sexta-feira, julho 29, 2011

Renamo aquartela ex-guerrilheiros

A Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, anunciou publicamente, que vai aquartelar os seus antigos guerrilheiros.Engrossam o leque deste grupo de guerrilheiros, segundo a Renamo, os que foram alegadamente desmobilizados compulsivamente das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e os que não foram incorporados no exército unificado saído do Acordo Geral de Paz (AGP), assinado em 1992.O facto foi revelado, em Maputo, pelo porta-voz deste partido da oposição, Fernando Mazanga, que explicou que tal reagrupamento foi solicitado por alguns dos antigos militares da “perdiz” ao presidente do partido, Afonso Dhlakama.Segundo Mazanga, numa primeira fase a Renamo vai criar um quartel no distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado, seguindo-se outros nos distritos de Cuamba e Mocuba, nas províncias de Niassa e Nampula, respectivamente, todos na zona Norte de Moçambique.“A RENAMO saúda a decisão da criação dos quartéis dos desmobilizados que estão a ser expurgados das Forças Armadas de Defesa de Moçambique”, disse Mazanga, citado pelo “Noticias”. Sem especificar o número de antigos militares a serem reagrupados e aquartelados, a fonte adiantou que os quartéis da Renamo vão também albergar os cerca de dez mil ex -guerrilheiros que o partido afirma não terem sido integrados no exército unificado, resultante do AGP.Para Mazanga, tal reagrupamento não representa nenhuma ameaça paz e estabilidade do país porque tem em vista fazer com que o partido não abandone ‘à sua sorte’ os seus antigos guerrilheiros.”Estamos a trabalhar na preparação de uma revolução pacífica, cujo objectivo é retirar a Frelimo do poder e instaurar uma nova ordem política no país, baseada na igualdade de oportunidades para todos os cidadãos, numa acção que põe de lado qualquer recurso às armas para a tomada do poder”, disse Mazanga.Para a materialização desta medida, segundo Mazanga, a Renamo alega que vai priorizar negociações com o Governo porque pretende que seja feita uma revolução pacífica, com a participação e envolvimento de todas “as forças vivas do país”.

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