segunda-feira, julho 11, 2011

Gurocannabis

Cerca de duzentos hectares de terra estão cobertos por plantas da cannabis sativa (vulgo Soruma) no distrito de Guro, na província central moçambicana de Manica. A produção é feita principalmente nas margens do rio Luenha, na região de Calombolombo, parte Norte de Guro, e colocada à venda em Caeredzi, no vizinho Zimbabwe. Um total de vinte e cinco farmas de soruma foram abertas naquela região, mas não são conhecidos os seus proprietários senão que se trata de uma actividade que supera o cultivo de alimentos. As pequenas áreas de milho visíveis, segundo a fonte, são uma camuflagem da droga. Uma operação desencadeada pela Polícia, em coordenação com instituições judiciárias e com o Gabinete Provincial de Prevenção e Combate à Droga, orientada pelo chefe das operações do comando provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Manica, Joaquim Tomo, já conseguiu incinerar vinte e uma toneladas de plantas de soruma até a ultima Quinta-feira.A zona de Calombolombo dista a aproximadamente trezentos quilómetros de Chimoio, a capital provincial de Manica. Os únicos estabelecimentos sanitário e de ensino ficam longe daquele povoado que se localiza numa região de difícil acesso, dada a precariedade da via. Para a sede do distrito de Guro são cerca de 70 quilómetros.A via é essencialmente de terra batida e está cheia de pedras e subidas acentuadas, recomendando-se o uso de viaturas de tracção as quatro rodas.Uma mata densa impede a visibilidade dos campos da referida droga que está a ser produzida em moldes industriais. O mercado preferencial é o Zimbabwe que está mesmo próximo, bastando alcançar o rio Caeredzi, cujas águas correm naquele país.Parte significativa das terras férteis ao longo do vale do Luenha, em Calombolombo, encontra-se preenchida de plantas de soruma, muitas delas em fase adulta, segundo apurou o “Diário de Moçambique”, no local.O secretário permanente distrital de Guro, Cândido Pedro José, efectuou a entrega, quarta-feira finda, de sementes de horticulturas para assegurar que a população abrace apenas a produção de alimentos, garantindo a segurança alimentar. “Devem dedicar-se à produção de alimentos para combater a fome”, afirmou Cândido Pedro, dirigindo-se a um grupo de mulheres beneficiárias de sementes de couve, repolho, tomate, alface e cebola.Parte destes beneficiários esteve a trabalhar na remoção das plantas de soruma, para a sua incineração. Foram alocados 50 pacotes de cada tipo de semente, que deverá ser lançada nas baixas onde presentemente se cultiva a soruma.

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