sábado, novembro 16, 2013

Castel-Branco versus persona no grata

Gervásio de JesusO Professor Doutor Nuno Castel-Branco, por quem nutria certa admiração, perdeu as estribeiras e resvalou  para a mediocridade. A carta aberta, que dirigiu ao Chefe do Estado moçambicano e que circula na Imprensa e nas redes sociais, é reveladora da sua obsessão pelo cidadão Armando Guebuza. Não quero comentar sobre questões de governação (política e  económica) a que o ilustre Professor também faz menção. Quero  ater-me apenas às questões éticas e pedagógicas.

Não acha, senhor Castel-Branco, que nesta sua abordagem cínica está a mostrar ser um racista com impressionante défice de educação e com uma gritante desonestidade intelectual? Não julga que se revelou um académico inconsequente, teórico e sem princípios educativos e éticos? Compreendo por que, está claro, que a ambição exacerbada leva, por vezes, o ser humano a extremar-se, a cair na irracionalidade, transformando-se em persona non grata.

Os títulos académicos, por vezes, deixam de ter relevância quando os valores culturais e educativos são subvertidos. Não quero acreditar que tenha faltado berço ao Professor Doutor Nuno Castel-Branco para se deixar cair no ridículo, na lama e perder toda a compostura. A sua carta, escrita com tanta ira, própria de um búfalo ferido, transborda inveja, ódio e rancor.

Todos os seus argumentos, que eventualmente tenha na manga, deixam de ter sustentabilidade a partir do momento em que se moveu em direcção ao mais alto magistrado da Nação sem valores éticos, ou seja, com falta de cordialidade, respeito, tolerância, fair play e disciplina. Sem dúvidas que arregimentou de dentro de si a personificação da falta de decoro. Como educar uma sociedade com académicos desta estribe? Acha, senhor Castel-Branco, ser o modelo ideal para as nossas crianças e jovens que amanhã assumirão o destino deste país?

Como renomado académico, não acha que a sua postura ética devia ser outra, mais civilizada, mais pedagógica, mais responsável e dentro do limitado espaço do moralmente aceitável? O senhor Nuno Castel-Branco, que se apregoa um dos activistas activos na construção de uma cidadania forte no país, através do Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE), não julga ter mostrado nesta carta a sua real face de instigador da violência, manipulador das massas e desorientador das mentes limpas no processo de ensino-aprendizagem?

O senhor tem família e, como qualquer cidadão, gosta de ser considerado e respeitado. O Presidente da República tem também família e os seus direitos inalienáveis, antes na qualidade de cidadão, estão consagrados na Constituição da República, como os seus também.  Não julga que seja preciso chamar a Procuradoria-Geral da República (PGR) a agir, visto que a sua carta apela ao racismo, ao golpe de Estado, atenta contra a unidade nacional, extravasa os limites da liberdade de expressão, incorre e encerra em contornos criminais, que merecem tratamento especial pelas instâncias judiciais?

Ao dirigir a carta ao Chefe do Estado de forma visceral deixou evidente que não se sente bem neste país. Para si, Moçambique está a tornar-se num país de tiranos, fascistas e ladrões. O senhor Castel-Branco não acha que está a tentar inculcar na opinião pública a ideia de que o Presidente Armando Guebuza está a guiar-se e a fomentar o culto da personalidade? 

Puro irrealismo... verdadeira falácia e incúria, porque se assim fosse o senhor não ousaria sequer dirigir uma carta aberta ao Chefe do Estado e muito menos lançar impropérios, farpas e ainda acusá-lo de actos macabros não cometidos. 

Se neste país não imperasse a verdadeira liberdade de expressão e democracia, acredito que o senhor Nuno Castel-Branco por estas alturas já estaria na prisão pelo que fez, ou seja, pelo seu acto responsável. Recomendo a autofotografar-se para descobrir que o crime mora na sua mente armadilhada e no seu punho indolente, cortante e sem sentimentos. Aos filhos desta Nação nobre e maravilhosa, o senhor faltou ao respeito. Precisamos de aprender princípios correctos de boa convivência, com respeito, educação, urbanidade, tolerância, solidariedade e, acima de tudo, harmonia e amizade. Basta de agitadores!(Foto o autor do texto, Gervasio de Jesus)

1 comments:

Anónimo disse...

O senhor parece um autentico escovinha do presidente. o professor somente disse a verdade e é preciso ter uma mente cega para nao perceber isso, ou entao, ter uma lavagem cerebral.