sexta-feira, março 07, 2014

Uma "guerra" para o popular Edil

Alguns munícipes indemnizados no contexto da concretização do projecto de reabilitação e expansão das valas de drenagem na cidade de Quelimane estão a reocupar os seus anteriores terrenos para a construção de casas ou vendê-los a cidadãos interessados no uso dos mesmos.  A edilidade local afirma, no entanto, não entender o que está a acontecer, uma vez que os visados receberam as devidas compensações monetárias para desocuparam os espaços onde tinham as suas casas ou outro tipo de património para dar lugar à execução do projecto de melhoramento das condições de higiene e saneamento da cidade.  O vereador para a Área de Urbanização e Infra-Estruturas, Ascensão Chauchane, disse há dias, em entrevista ao “JN” , que o Conselho Municipal embargou quatro obras de construção de habitações no bairro Torrone Novo pelo facto de estarem a ser erguidas nos espaços cujos donos receberam indemnizações e as casas estavam a ser edificadas a escassos metros das valas de drenagem. O  entrevistado disse que as distâncias conservadas entre as valas e as residências resultam de um estudo arquitectónico que visa garantir a longevidade do funcionamento daquelas infra-estruturas de saneamento. Ascensão Chauchane afirmou que a actividade humana pode produzir resíduos sólidos que podem entupir os drenos em menos tempo e os bairros da cidade voltarem à situação anterior de concentração de águas negras e das chuvas.
As casas em alusão, segundo explicou, não apresentam plantas de construção que devem ser aprovadas pelo Conselho Municipal e os talhões não estão legalizados. O nosso entrevistado não exclui a possibilidade deste negócio ilícito ter o envolvimento de alguns responsáveis das estruturas comunitárias a nível dos bairros, por isso a edilidade pensa, nos próximos dias, envolvê-los na fiscalização das ilegalidades que ocorrem nas zonas residenciais sob a sua jurisdição. O sistema de drenagem da cidade de Quelimane, reabilitado com fundos do Millennium Challenge Account no valor de 26 milhões de meticais, passou no início deste ano para a gestão do Conselho Municipal da capital provincial da Zambézia que, entretanto, uma vez mais, apela aos cidadãos para não deitarem lixo ou construir habitações sobre as valas de drenagem.Uma campanha de educação cívica está a decorrer nos bairros cobertos pelo sistema de drenagem recentemente reabilitado e expandido de forma a sensibilizar os munícipes sobre a importância daquela infra-estrutura de saneamento da cidade de Quelimane.

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