quinta-feira, novembro 28, 2013

2 mil não fala "emakhwa"

Mais de dois mil estrangeiros trabalharam ao longo dos últimos dez meses nos diversos projectos de investimentos em execução na província setentrional de Nampula, em detrimento dos moçambicanos, cenário que segundo a governadora da província, Cidália Chauque, só será invertido com a efectivação do processo de transferência tecnológica dos estrangeiros para os nacionais.Segundo dados da Direcção Provincial do Trabalho, a contratação dos estrangeiros ao longo do período em referência foi feita na base da legislação em vigor no país, concretamente por quota (767), em projectos de investimentos (594) e trabalho de curta duração (744).Se se tomar em conta que o número de cidadãos nacionais empregados ao longo dos dez meses foi de 19365 pessoas, a cifra de mão-de-obra estrangeira que trabalhou naquela unidade territorial, no espaço em análise, representa cerca de 10 por cento do total da massa empregada. Para a governadora da província, que esteve de visita à Direcção do Trabalho de Nampula, este cenário só será invertido com a efectivação do processo de transferência de tecnologia em curso nos diversos projectos em execução, de estrangeiros para os nacionais.“Temos casos dos projectos das areias pesadas de Moma e Sangage, estas unidades funcionam com uma tecnologia que não é do domínio dos nacionais, mas nós estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para que os moçambicanos, paulatinamente, substituam os estrangeiros que operam com estas tecnologias”- explicou Chauque.A governante, que percorreu diversos sectores que compõe aquela direcção (desde administrativos aos técnicos profissionais), disse ter ficado positivamente impressionado pelo tipo de cursos de formação ali ministrados.Trata-se de cursos de electricidade, construção, costura, serralharia que, segundo Chauque, cujos finalistas são facilmente absorvidos pelo mercado de emprego.


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