segunda-feira, novembro 04, 2013

Atacantes falavam língua estranha

Confrontos entre militares e supostos  elementos armados da Renamo em Mutivaze e Navevene, na província de Nampula,  norte de Moçambique, provocaram pelo menos dois mortos e a fuga de populações  para as matas para se protegerem. Esta manhã, em Mutivaze, os poucos populares ali presentes disseram  que voltaram para as suas casas para arranjar comida e água e procurar  crianças desaparecidas. "Eu vim aqui para ver se encontro um dos meus filhos que desapareceu  quando fugíamos aos disparos", disse à Lusa Amisse Taíde, residente em Mutivaze. Ali, um camião vindo do distrito de Ribaué foi assaltado e, depois de saqueados os produtos que transportava, foi incendiado por pessoas até agora não identificadas, estando o ato a ser imputado pelas autoridades a supostos elementos armados da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo). Em consequência do assalto ao camião e de outros ataques, foram mortos dois civis e há um número ainda não determinado de feridos, segundo os habitantes da região. A população afirma que as pessoas que dispararam na região na quarta-feira falavam uma língua estranha.  "Nós ouvimos as pessoas a falarem, mas não entendemos o que estavam  a dizer porque falam uma língua estranha", disse Joana Afonso.  Todavia, a população abandonou as suas residências e muitas pessoas  são dadas como desaparecidas.  Elementos da Força de Intervenção Rápida e das Forças Armadas de Defesa  de Moçambique já se mobilizaram para o local e a situação mantinha-se ainda  calma.  Funcionários públicos afetos a serviços, como saúde e educação, também abandonaram os seus postos e muitos deles encontram-se refugiados na cidade  de Nampula

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