segunda-feira, março 31, 2014

Piso escorregadio

O Governo e a Renamo, acordaram na ultima sexta-feira a inclusão de mais países que devem fazer parte do grupo de observadores do processo de cessar-fogo, abrindo assim uma oportunidade para um breve acordo para o fim do conflito militar que já dura a aproximadamente há um ano, com o líder do maior partido da oposição a ser “caçado” pelas forças governamentais. Reunidas na última sexta-feira (28), na sede da Assembleia da República na 47a sessão de negociações, as delegações do Governo e da Renamo, chegaram a consenso sobre a inclusão da Itália, Portugal, Reino Unido da Grã-Bretanha (Inglaterra), Estados Unidos da América (EUA), Quénia e Cabo-Verde, na lista dos observadores internacionais no processo de cessar-fogo. A inclusão destes países que constavam da proposta da Renamo, vinha sendo recusada pelo Governo. Com aceitação destes seis países por parte do Executivo, sobe para nove, o número de países que vão supervisionar o cessar-fogo. 
Anteriormente, o Governo tinha concordado apenas como observadores, três países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), nomeadamente a África do Sul, Botswana e Zimbabwe. Segundo deram a conhecer os chefes das duas delegações, nomeadamente José Pacheco, do Governo, e Saimone Macuiana, da Renamo, as partes instruíram os seus peritos militares para, durante este fim de semana, fazerem o “alinhamento e harmonização” dos termos de referência que em princípio, segundo as fontes deverão ser concluídos hoje(31), segunda-feira ou quarta-feira em sede das negociações. Apesar deste avanço, as partes não se entenderam em relação a inclusão das Nações Unidas (ONU) e União Europeia (UE), com o Governo a alegar a complexidade do funcionamento dessas organizações.O chefe da delegação do Governo, Jose Pacheco, afirmou que para trazer essas organizações seria um processo complexo, porque, para as organizações poderem participar, vai ser necessário convocar e reunir os seus membros para deliberação, para além de que depois entrariam no processo de procurar países que estariam dispostos a mobilizar pessoal e logística para esta missão.Enquanto isso e paradoxalmente a todos os avanços que vêm sendo registados, os confrontos militares continuam, com assinaláveis baixas do lado das tropas governamentais. (B.Álvaro)

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