUA têm preferência pela RENAMO?

O país tem estado a viver uma série de violações, voluntárias, flagrantes e premeditadas, da ordem político-constitucional perpetradas pela RENAMO, que mais não faz se não reavivar a memória dos moçambicanos sobre a sua génese e seu modus operandi que durante 16 anos semeou luto e desgraça na vida dos moçambicanos e travou o processo de construção da nossa nação.Estas violações têm sido apelidadas pela chamada “crítica” de crise político-militar, no lugar de as catalogar, ou então de as colocar na galeria dos actos correspondentes à subversão político-constitucional, ao crime e ao exercício ilegal da política por parte da RENAMO, um posicionamento de autêntica promiscuidade idílica dos que assim pensam e procuram a todo custo obrigar a pensar.A esta corrente,
tentaram alinhar alguns credos religiosos que viram na unilateralidade antilegal e na barbárie consequências de ausência de diálogo, evitado pela FRELIMO, ousando alguns descortinar alguma arrogância, deixando entrelinhas perceber que se deviam atender as reivindicações dos que claramente violavam a Lei e lógica político-legal entre nós vigente.Porém, o tempo derrubou a tese da arrogância, construída, vistos os “vai-não-vem” que têm caracterizado o diálogo que semanalmente vai decorrendo no centro de conferências Joaquim Chissano, com a visibilidade de que o que a RENAMO escancaradamente pretende é ilicitamente rasgar a ordem vigente e criar uma nova em que o benefício lhe seja oponível, com a propositura de propostas arrepiantes e contrárias a Lei e as expectativas do povo moçambicano. Se já estávamos habituados aos ditos “intelectuais”, que advogam que o pensamento correcto é posicionar-se pró ou advogar os falaciosos argumentos da RENAMO e a certos
credos religiosos desejosos de protagonismo, não se esperava que algumas instituições diplomáticas tivessem o mesmo pensar e agir, mantendo-se ao lado da RENAMO, ignorado as regras do Direito Internacional e, alguns frequentes violadores, as vidas civis e militares barbaramente retiradas nas incursões levadas a cabo pelo movimento que se rebeldia, in casus falo da Embaixada dos Estados Unidos da América em Maputo, que recentemente apareceu a defender o diálogo entre o Governo de Moçambique e a RENAMO como meio único para resolver o pretenso diferendo. A referida declaração aconteceu dias depois de dois membros armados da RENAMO depois de terem atacado as forças governamentais terem sucumbido ao poderio táctico e bélico das forças de defesa e segurança e a ocupação de um posto de avanço, até então único e, que ligava Satungira ao exterior, que ditou o isolamento de base onde se encontra sitiado o líder da RENAMO. Ora, este súbito surgimento / pronunciamento não podia deixar de causar estranheza no seio dos que atenta e imparcialmente acompanham o desenrolara dos actos imprudentes da RENAMO, para o efeito basta que nos recordemos do silêncio inexplicável daquelas autoridades no decurso deste ano, desde o assalto e assassinato de agentes das Forças de Defesa e Segurança em Muxúnguè no dia 4 de Abril; o assassinato de 03 civis na zona centro do país no dia 06 de Abril; o ataque, assassinato e assalto perpetrado pela RENAMO no paiol de Savane, no Distrito de Dondo, no dia 18 de Junho, onde perderam a vida 5 agentes das Forças de Defesa e Segurança; a leitura pública de insubordinação e da ameaça do uso ilegal da força feita pelo Brigadeiro Jerónimo Malagueta no dia 19 de Junho, de que resultaram no dia seguinte mortes de civis que nos adventos da liberdade que conheciam viajavam em seu país pela Estrada Nacional n.º 1 e; uma série de comunicados bárbaros e de regozijo pelo assassinato de concidadãos emitidos pela RENAMO.A par do silêncio em relação a barbárie acima descrita, outro silêncio das citadas autoridades se tem imperado, falo do desfile promovido no centro de conferências Joaquim Chissano, que dura a mais de 20 rondas, onde a RENAMO, sob capa d diálogo, vai propondo cláusulas que são uma afronta ao Estado de Direito Democrático. 
Face a tudo isto e a muito mais dizível e se também atendermos ao facto de serem os EUA o “exemplo” da prevalência do Estado de Direito, não se perceberá o porque de o Governo daquele país só se ter manifestado depois de ocupada uma base da RENAMO e mortos dois dos seus membros!
Será porque os civis e militares mortos, o povo moçambicano que exerce o poder por via das instituições e órgão por si escolhidos têm um menor pendor que as bases e as arruaças perpetradas pela RENAMO? Ou então para aquele governo o seu parceiro estratégico há muito querido é a RENAMO?
Será ainda que as mesmas autoridades não podiam, ou não deviam publicamente condenar a RENAMO e apoiar o governo de Moçambique no processo de desarmamento e por fim a tamanha violação da ordem pública?Bem, todas estas indagações ficariam sem respostas e muitos outros tentariam defender o indefensável!E nesta altura até dá para lembrar das provas forjadas em sede da ONU para justificar a invasão ao Iraque em defesa dos iraquianos, de que hoje se sugam seus recursos, dos norte-americanos e do mundo?Enfim, todas estas questões parecem indiciar um olhar parcial, sem saber se há ou não algum compadrio, das autoridades norte-americanas ante o actual cenário.(Jornal Domingo)




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