O estudo revela ainda que algumas decisões são tomadas quando interessam e
beneficiam aos actores políticos e aos oficiais da burocracia.“Os interesses da elite governamental têm maior preponderância sobre os
interesses da sociedade civil, bem como dos cidadãos em geral.”Uma das constatações do estudo, “é que as mudanças decorrentes da pressão da
sociedade civil e de movimentos sociais acontecem quando estas questões são de
interesse de um significativo número de cidadãos e os políticos antevêem custos
políticos negativos.”
O estudo concluiu que a “fraqueza das instituições políticas, a arrogância dos
actores governamentais, a limitada cultura democrática baseada no secretismo,
exclusão, ausência de prestação de contas intimidação e corrupção, reduzem o
potencial para estabelecimento de uma sociedade democrática sã onde há respeito
pelas leis e pelas instituições.”E recomenda que se volte a “adequação da
legislação que faz cobro ao associativismo e funcionamento das organizações das
sociedades civil” de modo a melhorar o ambiente e a relação entre a OSC e o
governo.O estudo recomenda ainda a fortificação das capacidades dos cidadãos em
matérias relacionadas com governação, direitos e deveres, bem como no
aprofundamento dos valores da democracia para estancar o medo que caracteriza a
maioria dos moçambicanos.
Mesmo enfrentando dificuldades, há alguns movimentos sociais assinaláveis como
as revoltas populares contra a subida de preços de transportes e dos preços de
produtos de primeira necessidade, em Fevereiro de 2008 e Setembro de 2010,
respectivamenteNo capítulo do papel interventivo das OSC que produziram
resultados, destacam-se as manifestações contra o uso da imagem do corpo da
mulher na publicidade da cerveja laurentina e a greve dos médicos.
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